Agentes da PSP precisam cada vez mais de apoio psicológico

Entre 2006 e 2009, a principal causa de morte não natural na PSP foi o suicídio.

Em 2014, o gabinete de Psicologia do Sindicato dos Profissionais de Polícia deu mais de três mil consultas. Em 2011 foram cerca de duas mil.

Escreve o Público que há atualmente pelo menos 20 polícias em lista de espera e 70 a serem acompanhados em permanência por este gabinete. Procuram ajuda para lidar com problemas motivados por carências financeiras, problemas familiares e exaustão no trabalho.

“Há um grande sentimento de revolta em geral (…). Ao mesmo tempo acaba por haver menos vergonha em pedir ajuda. Aos fatores de personalidade juntou-se a crise e os polícias chegam a situações limite que desencadeiam até processos disciplinares e perdem parte do salário, o que leva a novos problemas económicos”, diz Sandra Coelho, responsável pelo gabinete, em declarações ao jornal Público.

Ao acompanhamento dos agentes acresce muitas vezes apoio material. São doados aos agentes necessitados bens alimentares, de higiene ou roupa, mas também para mulheres e filhos, acrescenta a psicóloga.