Acidentes com bicicletas aumentaram desde Janeiro

por **dragao** Dom 15 Jun 2014, 22:08

Os atropelamentos por velocípedes mais do que duplicaram e os despistes e colisões com carros também subiram desde o início do ano, segundo estatísticas da PSP.

De acordo com a PSP, entre 1 de Janeiro e 31 de Maio, houve pelo menos 386 acidentes com bicicletas – que causaram uma morte, oito feridos graves e 219 ligeiros. Só atropelamentos registaram-se 23, contra 10 verificados no mesmo período do ano passado. O número de despistes de velocípedes também aumentou, de 37 para 62, causando o dobro de feridos graves: em 2013 houve quatro, enquanto que em 2014 já se registaram oito.

Nos primeiros cinco meses do ano, os feridos leves também subiram, de 30 para 48. Já as colisões com automóveis, que são o acidente mais frequente, passaram de 225 para 301, tendo provocado uma morte e mais de 200 feridos leves (contra 166 registados nos primeiros meses de 2013). No total, e desde 1 de Janeiro, os acidentes com velocípedes já provocaram dois mortos, 16 feridos graves e 219 ligeiros.

No ano passado, segundo a PSP, registaram-se 915 ocorrências com velocípedes. A maioria em Lisboa e relacionadas com colisões com carros – 753 casos, que causaram quatro mortes, 19 feridos graves e 567 ligeiros.

Os despistes são o segundo acidente mais frequente: em 2013, a polícia foi chamada em 128 situações, que causaram um morto, 11 feridos graves e 106 ligeiros, avança o i.

A juntar a estes números há ainda os dos atropelamentos. No ano passado, 34 ciclistas atropelaram peões, provocando 13 feridos leves. A maioria dos incidentes acontece em passeios, onde a circulação é proibida às bicicletas e deve-se ao excesso de velocidade.

A PSP, responsável pelo trânsito dentro do perímetro das cidades, avisa que ainda não existem estudos ou certezas sobre as causas deste aumento de sinistralidade.

Todavia, a PSP tem vindo a apostar desde Janeiro em acções de sensibilização destinadas especificamente a ciclistas, com o objectivo de dar a conhecer as novas regras do Código da Estrada. As iniciativas vão prolongar-se nos próximos esses e decorrerão em todo o país.

Menos um carro

por **dragao** Dom 15 Jun 2014, 22:10

Com a falta de civismo, quer de uma, ou outra parte, não se esperavam outros resultados...

por **COELHO.X** Dom 15 Jun 2014, 22:23

dragao escreveu:Com a falta de civismo, quer de uma, ou outra parte, não se esperavam outros resultados...

Concordo, mas também acho que com a entrada das alterações ao CE, muitos ciclistas viraram reis da estrada, pois anteriormente não acontecia tanto assim.

por **PKX** Dom 15 Jun 2014, 22:28

COELHO.X escreveu:
dragao escreveu:Com a falta de civismo, quer de uma, ou outra parte, não se esperavam outros resultados...
Concordo, mas também acho que com a entrada das alterações ao CE, muitos ciclistas viraram reis da estrada, pois anteriormente não acontecia tanto assim.

Também sou da mesma opinião de que estas alterações ao CE vieram por os ciclistas como a pensar que são donos da estrada.
A meu ver deviam também ser obrigados a ter seguro, assim queria ver se andavam como andam actualmente na estrada.

por **Brave Sir Robin** Dom 15 Jun 2014, 22:35

Alguns ciclistas leram o novo CE, e apenas viram os novos direitos... esquecendo das obrigações inerentes à circulação na estrada.

por **pts** Dom 15 Jun 2014, 22:39

Concordo com o dragão, vieram os direitos e esqueceram-se os deveres... de outro lado continua a falta de respeito, a falta de educação e, como em todo o português, a falta de civismo pela maioria dos condutores dos mais diversos veículos (com ou sem motor).

Não quero parecer "tendencioso", não sou daqueles que anda de bicicleta, como agora parece estar na moda, mas ando todos os dias de carro, faço alguns quilómetros por dia e é o bastante para ver que a esmagadora maioria dos ciclistas não tem respeito até por eles próprios, sobre as consequências que podem advir dos seus actos.

Há bem pouco tempo, percorri a estrada que passa junto ás praias da Arrábida - Setúbal, e por incrível que pareça, mesmo a uma velocidade reduzida, dado a transportar a minha filha bebé, a minha esposa, ás características sinuosas do local e as intermináveis curvas, sempre em via estreita e onde predomina o risco contínuo, passei por vários grupos de ciclistas, onde muito poucos cumpriram o código da estrada. Foi uma vergonha aperceberem-se do carro e colocarem-se a 2 e a 3 lado-a-lado, outros que assim vinham e assim continuaram, outros que circulavam sozinhos mas a meio da faixa...

Como podem ter respeito para com os outros, se com eles próprios não têm, nem com a sua integridade física???

É minha opinião, infelizmente, a situação vai agravar ainda mais!

Artigo 90.º
[…]
1 — Sem prejuízo do disposto no n.º 2, os condutores
de motociclos, ciclomotores ou velocípedes não podem:
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2 — Os velocípedes podem circular paralelamente
numa via, exceto em vias com reduzida visibilidade ou
sempre que exista intensidade de trânsito, desde que não
circulem em paralelo mais que dois velocípedes e tal
não cause perigo ou embaraço ao trânsito.
3 — Os condutores de velocípedes devem transitar
pelo lado direito da via de trânsito, conservando das
bermas ou passeios uma distância suficiente que permita
evitar acidentes.
4 — (Anterior n.º 3.)

por **Croco** Seg 28 Jul 2014, 15:59

Seguro automóvel deve pagar por acidentes provocados por ciclistas?

Acidentes com bicicletas aumentaram desde Janeiro Ciclista_paris3967feee_664x373

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EPA

É o que propõe a Federação Portuguesa de Cicloturismo. Defende que, em caso de colisão entre um veículo a motor e uma bicicleta, deve ser sempre activado o seguro do motorizado.
28-07-2014 14:11

As associações de ciclistas defendem que os estragos causados por um acidente entre um veículo a motor e uma bicicleta devem ser pagos pela seguradora do motorizado, independentemente de quem é culpado e mesmo que o seguro seja agravado.

A Federação Portuguesa de Cicloturismo considera que deve ser seguida uma directiva europeia denominada "responsabilidade objectiva", que diz ser aplicada noutros países da União Europeia.

O presidente da federação, José Caetano, considera que, em caso de colisão entre os dois veículos, e ao abrigo desta directiva, deve ser activado o seguro do veículo motorizado como forma de "proteger os utilizadores da via mais vulneráveis, que são os peões e os utilizadores de bicicleta".

José Caetano alega ainda que a sinistralidade em Portugal é provocada pelos veículos motorizados, não por bicicletas, e que pedir aos ciclistas que tenham um seguro é uma questão que não pode ser levantada em tempo de crise.

"Há pessoas que andam de bicicleta porque não têm dinheiro para um passe social ou para um automóvel, quanto mais para um seguro", argumenta.

"Ciclistas continuam a não utilizar o Código da Estrada"
As regras do novo Código da Estrada para as bicicletas estão a causar discórdia nas entidades do sector quanto aos direitos e deveres dos ciclistas, levantando questões como a necessidade de matrícula e de seguro, uma posição defendida pelo Automóvel Clube de Portugal.

"Os ciclistas continuam a não utilizar o Código da Estrada correctamente e têm de ser responsáveis por aquilo que fazem", defende o presidente da ACP.

Carlos Barbosa diz que não entende as reticências da Federação Portuguesa de Cicloturismo quanto à necessidade da matrícula e defende que todas as bicicletas possam ser identificadas em caso de incumprimento.

Também o responsável pela Unidade Nacional de Trânsito da GNR diz que seria benéfica a obrigatoriedade de matrícula nos velocípedes.

À Lusa, Gabriel Barão Mendes defendeu também que que os ciclistas recebam formação sobre as regras para circular na via pública e uma licença de condução.
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=157068

por **Edr See** Seg 28 Jul 2014, 17:08

Já não falo da matricula, mas seguro deveria ser obrigatório!
Gostei da parte onde o da Fpc diz que a companhia de seguros do veiculo motorizado devia assumir o a responsabilidade mesmo que a culpa fosse do ciclista...
O ciclista gosta dos direitos que o CE lhe deu e continua a ir contra os deveres que o mesmo CE lhe obriga... mas isso é como e qualquer bom Português!