Mensagem do bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança no funeral de Carlos Caetano
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Mensagem do bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança no funeral de Carlos Caetano
Durante o funeral de Carlos Caetano, militar do posto de Aguiar da Beira, foi lida uma mensagem do bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança na qual alertou para o risco de futuramente "poucos ou nenhuns" quererem entrar na GNR.
Manuel Linda lamentou que, por um lado, se viva numa sociedade onde se mata "por dá cá esta palha" e, por outro, as forças de segurança sejam "ignoradas pela maioria, menosprezadas por muitos e até odiadas por alguns".
Manuel Linda lamentou que, por um lado, se viva numa sociedade onde se mata "por dá cá esta palha" e, por outro, as forças de segurança sejam "ignoradas pela maioria, menosprezadas por muitos e até odiadas por alguns".
Qualquer dia sujeitamo-nos a que poucos ou nenhuns queiram entrar nesta força de segurança, porque a dureza da vida é enorme, a exposição social incomoda e a compensação, concretamente o salário, é muito pequena", considerou.
Buzio- 2º Sargento
-
Idade : 47
Profissão : GNR
Nº de Mensagens : 634
Mensagem : Podes ser um optimo profissional e excederes as expectativas, mas... a tua avaliação depende sempre da competencia de quem te avalia.
Meu alistamento : 1.º de 98 o alistamento da EPG
Re: Mensagem do bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança no funeral de Carlos Caetano
Sábias palavras...
Cumprimentos,
Cumprimentos,
Patrulhas- 1º Sargento
-
Idade : 47
Profissão : GNR
Nº de Mensagens : 1253
Meu alistamento : Curso de 1999
Re: Mensagem do bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança no funeral de Carlos Caetano
Sábias... palavras que para estes políticos e governantes não passam disso. Só pensam em números, e para eles é o que nós somos.Patrulhas escreveu:Sábias palavras...
Cumprimentos,
jmflince- 1º Sargento
-
Idade : 58
Profissão : Cabo GNR
Nº de Mensagens : 1270
Mensagem : Estou a viver o tempo que perdi em trinta anos de serviço.
Meu alistamento : 04-03-1991
papapedras- Cabo
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Idade : 40
Profissão : militar
Nº de Mensagens : 165
Meu alistamento : Aqui podes colocar o ano do teu alistamento!(Facultativo)
Re: Mensagem do bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança no funeral de Carlos Caetano
Nem mais.jmflince escreveu:Sábias... palavras que para estes políticos e governantes não passam disso. Só pensam em números, e para eles é o que nós somos.Patrulhas escreveu:Sábias palavras...
Cumprimentos,
sineense- Cabo-Chefe
-
Idade : 54
Profissão : gnr
Nº de Mensagens : 258
Meu alistamento : Aqui podes colocar o ano do teu alistamento!
Re: Mensagem do bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança no funeral de Carlos Caetano
Não digo que esse dia não possa chegar. Porém, actualmente , para 400 vagas há cerca de 12.000 candidatos....Buzio escreveu:Durante o funeral de Carlos Caetano, militar do posto de Aguiar da Beira, foi lida uma mensagem do bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança na qual alertou para o risco de futuramente "poucos ou nenhuns" quererem entrar na GNR.
Manuel Linda lamentou que, por um lado, se viva numa sociedade onde se mata "por dá cá esta palha" e, por outro, as forças de segurança sejam "ignoradas pela maioria, menosprezadas por muitos e até odiadas por alguns".Qualquer dia sujeitamo-nos a que poucos ou nenhuns queiram entrar nesta força de segurança, porque a dureza da vida é enorme, a exposição social incomoda e a compensação, concretamente o salário, é muito pequena", considerou.
Na minha opinião, as palavras do vigário castrense das forças armadas e de segurança também não me parece serem as mais adequadas à ocasião.
CARI2013- Sargento-Mor
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Idade : 41
Profissão : GNR
Nº de Mensagens : 2860
Mensagem : «Uma das maiores subtilezas da arte militar é nunca levar o inimigo ao desespero.»
(Michel de Montaigne)
Meu alistamento : Aqui podes colocar o ano do teu alistamento!(Facultativo)
Re: Mensagem do bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança no funeral de Carlos Caetano
No funeral do Guarda Principal Carlos Caetano
Out 13, 2016 | Notícias
Na impossibilidade de estar presente, devido ao lançamento do DoCat, D. Manuel Linda enviou a seguinte mensagem.
Mensagem à família e aos amigos do
Guarda Principal Carlos Filipe Caetano
e à Guarda Nacional Republicana
É missão grave do bispo estar com os seus fiéis, especialmente nos momentos difíceis e dolorosos. Como um Comandante, o bispo tem de ser o último a abandonar o navio, mesmo correndo perigo de vida. Isto é, ser bispo não é desempenhar um qualquer cargo importante, mas dar o exemplo no aproximar-se das pessoas, partilhar os seus sentimentos e estender uma mão amiga para as retirar do poço negro do sofrimento e as abrir à luz da esperança e do conforto espiritual possível.
Por esta razão, é com profunda tristeza que não posso estar presente junto de vós, neste momento trágico e de luto. É que, um compromisso pastoral e religioso de âmbito nacional, há muito assumido, impede-me a presença física. Não obstante, garanto-vos uma fortíssima presença espiritual: também eu sofro convosco, me emociono convosco e experimento a negrura da tristeza.
Mas também faço o que vocês fazem agora: rezo. Sim, neste momento, a única coisa que podemos fazer é pedir a misericórdia do nosso Deus. Misericórdia, antes de mais, para a alma do Guarda Principal Carlos Caetano para que Deus lhe valorize o sacrifício da vida e do sangue, derramado na defesa do bem e da legalidade, e lhe perdoe alguma falta cometida ao longo da sua curta vida; e misericórdia para os seus familiares, camaradas e amigos que, porventura, neste momento, sofrem tanto que podem já não encontrar razões de viver. Deus vos ajude. Que ele, o nosso Deus, coloque a sua mão paterna no ombro do Carlos e no vosso para vos confortar, amparar e animar, tal como um Pai faz a um filho quando este sofre a mais dura provação.
Queria aproveitar esta circunstância trágica para uma palavrinha simples, dirigida a todos, mas especialmente a quem tem o poder da decisão ou da influência.
A nossa cultura e maneira de viver, aqui na Europa, está a tornar-se problemática. Por um lado, à base de um conceito errado de liberdade, não se insiste na modelação do nosso temperamento, na formação moral e na educação para os valores. E o mal mais terrível encontra campo aberto para se impor, a ponto de a vida humana se tornar apenas uma questão de preço e, por sinal, para os malvados, um preço muito baixo: mata-se por «dá cá esta palha», como diz o povo. Por outro lado, as Forças de Segurança, concretamente a Guarda, são ignoradas pela maioria, menosprezadas por muitos e até adiadas por alguns. Delas se exige que a legalidade impere mas, quando as coisas correm com tranquilidade, alguns acham que estão a mais.
Esta mentalidade é perigosíssima a curto prazo. Evidentemente, nenhum de nós procura o martírio. Por isso, qualquer dia sujeitamo-nos a que poucos ou nenhum queiram entrar nesta Força de Segurança porque a dureza de vida é enorme, a exposição social incomoda e a compensação, concretamente o salário, é muito pequena. Então, que queremos? Que o mal campeie e a ilegalidade alastre por falta de quem lhe ponha cobro? Eis, pois, uma questão não apenas social, mas mesmo moral: dê-se à Guarda e às outras Forças de Segurança os meios humanos e técnicos, os equipamentos e a formação sem os quais não podem afrontar o mal que cada vez parece ressurgir com mais intensidade. E faça-se tudo para se valorizar, social e economicamente, esta altruísta e nobre função de preservar a boa harmonia social, a paz, a liberdade e a legalidade.
Evidentemente, não sou técnico desse âmbito. Apenas quis alertar para algo que me preocupa, pois a sociedade aberta tem muito inimigos. E precisa de quem a defenda. O que me compete é animar a fé dos crentes. Por isso, digo à família, aos camaradas e aos amigos: como sabeis pela vossa formação religiosa, o mistério pascal de Jesus também passou por uma Sexta feira muito dura, também se esvaiu em sangue, também houve dor atroz. Na história de Jesus, também entrou uma Mãe desfeita em lágrimas e uns quantos amigos com o coração partido pela dor. Também entrou uma sepultura e um túmulo. Mas também aconteceu um Domingo de Páscoa, também se experimentou a alegria mais profunda do reencontro, também se saboreou a plenitude da vida. Numa palavra: houve ressurreição.
Caros amigos, hoje, para vós e para mim, é Sexta-feira Santa. Muito negra e muito dura. Mas chegaremos à glória da ressurreição. O dia de hoje é passagem e não realidade final.
Garanto-vos o apoio da minha oração: ela obtenha o eterno descaso para o Guarda Principal Carlos Caetano e o conforto para os familiares, camaradas e amigos. Deus vos ajude.
O vosso irmão,
Manuel Linda
Bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança
http://ordinariato.castrense.pt/no-funeral-do-guarda-principal-carlos-caetano/
Out 13, 2016 | Notícias
Na impossibilidade de estar presente, devido ao lançamento do DoCat, D. Manuel Linda enviou a seguinte mensagem.
Mensagem à família e aos amigos do
Guarda Principal Carlos Filipe Caetano
e à Guarda Nacional Republicana
É missão grave do bispo estar com os seus fiéis, especialmente nos momentos difíceis e dolorosos. Como um Comandante, o bispo tem de ser o último a abandonar o navio, mesmo correndo perigo de vida. Isto é, ser bispo não é desempenhar um qualquer cargo importante, mas dar o exemplo no aproximar-se das pessoas, partilhar os seus sentimentos e estender uma mão amiga para as retirar do poço negro do sofrimento e as abrir à luz da esperança e do conforto espiritual possível.
Por esta razão, é com profunda tristeza que não posso estar presente junto de vós, neste momento trágico e de luto. É que, um compromisso pastoral e religioso de âmbito nacional, há muito assumido, impede-me a presença física. Não obstante, garanto-vos uma fortíssima presença espiritual: também eu sofro convosco, me emociono convosco e experimento a negrura da tristeza.
Mas também faço o que vocês fazem agora: rezo. Sim, neste momento, a única coisa que podemos fazer é pedir a misericórdia do nosso Deus. Misericórdia, antes de mais, para a alma do Guarda Principal Carlos Caetano para que Deus lhe valorize o sacrifício da vida e do sangue, derramado na defesa do bem e da legalidade, e lhe perdoe alguma falta cometida ao longo da sua curta vida; e misericórdia para os seus familiares, camaradas e amigos que, porventura, neste momento, sofrem tanto que podem já não encontrar razões de viver. Deus vos ajude. Que ele, o nosso Deus, coloque a sua mão paterna no ombro do Carlos e no vosso para vos confortar, amparar e animar, tal como um Pai faz a um filho quando este sofre a mais dura provação.
Queria aproveitar esta circunstância trágica para uma palavrinha simples, dirigida a todos, mas especialmente a quem tem o poder da decisão ou da influência.
A nossa cultura e maneira de viver, aqui na Europa, está a tornar-se problemática. Por um lado, à base de um conceito errado de liberdade, não se insiste na modelação do nosso temperamento, na formação moral e na educação para os valores. E o mal mais terrível encontra campo aberto para se impor, a ponto de a vida humana se tornar apenas uma questão de preço e, por sinal, para os malvados, um preço muito baixo: mata-se por «dá cá esta palha», como diz o povo. Por outro lado, as Forças de Segurança, concretamente a Guarda, são ignoradas pela maioria, menosprezadas por muitos e até adiadas por alguns. Delas se exige que a legalidade impere mas, quando as coisas correm com tranquilidade, alguns acham que estão a mais.
Esta mentalidade é perigosíssima a curto prazo. Evidentemente, nenhum de nós procura o martírio. Por isso, qualquer dia sujeitamo-nos a que poucos ou nenhum queiram entrar nesta Força de Segurança porque a dureza de vida é enorme, a exposição social incomoda e a compensação, concretamente o salário, é muito pequena. Então, que queremos? Que o mal campeie e a ilegalidade alastre por falta de quem lhe ponha cobro? Eis, pois, uma questão não apenas social, mas mesmo moral: dê-se à Guarda e às outras Forças de Segurança os meios humanos e técnicos, os equipamentos e a formação sem os quais não podem afrontar o mal que cada vez parece ressurgir com mais intensidade. E faça-se tudo para se valorizar, social e economicamente, esta altruísta e nobre função de preservar a boa harmonia social, a paz, a liberdade e a legalidade.
Evidentemente, não sou técnico desse âmbito. Apenas quis alertar para algo que me preocupa, pois a sociedade aberta tem muito inimigos. E precisa de quem a defenda. O que me compete é animar a fé dos crentes. Por isso, digo à família, aos camaradas e aos amigos: como sabeis pela vossa formação religiosa, o mistério pascal de Jesus também passou por uma Sexta feira muito dura, também se esvaiu em sangue, também houve dor atroz. Na história de Jesus, também entrou uma Mãe desfeita em lágrimas e uns quantos amigos com o coração partido pela dor. Também entrou uma sepultura e um túmulo. Mas também aconteceu um Domingo de Páscoa, também se experimentou a alegria mais profunda do reencontro, também se saboreou a plenitude da vida. Numa palavra: houve ressurreição.
Caros amigos, hoje, para vós e para mim, é Sexta-feira Santa. Muito negra e muito dura. Mas chegaremos à glória da ressurreição. O dia de hoje é passagem e não realidade final.
Garanto-vos o apoio da minha oração: ela obtenha o eterno descaso para o Guarda Principal Carlos Caetano e o conforto para os familiares, camaradas e amigos. Deus vos ajude.
O vosso irmão,
Manuel Linda
Bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança
http://ordinariato.castrense.pt/no-funeral-do-guarda-principal-carlos-caetano/
Croco- Major
-
Idade : 55
Profissão : Militar da GNR
Nº de Mensagens : 8373
Mensagem : "Não faças aos outros o que não queres que os outros te façam a ti".
“Karma tarda mas não falha".
A MINHA ETAPA TERMINOU, BOA SORTE PARA VOÇES.
Meu alistamento : 1991 CIP
Re: Mensagem do bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança no funeral de Carlos Caetano
"Eis, pois, uma questão não apenas social, mas mesmo moral: dê-se à Guarda e às outras Forças de Segurança os meios humanos e técnicos, os equipamentos e a formação sem os quais não podem afrontar o mal que cada vez parece ressurgir com mais intensidade. E faça-se tudo para se valorizar, social e economicamente, esta altruísta e nobre função de preservar a boa harmonia social, a paz, a liberdade e a legalidade."
Pois é Sr. Bispo, aguarde pela publicação e entrada em vigor dos novos diplomas que vão regular as vidas profissionais e pessoais dos militares da Guarda, nomeadamente o EMGNR e o Decreto-lei das reformas, e vai ver qual é que vai ser a preocupação daqueles que têm o dever de olhar por nós e o dever de nos proporcionar aquilo que refere na sua mensagem, e vai ver a valorização social e económica que nós vamos ter a seguir.
Guarda que anda à linha- Sargento-Chefe
-
Idade : 58
Profissão : Funcionário publico
Nº de Mensagens : 2008
Meu alistamento : Aqui podes colocar o ano do teu alistamento!(Facultativo)
Re: Mensagem do bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança no funeral de Carlos Caetano
O senhor bispo que ponha os olhos na aplicação do horário de referência é tira logo as suas conclusões. Os piores inimigos para os guardas são os próprios comandantes...se esta gente nos quisesse bem não andavam com esta trapalhada...
jmflince- 1º Sargento
-
Idade : 58
Profissão : Cabo GNR
Nº de Mensagens : 1270
Mensagem : Estou a viver o tempo que perdi em trinta anos de serviço.
Meu alistamento : 04-03-1991
Re: Mensagem do bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança no funeral de Carlos Caetano
É pena que essas palavras de nada sirvam, pois a ministra daqui a uns dias nem se lembra, está-se nas tintas para nós...
carlos ferreira- Cabo-Excepção
-
Idade : 46
Profissão : gnr
Nº de Mensagens : 106
Meu alistamento : 2000
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