Corte nas pensões de 3,92% em 2012 e de 6% em 2016

Aumento da esperança média de vida corta 3,92% nas novas pensões (2012)






Jornal de Notícias - 30/05/2012

Os trabalhadores que se reformem este ano vão ter um corte de 3,92% na pensão, resultado do aumento da esperança média de vida em 2011.


Os cálculos definitivos relativos à esperança média de vida no ano passado, que confirmam os dados provisórios avançados em novembro, foram divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com o instituto, a esperança de vida estimada aos 65 anos foi de 18,62 anos.

"Assim, o valor da esperança média de vida à nascença foi estimado em 79,45 anos para ambos os sexos, sendo de 76,43 anos para os homens e de 82,30 anos para as mulheres", avança o INE.

Esta atualização do valor das novas pensões surge por via da introdução do fator de sustentabilidade na legislação em vigor.

"Este fator expressa a relação entre a esperança média de vida aos 65 anos em 2006 (17,89 anos) com a que foi obtida no ano imediatamente anterior ao do início da pensão", explica a legislação.

Para compensar este corte, os beneficiários da Segurança Social podem optar por ficar mais tempo ao serviço, fazer mais descontos ou reforçar os descontos para regimes complementares.

Assim, de acordo com a atual fórmula de cálculo, um trabalhador que se pretenda reformar em 2012 com entre 15 e 25 anos de serviço poderá optar por trabalhar mais 12 meses de forma a evitar o corte de 3,92% no valor da sua pensão.

Corte de 6% nas pensões em 2016 sem relação com troika


Lusa - Hoje

O ministro da Solidariedade e Segurança Social afirmou hoje que o corte de seis por cento nas pensões, previsto para 2016, resulta de uma lei elaborada pelo anterior Governo (PS) e nada tem que ver com a 'troika'.

Pedro Mota Soares reagia assim a uma notícia avançada hoje pelo Diário de Notícias que dá conta de que as pessoas entregaram a documentação para a reforma em 2015, ano em que alegadamente termina o programa de ajustamento financeiro, terão um corte de 5,7 por cento na pensão que a receber no ano seguinte.





"Em causa está a aplicação de uma lei feita em 2007 pelo anterior Governo que nada tem a ver com o período de assistência financeira, sobre a qual nada existe nenhum memorando de entendimento, a única coisa que existe é a aplicação de uma lei feita em 2007 relativamente ao chamado fator de sustentabilidade", esclareceu o ministro.

Pedro Mota Soares, que falava aos jornalistas, à margem de uma visita à Escola Secundária de Cascais, sublinhou ainda que não haverá qualquer alteração dessa lei.

"Neste momento, temos um conjunto de estímulos e contributos que são muito importantes para garantir a sustentabilidade da Segurança Social e nesse sentido não há nenhuma previsão de alertar qualquer fator de sustentabilidade criado em 2007", sustentou.

A notícia divulgada pelo jornal adianta ainda que, quem não quiser aceitar as reduções e tenha um mínimo de 40 anos de desconto, poderá optar por trabalhar quase cinco ou sete meses para receber a reforma por inteiro.

O ministro confirmou e explicou que a lei de 2007 diz que há uma "diferença entre a idade da reforma das pessoas e o aumento da esperança média de vida, portanto, sabe-se que trabalhando mais alguns meses, as pessoas não têm nenhuma penalização na sua reforma".

"O que está a acontecer é a prática da lei que foi feita em 2007 e esse corte não acontece quando as pessoas desempenham as suas funções por mais alguns meses", concluiu.

Mais, mais e mais do mesmo.

"Matam-se" a trabalhar até que a morte os chame.

Esta a fórmula encontrada para a sustentabilidade da SS.


Um Povo Resignado

Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta. [.]

Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira a falsificação, da violência ao roubo, donde provem que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro. Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do País.
A justiça ao arbítrio da Política, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas.
Dois partidos sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes, vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se malgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar.

Guerra Junqueiro, in 'Pátria (1896)'

Este excerto de Guerra Junqueiro não podia ser mais actual. A actualidade e veracidade nas ideias que transmite está o facto da sua já avançada idade - 116 anos!...

Pois ,a desculpa, agora, é o aumento da média da esperança de vida .
Filhos de um raio que os parta! Ia chamar-lhes filhos de um cachorro ,mas ,nem a isso têm dieito.
respeito muito os animais e essa gentalha nem categoria para filhos de cão têm.
Essa cambada (de ....) reformam-se com meia dúzia de anos de mau serviço prestado á Nação.
"Democratas" do Inferno! escravizam o pobre até á morte. Nem nos dão o direito de descansar um pouco antes de deixar este mundo.
Parasitas !!!!cobardolas !!!!!!

Quando chegar a minha vez, se calhar, ainda tenho de pagar para ir para a reforma.........lol

esses que determinam este tipo de leis, deviam trabalhar no duro ate ao fim da vida para saberem o que custa.
sera que não somos todos cidadãos portugueses?
porque carga de agua eles reformam-se ao fim de alguns anos e o povo em que trabalhar ate morrer.

Não fazemos jus a nossa tão rica historia, somos uns cobardes

até podem dizer que a esperança de vida que é os 100 anos e ser a mais pura das mintiras, agora resta saber o que é que o povo diz/faz para contrariar o que é dito? começar a matar-se ao 20 para baixar a média? Vai chegar ao tempo da "REFORMA "0""

Corta aqui, corta ali, corta acolá. Desde que lhes cheire a pilim, corta corta, corta.

Vai ser trabalhar até ao dia da morte, para já não precisarmos da reforma, se queriam boas reformas estudassem como fez a nossa Presidente da Assembleia da Republica.

Cada dia que passa cortes e mais cortes,onde vamos todos nós parar!!!!!!!!!!!!!!!!!eles comem tudo e não deixam nada