REPENSAR O ESTADO!
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REPENSAR O ESTADO!
REPENSAR O ESTADO!
Já todos percebemos que os resultados esperados pelo nosso ministro das Finanças não vão acontecer, para nosso descontentamento e, quiçá, sina.
É bom de ver que com a carga fiscal planeada para 2013, cujos efeitos se reflectirão nesse ano e em 2014 (acertos de IRS), a economia paralela vai disparar, como nos contam as teorias sobre esta matéria ensinadas em qualquer escola superior onde se fale de economia (i.e. Curva de Laffer).
Em 2011 a economia paralela deverá ter significado cerca de 25% do nosso PIB ou cerca de 40 mil milhões de euros.
Entre 2012 e com especial destaque no próximo ano há especialistas a apontarem para um aumento daqueles valores relativos na ordem dos 28% a 29%.
O PIB não irá pois ter um crescimento negativo de 1%, mas de 4%. As receitas fiscais previstas no OE de 2013 não irão ser alcançadas e seguramente que as despesas, essas sim irão ser não só alcançadas como superadas.
De resto o OE para 2013 é uma graça: O deficit em termos absolutos apenas cai mil milhões de euros, uma vez que dos quatro mil milhões que nos estimam cobrar de impostos adicionais, três vão direitinhos para despesas do Estado.
Se desses três mil milhões, cerca de um é gasto com o tal subsídio que será pago aos pensionistas e funcionários públicos, para onde vai o resto?
Repito Sr. ministro da Finanças: Desengane-se, pois não vai arrecadar mais receita que em 2012 e vai ter mais despesa que em 2012. O PIB entretanto cai e a métrica Deficit/PIB voltará aos 6% ou 7%. É só mesmo uma questão aritmética.
A melhor contribuição que TODOS podemos fazer é apenas uma: comprar produtos nacionais e gastar o que nos restar dos impostos em produtos maioritariamente Made In Portugal.
Há muitos anos que, por exemplo compro a “Pasta Dentífrica Couto” e não uma outra qualquer de origem estrangeira, porventura com melhores atributos medicinais, pela simples razão de ser um produto português, fabricado em Portugal.
E não pertenço pois à classe dos “esponjas”! Os tais “animais” que sobrevivem na sombra do Estado Social.
A outra grande contribuição que poderemos dar é discutir e DECIDIR sobre os papeis do Estado, nas nossas vidas!
Volto a perguntar: Lembram-se dos notários? Nos anos 90 eram funcionários do Ministério da Justiça, o serviço era péssimo, os prazos só existiam perante pequenos subornos e tudo deveria ser pedido com carácter de urgência. O saldo financeiro anual, raramente era positivo. No inicio deste século foram privatizados como já acontecia na maioria dos países ocidentais mais desenvolvidos.
Resultado? Quase sempre nos tratam com a deferência que um cliente merece, os prazos foram encurtados, os preços são competitivos e o Estado deixou de ter custos com esses colaboradores, respectivas instalações, equipamentos, consumíveis etc.
O Estado deve estar presente para garantir de forma directa ou indirecta certos serviços básicos: Educação, Segurança, Saúde, Justiça e Registos Nacionais, Negócios Estrangeiros, planeamento de Infra-Estruturas básicas, Fronteiras e pouco mais.
E todos sob grande controlo financeiro, pois a tendência em se tornar um sistema que se auto multiplica.
Da mesma forma que se contratou o brasileiro Scolari, para obter bons resultados na Selecção Nacional de Futebol, porque não contratamos um bom economista de Singapura, para nos por o Estado em ordem?
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