Também há 'bolsas VIP' na Polícia, GNR e Polícia Judiciária

por **dragao** Qua 18 Mar 2015, 22:37

Está a par do caos gerado por causa de uma alegada lista de contribuintes VIP? Pois bem, dá conta o Observador que as polícias portuguesas têm um sistema semelhante para proteger figuras mediáticas.

Os processos judiciais a cargo da PSP, GNR e PJ, mas também do Ministério Público, são todos inseridos e consultados em sistemas informáticos diferentes. Contudo, têm uma característica em comum: todos eles têm níveis de acesso triado.

Assim, dá conta o Observador, tal como alegadamente acontece com a bolsa VIP de contribuintes, também nestes sistemas é possível ocultar figuras mais mediáticas e processos mais sensíveis dos olhos de todos. Além disto, sempre que os processos são acedidos é possível saber quem acedeu a eles.

“Imagine que quero pesquisar sobre si. Insiro o seu nome e consigo saber a sua morada, o carro, a data de nascimento. Mas se eu quiser entrar numa outra questão, como se já foi condenada, se foi alvo de um processo, tenho mais restrições e pode ser-me pedida password para aceder aquela informação”, exemplifica ao Observador Paulo Rodrigues, presidente da Associação Sindical de Profissionais de Polícia.

“Um processo mais mediático, que possa suscitar curiosidade, fica reservado a quem está ligado ao processo. Até é melhor para nós. Não havendo uma restrição total, há muitas garantias de acessos, há um grande controlo e um registo fidedigno do que se vai fazendo”, diz Rodrigues, garantindo que na Polícia não tem conhecimento de processos disciplinares instaurados no âmbito da consulta de processos.

Na GNR, explica o presidente da Associação Profissional da Guarda, o Sistema Informático de Apoio às Operações (SIOP) é em tudo igual, mas “por vezes é tão lento que é muito difícil aceder” a um processo, explica ao Observador César Nogueira.

Na Polícia Judiciária, passa-se o mesmo. Os níveis de acesso são definidos de acordo com “a complexidade de processos ou pessoas envolvidas e com a necessidade de aceder”, explica Carlos Garcia, presidente da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal, explicando que cada inspetor só tem acesso aos inquéritos da sua diretoria.

Noticias ao Minuto

por **Katuxa** Qui 19 Mar 2015, 08:49

Pelo que me parece isso é comum há muitos anos em Portugal, quando se trata de figuras mediáticas. No entanto, acho que o sistema deveria ser equalitativo, pois o direito à privacidade e ao sigilo é transversal a qualquer tipo de cidadão... ou deveria ser!