GNR Azambuja: Saúde Pública e comando debaixo de fogo
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GNR Azambuja: Saúde Pública e comando debaixo de fogo
GNR Azambuja: Saúde Pública e comando debaixo de fogo
Três homens infetados saíram da quarentena ao fim de dois dias e quando já apresentavam sintomas
Sílvia Agostinho
26-11-2020 às 21:14
Seis militares da GNR estão neste momento infetados com Covid-19 no posto de Azambuja, sendo que ao que o Valor Local apurou três desses homens saíram da quarentena depois de apenas dois dias de isolamento, após determinação da delegada de saúde do concelho, e quando já estavam com sintomas previamente. Nove outros elementos estão a cumprir isolamento. Recorde-se que há uma semana 11 homens estavam em quarentena e o posto apenas contava com outros 11 no serviço. O nosso jornal tem sido contactado com queixas dos militares de que o comando está a colocar em causa a saúde daqueles trabalhadores ao não fazer cumprir o período de isolamento "num comportamento que tem contado com o beneplácito da Saúde Pública", referem-nos. Nesta altura os militares em isolamento estão juntos numa casa encontrada para esse fim.Ouvida Túlia Quinto, delegada de saúde, pelo nosso jornal, a responsável refere que o processo não passou apenas por si mas também por uma empresa de medicina no trabalho e pela Saúde 24, e recusa-se a falar em surto no posto da GNR. Túlia Quinto quando confrontada com o facto de os militares não terem cumprido efetivamente um período de quarentena, conforme as autoridades de saúde prescrevem, atira as responsabilidade para outras instâncias - "Os testes à Covid-19 foram encaminhados a partir daqui mas os resultados vão para a delegação de saúde da área de residência dos militares, pois nem todos são da nossa zona, até há um que é de Santa Maria da Feira, mas o que aconteceu foi que não houve comunicação entre esses responsáveis e a nossa delegação de saúde. Podia ter havido mas não houve", resume desta forma. A responsável quando questionada sobre este modus operandi em contraponto com o que tem acontecido nos casos dos surtos nos lares, onde à semelhança do que sucede na GNR, estamos a falar de pessoas cuja residência nem sempre é na nossa região, mas onde até à data nunca se falou do encaminhamento de resultados para outras entidades congéneres, (resultando assim em perda de tempo e informação), argumenta que nesses casos recorre-se a listagens através do Registo Nacional de Utentes, o que pelos vistos é algo que não foi tido em linha de conta para esta especificidade de um quartel da GNR.
Segundo o que apurámos à posteriori o comportamento da Saúde Pública ao enviar uma mensagem para o posto da GNR de Azambuja no sentido do levantamento da quarentena, na passada semana, e que bastaria o uso de máscara e o cumprimento da regra dos dois metros de distância a partir daquela altura "não caiu bem junto das delegações de saúde de onde são oriundos os militares" nem tão pouco entre os funcionários do posto local. É nos dito ainda que durante este processo, Túlia Quinto, delegada de Saúde, levantou o isolamento, "sem contatar os militares nem sabia se alguém tinha sintomas ou não". A responsável refere que esteve um destes dias no posto e falou com o militar de Santa Maria da Feira que supostamente tinha um teste negativo. Questionámos Túlia Quinto se durante este processo sentiu pressões do comando face ao conjunto de circunstâncias descrito, mas esta refere que nunca se sentiu pressionada.
O Valor Local contactou as relações públicas da GNR em Lisboa com a descrição destes factos e aguarda uma resposta entretanto.
https://www.jornalvalorlocal.com/gnr-azambuja-sauacutede-puacuteblica-e-comando-debaixo-de-fogo.html
Croco- Major
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Idade : 55
Profissão : Militar da GNR
Nº de Mensagens : 8373
Mensagem : "Não faças aos outros o que não queres que os outros te façam a ti".
“Karma tarda mas não falha".
A MINHA ETAPA TERMINOU, BOA SORTE PARA VOÇES.
Meu alistamento : 1991 CIP
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