Militares solidários com guarda condenado por morte em perseguição
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Militares solidários com guarda condenado por morte em perseguição
Militares solidários com guarda condenado por morte em perseguição
Alexandre Panda
Hoje às 15:11
A Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) lançou uma campanha solidária para ajudar um militar da Guarda a pagar as custas judiciais de um processo em que foi condenado por homicídio negligente, durante uma perseguição em Fânzeres, Gondomar, em julho de 2012.
O militar, Rui Pinto, hoje com 39 anos, tem até meados de janeiro para pagar as custas e por isso, a Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) lançou uma campanha solidária para ajudar o GNR a cumprir o prazo de pagamento.
"Volvidos quase cinco anos, foram apurados cerca de 6 mil euros de custas judiciais, valor esse incomportável para ser pago no prazo admitido pelo tribunal (até 12 de Janeiro de 2018), ao que não é alheio o facto do guarda Pinto ser casado e ter 2 filhos menores a cargo", explica a APG.
De acordo com a sentença do Tribunal de Gondomar, lida em 2015, o militar tinha necessidade e legitimidade para travar o veículo que durante sete quilómetros fugiu de uma abordagem da GNR, pondo em perigo várias pessoas. Mas não deveria ter disparado o quinto tiro, que se revelou ser fatal para um jovem, de 21 anos, sem ter a certeza de que nunca atingiria o carro e muito menos o passageiro do banco traseiro.
O condutor do Renault Mégane, Pedro Rodrigues, que conduzia sem carta, foi sentenciado a 15 meses de cadeia, com pena suspensa, por condução ilegal e perigosa. Já os pais da vítima irão receber do Estado uma indemnização de 110 mil euros.
Na altura, o tribunal deu como provado que, na manhã de 9 de julho de 2012, o guarda Pinto, então com de 37 anos, e outros dois colegas do posto de Fânzeres (um deles estagiário), estavam de patrulha quando passaram pela Rua dos Malmequeres, em S. Pedro da Cova. Ali, viram estacionado um Renault Mégane, com três indivíduos, considerados suspeitos. Estavam a consumir haxixe. No momento da abordagem, o condutor arrancou a grande velocidade e um dos guardas viu um objeto metálico no veículo, que identificou como uma caçadeira e veio a saber que era um bastão.
Ao volante estava Pedro Rodrigues, conhecido por "Pelé", de 26 anos; Hugo Magalhães ("Teco"), de 20 anos, ia no lugar do pendura; e José Ferreira ("Crespo"), de 21 anos, sentado no banco traseiro e que acabaria por morrer, a sete quilómetros daquele local, após fuga vertiginosa.
Na perseguição, o guarda Pinto, que ia no lugar do pendura do jipe com sinais sonoros e luminosos, fez dois disparos para o ar e outros dois intercalados, em direção ao pneu, quando o veículo ia embater num peão e numa ambulância.
O quinto disparo é que furou a chapa do Mégane e atingiu a vítima nas costas. "Embora agisse com legitimidade e sempre com o intuito de fazer parar o veículo, exorbitou a possibilidade de uso da arma. Não deveria ter disparado se não se sentia em segurança", disse a juíza, que condenou o GNR na forma de culpa menos grave que prevê a lei.
https://www.jn.pt/justica/interior/militares-solidarios-com-guarda-condenado-por-morte-em-perseguicao-9026727.html
Alexandre Panda
Hoje às 15:11
A Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) lançou uma campanha solidária para ajudar um militar da Guarda a pagar as custas judiciais de um processo em que foi condenado por homicídio negligente, durante uma perseguição em Fânzeres, Gondomar, em julho de 2012.
O militar, Rui Pinto, hoje com 39 anos, tem até meados de janeiro para pagar as custas e por isso, a Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) lançou uma campanha solidária para ajudar o GNR a cumprir o prazo de pagamento.
"Volvidos quase cinco anos, foram apurados cerca de 6 mil euros de custas judiciais, valor esse incomportável para ser pago no prazo admitido pelo tribunal (até 12 de Janeiro de 2018), ao que não é alheio o facto do guarda Pinto ser casado e ter 2 filhos menores a cargo", explica a APG.
De acordo com a sentença do Tribunal de Gondomar, lida em 2015, o militar tinha necessidade e legitimidade para travar o veículo que durante sete quilómetros fugiu de uma abordagem da GNR, pondo em perigo várias pessoas. Mas não deveria ter disparado o quinto tiro, que se revelou ser fatal para um jovem, de 21 anos, sem ter a certeza de que nunca atingiria o carro e muito menos o passageiro do banco traseiro.
O condutor do Renault Mégane, Pedro Rodrigues, que conduzia sem carta, foi sentenciado a 15 meses de cadeia, com pena suspensa, por condução ilegal e perigosa. Já os pais da vítima irão receber do Estado uma indemnização de 110 mil euros.
Na altura, o tribunal deu como provado que, na manhã de 9 de julho de 2012, o guarda Pinto, então com de 37 anos, e outros dois colegas do posto de Fânzeres (um deles estagiário), estavam de patrulha quando passaram pela Rua dos Malmequeres, em S. Pedro da Cova. Ali, viram estacionado um Renault Mégane, com três indivíduos, considerados suspeitos. Estavam a consumir haxixe. No momento da abordagem, o condutor arrancou a grande velocidade e um dos guardas viu um objeto metálico no veículo, que identificou como uma caçadeira e veio a saber que era um bastão.
Ao volante estava Pedro Rodrigues, conhecido por "Pelé", de 26 anos; Hugo Magalhães ("Teco"), de 20 anos, ia no lugar do pendura; e José Ferreira ("Crespo"), de 21 anos, sentado no banco traseiro e que acabaria por morrer, a sete quilómetros daquele local, após fuga vertiginosa.
Na perseguição, o guarda Pinto, que ia no lugar do pendura do jipe com sinais sonoros e luminosos, fez dois disparos para o ar e outros dois intercalados, em direção ao pneu, quando o veículo ia embater num peão e numa ambulância.
O quinto disparo é que furou a chapa do Mégane e atingiu a vítima nas costas. "Embora agisse com legitimidade e sempre com o intuito de fazer parar o veículo, exorbitou a possibilidade de uso da arma. Não deveria ter disparado se não se sentia em segurança", disse a juíza, que condenou o GNR na forma de culpa menos grave que prevê a lei.
https://www.jn.pt/justica/interior/militares-solidarios-com-guarda-condenado-por-morte-em-perseguicao-9026727.html
Croco- Major
-
Idade : 55
Profissão : Militar da GNR
Nº de Mensagens : 8373
Mensagem : "Não faças aos outros o que não queres que os outros te façam a ti".
“Karma tarda mas não falha".
A MINHA ETAPA TERMINOU, BOA SORTE PARA VOÇES.
Meu alistamento : 1991 CIP
Re: Militares solidários com guarda condenado por morte em perseguição
O Comando Geral também ajudou o militar?
Maldisposto- Furriel
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Idade : 61
Profissão : GNR
Nº de Mensagens : 443
Meu alistamento : Aqui podes colocar o ano do teu alistamento!(Facultativo)
Re: Militares solidários com guarda condenado por morte em perseguição
É de louvar este tipo de iniciativas, deveria o Cmdt Geral agraciar a APG e quem contribui/ajudou...mas isso não lhes traz conforto...
carocha- 2º Sargento
-
Idade : 42
Profissão : GNR
Nº de Mensagens : 873
Mensagem : O respeito e a humildade chegam a todo o lado
Re: Militares solidários com guarda condenado por morte em perseguição
É de louvar a persistência de um camarada,que se chama Miguel Magalhães, ele foi incansável na divulgação da situação que aconteceu ao Camarada Rui Pinto.
carlos morais- 1º Sargento
-
Idade : 64
Profissão : GNR
Nº de Mensagens : 1173
Mensagem : Pela Patria e pela Lei
Meu alistamento : Aqui podes colocar o ano do teu alistamento!
1983
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