Três polícias em tribunal por agressões e abuso da autoridade
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Três polícias em tribunal por agressões e abuso da autoridade
Segundo o despacho de pronúncia, quatro jovens foram agredidos em Caxinas por agentes da PSP à paisana, com murros, bofetadas e socos no rosto, além de terem sido pontapeados nas costas e nas pernas.
Três agentes da PSP vão a julgamento por agredirem quatro jovens no exterior e no interior da esquadra de Caxinas, Vila do Conde, segundo o despacho de pronúncia a que a agência Lusa teve hoje acesso.
Inicialmente, eram cinco os polícias acusados pelo Ministério Público, mas todos os arguidos requereram a abertura da instrução. O juiz de instrução criminal decidiu não levar a julgamento dois dos agentes e pronunciou os outros três.
De acordo com a decisão instrutória, os polícias, de 36, 37 e 40 anos vão ser julgados, no total, por seis crimes de ofensas à integridade física qualificada. Um dos agentes está acusado de quatro dos crimes.
Sustenta o despacho de pronúncia que, na madrugada de 26 de junho de 2010, os jovens foram agredidos pelos agentes, vestidos à paisana, com murros, bofetadas e socos no rosto, além de terem sido pontapeados nas costas e nas pernas.
As agressões começaram junto à saída da Praça José Régio, em Vila do Conde, e terminaram nas instalações da Esquadra de Investigação Criminal das Caxinas, para onde os jovens foram levados - um dos quais algemado - pelos polícias, que ali prestam serviço.
Dignidade desrespeitadaO juiz de instrução criminal considera que os polícias abusaram da autoridade e desrespeitaram a dignidade dos jovens, mesmo quando já se encontravam sob sua custódia e no interior da esquadra.
Nessa madrugada, de acordo com a decisão instrutória, as vítimas pretendiam confraternizar entre si e com outras pessoas na Praça José Régio, mas foram abordadas por um grupo que lhes fez algumas provocações verbais.
Os jovens ignoraram os comentários mas, quando estavam a abandonar a praça, um deles foi puxado por um dos arguidos para o meio do referido grupo. Nesse momento, de forma não totalmente percetível, gerou-se uma confusão, envolvendo os jovens e o grupo, do qual faziam parte os arguidos.
Após terem sido levados pela rampa que dá acesso à saída norte da praça, os ofendidos foram encostados a um taipal de obras ali existente. A partir daí, sustenta o juiz de instrução criminal, as vítimas foram agredidas com vários murros, socos e bofetadas na face e na zona da cabeça, tendo um dos jovens caído no chão.
Nariz partidoChegados à 8.ª Esquadra de Investigação Criminal da PSP, as agressões prosseguiram no interior das instalações, com os agentes a pontapearem os jovens nas costas e nas pernas, acrescenta o despacho de pronúncia.
Depois de observados em unidades de saúde de Vila do Conde e Póvoa de Varzim, os jovens foram encaminhados para os Hospitais de São João e Santo António, no Porto. Apresentavam lesões e traumatismos ao nível da cabeça e da face e hematomas no corpo. Uma das vítimas teve mesmo de ser operada por ter o nariz partido.
Os três agentes estão ao serviço e sujeitos à medida de coação de termo de identidade e residência.
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