Aprenda a lidar com o stress e a depressão. Os Psicólogos dizem como

Ordem dos Psicólogos lança campanha e um site Encontre Uma Saída, onde é possível encontrar informação para quem está em dificuldades


O stress originado pelo trabalho é a causa de mais de metade do absentismo laboral e o segundo problema de saúde relacionado com o trabalho mais reportado na Europa, afectando quase um em cada três trabalhadores, que muitas vezes experimentam o stress, lembra a Ordem dos Psicólogos Portugueses que acaba de lançar uma campanha e um site especial para ajudar quem está em dificuldades.  

Ler mais: Um em cada cinco portugueses sofre. Psicólogos querem ajudar (com vídeo)   

Várias portas fechadas que se vão abrindo são a principal imagem da campanha publicitária que a Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) lança a partir de hoje na TV, Imprensa e Internet.
Com o objetivo de chamar a atenção para a importância da psicologia no acompanhamento de pessoas com sintomas abrangidos por esta disciplina, a campanha surge a partir de estudos recentes da OPP, que indicam que um em cada cinco portugueses sofrem de perturbações mentais que a psicologia identifica e consegue ajudar a resolver.
A campanha será representada através de portas que "estão fechadas quando identificamos alguém que se encontra numa situação problemática, e que não quer ou não é capaz de pedir auxílio, e que se abrem quando é recebido o acompanhamento de um psicólogo, ajudando a percorrer um caminho para superar dificuldades sentidas", define Duarte Zoio, director de comunicação da OPP.    
Os sintomas tratados na campanha foram identificados pela Ordem após a realização de um conjunto de testes realizados em parceria com a empresa de estudos de mercado Quaestio, em que foram definidos: os sintomas, problemas e dúvidas, cujas mais importantes, de destacam na narrativa da campanha.
Uma das grandes conclusões destes testes identificou uma barreira invisível que impede quem necessita de contactar um psicólogo e pedir ajuda. Deste modo, foi criado um canal (site) que assina toda a campanha e que ajuda de forma fácil quem precisa.

http://www.dinheirovivo.pt/Buzz/Artigo/CIECO332427.html

No entanto, a pedido do Dinheiro Vivo, a OPP destaca as principais razões para o stress no trabalho. Embora sobejamente conhecidas, convém lembrar:

. Ter demasiadas coisas para fazer em pouco tempo;
. Não ter nada para fazer;
. Ter um trabalho muito exigente ou demasiado fácil;
. Pressão de prazos para cumprir ou turnos;
. Falta de controlo sobre o que fazemos e como fazemos;
. Más condições de trabalho (muito barulho, pouca luz, equipamento ou mobiliário desadequados);
. Falta de apoio por parte da gestão;
. Conflitos com os superiores hierárquicos;
. Expetativas crescimento e aumento do salário;
. Medo de ser despedido;
. Más relações com os colegas de trabalho;
. Falta de equilíbrio entre o trabalho e a vida familiar.

Confrontado com uma ou várias destas situações, o stress surge começando a revelar-se, a nível físico, através de cansaço, aperto no peito, indigestão, dor de cabeça, alterações do apetite e do peso, dores nas costas. "Podemos ainda sentir-nos 'em baixo', irritáveis, ansiosos, indecisos, desmotivados, com dificuldades de concentração, isolados ou agressivos", aponta Duarte Zoio, da OPP.  

Stress em excesso leva a "alterações do humor ou aumento do consumo de tabaco e álcool", reforça o diretor de comunicação da Ordem, advertindo que "algum stress é normal. Em excesso, o stress no trabalho pode interferir com a nossa produtividade e estar na origem de um conjunto de problemas físicos (como a hipertensão, problemas cardíacos e obesidade) e mentais (como a depressão, a ansiedade ou as adições)."

No capítulo da depressão, a Ordem dos Psicólogos lembra que se manifesta:
. Nos sentimentos: Sentimos tristeza, desesperados ou vazios; choramos facilmente e isolamo-nos dos outros,
. Nos pensamentos: temos dificuldade em nos concentrarmos e tomarmos decisões; culpamo-nos sobre tudo e vemos sempre o lado negativo do que acontece;
. Nos comportamentos: deixamos de fazer actividades que nos davam prazer, evitamos situações e não nos apetece falar;
. No corpo: temos dificuldade em dormir ou dormimos demasiado, sentimo-nos sem energia e perdemos o apetite/comemos em excesso, consumimos mais tabaco ou álcool do que é habitual).

A depressão não é "fita" nem "falta de força de vontade", nem a tão pouco se resolve com "pensamento positivo", ou bastando a pessoa "reagir", diz a OPP. Embora, a "a maior parte das pessoas recuperam de episódios e períodos depressivos, a verdade é que, tal como em relação ao stress, o psicólogo pode ajudar a identificar as causas e a desenvolver formas adequadas para lidar com estes problemas, defende a Ordem. Consulte o site Encontre uma Saída.pt   http://encontreumasaida.pt/

Camaradas, não receiêm em pedir ajuda quando alguns dos sintomas no artigo descritas vos atormentarem, não somos super-homens como alguns comandos querem fazer transparecer quantas vezes. Eu próprio com a saída do serviço activo e consequente passagem à reserva, por alguns dos motivos no artigo constantes estive perto, muito perto de perder a vontade de viver. Só o desabafo com os familiares, amigos e tecnicos me fizeram olhar e disfrutar a vida dia-a-dia novamente com prazer e alegria.

Quando vi o tópico achei que seriam os do centro clínico
..mas depois no final vi que seria demais para os mesmos..

Excelente abordagem Gil Vicente!

 

Muito completo.
Parabéns pelo post.
Cumprimentos,

  

Toda a gente devia ir ao psicólogo, alguns mais regularmente que outros, claro..

Bem, estou a ver que tenho de ir ao psicólogo para não ficar doentita por causa do stress, já que dos 12 pontos pelo menos 7 aplicam-se ao meu dia-a-dia.

Por vezes, quando os sintomas ainda estão numa fase inicial e são controláveis, o melhor até pode ser apenas tirar uns dias para recuperar, sem preocupações de horários, sem telemóveis por perto, sem qualquer pressa, sem a obrigação de cumprir compromissos, mesmo que sejam compromissos que se tenham feito com pessoas amigas.

Pelo menos para mim tem funcionado (pelo menos até agora) estar, pelo menos um fim de semana prolongado, a descansar (seja a passear, estar com a família, dormir ou o que for) sem ter de cumprir quaisquer horários, ir ao sabor da maré e esquecer o resto do mundo... ser-se egocêntrico desligar o telemóvel e tirarmos mesmo um tempinho para nós... e o resto do mundo que se dane durante esses dias.

...pois...

2 folgas por semana e um horário de referencia era um bom principio...

Não seria um bom principio, seria antes um principio base!!!!

 "Gil Vicente" belo post, não se achem fortes, reconheçam que por vezes precisamos de ajuda

O que é depressão? Deixe que essa animação de 4 minutos esclareça o assunto
http://awebic.com/pessoas/o-que-e-depressao-animacao-4-minutos-esclarece-assunto/