Suspeitas de batota no curso de chefes da PSP

O júri do Concurso de Admissão ao Curso de Formação para Chefes da PSP, que decorreu esta semana na Escola Prática da Polícia de Segurança Pública, em Torres Novas, está a averiguar a possibilidade de alguns agentes terem tido conhecimentos antecipado de uma das provas.


As suspeitas foram levantadas e transmitidas ao júri depois de vários polícias, que tinham acabado de prestar provas, se terem deparado com colegas, que iam começar o exame, na posse de partes de um dos testes.
Por haver muitos candidatos as provas em questão são marcadas por vários períodos. A primeira, que começou cerca das 8 horas, e outra depois da 10. Ora quando os primeiros agentes terminaram a prova e saíram da sala perceberam que o segundo grupo já teria, alegadamente, excertos do exame, sabendo assim de antemão o que lhe seria pedido.
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http://www.jn.pt/PaginaInicial/Seguranca/Interior.aspx?content_id=3190679
ESTAS COISAS ACONTECEM? era uma piada...

ahahaha

faz-me recordar um famoso curso para cabos na guarda fiscal e os famosos cursos de chefes dos guarda-prisionais

in http://www.publico.pt/sociedade/noticia/mais-um-concurso-de-guardas-prisionais-declarado-ilegal-132656
A situação repete-se: o Tribunal Central Administrativo (TCA)
considerou ilegal um concurso de acesso a 123 vagas de segundo sub-chefe
da guarda prisional, como já tinha acontecido anteriormente. Mais uma
vez, o concurso parece ter sido feito à medida: os critérios de
avaliação dos candidatos só foram divulgados depois de conhecidos os
concorrentes.

O TCA veio considerar
ilegal o concurso, afirmando que foram violados os princípios da
"imparcialidade, isenção e transparência da administração". "O júri do
concurso só divulgou e definiu os critérios de ponderação e os
coeficientes de valorização curricular, após conhecer os concorrentes e
estes terem apresentado os seus currículos". A decisão do TCA é de
Janeiro deste ano.

O gabinete do ministro da justiça interpôs
recurso junto do Supremo Tribunal Administrativo. Segundo fonte oficial
da Direcção Geral dos Serviços Prisionais (DGSP), no recurso
argumenta-se que para este tipo de concurso "os concorrentes são à
partida conhecidos - só podem ser membros do corpo da guarda prisional
com dados requisitos", o que não acontece com um vulgar concurso na
função pública.

O concurso interno que é objecto da decisão
abriu em Agosto de 1995. Dois anos depois, um dos candidatos recorreu
hierarquicamente da lista de classificação final, pedindo a sua
anulação. O ministro da Justiça indefere o pedido e a lista é
homologada. O reclamante não desiste. Apresenta queixa no TCA,
defendendo que o concurso padeceu de "vícios de violação de lei". "Os
critérios de avaliação e o sistema de classificação final não foram
divulgados no aviso de abertura do concurso". O TCA veio agora dar-lhe
razão. Afirma-se que "os sistemas de classificação final e critérios de
valoração e ponderação" têm que ser divulgados antes de conhecidos os
candidatos e "sempre antes de começar a respectiva discussão e
apreciação", o que não aconteceu.

O problema dos 102 segundos subchefes

Os
magistrados que elaboram o acórdão consideram que só a divulgação
prévia daqueles elementos impediria que o júri do concurso "modelasse os
critérios de avaliação pelos dados pessoais dos concorrentes em ordem a
favorecer ou a prejudicar algum deles". O tribunal deliberou então que o
concurso violou a lei.

Recorde-se que esta não é a primeira vez
que são detectadas irregularidades em concursos da guarda prisional
(ver PÚBLICO 27/03/01). Aliás, na última década só se realizaram dois
concursos para segundo sub-chefes e ambos foram considerados ilegais.

Numa
situação com contornos muito semelhantes, o Supremo Tribunal
Administrativo veio, a 25 de Março de 1999, anular um concurso para 102
segundos subchefes da guarda prisional, aberto em 1993. Nos "métodos de
selecção" lia-se: "o programa das provas [de conhecimentos] será
publicitado com a devida oportunidade". Não só este programa esteve
ausente do aviso de abertura do concurso, como foi o próprio júri quem
definiu o programa e os métodos de selecção a aplicar "depois de ter
apreciado, detalhadamente, os processos de candidatura dos
concorrentes", lê-se no acórdão.

O tribunal veio considerar o
concurso nulo, mas a decisão nunca foi executada. O ministério contornou
a decisão fazendo um acordo particular com o candidato que na altura
reclamou: o acesso directo a um curso para promoção a subchefe.

O
ministro da Justiça António Costa alegou que a anulação do concurso
decidida pelo tribunal "criaria uma grande instabilidade no sistema e
provavelmente deixá-lo ingerível", uma vez que os subchefes promovidos
estavam colocados em lugares de chefia em todos os estabelecimentos
prisionais do país". O Supremo considerou o argumento ilegítimo, mas de
nada adiantou. O concurso nunca foi anulado.

http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/630b5a7989b88546802572aa0048af39?OpenDocument&ExpandSection=1

Nada me admira num país que tem tido sempre lideres corruptos, mentirosos, falsos e enganadores.

Qualquer dia o "anormal" sou eu e todos os outros honestos e integros que por aí andam, pois isto está cada vez mais entregue a compadrios e afins...