"POSTOS DA GNR FECHAM ÀS 17 HORAS"

Convençam-se de uma coisa. Enquanto tivermos comandantes em que, numa formatura ou cerimónia, em que normalmente está um politico ou ministro como por exemplo o MAI, o comandante diz com pompa e circunstância, com floreados e palavras bonitas, que a sua unidade ou comando deveria ter X militares e que neste momento só tem Y de militares, mas que apesar disso e mesmo assim o serviço se faz na mesma (só que nesse discurso não diz, para que o serviço se faça na mesma, que têm de se cortar folgas, dispensas e às vezes férias aos militares) podem ter a certeza de uma coisa. Com este tipo de discurso ou mensagem e por causa deles, do discurso e da mensagem, vão cada vez mais fechar Postos Territoriais às 17H00.

E este discurso, o da mentira e da falsidade e o de iludir o ministro ou politico, vai-se acentuar cada vez mais, à medida que os oficiais generais do exercito forem abandonando a Guarda e os cargos agora por eles ocupados passem a ser ocupados pelos oficiais generais da Guarda.

É que com os oficiais generais da exercito, quando estavam descontentes com o ministro, faziam "barulho", davam um murro na mesa e, caso o ministro não atendesse ao que entendiam como certo ou indicado para bem da instituição e dos militares que a servem, voltavam para o exercito ou passavam à reserva como algumas vezes aconteceu.

E quando for com os oficiais generais da Guarda, que não podem ir para o exercito ou em muitos casos passar à reserva como os do exercito passavam, o que é que acham que vai acontecer?

Como dizia um excelente comandante do exercito que à cerca de 30 anos tive, no fim de cada formatura, e que era: "que Deus (nos) vos ajude". Sem dúvida nenhuma que futuramente bem vamos precisar dela (da ajuda) porque isto vai ficar negro.

Nem no tempo da Troika (2011 - 2015)  me recordo que a situação estivesse tão critica como agora.

E mais, no tempo da Troika foram aprovados e entraram em vigor os estatutos para os militares das FAs, para os agentes da PSP, e para os Guarda-florestais, assim como também estava previsto o estatuto dos militares da GNR, em que para todos os profissionais destes corpos especiais estava prevista a passagem à reforma aos 60 anos de idade sem cortes e ou penalizações. E logo em 2017, já depois da Troika ter abandonado o país, fizeram logo leis, mecanismos e armadilhas, assim como um novo estatuto para os militares da GNR que pôs fim a essa possibilidade, impedindo agora que todos os profissionais destes corpos especiais se possam reformar aos 60 anos sem cortes e ou penalizações, mas sim, se o fizerem estão sujeitos a cortes brutais nas suas pensões de reforma.

É obra e dá que pensar...