Ministra: "Nem sempre as coisas correm como gostaríamos"
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Ministra: "Nem sempre as coisas correm como gostaríamos"
Ministra: "Nem sempre as coisas correm como gostaríamos"
Constança Urbano de Sousa queria transferir 600 polícias das messes para as patrulhas. "Não consegui!", reconheceu | TIAGO PETINGA / LUSA
A oposição apresentou à ministra da Administração Interna uma lista de decisões que têm corrido mal, como a lei sindical da PSP e o estatuto da GNR vetado por Belém
Uma alteração à lei sindical da PSP que não agradou nem aos aliados de esquerda, um estatuto da GNR vetado pelo Presidente da República, o fracasso da libertação de efetivos nas polícias, a segurança nos aeroportos, o desaparecimento de 57 pistolas da PSP. Num ano de balanço da ação política da ministra da Administração Interna, estas destacam-se como matérias que correram mal. Esta quinta-feira, no parlamento, o PSD e o CDS não pouparam a governante. "É como tudo na vida. Nem sempre as coisas correm como gostaríamos", conclui Constança Urbano de Sousa, já no final do debate.
A Ministra respondia ao deputado social-democrata Luís Marques Guedes, que insistia em respostas, e reconhecia que algumas das suas decisões tinham falhado, como foi a da libertação de polícias das messes e refeitórios para o trabalho operacional, cuja estimativa era que fossem 600. "Não consegui. Respondo com verdade. Talvez o senhor deputado não esteja habituado a respostas honestas e sinceras na política", retorquiu Constança Urbano de Sousa.
A proposta para alterar a lei sindical da PSP, que começou por ter o apoio da esquerda e sindicatos por que anunciada com o objetivo de limitar as folgas sindicais à representatividade de cada organização, acabou por criar a primeira grande tensão na maioria parlamentar. Sem nada negociar ou avisar os parceiros, Constança Urbano de Sousa avançou com um diploma que também pretende limitar a liberdade sindical. Reconheceu o erro e remeteu para os grupos parlamentares, em sede de discussão na especialidade, a responsabilidade de a corrigirem. Está desde início do ano à espera . "Desde que a proposta entrou na assembleia, já foi criado mais um sindicato (o 15º na PSP) com 17 elementos de uma mesma esquadra. Se todos pedirem folga sindical a esquadra fecha", salientou a Ministra. A nível nacional, só num ano, os mais de 2700 dirigentes e delegados sindicais desta força de segurança gozaram cerca de 30 mil dias de "créditos" sindicais, colocando aos comandos graves problemas na gestão das escalas.
No estatuto da GNR, a governante, por uma "questão de princípio" de "não-discriminação" queria deixar que coronéis sem licenciatura na Academia Militar (AM) pudessem ser generais. Marcelo Rebelo de Sousa, como chefe-supremo das Forças Armadas vetou, indo ao encontro das ideias defendidas pela maioria dos oficiais da Guarda, formados na AM que tinham alertado a ministra para a quebra de coesão a instituição que a medida significaria.
Em relação à segurança dos aeroportos, conforme o DN já noticiou, Constança Urbano de Sousa preparou um diploma que está em apreciação interna no governo, pelo menos desde fevereiro, sem que tenha ainda sido aprovado. "Está sempre tudo em resolução, mas não resolve nada", atirou à Ministra o deputado centrista, Telmo Correia.
O CDS insistiu com outro conjunto de questões também "em resolução", relacionadas com o combate ao terrorismo, matéria sobre a qual apresentou, no final de março, um pacote de seis medidas. Uma delas é a autorização para as secretas poderem aceder aos dados das comunicações dos suspeitos de terrorismo (os metadados) que, conforme DN também já noticiou, o governo concorda e levará "em breve" ao parlamento, o que a ministra também confirmou, embora não tenha delegação de competências em matérias do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP).
O mesmo se passou com as perguntas sobre o Ponto de Contacto Único Nacional (PCUN) para a cooperação policial internacional, que vai juntar Europol, Interpol e todos os outros sistemas de informações policiais. O PSD questionou sobre o porquê da demora do diploma chegar à assembleia, quando foi aprovado em Conselho de Ministros há quase um mês. A ministra afirmou desconhecer a situação, mas disse que "em breve" estaria à disposição dos deputados.
O deputado do PSD Fernando Negrão quis saber que planos previstos na Estratégia Nacional de Combate ao Terrorismo estão aprovados. A ministra remeteu para a secretária-geral do Sistema de Segurança Interna, admitindo que estaria só concluído o da proteção das infraestruturas críticas. Nada disse sobre os outros três.
http://www.dn.pt/portugal/interior/ministra-nem-sempre-as-coisas-correm-como-gostariamos-6220738.html
Constança Urbano de Sousa queria transferir 600 polícias das messes para as patrulhas. "Não consegui!", reconheceu | TIAGO PETINGA / LUSA
A oposição apresentou à ministra da Administração Interna uma lista de decisões que têm corrido mal, como a lei sindical da PSP e o estatuto da GNR vetado por Belém
Uma alteração à lei sindical da PSP que não agradou nem aos aliados de esquerda, um estatuto da GNR vetado pelo Presidente da República, o fracasso da libertação de efetivos nas polícias, a segurança nos aeroportos, o desaparecimento de 57 pistolas da PSP. Num ano de balanço da ação política da ministra da Administração Interna, estas destacam-se como matérias que correram mal. Esta quinta-feira, no parlamento, o PSD e o CDS não pouparam a governante. "É como tudo na vida. Nem sempre as coisas correm como gostaríamos", conclui Constança Urbano de Sousa, já no final do debate.
A Ministra respondia ao deputado social-democrata Luís Marques Guedes, que insistia em respostas, e reconhecia que algumas das suas decisões tinham falhado, como foi a da libertação de polícias das messes e refeitórios para o trabalho operacional, cuja estimativa era que fossem 600. "Não consegui. Respondo com verdade. Talvez o senhor deputado não esteja habituado a respostas honestas e sinceras na política", retorquiu Constança Urbano de Sousa.
A proposta para alterar a lei sindical da PSP, que começou por ter o apoio da esquerda e sindicatos por que anunciada com o objetivo de limitar as folgas sindicais à representatividade de cada organização, acabou por criar a primeira grande tensão na maioria parlamentar. Sem nada negociar ou avisar os parceiros, Constança Urbano de Sousa avançou com um diploma que também pretende limitar a liberdade sindical. Reconheceu o erro e remeteu para os grupos parlamentares, em sede de discussão na especialidade, a responsabilidade de a corrigirem. Está desde início do ano à espera . "Desde que a proposta entrou na assembleia, já foi criado mais um sindicato (o 15º na PSP) com 17 elementos de uma mesma esquadra. Se todos pedirem folga sindical a esquadra fecha", salientou a Ministra. A nível nacional, só num ano, os mais de 2700 dirigentes e delegados sindicais desta força de segurança gozaram cerca de 30 mil dias de "créditos" sindicais, colocando aos comandos graves problemas na gestão das escalas.
No estatuto da GNR, a governante, por uma "questão de princípio" de "não-discriminação" queria deixar que coronéis sem licenciatura na Academia Militar (AM) pudessem ser generais. Marcelo Rebelo de Sousa, como chefe-supremo das Forças Armadas vetou, indo ao encontro das ideias defendidas pela maioria dos oficiais da Guarda, formados na AM que tinham alertado a ministra para a quebra de coesão a instituição que a medida significaria.
Em relação à segurança dos aeroportos, conforme o DN já noticiou, Constança Urbano de Sousa preparou um diploma que está em apreciação interna no governo, pelo menos desde fevereiro, sem que tenha ainda sido aprovado. "Está sempre tudo em resolução, mas não resolve nada", atirou à Ministra o deputado centrista, Telmo Correia.
O CDS insistiu com outro conjunto de questões também "em resolução", relacionadas com o combate ao terrorismo, matéria sobre a qual apresentou, no final de março, um pacote de seis medidas. Uma delas é a autorização para as secretas poderem aceder aos dados das comunicações dos suspeitos de terrorismo (os metadados) que, conforme DN também já noticiou, o governo concorda e levará "em breve" ao parlamento, o que a ministra também confirmou, embora não tenha delegação de competências em matérias do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP).
O mesmo se passou com as perguntas sobre o Ponto de Contacto Único Nacional (PCUN) para a cooperação policial internacional, que vai juntar Europol, Interpol e todos os outros sistemas de informações policiais. O PSD questionou sobre o porquê da demora do diploma chegar à assembleia, quando foi aprovado em Conselho de Ministros há quase um mês. A ministra afirmou desconhecer a situação, mas disse que "em breve" estaria à disposição dos deputados.
O deputado do PSD Fernando Negrão quis saber que planos previstos na Estratégia Nacional de Combate ao Terrorismo estão aprovados. A ministra remeteu para a secretária-geral do Sistema de Segurança Interna, admitindo que estaria só concluído o da proteção das infraestruturas críticas. Nada disse sobre os outros três.
http://www.dn.pt/portugal/interior/ministra-nem-sempre-as-coisas-correm-como-gostariamos-6220738.html
Re: Ministra: "Nem sempre as coisas correm como gostaríamos"
Ainda remou contra a maré no inicio mas depressa se deixou levar pela onda, seja que MAI esteja no governo, não resolve nada, quem manda nisto são outros senhores...
Carlos S.- Cabo-Mor
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Idade : 34
Profissão : Militar da GNR
Nº de Mensagens : 329
Meu alistamento : CFP 2012
Re: Ministra: "Nem sempre as coisas correm como gostaríamos"
Neste momento estamos melhor do que no anterior Governo/MAI???
Nao creio em nada...Reserva é o que se vê, Promoções nunca se viu tal, horário não é uniforme na instituição e comparativamente com outras forças, os direitos adquiridos são poucos comparados com outros sectores do estado etc etc....
As coisas nem sempre correm como gostariamos, pois não, é uma verdade à la palice, mas o problema é que se continua a fazer tudo como sempre e os resultados aparecem sempre, se assim nao fosse tudo mudaria e num apice...
Abril ja vai a meio, e o estado ganhou 4 meses sem promoções na GNR..poupou milhares de euros empurrando o problema com a barriga, e alguém se importou com.isso.....pois ninguém!!!
Nao creio em nada...Reserva é o que se vê, Promoções nunca se viu tal, horário não é uniforme na instituição e comparativamente com outras forças, os direitos adquiridos são poucos comparados com outros sectores do estado etc etc....
As coisas nem sempre correm como gostariamos, pois não, é uma verdade à la palice, mas o problema é que se continua a fazer tudo como sempre e os resultados aparecem sempre, se assim nao fosse tudo mudaria e num apice...
Abril ja vai a meio, e o estado ganhou 4 meses sem promoções na GNR..poupou milhares de euros empurrando o problema com a barriga, e alguém se importou com.isso.....pois ninguém!!!
COELHO.X- Capitão
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Idade : 46
Profissão : GNR
Nº de Mensagens : 5620
Mensagem : Passam Céleres Altivos e Impenetráveis..é a Cavalaria que Passa!
"Para ter inimigos, não precisa declarar guerras, apenas diga o que pensa..."
Martin Luther King
Meu alistamento : (1999) Século Passado!!Há pois é.
Re: Ministra: "Nem sempre as coisas correm como gostaríamos"
Eu importo-me... só eu, não sou ninguém, mas contigo já somos dois.COELHO.X escreveu:Neste momento estamos melhor do que no anterior Governo/MAI???
Nao creio em nada...Reserva é o que se vê, Promoções nunca se viu tal, horário não é uniforme na instituição e comparativamente com outras forças, os direitos adquiridos são poucos comparados com outros sectores do estado etc etc....
As coisas nem sempre correm como gostariamos, pois não, é uma verdade à la palice, mas o problema é que se continua a fazer tudo como sempre e os resultados aparecem sempre, se assim nao fosse tudo mudaria e num apice...
Abril ja vai a meio, e o estado ganhou 4 meses sem promoções na GNR..poupou milhares de euros empurrando o problema com a barriga, e alguém se importou com.isso.....pois ninguém!!!
martins7- Furriel
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Idade : 44
Profissão : gnr
Nº de Mensagens : 426
Meu alistamento : Aqui podes colocar o ano do teu alistamento!(Facultativo)
Re: Ministra: "Nem sempre as coisas correm como gostaríamos"
Já somos TRÊS...
NIC- 2º Sargento
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Idade : 56
Profissão : GNR
Nº de Mensagens : 821
Meu alistamento : 1990
Re: Ministra: "Nem sempre as coisas correm como gostaríamos"
Pois, pois, so agora e que viu que errou
nunobf98- 1º Sargento
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Idade : 50
Profissão : gnr
Nº de Mensagens : 1238
Mensagem : Pela Ordem & Pela Lei! - Grupo Facebook com 3000 associados
Meu alistamento : Aqui podes colocar o ano do teu alistamento!(Facultativo)
Re: Ministra: "Nem sempre as coisas correm como gostaríamos"
Ministros da Administração Interna desde 2007
António Costa - 12 de março de 2005 a 17 de maio de 2007Rui Pereira - 17 de maio de 2007 a 21 de junho de 2011
Miguel Macedo - 21 de junho de 2011 a 19 de novembro de 2014
Anabela Rodrigues - 19 de novembro de 2014 a 30 de outubro de 2015
João Calvão da Silva - 30 de outubro de 2015 a 26 de novembro de 2015
Maria Constança Dias Urbano de Sousa - de 26 de novembro de 2015 a ....
5-2-2006 - "O ministro da Administração Interna, António Costa, admitiu esta quarta-feira que "o Governo poderá libertar para funções policiais cinco mil elementos da PSP e da GNR, actualmente a desempenharem tarefas administrativas, substituindo-os por funcionários públicos."
6-8-2007 - O ministro da Administração Interna , Rui Pereira, disse : "ao longo dos próximos anos (2008/2009), será também encaminhado para o trabalho operacional um número elevado de elementos das forças de segurança, actualmente ocupados com tarefas de índole administrativa ou burocrática".
27-5-2014 - O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, "o Governo pretende substituir, um total de cinco mil agentes na PSP e na GNR por civis".
4-10-2016 -" A partir de 1 Janeiro de 2017, vamos conseguir libertar 600 polícias de toda a gestão das messes e bares da PSP e da GNR”, disse Constança Urbano de Sousa , na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.
Passaram dez (10) anos, depois de 2007, e a pasta da Administração Interna esteve na posse de seis (6) ministros - todos com formação superior em Direito - e nenhum conseguiu o objectivo de retirar para o serviço operacional um numero satisfatórios de militares em funções administrativas ...
CARI2013- Sargento-Mor
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Idade : 41
Profissão : GNR
Nº de Mensagens : 2860
Mensagem : «Uma das maiores subtilezas da arte militar é nunca levar o inimigo ao desespero.»
(Michel de Montaigne)
Meu alistamento : Aqui podes colocar o ano do teu alistamento!(Facultativo)
Re: Ministra: "Nem sempre as coisas correm como gostaríamos"
Quer dizer que existe muita gente incompetente.
JNSilva- 2º Sargento
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Idade : 49
Profissão : Guarda Infantaria GNR
Nº de Mensagens : 519
Meu alistamento : Nov 1997
Re: Ministra: "Nem sempre as coisas correm como gostaríamos"
Ressalta á vista esta passagem na noticia
"No estatuto da GNR, a governante, por uma "questão de princípio" de "não-discriminação" queria deixar que coronéis sem licenciatura na Academia Militar (AM) pudessem ser generais. Marcelo Rebelo de Sousa, como chefe-supremo das Forças Armadas vetou, indo ao encontro das ideias defendidas pela maioria dos oficiais da Guarda, formados na AM que tinham alertado a ministra para a quebra de coesão a instituição que a medida significaria."
Quebra de Coesão
Mais ainda???
O que interessa no meio disto tudo é os oficiais andarem contentes, principalmente os da AM e muito especificamente os do Exercito.
Pelo que se depreende os Guardas e Sargentos ficam contentes e "coesos", desde que os senhores oficiais tenham uma "digna" progressão.
A Sr.ª Ministra tem razão porque para alguns Guardas e sargentos "Nem sempre as coisas correm como gostaríamos", porque para alguns corre sempre a gosto, tal como para a classe de oficiais, bastando para isso analisar o novo estatuto, feito á medida para "alguns" em detrimento de "outros".
"No estatuto da GNR, a governante, por uma "questão de princípio" de "não-discriminação" queria deixar que coronéis sem licenciatura na Academia Militar (AM) pudessem ser generais. Marcelo Rebelo de Sousa, como chefe-supremo das Forças Armadas vetou, indo ao encontro das ideias defendidas pela maioria dos oficiais da Guarda, formados na AM que tinham alertado a ministra para a quebra de coesão a instituição que a medida significaria."
Quebra de Coesão
Mais ainda???
O que interessa no meio disto tudo é os oficiais andarem contentes, principalmente os da AM e muito especificamente os do Exercito.
Pelo que se depreende os Guardas e Sargentos ficam contentes e "coesos", desde que os senhores oficiais tenham uma "digna" progressão.
A Sr.ª Ministra tem razão porque para alguns Guardas e sargentos "Nem sempre as coisas correm como gostaríamos", porque para alguns corre sempre a gosto, tal como para a classe de oficiais, bastando para isso analisar o novo estatuto, feito á medida para "alguns" em detrimento de "outros".
trecarrico- Cabo-Mor
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Idade : 48
Profissão : Militar da GNR
Nº de Mensagens : 304
Meu alistamento : 1.º de 1996 (Grande curso)
Re: Ministra: "Nem sempre as coisas correm como gostaríamos"
Por falar em generalato e quebra de coesão, e como alguém já disse e escreveu, este processo poderia ter decorrido dentro da maior tranquilidade e normalidade possível. Bastaria não terem alterado o estatuto até que o ultimo coronel oriundo da GNR tivesse passado à reserva, o que ocorreria daqui a meia dúzia de anos. Mas, como se costuma dizer, quanto mais mexem na m... mais mal ela cheira.
É bom lembrar também, e que é justo dize-lo, que a estes militares lhes tinha sido prometido e lhes causaram as legitimas expetativas, de que poderiam ser Brigadeiros Benerais, o que como agora se verifica depois de aprovado o estatuto, já não vai acontecer.
Há militares destes, Coronéis e Tenentes-coronéis, que podiam ter passado à reserva ativa até ao fim do ano passado, e alguns estiveram nessa situação (reserva ativa) e que se desentranharam daquele processo com vista à promoção que legitimamente lhe havia sido prometida. E que, se tivessem continuado nessa situação, poderiam, quando completassem 38 anos de serviço, muito antes de completarem 55 anos de idade, passar à reserva para fora da efetividade do serviço, o que acabaram por não fazer ao não meterem o requerimento e outros ao anulá-lo.
Agora é caso para perguntar: Então e agora, qual é que é o sentimento destes militares a quem lhes tinham sido criadas umas determinadas expetativas, que ao que tudo indicava lhes iam ser concedidas, e que abdicaram de beneficiar de uma situação mais vantajosa onde iam fazer menos alguns anos de serviço, e que agora depois de goradas e defraudadas essa expetativas, vão sofrer um prejuízo maior ao irem acabar por ter de fazer mais anos de serviço, se não lhes tivessem criado as “falsas” expetativas de uma promoção que afinal não vem?
Sem dúvida nenhuma, que estaremos agora na presença de mais alguns militares revoltados com toda a situação, ansiosos, e, quiçá, desesperados pela chegada dos 55 anos de idade, altura em que poderão abandonar a instituição com a passagem à reserva, sob pena da tão propalada coesão, vir a ser na altura posta em causa, depois de virem a ser ultrapassados no posto hierárquico pelos primeiros oficiais a serem promovidos a Brigadeiro General.
Guarda que anda à linha- Sargento-Chefe
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Idade : 58
Profissão : Funcionário publico
Nº de Mensagens : 2021
Meu alistamento : Aqui podes colocar o ano do teu alistamento!(Facultativo)
Re: Ministra: "Nem sempre as coisas correm como gostaríamos"
JNSilva escreveu:Quer dizer que existe muita gente incompetente.
Maldisposto- Furriel
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Idade : 62
Profissão : GNR
Nº de Mensagens : 443
Meu alistamento : Aqui podes colocar o ano do teu alistamento!(Facultativo)
Re: Ministra: "Nem sempre as coisas correm como gostaríamos"
Por falar em expectativas ...Guarda que anda à linha escreveu:Por falar em generalato e quebra de coesão, e como alguém já disse e escreveu, este processo poderia ter decorrido dentro da maior tranquilidade e normalidade possível. Bastaria não terem alterado o estatuto até que o ultimo coronel oriundo da GNR tivesse passado à reserva, o que ocorreria daqui a meia dúzia de anos. Mas, como se costuma dizer, quanto mais mexem na m... mais mal ela cheira.
É bom lembrar também, e que é justo dize-lo, que a estes militares lhes tinha sido prometido e lhes causaram as legitimas expetativas, de que poderiam ser Brigadeiros Benerais, o que como agora se verifica depois de aprovado o estatuto, já não vai acontecer.
Há militares destes, Coronéis e Tenentes-coronéis, que podiam ter passado à reserva ativa até ao fim do ano passado, e alguns estiveram nessa situação (reserva ativa) e que se desentranharam daquele processo com vista à promoção que legitimamente lhe havia sido prometida. E que, se tivessem continuado nessa situação, poderiam, quando completassem 38 anos de serviço, muito antes de completarem 55 anos de idade, passar à reserva para fora da efetividade do serviço, o que acabaram por não fazer ao não meterem o requerimento e outros ao anulá-lo.
Agora é caso para perguntar: Então e agora, qual é que é o sentimento destes militares a quem lhes tinham sido criadas umas determinadas expetativas, que ao que tudo indicava lhes iam ser concedidas, e que abdicaram de beneficiar de uma situação mais vantajosa onde iam fazer menos alguns anos de serviço, e que agora depois de goradas e defraudadas essa expetativas, vão sofrer um prejuízo maior ao irem acabar por ter de fazer mais anos de serviço, se não lhes tivessem criado as “falsas” expetativas de uma promoção que afinal não vem?
Sem dúvida nenhuma, que estaremos agora na presença de mais alguns militares revoltados com toda a situação, ansiosos, e, quiçá, desesperados pela chegada dos 55 anos de idade, altura em que poderão abandonar a instituição com a passagem à reserva, sob pena da tão propalada coesão, vir a ser na altura posta em causa, depois de virem a ser ultrapassados no posto hierárquico pelos primeiros oficiais a serem promovidos a Brigadeiro General.
Até 1983 a expectativa máxima de um oficial subalterno , sem passagem pela academia militar, levava-o até ao posto de Capitão. Porém o estatuto de 1983 transportou -o até ao posto de tenente coronel e o estatuto de 1993 até ao de coronel sendo o primeiro coronel da GNR, não oriundo da academia, promovido a este posto em 1994. ( as expectativas foram, largamente ultrapassadas!)
Os mesmos estatutos, permitiam que um Guarda, ou Sargento, titular de uma licenciatura podia, por essa via, ascender a oficial. Muitos, às suas expensas, concluíram uma licenciatura, mestrado e até um doutoramento. Tal era a dimensão das expectativas destes militares (Guardas/Sargentos)...
A verdade é que os referidos oficiais, com o 7.º ano dos liceus, (11.º anos de escolaridade), ou menos, ascenderam a oficial superior (coronel). Os outros... (Sargentos/Guardas), titulares de habilitações literárias iguais, ou superiores, a licenciatura, nunca viram publicado a legislação regulamentar - prevista nos estatutos - lhe permitia ascender à classe de oficiais.
Agora, passados que foram tantos anos...., o estatuto de 2017 prevê que apenas os Sargentos , titulares de um mestrado, possam ascender a oficial mas o "obstáculo" , "mediante legislação especial regulamentar". Tem sido esse o obstáculo (omissão de legislar) que durante mais de duas décadas têm impossibilitado a vontade do legislador, plasmada nos referidos estatutos.
Perante um tratamento tão desigual, ( com expectativas ultrapassadas para uns e obscenamente defraudadas para outros) ninguém pode ter autoridade moral para dizer que é "uma pena" os coronéis da GNR - não oriundos da academia militar - não ascenderem a oficial general (brigadeiro - general).
CARI2013- Sargento-Mor
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Idade : 41
Profissão : GNR
Nº de Mensagens : 2860
Mensagem : «Uma das maiores subtilezas da arte militar é nunca levar o inimigo ao desespero.»
(Michel de Montaigne)
Meu alistamento : Aqui podes colocar o ano do teu alistamento!(Facultativo)
Re: Ministra: "Nem sempre as coisas correm como gostaríamos"
CARI2013 escreveu:Por falar em expectativas ...Guarda que anda à linha escreveu:Por falar em generalato e quebra de coesão, e como alguém já disse e escreveu, este processo poderia ter decorrido dentro da maior tranquilidade e normalidade possível. Bastaria não terem alterado o estatuto até que o ultimo coronel oriundo da GNR tivesse passado à reserva, o que ocorreria daqui a meia dúzia de anos. Mas, como se costuma dizer, quanto mais mexem na m... mais mal ela cheira.
É bom lembrar também, e que é justo dize-lo, que a estes militares lhes tinha sido prometido e lhes causaram as legitimas expetativas, de que poderiam ser Brigadeiros Benerais, o que como agora se verifica depois de aprovado o estatuto, já não vai acontecer.
Há militares destes, Coronéis e Tenentes-coronéis, que podiam ter passado à reserva ativa até ao fim do ano passado, e alguns estiveram nessa situação (reserva ativa) e que se desentranharam daquele processo com vista à promoção que legitimamente lhe havia sido prometida. E que, se tivessem continuado nessa situação, poderiam, quando completassem 38 anos de serviço, muito antes de completarem 55 anos de idade, passar à reserva para fora da efetividade do serviço, o que acabaram por não fazer ao não meterem o requerimento e outros ao anulá-lo.
Agora é caso para perguntar: Então e agora, qual é que é o sentimento destes militares a quem lhes tinham sido criadas umas determinadas expetativas, que ao que tudo indicava lhes iam ser concedidas, e que abdicaram de beneficiar de uma situação mais vantajosa onde iam fazer menos alguns anos de serviço, e que agora depois de goradas e defraudadas essa expetativas, vão sofrer um prejuízo maior ao irem acabar por ter de fazer mais anos de serviço, se não lhes tivessem criado as “falsas” expetativas de uma promoção que afinal não vem?
Sem dúvida nenhuma, que estaremos agora na presença de mais alguns militares revoltados com toda a situação, ansiosos, e, quiçá, desesperados pela chegada dos 55 anos de idade, altura em que poderão abandonar a instituição com a passagem à reserva, sob pena da tão propalada coesão, vir a ser na altura posta em causa, depois de virem a ser ultrapassados no posto hierárquico pelos primeiros oficiais a serem promovidos a Brigadeiro General.
Até 1983 a expectativa máxima de um oficial subalterno , sem passagem pela academia militar, levava-o até ao posto de Capitão. Porém o estatuto de 1983 transportou -o até ao posto de tenente coronel e o estatuto de 1993 até ao de coronel sendo o primeiro coronel da GNR, não oriundo da academia, promovido a este posto em 1994. ( as expectativas foram, largamente ultrapassadas!)
Os mesmos estatutos, permitiam que um Guarda, ou Sargento, titular de uma licenciatura podia, por essa via, ascender a oficial. Muitos, às suas expensas, concluíram uma licenciatura, mestrado e até um doutoramento. Tal era a dimensão das expectativas destes militares (Guardas/Sargentos)...
A verdade é que os referidos oficiais, com o 7.º ano dos liceus, (11.º anos de escolaridade), ou menos, ascenderam a oficial superior (coronel). Os outros... (Sargentos/Guardas), titulares de habilitações literárias iguais, ou superiores, a licenciatura, nunca viram publicado a legislação regulamentar - prevista nos estatutos - lhe permitia ascender à classe de oficiais.
Agora, passados que foram tantos anos...., o estatuto de 2017 prevê que apenas os Sargentos , titulares de um mestrado, possam ascender a oficial mas o "obstáculo" , "mediante legislação especial regulamentar". Tem sido esse o obstáculo (omissão de legislar) que durante mais de duas décadas têm impossibilitado a vontade do legislador, plasmada nos referidos estatutos.
Perante um tratamento tão desigual, ( com expectativas ultrapassadas para uns e obscenamente defraudadas para outros) ninguém pode ter autoridade moral para dizer que é "uma pena" os coronéis da GNR - não oriundos da academia militar - não ascenderem a oficial general (brigadeiro - general).
Overlord- 1º Sargento
-
Idade : 94
Profissão : GUarda de infantaria
Nº de Mensagens : 1183
Re: Ministra: "Nem sempre as coisas correm como gostaríamos"
Estou cheio de pena dos oficiais..... até já pensei em retirar 200€ do meu excessivo vencimento, para juntar aos 5000€ que ganham os nossos generais..
Coitadinhos... o Aspirante que me deu instrução em Portalegre em 2003, é neste momento Major.... eu sou cabo no 1º índice à 8 anos.....ele subiu 3 postos, eu para subir apenas um, tive que estudar... daqui a 10 anos ele é coronel e eu continuo cabo, possivelmente no 1º índice na mesma
Estou mesmo preocupado se um Oficial vai ser general ou presidente da junta....
Continuem a preocupar-se com a classe de oficiais porque eles preocupam-se muito convosco...
Coitadinhos... o Aspirante que me deu instrução em Portalegre em 2003, é neste momento Major.... eu sou cabo no 1º índice à 8 anos.....ele subiu 3 postos, eu para subir apenas um, tive que estudar... daqui a 10 anos ele é coronel e eu continuo cabo, possivelmente no 1º índice na mesma
Estou mesmo preocupado se um Oficial vai ser general ou presidente da junta....
Continuem a preocupar-se com a classe de oficiais porque eles preocupam-se muito convosco...
toinojaquim- 2º Sargento
-
Idade : 46
Profissão : GNR
Nº de Mensagens : 520
Mensagem : " As massas nunca se elevam ao padrão do seu melhor membro, pelo contrário, degradam-se ao nível do pior"
Meu alistamento : 2003 Portalegre
Re: Ministra: "Nem sempre as coisas correm como gostaríamos"
Nem mais.toinojaquim escreveu:Estou cheio de pena dos oficiais..... até já pensei em retirar 200€ do meu excessivo vencimento, para juntar aos 5000€ que ganham os nossos generais..
Coitadinhos... o Aspirante que me deu instrução em Portalegre em 2003, é neste momento Major.... eu sou cabo no 1º índice à 8 anos.....ele subiu 3 postos, eu para subir apenas um, tive que estudar... daqui a 10 anos ele é coronel e eu continuo cabo, possivelmente no 1º índice na mesma
Estou mesmo preocupado se um Oficial vai ser general ou presidente da junta....
Continuem a preocupar-se com a classe de oficiais porque eles preocupam-se muito convosco...
Isto tá bonito!! Tá tá
Desbloqueamentos de índices nem vê-los, promoções justas igualmente.
Bom, verificando os mapas estatísticos da fiscalização rodoviária publicados neste forum diariamente...constata-se que alguns trabalham e de que maneira para serem promovidos.
Maldisposto- Furriel
-
Idade : 62
Profissão : GNR
Nº de Mensagens : 443
Meu alistamento : Aqui podes colocar o ano do teu alistamento!(Facultativo)
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» Ministra trama oficiais da Academia Militar. Generais "simplex" à vista na GNR
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Sáb 11 maio 2024, 14:34 por dragao
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