Três feridos na sequência de desacatos e atropelamento em Reguengos. GNR assistiu e Rio pede justificações a Cabrita
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Três feridos na sequência de desacatos e atropelamento em Reguengos. GNR assistiu e Rio pede justificações a Cabrita
Três feridos na sequência de desacatos e atropelamento em Reguengos. GNR assistiu e Rio pede justificações a Cabrita
https://observador.pt/2021/07/17/tres-feridos-na-sequencia-de-desacatos-e-atropelamento-em-reguengos-de-monsaraz-rio-pede-justificacoes-a-cabrita/
Então o que é que as suas excelências queriam que dois “simples” militares da GNR fizessem no meio daquele ninho de vespas? Que sacassem da arma? Que se agarrassem aos ciganos a ver se os conseguiam impedir que efectuassem aquelas agressões e distúrbios? E quais seriam os resultados se, só os dois, tivessem intervindo com qualquer tipo de acção? E as normas de segurança e de intervenção para este tipo de situações, onde é que ficam e onde é que estão? E o manual de procedimentos que é ensinado nos cursos para este tipo de intervenção/ocorrências, número de efectivos a empenhar, normas de segurança dos próprios militares e dos restantes cidadãos a proteger, como é que se faz e como é que ficam? Só dois militares para uma intervenção destas são suficientes?
Que venha de lá a porrada, caso haja lugar a ela, com direito a corte de vencimento e tudo, que é bem melhor que levar uma facada.
De heróis estão os cemitérios cheios.
Aqui está mais um (de entre tantos) exemplo do fruto da sementeira iniciada em 2005, quando iniciaram o ataque cerrado às condições de serviço e direitos dos militares e policias.
Há 15/20 anos atrás, para uma situação destas não iam dois “míseros” guardas, iam 10,12,15 ou mais. Há 15/20 anos atrás não havia patrulhas uni-pessoais. Há 15/20 anos atrás não se juntava um militar de um posto com outro militar de outro posto para formarem uma patrulha (a única) para depois tomarem conta das ocorrências todas que ocorressem na área de um destacamento inteiro. Sabem porquê? Porque todos os postos territoriais da área tinham patrulha àquela hora. E sabem porquê, porque mesmo no Alentejo e no restante interior profundo do país qualquer posto territorial tinha pelo menos 10/12 militares, e o mais velho nem 50 anos de idade tinha porque se iam embora antes, ou pouco mais, dessa idade. E sabem porquê? Porque na altura os políticos, decisores e comandantes tinham outro tipo de visão do que era ser militar/policia, em que se pretendia gente jovem, saudável e operacional no serviço. E hoje, quantos militares é que esses postos têm? Vamos lá ver quantos militares é que se encontravam de serviço nos postos territoriais da área onde ocorreu a situação, assim como no próprio posto da referida localidade.
Desde 2005 para cá que as excelências políticas têm desinvestido nos efectivos das polícias/GNR/PSP através das várias leis e regulamentos que até agora têm aprovado, o que provocou que o efectivo nunca fosse tão envelhecido, com clara tendência a ser cada vez mais, e em tão pouco número como agora. A visão que as excelências politicas, gestoras e comandantes da actualidade têm para os policiais e militares no serviço na actualidade, é totalmente contrária à que os políticos, decisores e comandantes, justos, tinham há 15/20 anos atrás. Em que agora, para eles, para qualquer ocorrência basta um policia, e de preferência velho, mesmo que já desgastado física e psicologicamente.
Como diz o ditado do sábio povo, “quem semeia ventos colhe tempestades.”
Guarda que anda à linha- Sargento-Chefe
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Re: Três feridos na sequência de desacatos e atropelamento em Reguengos. GNR assistiu e Rio pede justificações a Cabrita
Sem efabulações, sff.
Há 20 ou 30 anos era bem pior. Telefonávamos a pedir a comparencia da GNR e perguntavam-nos se pagávamos o táxi. Ou dizíamos que sim ou não; na segunda opção o caso morria logo ali. Não estou a inventar, era uma realidade na terra onde nasci, cresci e onde ainda tenho residência aos fins de semana. Mas seriei o ultimo a culpar essas pessoas, as que guarneciam o posto da minha terra (na verdade ficava a 12 quilómetros) - acredito que davam (e dão) o seu melhor.
No caso presente o que a hierarquia e, sobretudo, a oficialidade e estado maior da Guarda, deve começar por se interrogar é qual a idade e condição operacional dos guardas que lá mandou e qual a data da sua ultima actualização de conhecimentos. Não há milagres, vão ser apertados mas serão muito provavelmente os menos culpados.
Há 20 ou 30 anos era bem pior. Telefonávamos a pedir a comparencia da GNR e perguntavam-nos se pagávamos o táxi. Ou dizíamos que sim ou não; na segunda opção o caso morria logo ali. Não estou a inventar, era uma realidade na terra onde nasci, cresci e onde ainda tenho residência aos fins de semana. Mas seriei o ultimo a culpar essas pessoas, as que guarneciam o posto da minha terra (na verdade ficava a 12 quilómetros) - acredito que davam (e dão) o seu melhor.
No caso presente o que a hierarquia e, sobretudo, a oficialidade e estado maior da Guarda, deve começar por se interrogar é qual a idade e condição operacional dos guardas que lá mandou e qual a data da sua ultima actualização de conhecimentos. Não há milagres, vão ser apertados mas serão muito provavelmente os menos culpados.
msm- Sargento-Ajudante
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Idade : 53
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Re: Três feridos na sequência de desacatos e atropelamento em Reguengos. GNR assistiu e Rio pede justificações a Cabrita
Palavras sábias.msm escreveu:Sem efabulações, sff.
Há 20 ou 30 anos era bem pior. Telefonávamos a pedir a comparencia da GNR e perguntavam-nos se pagávamos o táxi. Ou dizíamos que sim ou não; na segunda opção o caso morria logo ali. Não estou a inventar, era uma realidade na terra onde nasci, cresci e onde ainda tenho residência aos fins de semana. Mas seriei o ultimo a culpar essas pessoas, as que guarneciam o posto da minha terra (na verdade ficava a 12 quilómetros) - acredito que davam (e dão) o seu melhor.
No caso presente o que a hierarquia e, sobretudo, a oficialidade e estado maior da Guarda, deve começar por se interrogar é qual a idade e condição operacional dos guardas que lá mandou e qual a data da sua ultima actualização de conhecimentos. Não há milagres, vão ser apertados mas serão muito provavelmente os menos culpados.
moralez- Moderador
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Re: Três feridos na sequência de desacatos e atropelamento em Reguengos. GNR assistiu e Rio pede justificações a Cabrita
Não digo há vinte, mas há 25, 30 anos. Sou do tempo em que as patrulhas de remunerados esperavam no Posto por boleia dos promotores. Sou do tempo em o jeep ficava à porta do Posto estacionado para uso do cmdt/posto e nós íamos a pé fazer giros de 10, 15 ou mais kms!msm escreveu:Sem efabulações, sff.
Há 20 ou 30 anos era bem pior. Telefonávamos a pedir a comparencia da GNR e perguntavam-nos se pagávamos o táxi. Ou dizíamos que sim ou não; na segunda opção o caso morria logo ali. Não estou a inventar, era uma realidade na terra onde nasci, cresci e onde ainda tenho residência aos fins de semana. Mas seriei o ultimo a culpar essas pessoas, as que guarneciam o posto da minha terra (na verdade ficava a 12 quilómetros) - acredito que davam (e dão) o seu melhor.
No caso presente o que a hierarquia e, sobretudo, a oficialidade e estado maior da Guarda, deve começar por se interrogar é qual a idade e condição operacional dos guardas que lá mandou e qual a data da sua ultima actualização de conhecimentos. Não há milagres, vão ser apertados mas serão muito provavelmente os menos culpados.
zucatruca- Cabo-Chefe
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Profissão : Militar GNR
Nº de Mensagens : 284
Mensagem : eu sei que sim
Meu alistamento : muitos anos disto.
Re: Três feridos na sequência de desacatos e atropelamento em Reguengos. GNR assistiu e Rio pede justificações a Cabrita
Vocês não estão a comentar conforme o contexto que quis colocar aqui sobre esta noticia. E o contexto é o desinvestimento nos efectivos das policias iniciado desde 2005 para cá, que está a levar a olhos vistos ao seu envelhecimento (OBS: na PSP já nem aos 60 anos de idade os estão a deixar ir embora) e à redução do seu número para fazer face à segurança que é cada vez mais exigente e complexa, o que mais tarde ou mais cedo vai tornar ineficaz estas duas forças de segurança, porque este tipo de segurança não é para ser feito/desempenhado por pessoas velhas e debilitadas física e psicologicamente.
Continuem alegremente a divertir-se com o vosso tipo de comentários que passam totalmente ao lado da questão que está aqui em causa, que eles agradecem.
Ah, já me esquecia. Quando o subsidio de risco vier, toda esta problemática desaparece, os cidadãos, onde nós e os nossos familiares também se incluem, passam a ter novamente a segurança que tinham há alguns anos atrás com a presença de efectivos nas ruas, nas estradas, nas aldeias, nas vilas e nas cidades deste país, e os policias vão deixar de correr riscos durante o desempenho do seu serviço e tudo vai passar a ser um mar de rosas.
Última edição por Guarda que anda à linha em Dom 18 Jul 2021, 14:26, editado 1 vez(es)
Guarda que anda à linha- Sargento-Chefe
-
Idade : 58
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Meu alistamento : Aqui podes colocar o ano do teu alistamento!(Facultativo)
Re: Três feridos na sequência de desacatos e atropelamento em Reguengos. GNR assistiu e Rio pede justificações a Cabrita
Noticia aberta ao debate no grupo apenas guardas aqui;
https://forumgnr.forumeiros.com/t41186-reguengos-de-monsaraz-atuacao-da-guarda#565203
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