Família de GNR ferido em missão acusa Estado de o abandonar

Família de GNR ferido em missão acusa Estado de o abandonar

Ontem
Notícia TVI dá conta que o cabo José Bernardes ficou ferido a 21 de julho durante uma missão na Grécia, onde os médicos aconselharam a sua rápida transferência para Portugal. Só sábado deverá chegar
VÍDEO  http://www.tvi24.iol.pt/videos/sociedade/familia-de-gnr-ferido-em-missao-acusa-estado-de-o-abandonar/59973cb30cf2ab080d50b8cb

Perfeitamente normal a desumanização da Guarda para com os praças.
Se fosse um oficial já estava.

Muito tenho criticado o slogan que muitas vezes aparece:
"Uma força humana, próxima e de confiança"!!!!!!!!!!!!!!

Humana, proxima e de confiança para os seus não é certamente.
Os guardas (praças), sim são humanos e de confiança pra o cidadão, ao contrario da guarda que é proxima, humana e de confiança para os seus oficiais e para os tropas que vem cá mamar (generais).

Independentemente de ter sido ferido em serviço ou não, devia ser transferido para Portugal.
Contudo, já li que ele ficou ferido num acidente de moto, fora de serviço, a caminho do restaurante.
As rápidas melhoras para o militar.

poderia por se o caso de o mesmo não estar em condições para ser transferido para portugal por diversos motivos, da sua saúde obviamente, agora por não haver meios não me convencem...

isso de estar ou não fora de serviço tem muito que se lhe diga ele estava em missão no estrangeiro..não somos juristas vamos aguardar...

Rápidas melhoras.

o que está em causa não é se é, "em ou fora de serviço" de facto estava no período de descanso e ia a caminho do restaurante numa scooter alugada para jantar, porque o pessoal não tem viatura para se deslocar para onde quer e tem de comer, porque na missão não têm direito a alimentação e nestes casos é normal que o pessoal vá almoçando e jantando em sítios diferentes.

Mas o que está em causa é o facto do hospital grego ter solicitado a transferência do doente por não ter neurologia (o acidente "apenas" afectou o cérebro). Esta é que é a grande questão, o militar esteve vinte dias sem acompanhamento neurológico, que é essencial, não porque não houvesse vontade, mas porque o único hospital da ilha, não tem esta especialidade.

Se o militar não pudesse ser evacuado, o hospital não solicitava por escrito a dita evacuação com urgência. Basta ver a notícia na TVI jornal.

el solitario escreveu:isso de estar ou não fora de serviço tem muito que se lhe diga ele estava em missão no estrangeiro..não somos juristas vamos aguardar...

As deslocaçoes para as refeiçoes, desde que nao haja refeitorio onde está, ou deslocaçoes desde e para o alojamento,  sao consideradas como estando em serviço.

Então e se um cidadão grego estivesse nas mesmas condições, o que fazia o hospital? Mandava-o para o estrangeiro? De certo que a Grécia tem médicos desta especialidade e hospitais  também , se a transferência urgente para Portugal não podia ser feita de imediato deveriam ter encontrado uma alternativa em tempo útil.
Agora também tem que se ver de quem é a responsabilidade desta situação e de não se ter procurado uma alternativa em tempo útil

Gif escreveu:Então e se um cidadão grego estivesse nas mesmas condições, o que fazia o hospital? Mandava-o para o estrangeiro? De certo que a Grécia tem médicos desta especialidade e hospitais  também , se a transferência urgente para Portugal não podia ser feita de imediato deveriam ter encontrado uma alternativa em tempo útil.
Agora também tem que se ver de quem é a responsabilidade desta situação e de não se ter procurado uma alternativa em tempo útil

Acho mais que deveria ter acontecido isso... Gostava de saber um cidadão grego que tivesse o mesmo problema cá em portugal no interior iriamos pedir que viesse um avião da grécia busca-lo.  Acho que foi má vontade dos gregos é português que se lixe.

O médico responsável (hospital grego) sugeriu evacuação para portugal (preferencialmente) ou para Atenas. Nem uns nem outros tomaram uma decisão. 

E durante esta indefinição (29 dias) esteve o camarada uma semana em coma mais duas nos cuidados intensivos, sem acompanhamento neurológico. 

Eu pergunto:
Perante a indefinição dos serviços de saúde gregos, quem é que tinha a obrigação de cuidar do apoio médico  que o militar necessitava???

E se desta demora na assistência neurológica, resultarem danos irreversíveis? 
De quem é a responsabilidade?

Este triste episódio tem algo mal contado, isto porque eu sei os contactos que a APG fez com o Comando, que já sabia do episódio e estava a trabalhar nisso MUITO antes de sair na comunicação social. Mas há algo muito mal contado.

Mas não me vou pronunciar muito sobre isso, deixo para os avaliadores do costume.

As melhoras ao camarada Bernardes.

Eu fiquei esclarecido com o boletim interno difundo pelo comando!

Eu Gostava que o comandante Geral da GNR tivesse o poder de com uma ordem sua, ordena-se logo o regresso em segurança de qualquer profissional da GNR em serviço no estrangeiro, sem fazer "filmes"..
os esclarecimentos internos com os quais agora somos brindados nos email's, a mim pessoalmente, entram a 100, saem a 1000, não me acredito em nenhum. A GNR não tem um plano, não tem estratégia, não tem nada, a não ser reagir aqui e acolá e a proteger lugares de alguns tipos, que não tem um mínimo de categoria para esta instituição.
Eu á mais de 2 anos que não sei quem é o meu chefe (DIC).
Que instituição é esta, quem é esta gente????

César Nogueira

Entregues aos bichos
As entidades requisitantes certamente agradecem a borla.


A atualidade tem marcado a GNR por acontecimentos, insólitos. Recentemente, o Comando da Guarda decidiu que 23 Guardas Provisórios em excesso, face às vagas publicadas em 2016 deixariam de o ser, depois de ter sido gasto dinheiro na sua formação, depois de terem estagiado e a dias do compromisso de honra.

Ainda, um profissional da GNR ferido em missão na Grécia ficou retido um mês por burocracias, longe de cuidados adequados.

Por fim e não menos extraordinário, alguns Comandos têm suprimido folgas para dar resposta às numerosas festividades de verão, em regime de serviço de escala, quando me parece que é do senso comum que se deveria tratar de policiamento gratificado, requisitado e pago como tal.

As entidades requisitantes certamente agradecem a borla, o mesmo não se pode dizer dos profissionais que se veem privados dos seus descansos.


Não bastasse a escassez de meios humanos, a desgastante época de fogos e as férias, há que acorrer a festividades e iniciativas sem que motivos de segurança pública o justifiquem.

É uma postura de desrespeito para com o efetivo da GNR que em muito faz lembrar aquela humorística máxima popular: "Estamos entregues aos bichos".

http://www.cmjornal.pt/opiniao/colunistas/cesar-nogueira/detalhe/entregues-aos-bichos