"Ana Leal": militar da GNR suspeito de abuso sexual foi promovido

"Ana Leal": militar da GNR suspeito de abuso sexual foi promovido
Esta quinta-feira, a investigação "Ana Leal" revelou um esquema de favorecimento na saúde a familiares da GNR. E descobriu um coronel que, apesar de afastado pela ONU por ser suspeito de abuso sexual, foi promovido e colocado a coordenar missões no estrangeiro

2019-06-06 20:50     Ana Leal     André Carvalho Ramos 

O programa "Ana Leal" revelou esta quinta-feira um esquema que envolve a cúpula da GNR. Em causa, o favorecimento de familiares de altas patentes que puderam usufruir de cuidados médicos do Centro Clínico da Guarda Nacional Republicana. Chegam mesmo a fazer cirurgias às quais não têm direito, tudo pago com o dinheiro dos contribuintes.

No centro clínico, todos sabem o que se passa, mas tem sido tudo abafado.
Coronel da GNR suspeito de abuso sexual é promovido 

O Coronel Rui Barreiros da GNR é suspeito do crime de abuso sexual enquanto esteve em serviço em missões das Nações Unidas. Ficou proibido de participar em missões da ONU mas, apesar disso, a GNR não só o promoveu como o colocou a coordenar várias missões no estrangeiro, apurou a investigação do programa "Ana Leal".

Ru Barreiros, em resposta a um email, alegou que o processo tinha sido arquivado pelo Ministério da Administração Interna. André Carvalho Ramos, autor da reportagem, questionou o atual Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, mas não obteve resposta, nem tão pouco respondeu ao convite para comparecer no debate na TVI24. Já a GNR, alegou não ter conhecimento do caso. 

                        https://tvi24.iol.pt/sociedade/centro-clinico/ana-leal-esquema-de-favorecimento-na-saude-a-familiares-de-altas-patentes-da-gnr

Se fosse só esse...

E um capitão que com um processo disciplinar e o respetivo processo crime a decorrer e foi promovido a major?

Ao passo que outros  para que sejam promovidos, tem que a DJD pronunciar-se mesmo reunindo todos os requisitos.

A justiça é cega?????... Só para alguns...

O pior disto tudo é que isto não dá em nada. Dizem eles: os cães ladram e a caravana passa. Temos cá tantos: O caso de Queluz, os cavalos os cães, as messes, os potes, o mal uso dos veículos, as rações… um sem fim de casos que têm vindo a lume e nada lhes acontece. Alguém tem dúvida que isto é deles? Alguém tem dúvida que o 25 de abril ficou nas portas do Carmo? Só eu podia mencionar aqui uma inumerável lista de chefes e chefinhos que metem a mão no frasco do mel. Mas de que me vale? Ainda receberia cíticas dos meus colegas por ser invejoso. Na GNR aina estamos no medievo. No tempo do caciquismo e das oligarquias. Se fosse só na GNR. E os hospitais…
Continuando, mas daquilo que mais pena me dá é que eu desconto 3,5% e aqui no interior profundo  não temos nada. Nem pessoal, nem caros, nem carretas, nem hospitais, nem médicos, e Andamos nós a pagar para outros.
Mais uma vez repito, enquanto formos sempre os mesmo às manifestações (três gatos pingados), que até já nos conhecemos pelo nome, isto continua e continuará a ser deles.

A posição laboral que determinados cidadãos ocupam na sociedade, permitem que se movimentem entre os pingos da chuva sem se molhar, contudo não se livram da informação partilhada "julgamentos públicos". 
Em regra, os cidadãos não tem poder de decisão sobre aplicação da justiça, mas podem manifestar o seu desagrado pelo brando funcionamento  das Instituições.
Neste caso em concreto, com a recolha de prova, caso se apure a veracidade, que seja penalizado pela mão da justiça exemplarmente. (venire contra factum propium)....

Parabéns a quem denunciou, coragem para os que tem informações e vão denunciar. Se querem viver num mundo melhor, tem que desmascarar a podridão que estraga o bolo.

Como diz o outro, para alguns o melhor está para vir.

Enfim, não será fácil os guardas ou sargentos terem problemas em missões no estrangeiro, os únicos que são convidados para as fazer são os senhores da alta roda. Por norma só há vagas para os "superiores".

A Ana Leal anda a apertar a casta...

Bonitas as explicações do CG. Então os familiares que não têm direito SAD podem ser tratados no Centro Clínico? Não conheço a legislação que regula este centro, mas tenho dúvidas se é assim. No entanto se assim for não estou de acordo. Vou levar a minha mãe, que precisa de ser operada aos joelhos e pelo SNS demora muito. No respeitante à esposa do senhor coronel, tenho dúvidas que a minha mulher fosse atendida da mesma maneira e com a mesma brevidade. Há uma dúvida que me atormenta… se a esposa do senhor coronel tem cartão da SAD, que pode ter e ninguém discute, o porquê dos documentos apresentados estarem no nome deste senhor? Dos casos apresentados não foi mencionado o tio do diretor clínico nem o caso do oficial superior mencionado no relatório da ONU.
Em relações públicas diz-se: Omitir informação não é mentir é não dizer toda a verdade. Neste caso foi o que fez o GRP da GNR.

Agora a especular, mas se calhar o CG deu indicação ao GRP do que mencionar e não mencionar na resposta.

É tambem para isto que servem as associações - têm o dever de pedir satisfações/explicações. Com certeza já lhes chegaram comentários e queixas de guardas que ficaram a "marcar-passo", sem promoções, devido a processos disciplinares e que se sentem injustiçados e revoltados com estas noticias. Elas, as associações, devem confrontar os mandantes com estes assuntos; qualquer comandante deve ficar preocupado com o que isto pode ter de devastador para a disciplina e coesão da força.