Agentes da PSP e outros técnicos operacionais estão a receber cartas com valores da indemnização já calculados

Dinheiro Vivo escreveu:

Agentes da PSP e outros técnicos operacionais estão a receber cartas com valores da indemnização já calculados

Governo envia carta a funcionários públicos a propor rescisão

12/08/2013 | 15:44 | Dinheiro Vivo
O governo está a enviar cartas a alguns técnicos operacionais para propor rescisões por mútuo acordo. Na carta que recebem já vêm os anos de serviço e as indemnizações calculadas.

De acordo com José Abraão, da FESAP, estes técnicos, que pertencem ao ministério da Administração Interna, receberam com alguma perplexidade as cartas enviadas pelo Governo, uma vez que até aqui tinha sido dito que o primeiro passo para a rescisão amigável era dado pelo próprio funcionário que entre 1 de setembro e 30 de novembro podia auto-propor-se para sair do Estado.

"Para já é apenas este ministério, mas sabemos que têm havido outras diligências para informar como funciona o processo. O que não havia era um cálculo já feito. E esta pressão não podemos aceitar", explicou ao Dinheiro Vivo.
O governo quer rever a posição de 30 mil funcionários públicos através de rescisões por mútuo acordo e do programa de requalificação, sendo que devem ser colocados entre 5 e 15 mil funcionários nesta nova versão da mobilidade especial.

Como compensação serão oferecidos 1,5 meses de remuneração por ano de trabalho a quem tenha até 50 anos de idade, 1,25 meses por ano entre 50 e 54 anos e, entre os 55 e os 59 anos de idade o Estado propõe pagar um mês de remuneração por cada ano de trabalho.

De acordo com José Abraão, os funcionários que agora recebem as cartas são pessoas com mais de 50 anos.
O envio destas cartas com propostas de rescisão aos funcionários públicos surge na sequência da indicação dada aos serviços da Administração Central do Estado para que, até 02 de agosto, reformulassem os horários de trabalho e apresentassem os mapas de pessoal com vista à racionalização de efetivos, conforme noticiado pela Lusa a 29 de julho e hoje assinalado pelo sindicalista.

O Dinheiro Vivo questionou o ministério das Finanças sobre esta matéria, não tendo sido prestado qualquer esclarecimento até este momento.

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