Os GNR que pediam “peixinho” em troca de pagamentos de multas
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Os GNR que pediam “peixinho” em troca de pagamentos de multas
Eram três, todos da mesma patrulha, e durante quase um ano receberam dinheiro em troco de perdões de multas. Estão a ser julgados por corrupção.
uma manhã de outubro, na zona de Ribamar, em Peniche, António C. ia ao volante do seu carro quando foi mandado parar numa operação stop. O militar da GNR, devidamente fardado, pediu-lhe os documentos e António, um pescador da região, disse prontamente que não tinha consigo a carta de condução. Perante a falha do condutor, que teria de ser punida com uma multa, e já sabendo que ele era pescador de profissão, o guarda teve uma reação fora do comum: pediu-lhe “uns peixinhos” para perdoar a situação. E o que parecia ser uma operação stop como qualquer outra, era afinal um dos muitos episódios de um crime alegadamente cometido por um grupo de militares da GNR que estão a ser julgados por corrupção no Tribunal de Loures. A sentença é lida nesta segunda-feira.
António C. seguiu caminho com o número de telefone do GNR no bolso e no dia seguinte ligou para lhe dizer que “o peixe já estava amanhado”. Posto isso, o pescador e o guarda combinaram encontrar-se na rotunda da Marteleira, próximo da Lourinhã, e foi aí que uma caixa repleta de peixes acabou por ir parar ao porta bagagens do automóvel do GNR. António C. acabou também por ser acusado pelo Ministério Público, neste caso, por corrupção ativa.
Os crimes ocorreram a partir de 2012 e ao longo de quase um ano. Para além de abordarem os condutores nas fiscalizações de trânsito, continuavam a pressioná-los depois disso com telefonemas até que lhes fosse entregue o dinheiro que queriam. E, em alguns casos, para além de ficaram com o dinheiro passaram, ainda assim, as multas de trânsito.
Quando se encontravam em patrulha, no carro caracterizado da GNR e sempre fardados, abordavam aqueles que incorriam em infrações rodoviárias e a conversa era quase sempre a mesma: lembravam os condutores do valor alto das multas e aliciavam-nos a resolver a questão de outra maneira.
Em julgamento estão uma dezena de situações que foram investigadas pelas autoridades e que determinaram ainda a acusação a três condutores, por corrupção ativa.
Numa outra situação, a mesma patrulha viu Pedro A. a conduzir numa estrada de terra batida, enquanto falava ao telemóvel. Mandaram-no parar, pediram os documentos e quiseram que fizesse o teste do balão. Apesar de não ter acusado qualquer nível de álcool, o militar da GNR não o deixou ir logo embora, lembrando-o que o tinha visto a falar ao telemóvel dentro do carro. Pedro assentiu e após alguma conversa o guarda disse-lhe que daquela vez deixaria passar a infração, mas que numa próxima as coisas podiam complicar-se. Posto isto, pediu-lhe o número de telemóvel. E quando Pedro julgava que a situação tinha ficado esquecida, recebeu um telefonema do guarda. A conversa ter-se-á desenrolado à volta da multa que ele não lhe tinha passado. Pedro não propôs nada ao GNR, mas dias depois voltou a receber nova chamada do militar. Foi aí que convidou a patrulha para um churrasco na expectativa de ver a multa perdoada.
No julgamento, um dos militares da GNR assumiu o suborno, justificando que a mulher estava desempregada.
Segundo o Ministério Público, os três militares, dois cabos e um guarda, costumavam realizar sempre juntos as patrulhas na Brigada de Trânsito e terão delineado o plano entre si. Mas no decorrer do julgamento apenas um dos militares assumiu que apenas uma vez recebeu dinheiro de um condutor para fechar os olhos a uma multa. O GNR justificou-se, dizendo que estaria a passar um momento conturbado na sua vida e que necessitava do dinheiro porque a mulher estava desempregada negando, no entanto, que tenha cometido os outros crimes enunciados na acusação. Os outros dois cabos da GNR nunca quiseram prestar declarações no decorrer das sessões em tribunal.
Aires S. foi outra das vítimas. Num final de tarde, abordaram-no quando saía da A8, em direção à Lourinhã. Pediram-lhe os documentos e sujeitaram-no ao teste de álcool. “É sempre a mesma coisa, acusou”, terá dito o guarda, para estupefação de Aires que, segundo os elementos recolhidos pelo Ministério Público, garantiu que não tinha ingerido qualquer bebida alcoólica nesse dia. O guarda da GNR insistiu e disse ao condutor que, ainda assim, seria autuado uma vez que não tinha parado num sinal STOP, “tudo infrações muito graves”.
Quando o condutor tentou ripostar, o guarda ter-lhe-á dito que “o colega estava mal disposto”, mas que poderiam encontrar-se mais tarde para conversar. E assim foi. Nesse mesmo dia, Aires S. voltou a encontrar-se com o GNR e chegou mesmo a entregar-lhe 100 euros. Antes de se despedirem ainda ouviu a recomendação de que o assunto “não era para sair dali”.
Já na Enxára, a 19 de maio de 2013, João G. foi mandado parar numa operação stop, alegadamente, de rotina. Face à falta da inspeção periódica do veículo, o guarda da GNR lembrou o condutor que as coimas poderiam chegar aos mil euros, mas que se ele quisesse seguir o seu caminho poderia entregar-lhes 200 euros e o assunto ficava resolvido. João G. só tinha 100 euros consigo, mas prontamente os entregou, com a garantia de que no dia seguinte se voltaria a encontrar com o GNR para lhe dar o resto do dinheiro. O guarda da GNR nunca deixava ir embora um condutor sem que este lhe desse o número de telemóvel e este caso não foi exceção. Logo no dia seguinte o militar telefonou a João G. para que este lhe pagasse a quantia em falta. Como o condutor não concordou com novo encontro, o GNR acabou mesmo por emitir a multa.
Um outro condutor, apanhado pela GNR a falar ao telemóvel, acabou por oferecer um churrasco aos guardas na tentativa de estes não passarem a referida contra-ordenação. E o facto é que o condutor nunca recebeu qualquer notificação nesse sentido.
Um mês depois nova situação que, contudo, não veio a dar frutos para os militares. Adelino M. teve uma avaria no seu carro quando seguia na auto-estrada rumo a Loures. Enquanto esperava o reboque, viu o carro patrulha da GNR estacionar perto de si. Os guardas perguntaram o que se passava, e imediatamente pediram-lhe os documentos. Por fim, disseram-lhe que teriam de o multar, uma vez que não estava a utilizar o colete refletor, nem tinha colocado na estrada o triângulo de sinalização. Lembraram a Adelino que o valor das multas poderia ascender aos 400 euros e ainda que poderia vir a ficar sem carta. Face ao seu desespero, o guarda da GNR terá então dito que a situação se poderia “resolver por outra via”. Esta via significava o pagamento de 200 euros.
Como Adelino não tinha esse dinheiro consigo, combinou um encontro com os militares para o dia seguinte. À hora marcada estava Adelino no local combinado, uma bomba de gasolina da A8. Esperou cerca de meia hora e uma vez que os guardas não apareceram foi para casa. Mas não demorou muito até receber um telefonema para agendar um novo encontro, mas aí Adelino não facilitou. O militar da GNR ligou-lhe mais nove vezes durante vários dias, mas o condutor recusou-se a encontrar-se de novo com ele e a pagar o suborno. Dias depois, apareceu-lhe em casa a notificação para pagar a multa.
Na tarde de 19 de julho de 2013, o condutor Eduardo F. surpreendeu os militares ao recusar-se a entregar-lhes qualquer quantia. Tinha sido mandado parar numa operação de fiscalização de trânsito e não se fazia acompanhar do comprovativo de inspeção periódica. Os GNR lembraram que o valor da multa seria de 250 euros, mas mostraram-se disponíveis para receber apenas metade se Eduardo pagasse no momento. Ele não aceitou. Ainda assim, foi intimado a deixar o seu contato telefónico e nos dias seguintes chegou mesmo receber um telefonema do guarda a perguntar se já tinha mudado de ideias. Eduardo não hesitou e respondeu-lhe que “se quisessem, passassem a multa”.
Os militares da GNR acabaram por ser suspeitos de funções, mas findo o prazo da medida judicial voltaram a apresentar-se ao serviço, não estando, porém a cumprir funções operacionais.
A prática dos crimes terminou quando os militares foram apanhados em flagrante pelos inspetores da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária. Depois de terem intercetado um condutor de uma empresa alegando que este transportava uma carga que excedia o limite da caixa do automóvel e cuja multa rondaria os 600 euros, recomendaram que ele falasse com o seu patrão. O guarda e o responsável da empresa mantiveram uma conversa telefónica de breves minutos e combinaram um encontro para resolver a questão.
Mas esse momento acabou por acontecer quase um mês após a fiscalização, e numa altura em que as autoridades já estavam a investigar os três militares, após diversas denúncias e escutas telefónicas.
Foi no preciso instante em que o o militar da GNR recebia os 200 euros por parte do responsável da empresa que tinha sido multada, que os inspetores da PJ agiram, apanhando-os em flagrante.
Os militares da GNR acabaram por ser suspensos de funções, mas o prazo desta medida judicial chegou ao fim em outubro e eles voltaram a apresentar-se ao serviço. Não estão, porém, e ao que foi possível apurar, a cumprir funções operacionais. Incorrem no crime de corrupção passiva, com pena que vai de um a oito anos de prisão e a pena acessória de proibição do exercício de funções. O guarda da GNR responde ainda pelo crime de prevaricação, o qual poderá ditar-lhe uma pena de multa. Três civis, condutores que pactuaram com os crimes, estão também sentados no banco dos réus, acusados de crimes de corrupção ativa, na forma consumada.
In: observadoruma manhã de outubro, na zona de Ribamar, em Peniche, António C. ia ao volante do seu carro quando foi mandado parar numa operação stop. O militar da GNR, devidamente fardado, pediu-lhe os documentos e António, um pescador da região, disse prontamente que não tinha consigo a carta de condução. Perante a falha do condutor, que teria de ser punida com uma multa, e já sabendo que ele era pescador de profissão, o guarda teve uma reação fora do comum: pediu-lhe “uns peixinhos” para perdoar a situação. E o que parecia ser uma operação stop como qualquer outra, era afinal um dos muitos episódios de um crime alegadamente cometido por um grupo de militares da GNR que estão a ser julgados por corrupção no Tribunal de Loures. A sentença é lida nesta segunda-feira.
António C. seguiu caminho com o número de telefone do GNR no bolso e no dia seguinte ligou para lhe dizer que “o peixe já estava amanhado”. Posto isso, o pescador e o guarda combinaram encontrar-se na rotunda da Marteleira, próximo da Lourinhã, e foi aí que uma caixa repleta de peixes acabou por ir parar ao porta bagagens do automóvel do GNR. António C. acabou também por ser acusado pelo Ministério Público, neste caso, por corrupção ativa.
Os crimes ocorreram a partir de 2012 e ao longo de quase um ano. Para além de abordarem os condutores nas fiscalizações de trânsito, continuavam a pressioná-los depois disso com telefonemas até que lhes fosse entregue o dinheiro que queriam. E, em alguns casos, para além de ficaram com o dinheiro passaram, ainda assim, as multas de trânsito.
Quando se encontravam em patrulha, no carro caracterizado da GNR e sempre fardados, abordavam aqueles que incorriam em infrações rodoviárias e a conversa era quase sempre a mesma: lembravam os condutores do valor alto das multas e aliciavam-nos a resolver a questão de outra maneira.
Em julgamento estão uma dezena de situações que foram investigadas pelas autoridades e que determinaram ainda a acusação a três condutores, por corrupção ativa.
Numa outra situação, a mesma patrulha viu Pedro A. a conduzir numa estrada de terra batida, enquanto falava ao telemóvel. Mandaram-no parar, pediram os documentos e quiseram que fizesse o teste do balão. Apesar de não ter acusado qualquer nível de álcool, o militar da GNR não o deixou ir logo embora, lembrando-o que o tinha visto a falar ao telemóvel dentro do carro. Pedro assentiu e após alguma conversa o guarda disse-lhe que daquela vez deixaria passar a infração, mas que numa próxima as coisas podiam complicar-se. Posto isto, pediu-lhe o número de telemóvel. E quando Pedro julgava que a situação tinha ficado esquecida, recebeu um telefonema do guarda. A conversa ter-se-á desenrolado à volta da multa que ele não lhe tinha passado. Pedro não propôs nada ao GNR, mas dias depois voltou a receber nova chamada do militar. Foi aí que convidou a patrulha para um churrasco na expectativa de ver a multa perdoada.
No julgamento, um dos militares da GNR assumiu o suborno, justificando que a mulher estava desempregada.
Segundo o Ministério Público, os três militares, dois cabos e um guarda, costumavam realizar sempre juntos as patrulhas na Brigada de Trânsito e terão delineado o plano entre si. Mas no decorrer do julgamento apenas um dos militares assumiu que apenas uma vez recebeu dinheiro de um condutor para fechar os olhos a uma multa. O GNR justificou-se, dizendo que estaria a passar um momento conturbado na sua vida e que necessitava do dinheiro porque a mulher estava desempregada negando, no entanto, que tenha cometido os outros crimes enunciados na acusação. Os outros dois cabos da GNR nunca quiseram prestar declarações no decorrer das sessões em tribunal.
GNR diz que colega estava mal disposto e que podiam conversar depois
Aires S. foi outra das vítimas. Num final de tarde, abordaram-no quando saía da A8, em direção à Lourinhã. Pediram-lhe os documentos e sujeitaram-no ao teste de álcool. “É sempre a mesma coisa, acusou”, terá dito o guarda, para estupefação de Aires que, segundo os elementos recolhidos pelo Ministério Público, garantiu que não tinha ingerido qualquer bebida alcoólica nesse dia. O guarda da GNR insistiu e disse ao condutor que, ainda assim, seria autuado uma vez que não tinha parado num sinal STOP, “tudo infrações muito graves”.
Quando o condutor tentou ripostar, o guarda ter-lhe-á dito que “o colega estava mal disposto”, mas que poderiam encontrar-se mais tarde para conversar. E assim foi. Nesse mesmo dia, Aires S. voltou a encontrar-se com o GNR e chegou mesmo a entregar-lhe 100 euros. Antes de se despedirem ainda ouviu a recomendação de que o assunto “não era para sair dali”.
Já na Enxára, a 19 de maio de 2013, João G. foi mandado parar numa operação stop, alegadamente, de rotina. Face à falta da inspeção periódica do veículo, o guarda da GNR lembrou o condutor que as coimas poderiam chegar aos mil euros, mas que se ele quisesse seguir o seu caminho poderia entregar-lhes 200 euros e o assunto ficava resolvido. João G. só tinha 100 euros consigo, mas prontamente os entregou, com a garantia de que no dia seguinte se voltaria a encontrar com o GNR para lhe dar o resto do dinheiro. O guarda da GNR nunca deixava ir embora um condutor sem que este lhe desse o número de telemóvel e este caso não foi exceção. Logo no dia seguinte o militar telefonou a João G. para que este lhe pagasse a quantia em falta. Como o condutor não concordou com novo encontro, o GNR acabou mesmo por emitir a multa.
Um outro condutor, apanhado pela GNR a falar ao telemóvel, acabou por oferecer um churrasco aos guardas na tentativa de estes não passarem a referida contra-ordenação. E o facto é que o condutor nunca recebeu qualquer notificação nesse sentido.
Um mês depois nova situação que, contudo, não veio a dar frutos para os militares. Adelino M. teve uma avaria no seu carro quando seguia na auto-estrada rumo a Loures. Enquanto esperava o reboque, viu o carro patrulha da GNR estacionar perto de si. Os guardas perguntaram o que se passava, e imediatamente pediram-lhe os documentos. Por fim, disseram-lhe que teriam de o multar, uma vez que não estava a utilizar o colete refletor, nem tinha colocado na estrada o triângulo de sinalização. Lembraram a Adelino que o valor das multas poderia ascender aos 400 euros e ainda que poderia vir a ficar sem carta. Face ao seu desespero, o guarda da GNR terá então dito que a situação se poderia “resolver por outra via”. Esta via significava o pagamento de 200 euros.
Como Adelino não tinha esse dinheiro consigo, combinou um encontro com os militares para o dia seguinte. À hora marcada estava Adelino no local combinado, uma bomba de gasolina da A8. Esperou cerca de meia hora e uma vez que os guardas não apareceram foi para casa. Mas não demorou muito até receber um telefonema para agendar um novo encontro, mas aí Adelino não facilitou. O militar da GNR ligou-lhe mais nove vezes durante vários dias, mas o condutor recusou-se a encontrar-se de novo com ele e a pagar o suborno. Dias depois, apareceu-lhe em casa a notificação para pagar a multa.
Condutor recusa-se a pagar suborno
Na tarde de 19 de julho de 2013, o condutor Eduardo F. surpreendeu os militares ao recusar-se a entregar-lhes qualquer quantia. Tinha sido mandado parar numa operação de fiscalização de trânsito e não se fazia acompanhar do comprovativo de inspeção periódica. Os GNR lembraram que o valor da multa seria de 250 euros, mas mostraram-se disponíveis para receber apenas metade se Eduardo pagasse no momento. Ele não aceitou. Ainda assim, foi intimado a deixar o seu contato telefónico e nos dias seguintes chegou mesmo receber um telefonema do guarda a perguntar se já tinha mudado de ideias. Eduardo não hesitou e respondeu-lhe que “se quisessem, passassem a multa”.
Os militares da GNR acabaram por ser suspeitos de funções, mas findo o prazo da medida judicial voltaram a apresentar-se ao serviço, não estando, porém a cumprir funções operacionais.
A prática dos crimes terminou quando os militares foram apanhados em flagrante pelos inspetores da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária. Depois de terem intercetado um condutor de uma empresa alegando que este transportava uma carga que excedia o limite da caixa do automóvel e cuja multa rondaria os 600 euros, recomendaram que ele falasse com o seu patrão. O guarda e o responsável da empresa mantiveram uma conversa telefónica de breves minutos e combinaram um encontro para resolver a questão.
Mas esse momento acabou por acontecer quase um mês após a fiscalização, e numa altura em que as autoridades já estavam a investigar os três militares, após diversas denúncias e escutas telefónicas.
Foi no preciso instante em que o o militar da GNR recebia os 200 euros por parte do responsável da empresa que tinha sido multada, que os inspetores da PJ agiram, apanhando-os em flagrante.
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Re: Os GNR que pediam “peixinho” em troca de pagamentos de multas
Há por aí muito "peixinho"
toinojaquim- 2º Sargento
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Mensagem : " As massas nunca se elevam ao padrão do seu melhor membro, pelo contrário, degradam-se ao nível do pior"
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Re: Os GNR que pediam “peixinho” em troca de pagamentos de multas
Peixinho e Peixe-acha... E já agora, os Peixões?
Re: Os GNR que pediam “peixinho” em troca de pagamentos de multas
Tiveram boa escola, ou melhor uma escola fraca, borraram-se por pouco...Os próximos que mudem de escola e que se matriculem na do Sócrates, Varas e companhia....
joao miguel silva- 2º Sargento
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Mensagem : O querido líder do Guadiana...
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Re: Os GNR que pediam “peixinho” em troca de pagamentos de multas
[size=46]Militar da GNR condenado a seis anos de prisão por perdoar multas[/size]
De acordo com o despacho de acusação, os três militares - um soldado (comandante de patrulha) e dois cabos - estavam indiciados por crimes de corrupção passiva, alegadamente ocorridos entre maio e novembro de 2013.
Os militares teriam durante esse período abordado "por diversas vezes condutores que incorreram em infrações rodoviárias e, em troca de quantias monetárias ou de outras vantagens patrimoniais em género, como carne ou peixe, que solicitaram, não elaboraram ou prometeram não elaborar os respetivos autos de contraordenação".
O despacho refere ainda que a abordagem aos condutores era feita no local e posteriormente via contacto telefónico, sempre pelo comandante de patrulha.
Durante a leitura do acórdão, o presidente do coletivo de juízes afirmou que a conduta do comandante de patrulha (que esteve ausente da sessão) foi "muito grave", justificando a aplicação de uma pena de seis anos de prisão.
Além dos militares da GNR, responderam também em tribunal três civis acusados de corrupção ativa, por aceitarem a proposta de suborno apresentada pelos três guardas e terem visto, consequentemente, as suas multas perdoadas.
Aos civis, o tribunal aplicou pena suspensa de prisão, com obrigatoriedade de um regime de prova.
No final da sessão, os advogados dos militares escusaram-se a falar aos jornalistas.
in: Noticias ao MinutoO tribunal de Loures condenou hoje a seis anos de prisão um militar da GNR do Destacamento de Trânsito de Torres Vedras acusado de ter perdoado multas a troco de dinheiro e de bens alimentares.
Juntamente com este militar, que era o comandante de patrulha, estavam acusados outros dois do mesmo destacamento, mas acabaram por ser absolvidos, uma vez que o coletivo de juízes do tribunal da Comarca de Lisboa Norte (Loures) não conseguiu provar o seu envolvimento.De acordo com o despacho de acusação, os três militares - um soldado (comandante de patrulha) e dois cabos - estavam indiciados por crimes de corrupção passiva, alegadamente ocorridos entre maio e novembro de 2013.
Os militares teriam durante esse período abordado "por diversas vezes condutores que incorreram em infrações rodoviárias e, em troca de quantias monetárias ou de outras vantagens patrimoniais em género, como carne ou peixe, que solicitaram, não elaboraram ou prometeram não elaborar os respetivos autos de contraordenação".
O despacho refere ainda que a abordagem aos condutores era feita no local e posteriormente via contacto telefónico, sempre pelo comandante de patrulha.
Durante a leitura do acórdão, o presidente do coletivo de juízes afirmou que a conduta do comandante de patrulha (que esteve ausente da sessão) foi "muito grave", justificando a aplicação de uma pena de seis anos de prisão.
Além dos militares da GNR, responderam também em tribunal três civis acusados de corrupção ativa, por aceitarem a proposta de suborno apresentada pelos três guardas e terem visto, consequentemente, as suas multas perdoadas.
Aos civis, o tribunal aplicou pena suspensa de prisão, com obrigatoriedade de um regime de prova.
No final da sessão, os advogados dos militares escusaram-se a falar aos jornalistas.
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Re: Os GNR que pediam “peixinho” em troca de pagamentos de multas
«O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons.» (Martin Luther King)
CARI2013- Sargento-Mor
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Mensagem : «Uma das maiores subtilezas da arte militar é nunca levar o inimigo ao desespero.»
(Michel de Montaigne)
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Re: Os GNR que pediam “peixinho” em troca de pagamentos de multas
Não vale a pena sujarem-se por tão pouco.
Ou por milhões, sim que esses são mandados para a "prisão" nas suas mansões, ou nada...
Ou por milhões, sim que esses são mandados para a "prisão" nas suas mansões, ou nada...
Alvaro Carvalho- 2º Sargento
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Idade : 67
Profissão : GNR/ Reserva,quase na reforma...
Nº de Mensagens : 883
Meu alistamento : Setembro de 1975! Cap Aguiar, como Comandante de Companhia
MAS,FINALMENTE NA REFORMA!
Re: Os GNR que pediam “peixinho” em troca de pagamentos de multas
joao miguel silva escreveu:Tiveram boa escola, ou melhor uma escola fraca, borraram-se por pouco...Os próximos que mudem de escola e que se matriculem na do Sócrates, Varas e companhia....
http://www.cmjornal.pt/portugal/detalhe/sargento-quis-travar-detencao-de-um-amigo
Também podias ter comentado este tópico que também está aberto a discussão no fórum e também este se "borrou" por pouco.
Também devia de estar matriculado na escola do Sócrates...
Porque é que não o fizeste?
Por ser da tua classe e da tua especialidade?
Ok, ok, ofende à vontade e depois eliminem este post como é costume.
Ice- Sargento-Ajudante
-
Idade : 50
Profissão : Militar das forças de segurança
Nº de Mensagens : 1511
Mensagem : Sei que pareço um ladrão
Mas há muitos que eu conheço
Que não parecendo o que são
São aquilo que pareço!
Re: Os GNR que pediam “peixinho” em troca de pagamentos de multas
comer palha faz crescer a barriga..porque as orelhas já lá estão.Ice escreveu:joao miguel silva escreveu:Tiveram boa escola, ou melhor uma escola fraca, borraram-se por pouco...Os próximos que mudem de escola e que se matriculem na do Sócrates, Varas e companhia....
http://www.cmjornal.pt/portugal/detalhe/sargento-quis-travar-detencao-de-um-amigo
Também podias ter comentado este tópico que também está aberto a discussão no fórum e também este se "borrou" por pouco.
Também devia de estar matriculado na escola do Sócrates...
Porque é que não o fizeste?
Por ser da tua classe e da tua especialidade?
Ok, ok, ofende à vontade e depois eliminem este post como é costume.
Já que tas a falar, como deves falar com a confiança que deves ter com um familiar teu, esse caso a que o ilustre colega do corrupto condenado a 6 anos de prisão se refere, ainda nem se quer foi julgado para atribuir uma culpabilidade.
Eu só critico e condeno corruptos condenados em tribunal, não quem vai ser julgado, porque não é preciso ser muito asinino, ou se calhar, ser, para imaginar que pode vir a ser inocentado.
joao miguel silva- 2º Sargento
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Idade : 48
Profissão : GNR
Nº de Mensagens : 736
Mensagem : O querido líder do Guadiana...
Meu alistamento : 2197
Re: Os GNR que pediam “peixinho” em troca de pagamentos de multas
Eu não fico admirado com noticias destas, fico admirado por não haver mais. Em todos os sectores da sociadade há disto, somos um país de cunhas, luvas e tachos e a gnr não será excepção.
Só não percebo, é que quem era chantageado para vir dar a "luva" não apresentava queixa Às entidades competentes para que fosse apanhado em flagrante e assim livrava-se da acusação de corrupção activa.
Será que seria o medo de levar com a multa? Infelizmente, as pessoas acabam por seguir o caminho mais fácil para tirarem proveito da situação. Preferem dar uma luva para que fique resolvido o assunto.
Só não percebo, é que quem era chantageado para vir dar a "luva" não apresentava queixa Às entidades competentes para que fosse apanhado em flagrante e assim livrava-se da acusação de corrupção activa.
Será que seria o medo de levar com a multa? Infelizmente, as pessoas acabam por seguir o caminho mais fácil para tirarem proveito da situação. Preferem dar uma luva para que fique resolvido o assunto.
Gif- Furriel
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Idade : 46
Profissão : tratorista
Nº de Mensagens : 454
Meu alistamento : Aqui podes colocar o ano do teu alistamento!(Facultativo)
Re: Os GNR que pediam “peixinho” em troca de pagamentos de multas
Apanhou 6 anos porque é guarda e queria peixinho.... se fosse gestor publico ou politico apanhava uma palmadinha na mão
toinojaquim- 2º Sargento
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Idade : 45
Profissão : GNR
Nº de Mensagens : 520
Mensagem : " As massas nunca se elevam ao padrão do seu melhor membro, pelo contrário, degradam-se ao nível do pior"
Meu alistamento : 2003 Portalegre
Re: Os GNR que pediam “peixinho” em troca de pagamentos de multas
levava uma palmadinha na mão e era logo promovido a um cargo superior
Gif- Furriel
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Idade : 46
Profissão : tratorista
Nº de Mensagens : 454
Meu alistamento : Aqui podes colocar o ano do teu alistamento!(Facultativo)
Re: Os GNR que pediam “peixinho” em troca de pagamentos de multas
http://www.jn.pt/live/Atualidade/default.aspx?content_id=4781727
jose alho- Sargento-Ajudante
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Mensagem : Presidente da ASPIG.
Comentador da crónica criminal da TVI
O primeiro e único comentador da Instituição.
Meu alistamento : 1986.
Re: Os GNR que pediam “peixinho” em troca de pagamentos de multas
Que mauzinhoooooo!jose alho escreveu:http://www.jn.pt/live/Atualidade/default.aspx?content_id=4781727
COELHO.X- Capitão
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Mensagem : Passam Céleres Altivos e Impenetráveis..é a Cavalaria que Passa!
"Para ter inimigos, não precisa declarar guerras, apenas diga o que pensa..."
Martin Luther King
Meu alistamento : (1999) Século Passado!!Há pois é.
Re: Os GNR que pediam “peixinho” em troca de pagamentos de multas
joao miguel silva escreveu:comer palha faz crescer a barriga..porque as orelhas já lá estão.Ice escreveu:joao miguel silva escreveu:Tiveram boa escola, ou melhor uma escola fraca, borraram-se por pouco...Os próximos que mudem de escola e que se matriculem na do Sócrates, Varas e companhia....
http://www.cmjornal.pt/portugal/detalhe/sargento-quis-travar-detencao-de-um-amigo
Também podias ter comentado este tópico que também está aberto a discussão no fórum e também este se "borrou" por pouco.
Também devia de estar matriculado na escola do Sócrates...
Porque é que não o fizeste?
Por ser da tua classe e da tua especialidade?
Ok, ok, ofende à vontade e depois eliminem este post como é costume.
Já que tas a falar, como deves falar com a confiança que deves ter com um familiar teu, esse caso a que o ilustre colega do corrupto condenado a 6 anos de prisão se refere, ainda nem se quer foi julgado para atribuir uma culpabilidade.
Eu só critico e condeno corruptos condenados em tribunal, não quem vai ser julgado, porque não é preciso ser muito asinino, ou se calhar, ser, para imaginar que pode vir a ser inocentado.
Posso então entender que és da família dos asininos, visto já teres criticado muita gente antes de serem condenados, ou já te esqueceste?
Condenáva-los quando tinhas outros perfis e com os quais foste expulso e agora para estares aqui a comentar, tens o teu nick a preto.
Se for preciso at+é se arranjam os teus comentários, mas certamente vais negar, como é teu apanágio...
Já agora dou-te os parabéns por teres trocado os "asteróides" pela palha, pelo menos ainda vais aproveitar um pouco daquilo que te resta de cérebro.
Ice- Sargento-Ajudante
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Mas há muitos que eu conheço
Que não parecendo o que são
São aquilo que pareço!
Re: Os GNR que pediam “peixinho” em troca de pagamentos de multas
toinojaquim escreveu:Apanhou 6 anos porque é guarda e queria peixinho.... se fosse gestor publico ou politico apanhava uma palmadinha na mão
Carissímo, não é desculpa.
Ice- Sargento-Ajudante
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Re: Os GNR que pediam “peixinho” em troca de pagamentos de multas
jose alho escreveu:http://www.jn.pt/live/Atualidade/default.aspx?content_id=4781727
"O processo disciplinar movido pela GNR contra o sargento-mor que terá sido filmado a furtar moedas de uma caixa registadora nas instalações do comando da GNR de Portalegre culminou na suspensão de 50 dias suspensão e na descida à terceira classe de comportamento do mesmo.
A descida à terceira classe de comportamento vai inviabilizar a entrega de eventuais novas condecorações durante todo o resto da carreira deste militar.
O caso remonta a 2015. As moedas desapareceram da caixa registadora do bar da messe dos sargentos da GNR de Portalegre ao longo de nove meses. Uma câmara a filmar colocada junto à caixa permitiu identificar o responsável pelos furtos.
O sargento punido, um militar de 53 anos, admitiu os furtos e devolveu 41 euros, e, ainda pode recorrer da sentença.
Os restantes militares da GNR consideram o alegado furto um ato desonroso para a Guarda. E a GNR preferiu punir imediatamente o militar disciplinarmente, em vez de esperar pela conclusão do inquérito do Ministério Público no Departamento de Investigação e Acção Penal de Portalegre.
O autor das filmagens também foi punido com uma repreensão escrita por ter divulgado o vídeo a outros colegas, tendo desta forma desobedecido às indicações dadas pelos seus superiores hierárquicos, que lhe haviam dado instruções para não divulgar as imagens capturadas. Mas acabou por ser dado como provado que este agiu sem dolo e apenas com negligência"
CARI2013- Sargento-Mor
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