capitão pedófilo livre de cadeia

Capitão pedófilo livre da cadeia

Conheceu a mãe das menores na internet e rapidamente começou a abusar das duas irmãs, de 13 e 16 anos. Durante dois anos, o capitão do Exército na reserva, de 63 anos, forçou as vítimas a terem relações sexuais no seu carro, sempre em locais ermos. Ontem, o Tribunal de Gaia condenou-o a quatro anos e três meses de pena suspensa. Já a mãe das menores, que estava acusada de ter vendido as duas filhas ao arguido para sexo, foi absolvida.
Entenderam os juízes não ter ficado provado que o dinheiro transferido de Manuel Rodrigues para a mãe das menores fosse uma forma de pagamento pelas relações sexuais que o primeiro mantinha com as vítimas.

"Embora exista prova de que foram feitas várias transferências bancárias da conta do arguido para a mãe das ofendidas, não se conseguiu apurar qual o motivo pelo qual o dinheiro lhe foi entregue", disse a juíza na leitura da sentença. Na suspensão da pena do capitão – que estava acusado de um crime de abuso sexual de crianças e um crime de actos sexuais com adolescente – o colectivo de juízes teve em conta o facto de aquele não ter antecedentes criminais.

A magistrada ressalvou, no entanto, que o arguido tem formação académica, e como tal tinha plena consciência de que estava a cometer um crime quando forçou as menores a terem sexo. "Sabia que os seus actos estavam errados. O depoimento das duas vítimas foi bastante credível. Para o tribunal não ficaram dúvidas de que foram abusadas", disse a juíza.

Em julgamento, Manuel Rodrigues negou os factos de que era acusado e alegou ser vítima de uma cabala. Disse que tinha graves dificuldades físicas, que o impossibilitavam de ter relações sexuais. A mulher do abusador testemunhou a seu favor.
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