Disparos contra assaltante de ourivesaria foram feitos por magistrado do Ministério Público
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Disparos contra assaltante de ourivesaria foram feitos por magistrado do Ministério Público
Foi um magistrado do Ministério Público, e não um militar da GNR, o autor dos disparos que atingiram um homem suspeito da tentativa de assalto a uma ourivesaria, na quinta-feira à noite, em Valença. O assaltante foi transportado para o hospital de Viana do Castelo e sobreviveu aos ferimentos. A PGR abriu um inquérito.
O procurador em questão estaria a acompanhar uma ação de militares do Núcleo de Investigação Criminal da GNR sobre um grupo suspeito de assaltos a ourivesarias em Portugal e em Espanha.
Os guardas e o magistrado contariam que o assalto em Valença ocorresse mais tarde, já com o estabelecimento encerrado, mas o grupo suspeito, que a GNR disse ser composto por cinco homens, terá entrado na ouriversaria Cacho, na Avenida Miguel Dantas, por volta das 19 horas, quando esta ainda estava aberta.
No interior do estabelecimento encontravam-se dois proprietários, irmãos. Um deles terá sido agredido por um suspeito, tendo sido nesse momento que intervieram militares da GNR e o procurador. Um militar da GNR terá feito um disparo de advertência para o ar. Já o procurador, perante a ameaça de um dos assaltantes, que empunhava uma barra de ferro, disparou pelo menos dois tiros. Um atingiu-o no abdómen e o outro num pulso.
O ferido terá sofrido uma paragem cardiorrespiratória, a que o próprio magistrado respondeu com manobras de reanimação, e acabou por recuperar, dando entrada no Hospital de Viana do Castelo já "com pulso".
Questionada esta sexta-feira sobre o assunto, a GNR respondeu que não tinha nada a acrescentar à informação prestada ontem à noite. Na ocasião, fonte oficial enviou uma mensagem escrita ao JN em que nunca falou da presença de qualquer magistrado do Ministério Público no local do incidente.
"No âmbito de uma investigação que está em segredo de justiça foi possível aos militares da estrutura de Investigação Criminal da GNR de Braga surpreender os suspeitos em flagrante delito, no interior da ourivesaria, tendo a GNR procedido à sua detenção. No decorrer da ação um dos assaltantes ficou ferido, tendo sido transportado para o Hospital", disse ontem a GNR, após afirmar que o "roubo em ourivesaria" foi "cometido por cinco indivíduos, possuidores de arma de fogo".
Esta sexta-feira de manhã, o JN também questionou a Procuradoria-Geral da República, órgão de topo do Ministério Público, sobre as circunstâncias do incidente, procurando esclarecer, nomeadamente, se chegou a haver uma troca de tiros ou se o assaltante atingido chegou a ameaçar disparar alguma arma. O JN também perguntou se é habitual magistrados do Ministério Público acompanharem ações de seguimento de assaltantes, mas, até ao momento, a Procuradoria-Geral da República (PGR), dirigida desde 12 de outubro por Amadeu Guerra, não respondeu.
Entretanto, a PGR adiantou em comunicado que vai instaurar um inquérito tendo em vista "o apuramento da responsabilidade criminal" do magistrado.
https://www.jn.pt/6339965533/disparos-contra-assaltante-de-ourivesaria-foram-feitos-por-magistrado-do-ministerio-publico/
O procurador em questão estaria a acompanhar uma ação de militares do Núcleo de Investigação Criminal da GNR sobre um grupo suspeito de assaltos a ourivesarias em Portugal e em Espanha.
Os guardas e o magistrado contariam que o assalto em Valença ocorresse mais tarde, já com o estabelecimento encerrado, mas o grupo suspeito, que a GNR disse ser composto por cinco homens, terá entrado na ouriversaria Cacho, na Avenida Miguel Dantas, por volta das 19 horas, quando esta ainda estava aberta.
No interior do estabelecimento encontravam-se dois proprietários, irmãos. Um deles terá sido agredido por um suspeito, tendo sido nesse momento que intervieram militares da GNR e o procurador. Um militar da GNR terá feito um disparo de advertência para o ar. Já o procurador, perante a ameaça de um dos assaltantes, que empunhava uma barra de ferro, disparou pelo menos dois tiros. Um atingiu-o no abdómen e o outro num pulso.
O ferido terá sofrido uma paragem cardiorrespiratória, a que o próprio magistrado respondeu com manobras de reanimação, e acabou por recuperar, dando entrada no Hospital de Viana do Castelo já "com pulso".
Questionada esta sexta-feira sobre o assunto, a GNR respondeu que não tinha nada a acrescentar à informação prestada ontem à noite. Na ocasião, fonte oficial enviou uma mensagem escrita ao JN em que nunca falou da presença de qualquer magistrado do Ministério Público no local do incidente.
"No âmbito de uma investigação que está em segredo de justiça foi possível aos militares da estrutura de Investigação Criminal da GNR de Braga surpreender os suspeitos em flagrante delito, no interior da ourivesaria, tendo a GNR procedido à sua detenção. No decorrer da ação um dos assaltantes ficou ferido, tendo sido transportado para o Hospital", disse ontem a GNR, após afirmar que o "roubo em ourivesaria" foi "cometido por cinco indivíduos, possuidores de arma de fogo".
Esta sexta-feira de manhã, o JN também questionou a Procuradoria-Geral da República, órgão de topo do Ministério Público, sobre as circunstâncias do incidente, procurando esclarecer, nomeadamente, se chegou a haver uma troca de tiros ou se o assaltante atingido chegou a ameaçar disparar alguma arma. O JN também perguntou se é habitual magistrados do Ministério Público acompanharem ações de seguimento de assaltantes, mas, até ao momento, a Procuradoria-Geral da República (PGR), dirigida desde 12 de outubro por Amadeu Guerra, não respondeu.
Entretanto, a PGR adiantou em comunicado que vai instaurar um inquérito tendo em vista "o apuramento da responsabilidade criminal" do magistrado.
https://www.jn.pt/6339965533/disparos-contra-assaltante-de-ourivesaria-foram-feitos-por-magistrado-do-ministerio-publico/
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