15 por cento dos GNR já pensaram em pôr termo à vida
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15 por cento dos GNR já pensaram em pôr termo à vida
Estudo a que o i teve acesso.
ROSA RAMOS
27/04/2015 13:00:00
Mais de 80% dos militares da GNR admitem ter sentido “desalento e desânimo” devido ao excesso de trabalho e à relação com as chefias, quase 7% confessam já ter tentado pôr termo à vida e 15% ponderaram suicidar--se em algum momento da carreira. As conclusões são de um estudo apresentado recentemente na Batalha, no XIV Simpósio da Sociedade Portuguesa de Suicidologia, e desenvolvido por duas psiquiatras do Hospital de Leiria.
Entre 3 de Fevereiro e 15 de Março, mais de 1100 militares responderam a um inquérito anónimo sobre prevenção do suicídio. As respostas, a que o i teve acesso, mostram que mais de metade (60%) dos guardas dizem ter tido conhecimento de um colega que tentou pôr termo à vida, enquanto a esmagadora maioria (87%) afirma ter conhecimento de pelo menos um militar que se suicidou. Não é difícil: entre 2000 e 2014, 60 militares da Guarda suicidaram--se, alguns no local de trabalho e quase todos com a arma de serviço.
O estudo, conduzido pelas médicas Susana Pinto Almeida e Sofia Fonseca, revela ainda que quase metade dos guardas (42%) admitem já ter pensado em procurar ajuda psicológica devido à profissão, enquanto 19% chegaram mesmo a fazê-lo. Mais de um quarto (27%) dos GNR já consultaram um psicólogo ou psiquiatra e a 13% foram diagnosticadas doenças ou perturbações psiquiátricas – na maioria dos casos depressão (68%) e ansiedade (11%). A percentagem de guardas que admitem ter tomado medicação para problemas como ansiedade, depressão ou insónias causadas pelo trabalho é bastante superior: 35%.
Os dados do inquérito permitem concluir, por outro lado, que sete em cada dez militares (69%) sentem que o trabalho os afecta psicologicamente. Os principais factores de perturbação são a carga horária (apontada por 20%), a relação com as chefias (16%) e a pressão (12%) e o stresse (9%) inerentes às funções policiais. “Aquilo que mais parece preocupar os militares da GNRnão são questões que resultem da actividade policial em si, mas factores externos e que não podem controlar, como a relação com os chefes ou o excesso de trabalho”, sublinha Susana Pinto Almeida.
As médicas que conduziram o estudo recomendam a aplicação de medidas preventivas dentro da GNR, até porque 82% dos militares confessam já ter experimentado sentimentos de desalento, desesperança, desânimo ou frustração devido ao trabalho. “E sabe--se que a maior parte dos suicídios têm patologias psiquiátricas associadas, nomeadamente a depressão”, recorda Susana Pinto Almeida.
O estudo conclui que 95% dos militares dizem não se sentir reconhecidos pela instituição para que trabalham e 91% garantem que a família sofre com a profissão que escolheram.
Por outro lado, e apesar de a GNR ter um serviço de psicologia, metade (47%) dos guardas dizem desconhecer que se precisarem de ajuda podem recorrer a esse gabinete. Por isso, as psiquiatras defendem que a Guarda deve “investir mais” na prevenção do suicídio (ver entrevista ao lado), nomeadamente através da criação de gabinetes de proximidade, maior articulação e encaminhamento de casos sinalizados para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e a criação de uma avaliação psicológica anual. “Parece existir alguma falta de suporte psicológico e psiquiátrico, quando a prevenção é fundamental para travar este problema de saúde pública”, considera Susana Pinto Almeida.
A aposta na sensibilização para as doenças mentais é igualmente importante. Isto porque as forças de segurança estão identificadas como um grupo vulnerável ao suicídio, muito por uma questão de estigma. “As polícias, especialmente as mais musculadas e militarizadas, são predominantemente masculinas. Sabemos que as tentativas de suicídio são mais frequentes nas mulheres, mas são os homens quem se suicida mais. O homem tem maior dificuldade em reconhecer que precisa de ajuda e, se existe um estigma em relação ao homem deprimido, esse estigma é ainda maior em relação ao militar deprimido”, recorda a psiquiatra.
o medo de pedir ajuda O presidente da associação profissional mais representativa da GNR confirma que ainda existe na instituição um “grande embaraço” em procurar ajuda psicológica. “Há algum receio de represálias disciplinares e de expor falhas na execução profissional”, explica César Nogueira, acrescentando que ir ao psicólogo ou ao psiquiatra ainda é considerado “sinónimo de falta de apetência profissional e de fragilidade pessoal”.
E é precisamente por os casos não serem acompanhados atempadamente que alguns terminam em suicídio. A Associação dos Profissionais da Guarda (APG) recorda que, entre os 60 suicídios registados nos últimos 14 anos, muitos aconteceram em postos da GNR. “Isto pode ser interpretado como sendo simbólico”, acredita César Nogueira. O presidente da APG sublinha que as conclusões do estudo sugerem a existência de uma relação entre sentimentos depressivos e o exercício da profissão. Algo que, avisa, “merece a atenção do comando-geral da GNR”.
César Nogueira defende, por outro lado, uma cultura de maior abertura e apoio aos militares que experimentam sintomas de desânimo ou depressão: “As hierarquias têm de deixar de assumir um papel punitivo e passar a abrir as portas a que os profissionais recorram a ajuda e sejam eficazmente encaminhados para um profissional de saúde.” O i pediu à GNR que comentasse o estudo, mas não recebeu uma resposta até ao fecho desta edição.http://ionline.pt/388561
ROSA RAMOS
27/04/2015 13:00:00
Mais de 80% dos militares da GNR admitem ter sentido “desalento e desânimo” devido ao excesso de trabalho e à relação com as chefias, quase 7% confessam já ter tentado pôr termo à vida e 15% ponderaram suicidar--se em algum momento da carreira. As conclusões são de um estudo apresentado recentemente na Batalha, no XIV Simpósio da Sociedade Portuguesa de Suicidologia, e desenvolvido por duas psiquiatras do Hospital de Leiria.
Entre 3 de Fevereiro e 15 de Março, mais de 1100 militares responderam a um inquérito anónimo sobre prevenção do suicídio. As respostas, a que o i teve acesso, mostram que mais de metade (60%) dos guardas dizem ter tido conhecimento de um colega que tentou pôr termo à vida, enquanto a esmagadora maioria (87%) afirma ter conhecimento de pelo menos um militar que se suicidou. Não é difícil: entre 2000 e 2014, 60 militares da Guarda suicidaram--se, alguns no local de trabalho e quase todos com a arma de serviço.
O estudo, conduzido pelas médicas Susana Pinto Almeida e Sofia Fonseca, revela ainda que quase metade dos guardas (42%) admitem já ter pensado em procurar ajuda psicológica devido à profissão, enquanto 19% chegaram mesmo a fazê-lo. Mais de um quarto (27%) dos GNR já consultaram um psicólogo ou psiquiatra e a 13% foram diagnosticadas doenças ou perturbações psiquiátricas – na maioria dos casos depressão (68%) e ansiedade (11%). A percentagem de guardas que admitem ter tomado medicação para problemas como ansiedade, depressão ou insónias causadas pelo trabalho é bastante superior: 35%.
Os dados do inquérito permitem concluir, por outro lado, que sete em cada dez militares (69%) sentem que o trabalho os afecta psicologicamente. Os principais factores de perturbação são a carga horária (apontada por 20%), a relação com as chefias (16%) e a pressão (12%) e o stresse (9%) inerentes às funções policiais. “Aquilo que mais parece preocupar os militares da GNRnão são questões que resultem da actividade policial em si, mas factores externos e que não podem controlar, como a relação com os chefes ou o excesso de trabalho”, sublinha Susana Pinto Almeida.
As médicas que conduziram o estudo recomendam a aplicação de medidas preventivas dentro da GNR, até porque 82% dos militares confessam já ter experimentado sentimentos de desalento, desesperança, desânimo ou frustração devido ao trabalho. “E sabe--se que a maior parte dos suicídios têm patologias psiquiátricas associadas, nomeadamente a depressão”, recorda Susana Pinto Almeida.
O estudo conclui que 95% dos militares dizem não se sentir reconhecidos pela instituição para que trabalham e 91% garantem que a família sofre com a profissão que escolheram.
Por outro lado, e apesar de a GNR ter um serviço de psicologia, metade (47%) dos guardas dizem desconhecer que se precisarem de ajuda podem recorrer a esse gabinete. Por isso, as psiquiatras defendem que a Guarda deve “investir mais” na prevenção do suicídio (ver entrevista ao lado), nomeadamente através da criação de gabinetes de proximidade, maior articulação e encaminhamento de casos sinalizados para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e a criação de uma avaliação psicológica anual. “Parece existir alguma falta de suporte psicológico e psiquiátrico, quando a prevenção é fundamental para travar este problema de saúde pública”, considera Susana Pinto Almeida.
A aposta na sensibilização para as doenças mentais é igualmente importante. Isto porque as forças de segurança estão identificadas como um grupo vulnerável ao suicídio, muito por uma questão de estigma. “As polícias, especialmente as mais musculadas e militarizadas, são predominantemente masculinas. Sabemos que as tentativas de suicídio são mais frequentes nas mulheres, mas são os homens quem se suicida mais. O homem tem maior dificuldade em reconhecer que precisa de ajuda e, se existe um estigma em relação ao homem deprimido, esse estigma é ainda maior em relação ao militar deprimido”, recorda a psiquiatra.
o medo de pedir ajuda O presidente da associação profissional mais representativa da GNR confirma que ainda existe na instituição um “grande embaraço” em procurar ajuda psicológica. “Há algum receio de represálias disciplinares e de expor falhas na execução profissional”, explica César Nogueira, acrescentando que ir ao psicólogo ou ao psiquiatra ainda é considerado “sinónimo de falta de apetência profissional e de fragilidade pessoal”.
E é precisamente por os casos não serem acompanhados atempadamente que alguns terminam em suicídio. A Associação dos Profissionais da Guarda (APG) recorda que, entre os 60 suicídios registados nos últimos 14 anos, muitos aconteceram em postos da GNR. “Isto pode ser interpretado como sendo simbólico”, acredita César Nogueira. O presidente da APG sublinha que as conclusões do estudo sugerem a existência de uma relação entre sentimentos depressivos e o exercício da profissão. Algo que, avisa, “merece a atenção do comando-geral da GNR”.
César Nogueira defende, por outro lado, uma cultura de maior abertura e apoio aos militares que experimentam sintomas de desânimo ou depressão: “As hierarquias têm de deixar de assumir um papel punitivo e passar a abrir as portas a que os profissionais recorram a ajuda e sejam eficazmente encaminhados para um profissional de saúde.” O i pediu à GNR que comentasse o estudo, mas não recebeu uma resposta até ao fecho desta edição.
Re: 15 por cento dos GNR já pensaram em pôr termo à vida
Concordo com todas essas medidas preventivas que foram propostas mas a meu ver elas só por si não devem surtir grandes efeitos.
É como tentar encontrar uma forma de manter um doente crónico vivo em vez de tentar cura-lo.
Para se eliminar um mal tem de se ir à sua origem.
E algumas das origens estão bem identificadas: Carga horária, relação com as chefias, e pressão.
Depressões e suicídios vão existir enquanto não existir um horário, enquanto as chefias forem vistas como repressores e enquanto a guarda não facultar apoio jurídico aos militares.
Se assim não for estamos a tapar o sol com uma peneira.
É como tentar encontrar uma forma de manter um doente crónico vivo em vez de tentar cura-lo.
Para se eliminar um mal tem de se ir à sua origem.
E algumas das origens estão bem identificadas: Carga horária, relação com as chefias, e pressão.
Depressões e suicídios vão existir enquanto não existir um horário, enquanto as chefias forem vistas como repressores e enquanto a guarda não facultar apoio jurídico aos militares.
Se assim não for estamos a tapar o sol com uma peneira.
bardock- 1º Sargento
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Profissão : militar
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Mensagem : "Morte ou Glória"
Re: 15 por cento dos GNR já pensaram em pôr termo à vida
Grande trabalho!!!
A APG/GNR e a equipa de médicas está de parabéns!!
Isto sim é trabalhar com pés e cabeça...
Agora vamos ver o que a tutela e o comando geral vão fazer...
A APG/GNR e a equipa de médicas está de parabéns!!
Isto sim é trabalhar com pés e cabeça...
Agora vamos ver o que a tutela e o comando geral vão fazer...
Ironman- Guarda Provisório
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Idade : 40
Profissão : GNR
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Meu alistamento : Aqui podes colocar o ano do teu alistamento!(Facultativo)
Re: 15 por cento dos GNR já pensaram em pôr termo à vida
E estes 15% são de que classe??!!!!!
FORASTEIRO- Capitão
-
Idade : 54
Profissão : agente gnr
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Mensagem : " Responder à ofensa com ofensa é lavar a alma com lama.
O silêncio é um dos argumentos mais difíceis de se rebater. "
Dalai Lam.
Meu alistamento : já faltou mais.!!!
Re: 15 por cento dos GNR já pensaram em pôr termo à vida
Bem... Não é difícil presumir a resposta caro Forasteiro...
Re: 15 por cento dos GNR já pensaram em pôr termo à vida
Vão encetar de imediato diligências no sentido de não mudar nada.Ironman escreveu:Grande trabalho!!!
A APG/GNR e a equipa de médicas está de parabéns!!
Isto sim é trabalhar com pés e cabeça...
Agora vamos ver o que a tutela e o comando geral vão fazer...
moralez- Moderador
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Mensagem :
Meu alistamento : 2004
Re: 15 por cento dos GNR já pensaram em pôr termo à vida
http://www.uc.pt/fluc/nicif/riscos/Documentacao/Territorium/T19_artg/T19_NNR_01.pdf
http://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/7151/4/TeseSusanaFerreira2.pdf
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CARI2013- Sargento-Mor
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Idade : 41
Profissão : GNR
Nº de Mensagens : 2860
Mensagem : «Uma das maiores subtilezas da arte militar é nunca levar o inimigo ao desespero.»
(Michel de Montaigne)
Meu alistamento : Aqui podes colocar o ano do teu alistamento!(Facultativo)
Re: 15 por cento dos GNR já pensaram em pôr termo à vida
Ou então aumentam a carga horária dos militares, para não terem tempo livre para estas coisas de inquéritos.moralez escreveu:Vão encetar de imediato diligências no sentido de não mudar nada.Ironman escreveu:Grande trabalho!!!
A APG/GNR e a equipa de médicas está de parabéns!!
Isto sim é trabalhar com pés e cabeça...
Agora vamos ver o que a tutela e o comando geral vão fazer...
B_Matos- 1º Sargento
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Idade : 41
Profissão : gnr
Nº de Mensagens : 1140
Mensagem : SL
Meu alistamento : 2070
42º CTG
CpCb - 2011/2012
13º CFG
Re: 15 por cento dos GNR já pensaram em pôr termo à vida
Não admira. A GNR deve ser única instituição do mundo civilizado e, porventura, do mundo não civilizado, onde as pessoas desistem das promoções. E o mais estranho é estas desistências da carreira serem mais frequentes nos militares primeiros classificados dos cursos e, portanto, mais capazes. Por que será?
Preterido 1.14- Guarda Provisório
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Idade : 63
Profissão : GNR
Nº de Mensagens : 39
Mensagem : Só se aprende, caminhando.
Meu alistamento : Aqui podes colocar o ano do teu alistamento!(Facultativo)
Re: 15 por cento dos GNR já pensaram em pôr termo à vida
Só mesmo quem não conhece nada desta profissão e não sabe pelas dificuldades por que passam quem cá anda ou ainda que ande distraído com o estado deste País é que pode ficar admirado com esta noticia.
Rafa2010- 2º Sargento
-
Idade : 45
Profissão : GNR
Nº de Mensagens : 619
Meu alistamento : 2001
Re: 15 por cento dos GNR já pensaram em pôr termo à vida
Camaradas quando o único objetivo de certos comandantes é encontrarem formas de lixar a escala não se considera só o suicídio
Selvans- Guarda-Principal
-
Idade : 36
Profissão : GNR/Patrulheiro
Nº de Mensagens : 94
Meu alistamento : Aqui podes colocar o ano do teu alistamento!(Facultativo)
Re: 15 por cento dos GNR já pensaram em pôr termo à vida
Selvans escreveu:Camaradas quando o único objetivo de certos comandantes é encontrarem formas de lixar a escala não se considera só o suicídio
O Cmdt de PT, caso eu saiba, também está sujeito a todas as normas internas e estatutos da GNR, nomeadamente o RDGNR, por isso, se falhar propositadamente, só há uma solução, é queixarem-se dele, ou tem medo?!!!!!
FORASTEIRO- Capitão
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Idade : 54
Profissão : agente gnr
Nº de Mensagens : 5640
Mensagem : " Responder à ofensa com ofensa é lavar a alma com lama.
O silêncio é um dos argumentos mais difíceis de se rebater. "
Dalai Lam.
Meu alistamento : já faltou mais.!!!
Re: 15 por cento dos GNR já pensaram em pôr termo à vida
Forasteiro, tens bem mais anos disto do que eu, achas mesmo que é assim tão fácil?
Selvans- Guarda-Principal
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Idade : 36
Profissão : GNR/Patrulheiro
Nº de Mensagens : 94
Meu alistamento : Aqui podes colocar o ano do teu alistamento!(Facultativo)
Re: 15 por cento dos GNR já pensaram em pôr termo à vida
Selvans escreveu:Forasteiro, tens bem mais anos disto do que eu, achas mesmo que é assim tão fácil?
Não é fácil, mas também te garanto que não é difícil.
O Cmdt de PT não é nada mais nada menos, do que um encarregado de uma fabrica, recebe ordens, transmitias, a partir dai..... Agora que ainda existe alguns que não sabem LER/INTERPERTAR as NEPS/CIRCULARES, aí isso os Há....
FORASTEIRO- Capitão
-
Idade : 54
Profissão : agente gnr
Nº de Mensagens : 5640
Mensagem : " Responder à ofensa com ofensa é lavar a alma com lama.
O silêncio é um dos argumentos mais difíceis de se rebater. "
Dalai Lam.
Meu alistamento : já faltou mais.!!!
Re: 15 por cento dos GNR já pensaram em pôr termo à vida
Tens razao forasteiro, e eu certamente não quis generalizar, porque tive a sorte de conhecer grandes comandantes
Selvans- Guarda-Principal
-
Idade : 36
Profissão : GNR/Patrulheiro
Nº de Mensagens : 94
Meu alistamento : Aqui podes colocar o ano do teu alistamento!(Facultativo)
Re: 15 por cento dos GNR já pensaram em pôr termo à vida
FORASTEIRO escreveu:
Não é fácil, mas também te garanto que não é difícil.
Sem duvida. Por vezes, é preciso os ter "no sitio" para passar a barreira do difícil para o fácil... Depois de lá estar, é manter...
Re: 15 por cento dos GNR já pensaram em pôr termo à vida
Quem fez o estudo?
jose alho- Sargento-Ajudante
-
Idade : 90
Profissão : gnr
Nº de Mensagens : 1951
Mensagem : Presidente da ASPIG.
Comentador da crónica criminal da TVI
O primeiro e único comentador da Instituição.
Meu alistamento : 1986.
Re: 15 por cento dos GNR já pensaram em pôr termo à vida
Pronto..! Lá vem o " bixinho " da discórdia.
irreverente- Sargento-Mor
-
Idade : 59
Profissão : cabo gnr
Nº de Mensagens : 2983
Mensagem : Pecar pelo silêncio
Quando se deve protestar
Transforma Homens
Em Covardes
Meu alistamento : Há muito tempo atrás
Re: 15 por cento dos GNR já pensaram em pôr termo à vida
irreverente escreveu:Pronto..! Lá vem o " bixinho " da discórdia.
Só vem se vocês ligarem...
(Bem vindo novamente)
Re: 15 por cento dos GNR já pensaram em pôr termo à vida
Estudo da Universidade de Évora.
Numa primeira fase destinava-se aos pilotos de aviões que aterram em Beja.
Por inexistência de universo de inquiridos, aproveitaram para a GNR.
Numa primeira fase destinava-se aos pilotos de aviões que aterram em Beja.
Por inexistência de universo de inquiridos, aproveitaram para a GNR.
joao carlos rua- Sargento-Ajudante
-
Idade : 61
Profissão : gnr
Nº de Mensagens : 1553
Mensagem : Já está!!!!
Meu alistamento : 1986
Re: 15 por cento dos GNR já pensaram em pôr termo à vida
joao carlos rua escreveu:Estudo da Universidade de Évora.
Numa primeira fase destinava-se aos pilotos de aviões que aterram em Beja.
Por inexistência de universo de inquiridos, aproveitaram para a GNR.
Dia 24 - As últimas horas do presidente
0h - O minidtro da Guerra, general Zenóbio da Costa, chega ao Palácio do Catete. Traz um ultimato assinado por 27 generais, exigindo a renúncia0h30 - Da sala de despachos, Getúlio manda chamar os ministros. Pega em uma gaveta uma folha datilografada, assina-a a aguarda no bolso. Os demais não sabiam, mas era a carta-testamento. O presidente sobe ao quarto
1h - Ao redor do Catete, barricadas e soldados armados a postos para evitar uma invasão. Getúlio, fumando seu indefectível charuto, desce à sala de despachos, pega a caneta-tinteiro que estava sobre sua mesa de trabalho e a entrega ao ministro da Justiça, Tancredo Neves, pedindo que ele a guarde como lembrança daqueles dias
3h - Getúlio reúne o ministério. (Dos 12 ministros, um - Vicente Rao, das Relações Exteriores - não compareceu.) Além deles, estavam presentes a filha do presidente, Alzira, a esposa Darcy e os filhos Lureto e Manuel Antônio. Lá fora, aviões da Aeronáutica davam rasantes sobre o Catete
4h - Os ministros não chegam a um consenso. Getúlio anota em sua agenda: "Já que o ministério não chegou em uma conclusão, eu vou decidir: (...) entrarei com um pedido de licença
4h20 - Zenóbio sai com pressa para anunciar a decisão de Getúlio aos militares. O presidente sobe ao quarto para dormir, enquanto Tancredo escreve uma nota para a população.
4h45 - O ministro Oswaldo Aranha, Alzira e o próprio Tancredo sobem ao quarto para mostrar a nota a Getúlio. O presidente os recebe de pijama de mangas compridas, na ante-sala de seu quarto. O país é comunicado, pelo rádio, da decisão presidencial.
6h - Dois oficiais chegam ao Catete, com uma intimação para Benjamin Vargas, irmão de Getúlio. Ele é acusado de planejar o atentado contra Lacerda. Ele se recusa e deixar o palácio. Sobe ao quarto do irmão, o acorda e conta o que aconteceu.
7h - O telefone toca. É o general Armando de Morais Âncora, que diz a Benjamin que o pedido de licença não era suficiente. Os militares querem o afastamento imediato do presidente.
7h30 - Benjamin vai ao quarto e comunica a reação dos militares. Getúlio diz que a situação é grave.
8h05 - Contra seu costume, o presidente sai do quarto de pijama e desce até o gabinete de trabalho. Um assistente percebe que ele volta com algo volumoso no bolso: é um revólver Colt calibre 32.
8h15 - Como fazia todas as manhãs, o barbeiro Barbosa entra no quarto. O presidente o dispensa. O filho Lutero descansa em um sofá da ante-sala do quarto.
8h30 - O presidente senta na cama, põe o revólver na altura do peito e puxa o gatilho. O tiro acorda Lutero, que é o primeiro a entrar no quarto. Depois entram dona Darcy e o médico Flávio Miguez de Mello. Getúlio tem meio corpo para fora da cama e está morrendo.
8h35 - A arma ficou sobre a cama. Na mesinha de cabeceira, a carta-testamento. Ele morreria deitado, minutos depois.
Um baixinho vaidoso
Quando o gaúcho Getúlio Vargas nasceu, em 1882, dom Pedro II ainda governava o país. Quando morreu, em 1954, o Brasil era uma república industrializada. Em seus 72 anos de vida, Getúlio ainda foi deputado e governador do Rio Grande do Sul. Ninguém ficou tanto tempo na presidência quanto ele, 28 anos. Carismático, ele cuidada muito bem de sua imagem. Os fotógrafos tinham ordem de retratá-lo sempre de baixo para cima, para disfarçar sua altura. Ele só tinha 1,60 m, tinha um rosto redondo e era barrigudo. Mas era vaidoso. Nunca viajava sem uma maleta com cremes, loção de barba e meias de seda. Seu charuto virou marca registrada. Além disso, Getúlio era um grande conquistador. Sua amante mais famosa foi a vedete Virginia Lane, que era conhecida por ter as pernas mais bonitas do Brasil.
CARI2013- Sargento-Mor
-
Idade : 41
Profissão : GNR
Nº de Mensagens : 2860
Mensagem : «Uma das maiores subtilezas da arte militar é nunca levar o inimigo ao desespero.»
(Michel de Montaigne)
Meu alistamento : Aqui podes colocar o ano do teu alistamento!(Facultativo)
Re: 15 por cento dos GNR já pensaram em pôr termo à vida
Nunca pensei que ao aflorar Beja e a disputa do policiamento do seu aeroporto, fizesse o Cari 2000 lembrar o suicidio do Getúlio! Ele há coisas...
joao carlos rua- Sargento-Ajudante
-
Idade : 61
Profissão : gnr
Nº de Mensagens : 1553
Mensagem : Já está!!!!
Meu alistamento : 1986
Re: 15 por cento dos GNR já pensaram em pôr termo à vida
De facto, ele há coisas...
Um agradecimento às Dras Almeida e Sofia Fonseca pela elaboração do estudo.
Um agradecimento às Dras Almeida e Sofia Fonseca pela elaboração do estudo.
Re: 15 por cento dos GNR já pensaram em pôr termo à vida
Não me espanta a "onda " de suicídios, porquanto:
Hoje Jesus passeia pelas igrejas com seus tênis de marca, o seu ferrari e com sua imagem espelhada nos fashion weeks, ele acena de longe aos maltrapilhos e aos que reivindicam legítimos direitos e não realiza mais milagres. Hoje o Jesus anunciado é aquele que diz: - cada um que cuide de si.
Paremos então e olhemos, veremos que este Cristo anunciado atualmente em grande parte dos lugares é falsificado, é made in taiwan, tem gabinete nos ministérios do Estado, "vende" expetativas, omite as verdadeiras intenções e, por vezes, demite-se. O Cristo verdadeiro....esse grita em alta voz: - Suicídio, vocês precisam morrer pra ganhar a vida.
Afinal....Jesus dizia a todos: "Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me." (Lucas 9.23)
https://youtu.be/THyQf_GLpBA
Hoje Jesus passeia pelas igrejas com seus tênis de marca, o seu ferrari e com sua imagem espelhada nos fashion weeks, ele acena de longe aos maltrapilhos e aos que reivindicam legítimos direitos e não realiza mais milagres. Hoje o Jesus anunciado é aquele que diz: - cada um que cuide de si.
Paremos então e olhemos, veremos que este Cristo anunciado atualmente em grande parte dos lugares é falsificado, é made in taiwan, tem gabinete nos ministérios do Estado, "vende" expetativas, omite as verdadeiras intenções e, por vezes, demite-se. O Cristo verdadeiro....esse grita em alta voz: - Suicídio, vocês precisam morrer pra ganhar a vida.
Afinal....Jesus dizia a todos: "Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me." (Lucas 9.23)
https://youtu.be/THyQf_GLpBA
CARI2013- Sargento-Mor
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Mensagem : «Uma das maiores subtilezas da arte militar é nunca levar o inimigo ao desespero.»
(Michel de Montaigne)
Meu alistamento : Aqui podes colocar o ano do teu alistamento!(Facultativo)
Re: 15 por cento dos GNR já pensaram em pôr termo à vida
joao carlos rua escreveu:Nunca pensei que ao aflorar Beja e a disputa do policiamento do seu aeroporto, fizesse o Cari 2000 lembrar o suicidio do Getúlio! Ele há coisas...
SERIA POR ACASO.....
Uma oficial da Força Aérea, com a patente de Capitão, foi esta manhã ( 29 de Abril 2015)encontrada morta na sua habitação situada no Bairro Residencial da Força Aérea, antigo Bairro Alemão. O corpo da oficial será velado em Ourique e cremada amanhã (sexta-feira) em Elvas.
A Capitão M.M., natural de Ourique, chefe da secretaria do Comando da Base Aérea (BA) 11, foi encontrada sem vida na sua habitação localizada no Bairro Residencial da Força Aérea Portuguesa (FAP), junto ao antigo Clube de Sargentos (antiga Casa Alemã).
Segundo foi possível apurar, a mulher, com cerca de 40 anos, sofria de problemas do foro psicológico, tendo já tentado o suicídio nos últimos dois meses pelo menos em três ocasiões.
A falta da oficial ao serviço foi considerado como “estranho e preocupante” o que levou a que a Força Aérea tenha alertado as autoridades cerca das 11.30 horas, que depois de forçarem a porta da habitação deram com a mulher já sem vida. O Lidador Notícias (LD) apurou que para colocar termo à vida a mulher ingeriu uma elevada dose de comprimidos.
Um antigo militar da BA 11 que conhecia bem a oficial disse ao LD que “era uma morte anunciada”, lamentando que a Força Aérea “nada fez para a evitar”, rematou. Fonte das Relações Públicas da FAP disse ao Lidador Notícias que “não comenta o caso já que se trata de um assunto do foro pessoal da cidadã”, justificou o nosso interlocutor.
O caso foi conhecido quando o Primeiro-ministro chegava ao edifício do Núcleo Empresarial (Nerbe) para inaugurar a 32ª edição da Ovibeja, o que levou a que a PSP tivesse que alterar o seu dispositivo de segurança dos elementos da Esquadra de Investigação Criminal.
No decurso do corrente ano este é o terceiro caso a envolver militares da BA 11. O primeiro foi a deserção de um militar que foi combater o Estado Islâmico, depois o suicídio de uma militar da BA 6, no Montijo, no interior de uma camarata da Base de Beja, no decurso de um exercício internacional.
A BA 11 tem como comandante, desde Setembro de 2013, o coronel Teodorico Lopes. Um militar, ainda no activo, disse ao LD que o oficial “não merecia estes azares. Foi só o melhor comandante que passou pela BA11 nos últimos 50 anos”, concluiu.
A BA 11 tem como comandante, desde Setembro de 2013, o coronel Teodorico Lopes. Um militar, ainda no activo, disse ao LD que o oficial “não merecia estes azares. Foi só o melhor comandante que passou pela BA11 nos últimos 50 anos”, concluiu.
O corpo da oficial foi levado para o Gabinete Médico-Legal do Hospital de Beja, onde autopsiado. O corpo saiu às 16.00 horas para a sua terra natal, Ourique, onde será velado até amanhã de manhã, sendo depois trasladado para o Complexo Funerário de Elvas, onde será cremado.
Teixeira Correia(jornalista)
CARI2013- Sargento-Mor
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Mensagem : «Uma das maiores subtilezas da arte militar é nunca levar o inimigo ao desespero.»
(Michel de Montaigne)
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