Vai passar a haver mais fiscalização para polícias que escrevam comentários racistas nas redes sociais
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Vai passar a haver mais fiscalização para polícias que escrevam comentários racistas nas redes sociais
Os elementos das forças e serviços de segurança que escrevam comentários de natureza racista, xenófoba ou qualquer outro tipo de discriminação nas redes sociais vão passar a ser mais fiscalizados e sancionados, foi hoje anunciado.
Esta é uma das medidas que consta no plano de prevenção de manifestações de discriminação nas forças e serviços de segurança (FSS) da Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) e que teve hoje a primeira reflexão juntamente com os dirigentes máximos da PSP, GNR e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
A inspetora-geral da Administração Interna, Anabela Cabral Ferreira, explicou aos jornalistas que este plano tem medidas programáticas, relacionadas com o recrutamento e formação dos elementos das FSS, e normas de execução imediata, que é o caso dos comentários dos elementos da PSP, GNR e SEF nas redes sociais.
“As redes sociais são hoje a praça pública. Tudo aquilo que se passa nas redes sociais é conhecido da comunidade. Não podemos aceitar que um polícia que jurou defender o Estado de direito e que representa a autoridade do Estado, que quando veste a farda promova a defesa desses valores, designadamente o princípio da igualdade, e quando dispa a farda possa tecer comentários de natureza racista, xenófoba ou outra qualquer forma discriminatória nas redes sociais”, disse Anabela Cabral Ferreira.
Nesse sentido, a inspetora-geral da Administração Interna pediu aos responsáveis da PSP, GNR e SEF para que emitam normas internas no sentido de promoverem que esses comportamentos não existam.
“Se existirem, têm de ser sancionados a nível disciplinar pelas inspeções setoriais de cada uma das FSS e quando se trata de situações de maior gravidade pela IGAI”, frisou.
Segundo a inspetora-geral, nos últimos anos decorreram na IGAI 23 processos disciplinares relacionados com práticas discriminatórias, mas também associadas à suspeita de agressões físicas por parte dos elementos das FSS.
“Processos que tenham por objeto unicamente práticas discriminatórias até este momento não temos, sendo certo que temos a decorrer termo neste momento alguns processos que dizem respeito a interações nas redes sociais”, sublinhou.
Anabela Cabral Ferreira afirmou que o plano de prevenção de manifestações de discriminação nas forças e serviços de segurança inclui também medidas que incidem “na necessidade de reforçar a temática dos direitos humanos na formação inicial”, bem como melhorar a formação contínua.
A IGAI ressalvou que os casos de práticas discriminatórias por parte dos polícias “são residuais”.
“Isto não envolve qualquer juízo de censura ou qualquer preocupação que resulte do facto de haver uma generalização de práticas discriminatórias por parte dos elementos das FSS. A preocupação aqui é prevenir a existência de práticas discriminatórias”, salientou.
Também presente nesta iniciativa, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, disse que não se pode “relativamente às práticas discriminatórias” fingir-se que “elas não existem”.
Segundo Eduardo Cabrita, o plano “não acaba aqui”, sendo o começo que “integra um mandato de todas as FSS e integra o mandato da IGAI dentro da sua função de estabelecer aquilo que são regras para a formação, para a atuação das FSS e para a intervenção relativamente a situações de incumprimento em que a ação imediata é exatamente a melhor forma de garantir o prestígio das polícias”.
Esta é uma das medidas que consta no plano de prevenção de manifestações de discriminação nas forças e serviços de segurança (FSS) da Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) e que teve hoje a primeira reflexão juntamente com os dirigentes máximos da PSP, GNR e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
A inspetora-geral da Administração Interna, Anabela Cabral Ferreira, explicou aos jornalistas que este plano tem medidas programáticas, relacionadas com o recrutamento e formação dos elementos das FSS, e normas de execução imediata, que é o caso dos comentários dos elementos da PSP, GNR e SEF nas redes sociais.
“As redes sociais são hoje a praça pública. Tudo aquilo que se passa nas redes sociais é conhecido da comunidade. Não podemos aceitar que um polícia que jurou defender o Estado de direito e que representa a autoridade do Estado, que quando veste a farda promova a defesa desses valores, designadamente o princípio da igualdade, e quando dispa a farda possa tecer comentários de natureza racista, xenófoba ou outra qualquer forma discriminatória nas redes sociais”, disse Anabela Cabral Ferreira.
Nesse sentido, a inspetora-geral da Administração Interna pediu aos responsáveis da PSP, GNR e SEF para que emitam normas internas no sentido de promoverem que esses comportamentos não existam.
“Se existirem, têm de ser sancionados a nível disciplinar pelas inspeções setoriais de cada uma das FSS e quando se trata de situações de maior gravidade pela IGAI”, frisou.
Segundo a inspetora-geral, nos últimos anos decorreram na IGAI 23 processos disciplinares relacionados com práticas discriminatórias, mas também associadas à suspeita de agressões físicas por parte dos elementos das FSS.
“Processos que tenham por objeto unicamente práticas discriminatórias até este momento não temos, sendo certo que temos a decorrer termo neste momento alguns processos que dizem respeito a interações nas redes sociais”, sublinhou.
Anabela Cabral Ferreira afirmou que o plano de prevenção de manifestações de discriminação nas forças e serviços de segurança inclui também medidas que incidem “na necessidade de reforçar a temática dos direitos humanos na formação inicial”, bem como melhorar a formação contínua.
A IGAI ressalvou que os casos de práticas discriminatórias por parte dos polícias “são residuais”.
“Isto não envolve qualquer juízo de censura ou qualquer preocupação que resulte do facto de haver uma generalização de práticas discriminatórias por parte dos elementos das FSS. A preocupação aqui é prevenir a existência de práticas discriminatórias”, salientou.
Também presente nesta iniciativa, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, disse que não se pode “relativamente às práticas discriminatórias” fingir-se que “elas não existem”.
Segundo Eduardo Cabrita, o plano “não acaba aqui”, sendo o começo que “integra um mandato de todas as FSS e integra o mandato da IGAI dentro da sua função de estabelecer aquilo que são regras para a formação, para a atuação das FSS e para a intervenção relativamente a situações de incumprimento em que a ação imediata é exatamente a melhor forma de garantir o prestígio das polícias”.
https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/vai-passar-a-haver-mais-fiscalizacao-para-policias-que-escrevam-comentarios-racistas-nas-redes-sociais
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dragao- Cmdt Interino
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Re: Vai passar a haver mais fiscalização para polícias que escrevam comentários racistas nas redes sociais
Acho muito bem que fiscalizem e sancionem quem o faz.
Só é pena nao escrutinar todos aqueles que nos humilham, e nos destratam de cima abaixo tambem nas redes sociais...vejam o cartaz da manif, sito"Policia bom é polícia morto"!!!
Só é pena nao escrutinar todos aqueles que nos humilham, e nos destratam de cima abaixo tambem nas redes sociais...vejam o cartaz da manif, sito"Policia bom é polícia morto"!!!
COELHO.X- Capitão
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Idade : 46
Profissão : GNR
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Mensagem : Passam Céleres Altivos e Impenetráveis..é a Cavalaria que Passa!
"Para ter inimigos, não precisa declarar guerras, apenas diga o que pensa..."
Martin Luther King
Meu alistamento : (1999) Século Passado!!Há pois é.
Re: Vai passar a haver mais fiscalização para polícias que escrevam comentários racistas nas redes sociais
Atrás de um polícia vai estar outro polícia.
jmflince- 1º Sargento
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Idade : 58
Profissão : Cabo GNR
Nº de Mensagens : 1270
Mensagem : Estou a viver o tempo que perdi em trinta anos de serviço.
Meu alistamento : 04-03-1991
Re: Vai passar a haver mais fiscalização para polícias que escrevam comentários racistas nas redes sociais
Quer dizer... podem existir bairros e acampamentos em que lá se passa tudo e mais alguma coisa, em que um mero funcionário não pode ir fazer um corte da água ou luz sem acompanhamento policial, em que os taxistas se recusam a lá entrar com medo da própria vida, mas está está tudo bem.
Não se pode é falar mal dos meninos...
Isto é o mesmo que ter uma infiltração na parede e reparar só a parede.
Auge do ridículo.
Vá, podem fiscalizar este meu comentário.
Cada vez mais me convenço que o Chega terá o meu voto.
Não se pode é falar mal dos meninos...
Isto é o mesmo que ter uma infiltração na parede e reparar só a parede.
Auge do ridículo.
Vá, podem fiscalizar este meu comentário.
Cada vez mais me convenço que o Chega terá o meu voto.
moralez- Moderador
-
Idade : 39
Profissão : Militar G.N.R.
Nº de Mensagens : 7050
Mensagem :
Meu alistamento : 2004
Re: Vai passar a haver mais fiscalização para polícias que escrevam comentários racistas nas redes sociais
Somos OPC s, não somos juízes ,não damos lições de moral, não temos o direito de fazer esses comentários nas redes sociais, temos de perceber algumas coisas, uma coisa é pensar , falar num grupo restrito de colegas, outra é escrever nas redes sociais, temos de ser capazes de pensar e não escrever comentários menos próprios, xenófobos, entre outros nas redes sociais. Pagam-nos para executar...não para comentar...nem somos aqueles que vão mudar e acabar com os "podres" da sociedade...existem outras entidades para tal...misturamos muitas vezes o que pensamos e quais são os nossos verdadeiros limites!Não estamos acima da lei nem a fazemos...
teenage- 2º Sargento
-
Idade : 45
Profissão : gnr
Nº de Mensagens : 542
Meu alistamento : 2000
Re: Vai passar a haver mais fiscalização para polícias que escrevam comentários racistas nas redes sociais
Aqui a questão é que quem tem este tipo de comentário nas redes sociais, seja membro das fss ou não deve ser sancionado.
Mas também o exemplo tem que vir de cima, e tem que se começar por algum lado.
Pois como foi dito quem jurou defender o Estado de direito e que representa a autoridade do Estado, não pode estar a dar o mau exemplo, se não assim perde toda a moral quando é necessário agir.
Mas também o exemplo tem que vir de cima, e tem que se começar por algum lado.
Pois como foi dito quem jurou defender o Estado de direito e que representa a autoridade do Estado, não pode estar a dar o mau exemplo, se não assim perde toda a moral quando é necessário agir.
Gif- Furriel
-
Idade : 46
Profissão : tratorista
Nº de Mensagens : 454
Meu alistamento : Aqui podes colocar o ano do teu alistamento!(Facultativo)
Re: Vai passar a haver mais fiscalização para polícias que escrevam comentários racistas nas redes sociais
É por causa deste comentario de \'\'Auto-removido\'\' que a GNR está como está.teenage escreveu:Somos OPC s, não somos juízes ,não damos lições de moral, não temos o direito de fazer esses comentários nas redes sociais, temos de perceber algumas coisas, uma coisa é pensar , falar num grupo restrito de colegas, outra é escrever nas redes sociais, temos de ser capazes de pensar e não escrever comentários menos próprios, xenófobos, entre outros nas redes sociais. Pagam-nos para executar...não para comentar...nem somos aqueles que vão mudar e acabar com os "podres" da sociedade...existem outras entidades para tal...misturamos muitas vezes o que pensamos e quais são os nossos verdadeiros limites!Não estamos acima da lei nem a fazemos...
Isto de aceitar tudo o que te dizem e não poderes expressar seja onde for, a tua opiniao e estamos a caminhar pelo caminho que estamos, na lei da rolha.
Acho que está a faltar experiencia de posto. Xenofobia? opha deixa te dessas coisas. Quem está no terreno sofre e sabe o que é a realidade e faz muito bem apontar o dedo onde a ferida doi.
Não sao os Sargentos nem os Oficiais, muitos menos os seus labebotas a irem as ocorrencias, sabem lá o que é isso.
Última edição por António Pereira em Ter 21 Jul - 8:22, editado 1 vez(es)
António Pereira- Cabo-Chefe
-
Idade : 40
Profissão : Militar GNR
Nº de Mensagens : 248
Mensagem : Canis Lupus Signatus
Re: Vai passar a haver mais fiscalização para polícias que escrevam comentários racistas nas redes sociais
Estamos juntos Camarada.moralez escreveu:Quer dizer... podem existir bairros e acampamentos em que lá se passa tudo e mais alguma coisa, em que um mero funcionário não pode ir fazer um corte da água ou luz sem acompanhamento policial, em que os taxistas se recusam a lá entrar com medo da própria vida, mas está está tudo bem.
Não se pode é falar mal dos meninos...
Isto é o mesmo que ter uma infiltração na parede e reparar só a parede.
Auge do ridículo.
Vá, podem fiscalizar este meu comentário.
Cada vez mais me convenço que o Chega terá o meu voto.
António Pereira- Cabo-Chefe
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Idade : 40
Profissão : Militar GNR
Nº de Mensagens : 248
Mensagem : Canis Lupus Signatus
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