Portugal de luto!!

por **NIC** Dom 18 Jun 2017, 08:40

Num momento em que se chora as vítimas é importante também aprender e prevenir de forma a evitar cenários semelhantes.

Assuntos tais como:
A rede SIRESP funcionou? Fala-se em dificuldades...
O efetivo de alguns PT's que estava no terreno e está como sabemos... teve ajuda para cortar estradas, evacuar pessoas??

[size=49]Pelo menos 62 mortos no incêndio em Pedrógão Grande[/size]

http://www.jn.pt/nacional/ao-minuto/interior/pelo-menos-43-mortos-no-incendio-em-pedrogao-grande-8570782.html

por **jmflince** Dom 18 Jun 2017, 10:36

Não mexam muito nesta história se não vão abrir muitos buracos difíceis de tapar. Claro que tudo pode ter acontecido de uma forma natural. A coincidência dos factores ter contribuído para que isto tivesse acontecido. A GNR tinha os meios suficientes no local? Se acontecesse na minha zona não. Chega a estar uma patrulha para três concelhos. Os bombeiros eram suficientes? Os meios aéreos? Basta dizer que oficialmente só existem incêndios em Portugal a partir de 1 de julho. Muita coisa se podia dizer. Tenho pena de quem sofreu com isto.

por **el solitario** Dom 18 Jun 2017, 10:47

infelizmente a "massa" HUMANA nunca é suficiente..são situações difíceis e nunca se está preparado para elas, para tentar minimizar o resultado talvez..ainda bem à pouco tempo fazia aquele troço e dizia para mim mesmo que aquilo era uma bomba relógio que acabou por acontecer...

por **NIC** Dom 18 Jun 2017, 11:09

jmflince escreveu:Não mexam muito nesta história se não vão abrir muitos buracos difíceis de tapar. Claro que tudo pode ter acontecido de uma forma natural. A coincidência dos factores ter contribuído para que isto tivesse acontecido. A GNR tinha os meios suficientes no local? Se acontecesse na minha zona não. Chega a estar uma patrulha para três concelhos. Os bombeiros eram suficientes? Os meios aéreos? Basta dizer que oficialmente só existem incêndios em Portugal a partir de 1 de julho. Muita coisa se podia dizer. Tenho pena de quem sofreu com isto.

Respeito a sua opinião mas acho que devemos mexer pois se o não fizermos amanhã pode ser à nossa porta. Se não o fizermos seremos cúmplices. Temos a OBRIGAÇÃO de o fazer. Quando se gasta milhões num sistema temos que apurar responsabilidades. Se à pessoal que não chega, tem de ser dito. 58 PESSOAS MORRERAM....

por **dragao** Dom 18 Jun 2017, 12:33

Sentidas condolências aos familiares e amigos das vítimas que sucumbiram de uma forma trágica e dolorosa neste incêndio.
Naturalmente que as questões sobre os acontecimentos vão surgir, colocando se a hipótese se os meios de socorro e segurança foram suficientes e se foram adotadas as medidas de segurança para evitar que grande parte das vítimas fossem morrer na estrada nacional 236.
Na minha opinião devia se avaliar antes de mais, os meios que foram disponibilizados na primeira hora, sendo nesse primeiro tempo fulcral para salvaguarda das vítimas.
As forças de segurança eram suficientes! Quantos estavam no terreno?
Os bombeiros eram suficientes? Quantos elementos se encontravam no terreno?
Depois desta análise importa pedir ou não responsabilidades.

por **Guarda que anda à linha** Dom 18 Jun 2017, 13:26

Concordo plenamente com o NIC, e é nestas alturas que devemos mexer sim senhor. Agora foi naquele lugar e foram aqueles infelizes, e amanhã pode ser noutro local qualquer e podemos ser nós.

Independentemente de tudo, alguém tem dúvidas que estamos na presença clara de falta de meios?

Os incêndios em Portugal e o seu combate (porque é um país altamente propenso a incêndios, e que não vale a pena agora enumerar as várias razões porque o é) é uma questão de soberania nacional.

Após os incêndios do verão passado, os militares da Força Aérea alertaram que tinham capacidade para chamar a si o combate aos incêndios através dos meios aéreos (aliás, competência que em tempos já tiveram e que lhes foi retirada. E porque é que lhes foi retirada?) e o que é que foi feito neste espaço de tempo para que a capacidade do combate aos incêndios através dos meios aéreos fosse entregue novamente à Força Aérea?

E que tipo de investimentos é que se fizeram em meios aéreos desde o verão passado até agora? Pois é!

Em relação ao efetivo dos postos territoriais da GNR, também já não vale a pena falar. Porque, ainda recentemente, a instituição, no seu ultimo relatório anual, alertou para a falta/déficit de efetivos de cerca de 3500. E o que é que está a ser feito em relação a isso?

Aumenta-se a idade do tempo de serviço aos que já cá estão!

É mais importante reduzir o déficit mais do que aquilo que os "patrões/barões" da UE nos exigem para sermos e parecermos os meninos bem comportados da UE, do que investir na nossa soberania e segurança, e o resultado aí está, à vista.

Por fim, vêm os suspeitos do costume com lamentações e ar angelical derramar lágrimas de crocodilo em nome de todos os infelizes que perderam a vida nesta tragédia. Mas, depois do mal estar feito, de que vale isso agora?

por **MiguelBarrancos** Dom 18 Jun 2017, 13:28

Era sábado... só por ai já se sabe da disponibilidade de certas entidades...
Mas nao vale a pena bater no ceguinho, nada vai mudar.
Só me resta desejar força a que está a sofrer as perdas, e ao feridos, e camaradas no local.

por **Maldisposto** Dom 18 Jun 2017, 13:56

"Se à pessoal que não chega, tem de ser dito. 58 PESSOAS MORRERAM...."
Infelizmente até ao momento morreram 62 pessoas pois o numero de vitimas aumentou ..!
Quem com responsabilidades politicas,preocupou-se em resolver alguma coisa após aos incêndios de 2016? Tanta hipocrisia!!!! Continua a falta gritante na prevenção,os terrenos continuam por limpar ninguém é responsabilizado por esse facto.
A confirmarem-se causas naturais neste incêndio de Pedrogão Grande estas seriam minimizadas se houvesse um politica séria na prevenção florestal,como uma fiscalização assertiva por parte do poder politico e forças policiais em conjunto com as juntas de freguesias.
Em terrenos abandonados,onde a falta de limpeza fosse constatada responsabilizar criminalmente os seus proprietários,ponto final !
Deveriam-se definir prioridades e modos de actuação nos combates a incêndios em que os bombeiros deveriam ter total exclusividade em conjunto com meios aéreos.
Ás forças policiais caberia a investigação,fiscalização e ordenamento de pessoas e bens.
Temo que com três dias de luto nacional as pessoas não parem para reflectir.
Protecção civil deveria ser extinta não tem razão de existir na minha modesta opinião.
Sentidas condolências aos familiares e amigos das vitimas que sucumbiram de forma trágica neste incêndio florestal.

por **Guarda que anda à linha** Dom 18 Jun 2017, 17:03

Para nosso azar, enquanto cidadãos, menos de um ano depois, a saga continua. E sabe-se lá até quando!

http://www.jn.pt/nacional/interior/oficiais-das-forcas-armadas-criticam-negocio-aereo-do-combate-aos-fogos-5333646.html

por **el solitario** Dom 18 Jun 2017, 17:25

Maldisposto escreveu:"Se à pessoal que não chega, tem de ser dito. 58 PESSOAS MORRERAM...."
A confirmarem-se causas naturais neste incêndio de Pedrogão Grande estas seriam minimizadas se houvesse um politica séria na prevenção florestal,como uma fiscalização assertiva por parte do poder politico e forças policiais em conjunto com as juntas de freguesias.

Essa fiscalização já acontece ainda que se calhar numa fase embrionária mas já esta acontecer..o pior acontece quando os proprietários dos terrenos não são conhecidos por qualquer motivo contudo a meu ver ja existem mecanismos para o fazer (limpeza dos terrenos)...a meu ver deveriam ser criadas nas densidades florestais mecanismos para que a propagação do incêndio não fosse tão forte ou mesmo nula..fazem se grupos de trabalho para tudo e mais alguma coisa era bom que começassem a pensar nisso muito seriamente...não é depois virem com falinhas mansas...

por **NIC** Dom 18 Jun 2017, 18:28

Tudo o que foi dito até agora é verdade. Mas ainda ninguém falou como foi possível haver e infelizmente morrer tanta gente carbonizada naquela estrada.
Eu gostava de saber como correu a coordenação e em concreto o SIRESP onde se gastou 485 MILHÕES DE EUROS.... É que tenho a sensação que o sistema ficou inop.... alguém confirma isso?

por **Revery4ever** Dom 18 Jun 2017, 19:17

Pelas 18H00 de sábado, linhas PT - INOP; Redes móveis - INOP; SIRESP - muito deficitário, funcionava com cortes, quando funcionava. Até às 23H00 não estava fácil a nível de comunicações!

por **el solitario** Dom 18 Jun 2017, 20:38

estive colocado num Pt aqui do distrito próximo deste TO em que havia aldeias que não havia rede siresp nem redes móveis e não estávamos perante uma calamidade destas...

por **dragao** Dom 18 Jun 2017, 20:52

Se estão acompanhar o canal da TVI, à minutos foi entrevistada uma vítima do qual dava a informação que a GNR cortava o trânsito no ic8 e direcionou a para a estrada onde deflagrava o incêndio...
Acredito que a senhora ainda se encontre traumatizada, mas a ser verdade é grave...

por **NIC** Dom 18 Jun 2017, 20:53

el solitario escreveu:estive colocado num Pt aqui do distrito próximo deste TO em que havia aldeias que não havia rede siresp nem redes móveis e não estávamos perante uma calamidade destas...

O problema é que o SIRESP tanto quanto sei usa rede GSM igual aos telemóveis e ao ficar sem antenas (incêndio, terramoto etc) as operações ficam comprometidas sem comunicação entre os operacionais e o comando. Sempre se falou que essa era a grande lacuna.... parece que caiu em orelhas mocas...

por **NIC** Dom 18 Jun 2017, 20:55

dragao escreveu:Se estão acompanhar o canal da TVI, à minutos foi entrevistada uma vítima do qual dava a informação que a GNR cortava o trânsito no ic8 e direcionou a para a estrada onde deflagrava o incêndio...
Acredito que a senhora ainda se encontre traumatizada, mas a ser verdade é grave...

EXATAMENTE. Vi o mesmo e pensei"será que o camarada tinha informações de como estava a via e o incêndio?" Sem comunicações estamos CEGOS....

por **dragao** Dom 18 Jun 2017, 21:01

Sei que a dor está patente em todos os Portugueses. Ninguém fica indiferente dada a tamanha atrocidade. Mas importa também daqui extrair o que aconteceu, porque aconteceu e o que foi feito.
Depois disto, importa corrigir e responsabilizar...

por **NIC** Dom 18 Jun 2017, 21:06

dragao escreveu:Sei que a dor está patente em todos os Portugueses. Ninguém fica indiferente dada a tamanha atrocidade. Mas importa também daqui extrair o que aconteceu, porque aconteceu e o que foi feito.
Depois disto, importa corrigir e responsabilizar...

E para nós OPC sabermos o que temos e com o que podemos contar. Pois imagino-me estar numa situação idêntica sem comunicações e sem poder ajudar ou ser ajudado....

por **Almeida Pinto** Dom 18 Jun 2017, 21:49

Nem sei bem o que dizer, parece que estou atordoado com o que se está a passar...
Os corações dos Portugueses estão de luto, choram lágrimas de sangue.
Deus ajude, dê forças e coragem para quem perdeu tudo, quem perdeu o pai, o filho, o vizinho, o amigo...
Nunca imaginei que uma coisa assim podesse acontecer.

por **CARI2013** Seg 19 Jun 2017, 18:31

Pelo aspecto dos políticos - vistos no teatro das operações - advinha-se que, após o rescaldo da catástrofe de Pedrogão Grande, vamos ter um "incendiou" politico com várias frentes.

por **NIC** Seg 19 Jun 2017, 18:51

Quando uma ministra tira um secretário de estado da frente das câmaras para poder aparecer ao lado do PR está tudo dito...

por **el solitario** Seg 19 Jun 2017, 21:05

"Espanhóis arrasam politica portuguesa de combate ao fogo"

É bom que as entidades responsáveis por esta pasta "complicada" comecem seriamente a criar mediadas quer preventivas quer repressivas para este flagelo que nos afeta TODOS OS ANOS..e não é SÓ com a fiscalização da limpeza dos terrenos (podem não ter mato mas se tiverem muita manta morta arde também)tem de haver um melhor ordenamento do território...

por **FerMonteiro** Seg 19 Jun 2017, 21:48

NIC escreveu:Quando uma ministra tira um secretário de estado da frente das câmaras para poder aparecer ao lado do PR está tudo dito...

Protocolo..

por **Guarda que anda à linha** Seg 19 Jun 2017, 22:36

Ao terrorismo que temos assistido nos últimos tempos na Inglaterra, já foi associado a redução de efetivos policiais (cerca de 20 mil) nos últimos anos, e o desinvestimento nas forças de segurança no mesmo período de tempo,

http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/jeremy-corbyn-pede-demissao-de-theresa-may-por-cortes-na-seguranca

E em relação ao terrorismo que tantas vitimas e tantos danos tem causado a que todos os anos durante as ultimas décadas assistimos em Portugal, o flagelo dos acidentes de viação, e as suas consequências durante o ano inteiro,

https://www.publico.pt/2017/05/17/sociedade/noticia/ha-menos-acidentes-mas-mais-mortes-nas-estradas-portuguesas-1772467

E o flagelo dos incêndios e as suas consequências durante uma boa parte do ano,

http://expresso.sapo.pt/sociedade/2017-06-19-Vitor-e-a-64-vitima-do-incendio-em-Pedrogao-Grande

Que tipo de investimentos é que estão a ser feitos. Serão os apropriados e os suficientes?

À GNR, entre outras funções e missões, compete também combater em cerca de 90% do território nacional este tipo de terrorismo. Os acidentes nas estradas e nas ruas, e a prevenção/fiscalização nas matas e nas florestas.

Numa altura em que no último relatório da sua atividade correspondente ao ano de 2016, é dito que a instituição tem um deficit de 3500 militares,

https://www.publico.pt/2017/05/30/sociedade/noticia/gnr-tem-defice-de-3500-efectivos-militares-1774018

Como é que nos próximos anos este deficit de efetivos vai ser reposto ou equilibrado a fim de dotar a instituição com a capacidade necessária e capaz para combater este tipo de terrorismo em Portugal (o das mortes na estrada devido aos acidentes de viação, e o dos incêndios florestais). Através de próximas e frequentes incorporações de militares novos e em número suficiente, ou através da manutenção dos que já cá estão, cada vez mais velhos, mais desgastados e mais debilitados, por muito mais tempo do que aquele que era previsível que estivessem?

por **Croco** Seg 19 Jun 2017, 22:45

dragao escreveu:Se estão acompanhar o canal da TVI, à minutos foi entrevistada uma vítima do qual dava a informação que a GNR cortava o trânsito no ic8 e direcionou a para a estrada onde deflagrava o incêndio...
Acredito que a senhora ainda se encontre traumatizada, mas a ser verdade é grave...

Vídeo amador mostra GNR a evitar que automobilistas se dirigissem para o fogo
Portugal
18.06.2017 às 11h09
Os agentes da autoridade pediram aos condutores para fazerem inversão de marcha, já com o fogo no horizonte
http://visao.sapo.pt/actualidade/portugal/2017-06-18-Video-amador-mostra-GNR-a-evitar-que-automobilistas-se-dirigissem-para-o-fogo

por **Raí** Seg 19 Jun 2017, 23:14

Ainda no rescaldo da enorme tragédia que aconteceu em solo nacional, é hora de começar a identificar o que falhou ou pelo menos perceber o que poderia ter sido evitado. As opiniões dos “especialistas” são diversas mas os factos levam-nos a começar por analisar o que aconteceu, afinal, ao Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) que custou milhões.

De acordo com as informações, o SIRESP foi imediatamente abaixo e as equipas no terreno tiveram de arranjar alternativas de comunicação.

Portugal de luto!! SIRESP_00-720x405

Na sequência do enorme incêndio que se registou na área de Pedrógão Grande, aquela zona ficou sem comunicações pois o fogo acabou por destruir as antenas. Para este tipo de cenários Portugal dispõe de um Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança só que, segundo as informações, assim que o sistema foi instalado foi de imediato abaixo.

De acordo com o primeiro ministro, a falha do SIRESP comprometeu as comunicações e os operacionais no terreno tiveram que recorrer a meios de comunicação alternativos. Segundo o que foi avançado ontem pelos canais de TV, o problema foi superado ainda durante a noite de sábado, uma vez que a MEO colocou vários carros na rua equipados com antenas móveis que asseguraram a normalização da situação.

Portugal de luto!! Siresp_02

Já hoje o Jornal de Negócios publicou um artigo onde, fonte oficial do gabinete da ministra da administração interna, Constança Urbano de Sousa, garantiu que “em nenhum momento a rede SIRESP esteve inoperacional” e que “o que aconteceu, no passado sábado, foi que devido ao incêndio que teve início no concelho de Pedrógão, distrito de Leiria, três antenas foram atingidas pelo fogo tendo criado algumas zonas de não cobertura da rede”.

O Gabinete de Constança Urbana de Sousa revelou ainda que foram instaladas antenas móveis “imediatas”, que “garantiram a reposição total do sistema”.

SIRESP: 270 milhões de euros que não funcionam quando é preciso?

De acordo com uma publicação da impressa nacional no ano passado, o SIRESP terá custado, até 2014, nada mais que 270 milhões de euros aos cofres do estado. O Governo de António Costa renegociou o contrato mas a verdade é que o SIRESP tem um historial de problemas e polémicas.

Portugal de luto!! Esquema_ponto_situacao-720x394

Portugal de luto!! Esquema_ponto_situacao-720x394

O SIRESP é composto por:

502 torres de comunicações que servem um universo de 53 500 utilizadores
6 comutadores de tráfego
53 salas de despacho
2 estações móveis de reforço com sistema de comunicação via satélite

SIRESP

Fonte_Pplware

por **Gif** Ter 20 Jun 2017, 07:38

Só para começar nas coisas que correram mal, quase de certeza que a zona envolvente às antenas estava suja de mato.
Este tipo de infraestrutura, logo À partida devia ter uma manutenção que mantivesse o risco de incêndio e risco de destruição do equipamento o mais baixo possível para que possa estar sempre operacional .

por **NIC** Ter 20 Jun 2017, 09:28

Gif escreveu:Só para começar nas coisas que correram mal, quase de certeza que a zona envolvente às antenas estava suja de mato.
Este tipo de infraestrutura, logo À partida devia ter uma manutenção que mantivesse o risco de incêndio e risco de destruição do equipamento o mais baixo possível para que possa estar sempre operacional .

Sem dúvida mas gostava de saber como é que o operacionais no terreno comunicavam por vias alternativas pois a rede SIRESP é GSM a mesma dos telemóveis que também foi abaixo claro está.... comunicavam através de que vias alternativas? Tenham vergonha e não enganem os Portugueses.

por **Sierra Delta** Ter 20 Jun 2017, 11:20

Já para não falar na falta de gestão do combustível que dá pano para mangas, quantos de vocês já conseguiram falar através dos rádios siresp com o cmdt dos bombeiros no teatro de operações?

Eu já tentei várias vezes e nunca consegui.

por **Edr See** Ter 20 Jun 2017, 11:22

Aqui na minha zona ainda há xô as sombras, mas a antena está colocada num dos postos, por isso não tem risco de incêndio! Mas o calor tem sido tanto, que o sistema de refrigeração tem andado no limite!

por **Gif** Ter 20 Jun 2017, 12:26

A principal causa para situações desta dimensão é a má gestão florestal do pais, culpa da má gestão territorial por parte do estado.
Apesar de grande parte das florestas serem de particulares, a responsabilidade de gestão do território é do estado, que devia tomar as medidas legislativas para garantir a limpeza e manutenção das áreas florestais. Não com multas, pois isso não resolve nada, mas sim com ajudas e incentivos às melhorias das condições florestais.
Temos muitas pessoas no desemprego nas cidades, cursos para desempregados que só servem para os manter ocupados, mas iniciativas para trazer pessoas para atividades que podem contribuir para a boa gestão florestal não acontecem.
Depois gasta-se milhares de euros para repor na natureza animais selvagens em vias de extinção, mas porque não repor também animais autóctones que contribuem para a manutenção da limpeza das áreas florestais, quer em regime selvagem, quer em regime domestico, de herbívoros e ruminantes de médio e grande porte (ovelhas, cabras, vacas, veados, gamos, etc).
Gasta-se milhares de euros em subsídios de desemprego e de rendimento mínimo garantido e se em vez disso, fossem criadas organizações/empresas municipais que desenvolvessem atividades de limpeza e manutenção florestal, que absorvessem essas pessoas que estão quer no regime de desemprego ou rendimento mínimo.
Apesar da floresta por vezes não dar rendimentos suficientes para os proprietários conseguirem fazer a manutenção necessária, o estado devia criar condições legislativas e nos casos necessários a posse administrativa das áreas florestais para garantir quer a segurança das áreas quer o desenvolvimento sustentável das áreas florestais.
Quer queiramos quer não, as florestas fazem bastante falta, e precisamos cada vez mais delas.

por **Raí** Ter 20 Jun 2017, 14:10

Pedrógão Grande: Costa pede esclarecimento urgente sobre SIRESP e não encerramento de estrada

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O primeiro-ministro pediu esclarecimento urgente sobre o funcionamento da rede de SIRESP no incêndio de Pedrógão Grande e sobre os motivos da ausência de encerramento da estrada nacional 236-I, onde ocorreu um elevado número de mortes.

Este despacho, ao qual a agência Lusa teve acesso, referente a três das circunstâncias por apurar em relação às consequências trágicas do incêndio que deflagrou no sábado em Pedrógão Grande, distrito de Leiria, foi assinado por António Costa na segunda-feira.

De acordo com o primeiro-ministro, "sem prejuízo da avaliação global que terá lugar no termo das operações ainda em curso, há três questões relativas à tragédia ocorrida em Pedrógão Grande no passado sábado" que entende "necessário esclarecer desde já".

"Houve no local circunstâncias meteorológicas e dinâmicas geofísicas invulgares que possam explicar a dimensão e intensidade da tragédia, em especial no número de vítimas humanas, sem paralelo nas ocorrências de incêndios florestais, infelizmente tão frequentes em Portugal", começa por questionar o primeiro-ministro.

António Costa pergunta depois se é passível de confirmação que "houve interrupção do funcionamento da rede SIRESP (Rede Nacional de Emergência e Segurança)".

"Porquê, durante quanto tempo, se não funcionaram as suas próprias redundâncias e que impacto teve no planeamento, comando e execução das operações, como se estabeleceram ligações alternativas?"

"Porque não foi encerrada ao trânsito a Estrada Nacional (EN 236-I), foi esta via indicada pelas autoridades como alternativa ao IC 8 já encerrado e foram adotadas medidas de segurança à circulação nesta via?", pergunta ainda o líder do executivo.

"Para rápido esclarecimento determino que o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P., a Autoridade Nacional de Proteção Civil e a Guarda Nacional Republicana respondam, respetivamente, às três questões", especifica o primeiro-ministro.

O incêndio que deflagrou no sábado à tarde em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 130 feridos, segundo um balanço provisório divulgado na segunda-feira.

Fonte_Sapo24

por **vmgonçalves** Ter 20 Jun 2017, 16:16

Já estava mesmo à espera que a culpa da desgraça é do Guarda....
Não é do raio (que o parta) que caiu numa árvore...
Não é da falta de limpeza das bermas das estradas (onde estão os 10 metros)...
Não é na falta de capacidade (de quem pode) para fazer cumprir as regras que implementou ou tentou implementar...
Não é do proprietário que já faleceu à 20/30 anos sem deixar descendentes conhecidos ( ou que não se querem dar a conhecer para fugir à responsabilidade da limpeza dos terrenos)...
Não é da falta de meios....
Não é da falta de alternativas no caso de algo falhar (palavras para quê, esta é directissima)...
NÃO!!!!!
A culpa é do GUARDA!!!!!

por **COELHO.X** Ter 20 Jun 2017, 18:18

Querer fazer-se que a culpa é do Guarda ou da GNR em geral, já é comum, se repararmos, hoje em dia o cidadão comum, já não gosta de nós, já não nos presta aquelas informações que outrora davam, em suma, a culpa a cair, cairá em quem...no elo mais fraco de todos....A GUARDA!

São novas realidades, que cada vez mais temos de nos adaptar a elas.

Logo, haja quem nos defenda...não vejo quem ups

!!!

por **dragao** Ter 20 Jun 2017, 21:20

Tudo correu mal, Senhor Presidente.
Li os jornais, todos. O que li foi o caos, foi exactamente o contrário do que anunciou Marcelo R. de Sousa ao país – tudo correu mal. Se ontem estava convencida que a eterna questão da propriedade é a chave, hoje acho que há outro factor tão ou mais grave. O que está a desenhar-se no horizonte é uma combinação de dois factores explosivos – o eucalipto e a ruptura da protecção civil, a má gestão pública dos recursos humanos especializados, numa palavra, a erosão do Estado Social.

Li o testemunho de uma senhora humilde que foi desviada para a Estrada 236 pela GNR, ela conta-o sem mágoa ou dedo acusatório. Noutro, um inglês, jornalista que ali vive, diz que lhe aconteceu o mesmo, não compreende, foi para ali porque a GNR o desviou naquele sentido. Compreendem a gravidade? A GNR não só não terá cortado as estradas que já ardiam, como alguém desviou para lá as pessoas, é isto que as testemunhas estão a dizer nos jornais hoje publicados. Ninguém em seu juízo perfeito dirá, se isto for verdade, outra coisa que não seja a GNR estava tão desorientada e ignorante do que se passava naquela estrada como os civis. Não havia planos de evacuação, refúgios, conhecimento de ventos. Podia até ser um operacional especializado em trânsito, sem qualquer saber de florestas. Mas o que segue não é melhor. Uma mãe, um bebé de 9 meses e o filho inanimado no chão de 4 anos – o INEM aterra ali por acaso, porque pelas chamas não podia ter ido para onde seria chamado, e o aguardavam também com emergência. A criança foi assim reanimada. Está internada em estado grave, salva, todos esperamos, por um INEM que terá chegado ali por…sorte. Ou azar, dos que não socorreu para onde se dirigia. Há mais, há 135 feridos, para já. Afinal há dezenas de pessoas que estiveram nessa estrada da morte, se queimaram e conseguiram sair com vida. E as que não ficaram feridas e conseguiram escapar entre as chamas e os acidentes – dezenas. Portanto podiam ter sido centenas os mortos nessas estradas. Os testemunhos das pessoas num tanque 8 horas à espera de auxílio. As dezenas de relatos, em que as pessoas dão nome e cara a quem queira escutá-los, em que esperaram por bombeiros e médicos 6, 8, 10 horas; são dezenas de aldeias isoladas – não são idosos que resolveram viver num ermo, são famílias inteiras com tudo destruído, às centenas. As pessoas entraram em pânico e fugiram? Há muitas que dizem isso, fugiram, não sabem para onde e como, outras que dizem que foram para ali orientadas, outras que não fugiram e morreram à espera de ajuda dentro de casa. O que sobra disto é que estavam todos sem saber o que fazer – civis e protecção civil. O desdém com os académicos que nestes dias com coragem se levantaram – silvicultores, arquitectos, urbanistas – em detrimento dos homens que “estão no terreno a sofrer e dar tudo por tudo” não vai ajudar a resolver nada.

Sabem porque gastamos milhões de euros a construir uma via nas autoestradas que não é usada? – a via de paragem. Para um acidente. Uma excepção. Imobilizamos capital para um azar, “desperdiçamos” tempo e dinheiro em algo que raramente é usado, mas que salva vidas. É por isso que temos que ter guardas florestais que parte do ano vão caçar perdizes. Porque temos médicos de prevenção no INEM parados parte do tempo, a namorar, à espera de uma chamada e a escrever poemas. Porque temos bombeiros especializados em fogos que parte do ano jogam à bisca no café. Porque nem tudo é rentável na vida, a vida aliás não tem a rentabilidade de um eucalipto, a eficiência de um gestor público nem a rotatividade dos juros. A vida é um direito. Tudo correu mal, Senhor Presidente.

https://raquelcardeiravarela.wordpress.com/2017/06/19/tudo-correu-mal-senhor-presidente/

por **Raí** Ter 20 Jun 2017, 22:05

Costa já recebeu resposta que iliba GNR: "Foi tudo muito repentino"

Portugal de luto!! Mw-860

Porque é que a estrada 236-1, onde dezenas de pessoas morreram queimadas, não foi encerrada? A GNR deu a resposta a tempo da entrevista do primeiro-ministro à TVI: "O fogo terá atingido esta estrada de forma totalmente inusitada”.

António Costa já recebeu a resposta a uma das três perguntas que colocou a entidades públicas, neste caso à Guarda Nacional Republicana, que terá indicado como ponto de fuga ao fogo a estrada 236-1, onde, afinal, dezenas de pessoas acabaram por morrer queimadas.

Porque é que a estrada não foi encerrada?, quis saber o primeiro-ministro. E foi o próprio a anunciar, na entrevista que esta terça-feira deu à TVI, que a resposta iliba a Guarda de responsabilidades diretas. Segundo a GNR, "o fogo atingiu esta estrada de forma absolutamente inusitada e repentina", ” que “surpreendeu” todos, "incluindo os próprios militares", leu Costa, esta noite, na estação de Queluz.

O primeiro-ministro diz que a resposta "é muito consonante com a própria descrição” de autoridade locais e populares, e sublinhou a rapidez com que as chamas se alastraram na zona.

Todo o discurso do PM foi no sentido de desculpar as autoridades no terreno e o próprio Governo. "Mantenho confiança na cadeia de comando, desde a ministra até aos homens que estão no combate", afirmou, manifestando total confiança em Constança Urbano de Sousa, que classificou de "uma excelente ministra".

António Costa assumiu que a explicação meteorológica para o caráter excecional do incêndio "não chega". Mas nunca cedeu às críticas de que houve falhas no desempenho dos comandos no terreno.Colocando-se no papel de experiente ex-ministro da Administração Interna - "Eu sei bem a dificuldade do que é lidar com incêncios desta dimensão" -, o primeiro-ministro disse "não ter nenhuma evidência de que tenha havido qualquer falha".

Aguardam-se as respostas às outras duas perguntas que o PM fez a organismos que o Governo tutela, a saber o Instituto de Metereologia sobre as condições climatéricas e a Proteção Civil sobre as falhas no funcionamento do SIRESP, essencial às comunicações.

Fonte_Expresso

por **martins7** Ter 20 Jun 2017, 22:16

Parece que ... quem tanto estudou e estuda a arte do comando, anda descomandado, como é natural, vivemos numa sociedade de senhores e mão de obra barata. Vão lá ouvir a opinião de quem sabe realmente apagar fogos, vão lá perguntar a opinião do guarda que estava na estrada, tenho a certeza que as largas centenas de chefes e "comandantes" medalhados e bem pagos vão aprender qualquer coisa.

por **flipa17** Ter 20 Jun 2017, 22:24

Está visto que "a culpa morre solteira..." pois é um mal que já vem muito de trás...

Penso que devem ser apurados vários pontos, a começar logo pelo inicio, nomeadamente a prevenção e, só depois disso desenrolar toda a historia. Infelizmente, corremos sempre atras do prejuízo, e é preciso que as coisas aconteçam para que mudem algo...

Só estou a aguardar quando cai um avião por causa de um drone para também se agir e tomar medidas mais severas!...

por **Maldisposto** Qua 21 Jun 2017, 07:01

martins7 escreveu:Parece que ... quem tanto estudou e estuda a arte do comando, anda descomandado, como é natural, vivemos numa sociedade de senhores e mão de obra barata. Vão lá ouvir a opinião de quem sabe realmente apagar fogos, vão lá perguntar a opinião do guarda que estava na estrada, tenho a certeza que as largas centenas de chefes e "comandantes" medalhados e bem pagos vão aprender qualquer coisa.

por **NIC** Qua 21 Jun 2017, 08:52

Maldisposto escreveu:
martins7 escreveu:Parece que ... quem tanto estudou e estuda a arte do comando, anda descomandado, como é natural, vivemos numa sociedade de senhores e mão de obra barata. Vão lá ouvir a opinião de quem sabe realmente apagar fogos, vão lá perguntar a opinião do guarda que estava na estrada, tenho a certeza que as largas centenas de chefes e "comandantes" medalhados e bem pagos vão aprender qualquer coisa.

Eu só gostava que alguém respondesse a esta pergunta:
A que horas foi dada ordem à patrulha para desviar o trânsito para a EN e a que horas foi novamente informada a patrulha de que aquela via era para cortar pois não era opção.

Sem comunicações COMO É QUE A PATRULHA SOUBE QUE AQUELA VIA NÃO ERA OPÇÃO VÁLIDA?? Não esquecendo que a "última" ordem era para desviar o trânsito para aquela via....

Atiram areia para os olhos do povo porque o povo é manso mas não é parvo!! militar

por **Guarda que anda à linha** Qua 21 Jun 2017, 14:10

SIRESP já tinha falhado em incêndios de 2016

http://www.dn.pt/portugal/interior/siresp-ja-tinha-falhado-em-incendios--de-2016-8578358.html

por **dragao** Qua 21 Jun 2017, 21:06

[justify]GNR explica: incêndio "surpreendeu todos" ao atingir EN 236

O Comando Geral da GNR considera que a Estrada EN-236-1, onde ocorreu um elevado número de mortes no sábado, foi atingida no incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande de forma "inesperada e assustadoramente repentina, surpreendendo todos", vítimas e Guarda.

Esta é uma das posições defendidas pelo Comando Geral da GNR em resposta ao pedido de esclarecimento urgente feito pelo primeiro-ministro, António Costa, que na terça-feira questionou qual a razão para não ter sido encerrada a EN 236-1, no sábado, durante a fase de expansão do incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande, distrito de Leiria.

No documento agora enviado ao primeiro-ministro, ao qual agência Lusa teve acesso - que será publicado no portal do Governo na Internet e que já foi enviado aos diferentes grupos parlamentares na Assembleia da República -, a GNR salvaguarda que, a par desta primeira resposta a António Costa, está também em curso "um processo de inquérito mandado instaurar pelo Comando Geral que corre os seus termos".

"Foi num contexto de fenómeno invulgar que terão ocorrido os fatídicos acontecimentos da EN 236-1, uma vez que o fogo terá atingido esta estrada de forma totalmente inesperada, inusitada e assustadoramente repentina, surpreendendo todos, desde as vítimas aos agentes da proteção civil, nos quais se incluem os militares da Guarda destacados para o local", lê-se na parte conclusiva da resposta ao líder do executivo.
Segundo a explicação da GNR, no quadro do combate ao incêndio de Pedrógão Grande, "as patrulhas da Guarda, face à leitura da situação, havendo perigo para as pessoas e seus bens, e considerando a aproximação do fumo e fogo, cortaram a circulação no Itinerário Complementar (IC) 8 cerca das 18:50".

"Passado algum tempo, tornando-se insustentável, pela evolução do incêndio, permanecer no mesmo local, a força da GNR foi forçada a recuar para a zona de confluência do referido IC 8 com a EN 236-1, mantendo-se, no entanto, no IC 8, garantindo o corte do itinerário no sentido oeste/leste", refere o Comando Geral.

Assim, de acordo com a mesma força, "o trânsito proveniente de oeste passava a ser encaminhado para a passagem superior, existindo ali três opções para os automobilistas: retroceder pelo mesmo IC em direção a oeste; tomar a EN 236-1 em direção a Figueiró dos Vinhos; ou a EN 236-1 em direção a Castanheira de Pera".

Nesta missiva, o Comando Geral da GNR sustenta depois que não havia então "qualquer indicador ou informação que apontasse para a existência de risco potencial ou efetivo em seguir por esta estrada (EN 236-1) em qualquer dos sentidos".

A GNR aponta ainda dificuldades operacionais na missão de cortar a EN 236-1.

"Acresce ainda referir que o acesso à EN 236-1 se faz a partir de múltiplos locais, muitos deles provenientes de pequenas localidades e propriedades existentes e não apenas a partir do IC 8", observa-se no documento.

Ainda segundo o Comando Geral da GNR, "apesar das dificuldades nas comunicações (todas), a Guarda montou em toda a área o socorro e apoio às populações, tendo em conta os múltiplos focos de incêndio e as povoações e casas em risco".

"É relevante salientar que, durante o período em análise, como tem sido sustentado por vários especialistas, a zona foi alvo de condições meteorológicas verdadeiramente anómalas e adversas, com trovoadas secas e ventos intensos, que provocaram múltiplos focos de incêndios e propagações galopantes e imprevisíveis", acrescenta-se na resposta ao pedido de esclarecimento urgente feito pelo primeiro-ministro.

in: JN

por **jmflince** Qui 22 Jun 2017, 10:24

Que assumam que foi a falta de pessoal. Vai acontecer em outros locais deste país e o siresp é que vai ter a culpa.

por **irreverente** Qui 22 Jun 2017, 14:00

Infelizmente vivi na pele um dos piores anos de incêndios em Pedrogão Grande (Agosto de 1991),em área ardida se calhar foi pior que este, mas nada que se compare em termos de vitimas humanas ao que agora se passou.
Na segunda feira ainda falavam em 64 feridos há hora do almoço e eu já sabia que feridos eram mais de 150.
Creio sinceramente, que o numero de mortos também vai ser superior ao anunciado, até porque quem conhece Pedrogão Grande e seus arredores, sabe que existem casais e famílias de outras origens Ex: Alemães, Holandeses Franceses etc que vivem como verdadeiros eremitas (isolados) nas encostas daquelas serras, que não têm estradas de acesso ás casas, apenas caminhos que percorríamos a pé ou a cavalo, porque com viaturas era impossível.
Pergunto, essa gente escapou toda ?? Conseguiram num passe de mágica ludibriar as chamas ? Eu não acredito.
Infelizmente, vai sobrar para os camaradas que estiveram no cenário dantesco,sem apoios, sem comunicações e sabe Deus numa aflição e preocupação inimagináveis porque também grande parte deles têm lá as famílias e amigos porque eles próprios são de lá ou por lá constituíram família.
Eu quando lá cheguei em 1991, aquilo era um mar de chamas, uma coisa nunca por mim e pelos residentes vista ( eles já estavam habituados aos fogos) , para mim algo surreal , quem podia fazer frente a tal monstro ?? Perdas de vidas humanas, não houve graças a Deus mas de animais e habitações foram muitas.
Sofro com esta gente que me recebeu, me tratou como mais um filho da terra e que eu aprendi a ver e sentir como família.
Fico de rastos, porque sei que sou um ser insignificante perante esta tragédia que nada posso fazer para reparar as perdas das vidas de muitas pessoas que eu tive o gosto de conhecer e conviver.
Sinto-me triste e choro por Pedrogão Grande, mas estou interiormente desfeito por tão grande numero de pessoas que perderam a vida nesta tragédia.
Ainda não acabou..! Força a todos os Pedroguenses, Deus vos dê forças para recomeçarem.
Aos camaradas que se viram envolvidos , unam-se porque avizinham-se horas muito difíceis.

por **irreverente** Qui 22 Jun 2017, 16:16

Falar aqui é tão fácil. .! Sabem lá o que é ser largado num qualquer cruzamento com tudo há volta a arder e ter que decidir para onde mandamos quem aparecer !
Sabem lá o que é cortar a estrada e ver que estão a fugir por caminhos que eles conhecem mesmo que isso os coloque em perigo de vida.
Sabem lá o que é chegar a uma povoação e entre labaredas ouvir, ai a minha mãe e o meu irmão que morrem queimados, socorro , acudam !!
Pergunto : Onde ? Diga-me depressa e fuja daqui, com a casa em chamas, sem pensar entro e com o fumo pouco vejo, mas encontro : Uma idosa numa cadeira de rodas e um senhor (filho) com problemas mentais sentado ao lado da mãe.
Meu Deus, se existes este é o momento para mo mostrares, dá -me força e coragem para salvar esta gente.
Empurro a cadeira e puxo o Sr , grito para sair dali ou morremos e sinto que chego á porta, o Cabo que me comandava estava ali e entre elogios e insultos lá me ajudou a tirar as pessoas para local seguro.
Uma jovem aproxima-se e diz, Sr guarda a sua camisa derreteu nas costas e você está queimado, nem senti, tal foi o medo que passei mas entretanto reparo que estou a mancar ..! Que se passa ? Olho para os pés e vejo que me falta a sola da bota (Cavalaria ), mau..! Não sinto dor, porquê ?
Tudo passa, isto foi apenas o meu baptismo no "Rural ", mas apenas fiz o que o meu instinto mandou.
Posso dizer mais ??? Sim posso, mas para quê? Quantos já passaram por algo do gênero ?
São memórias, apenas isso .

por **COELHO.X** Qui 22 Jun 2017, 16:27

Contínuo na minha....tem de haver um responsável para o poder político, e por aquilo que vejo, a GNR vai lamentavelmente a frente!!!!

Porque será!!! desorientado

p

por **jmflince** Qui 22 Jun 2017, 17:49

COELHO.X escreveu:Contínuo na minha....tem de haver um responsável para o poder político, e por aquilo que vejo, a GNR vai lamentavelmente a frente!!!!

Porque será!!! p

Não é só a GNR. Basta ver e ouvir as pessoas atingidas por esta catástrofe a principal queixa é a falta de pessoal em todas as vertentes. Bombeiros, GNR e outras entidades. Vejam o programa da SIC notícias desta tarde. Opinião pública e já andam a empurrar as culpas uns para os outros.

por **Guarda que anda à linha** Qui 22 Jun 2017, 18:05

Por falar em falta de pessoal em certas entidades

https://www.publico.pt/2017/05/30/sociedade/noticia/gnr-tem-defice-de-3500-efectivos-militares-1774018

E o que é que os nossos ilustres governantes estarão a pensar fazer em relação a isso?

por **joao miguel silva** Qui 22 Jun 2017, 18:26

COELHO.X escreveu:Contínuo na minha....tem de haver um responsável para o poder político, e por aquilo que vejo, a GNR vai lamentavelmente a frente!!!!

Porque será!!! p

No fundo, a culpa pelo andar da carruagem, vai cair sobre o desgraçado do GNR que deu as indicações..
a ajudar á missa, um paineleiro que faz parte dos painéis de programas cor de rosa da TVI, ainda bem para a praça publica, pedir apoio psicológico para estes militares, dado assim enfase ás noticias deste facto.
O apoio psicológico é bem pedido, mas não precisava de ser em praça publica, mas como o dito fulano só funciona com publicidade, é o que se arranja, claro está que á custa desta publicidade, o verdadeiro GNR é que ainda se vai tramar, não o aprendiz da Coreia do Norte...

por **Sem abrigo** Sex 23 Jun 2017, 09:13

Há um bons anos prestei serviço no Destacamento que faz fronteira com o Comando de Leiria /Dter Pombal, por conseguinte foram varias as vezes que me cruzei com a patrulha de Pedrogão Grande e era normal falarmos sobre serviço, falta de pessoal, etc. Pelo que recordo a maior parte das vezes a patrulha deste posto era constituída por um elemento de Pedrogão Grande mais um de Figueiró dos Vinhos ou Ansião ou Castanheira de Pera. Já nesta altura existia uma falta gritante de pessoal.
Agora eu pergunto, naquele fatídico dia, aquela hora quantos elementos estavam de serviço? Quantos comandantes estavam a trabalhar aquela hora de Sábado ? E quando digo trabalhar não estou a falar de estarem de pronto na escala e estarem em casa contactáveis, digo estarem no terreno a coordenar !
Resumindo tudo se prepara para apontar o dedo ao ao Zé Guardilha que provavelmente nem conhecia o terreno e que nesta horas de aflição nem sabe para onde se virar.
Como a Sr. Ministra disse, porque pensa que isto é a TROPILHA "UM COMANDANTE NÃO ABANDONA OS SEUS HOMENS" e agora Sr.ª Ministra quando começar a partir a corda pelo lado mais fraco!...

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