Sargentos da Guarda relacionam crimes de polícias com falhas no recrutamento e formação

Sargentos da Guarda relacionam crimes de polícias com falhas no recrutamento e formação
A Associação Nacional de Sargentos da Guarda (ANSG) defendeu hoje que a participação de polícias em crimes se deve a "falha no recrutamento" e à "formação deficitária" prestada aos profissionais.

"O envolvimento de polícias em associação criminosa e nos mais diversos crimes é uma consequência da falha no recrutamento pela inexistente investigação do candidato, bem como da formação deficitária proporcionada pelas forças de segurança", refere a ANSG.

Um grupo, que integrava três agentes da PSP, foi detido pela PJ, na quarta-feira, por crimes de associação criminosa, sequestro, roubo qualificado, usurpação de funções, abuso de poderes e posse de armas proibidas.
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/sargentos-da-guarda-relacionam-crimes-de-policias-com-falhas-no-recrutamento-e-formacao

Não concordo.
Em minha opinião,não è possivel evitar este tipo de situação com mais rigor na seleção e formação profissional
Os homens e mulheres das forças e serviços de segurança são selecionados da mesma população que dá a este país politicos,médicos,juizes,professores e outros profissionais que não são melhores ou piores,apenas fazem algo diferente.
Estar atento , denunciar e combater este tipo de comportamentos ainda è uma boa medida para manter os serviços a funcionar com um grau de fiabilidade bastante aceitável.
Bons e maus existem em todas as profissões.

Bons e maus, sim senhor Olhovivo. Mas repare, neste caso estamos a falar de gatunos que até são policias e não é por acaso.

Há outras classes que também não deveriam sacar o alheio e fazem-no à décadas. Não me interpretam mal.

Não podemos relativizar tudo. Um pilho é um pilho, um policia é um policia.

Os actos criminosos alegadamente praticados pelos três agentes da PSP em conluio com outros indivíduos (da classe civil) são de uma gravidade extrema, inqualificáveis! Nunca me passou pela cabeça, aqui há uns anos a esta parte, que estas coisas pudessem acontecer por parte de quem enverga uma farda e tem uma dupla responsabilidade em relação ao cidadão comum. Como é do conhecimento público, estas e outras lamentáveis acções criminosas, de extrema gravidade, têm vindo a ser praticadas, a miúde, por diversos elementos das Forças e Serviços de Segurança. Infelizmente nenhuma instituição está livre de ter no seu seio gente abjeta, indigna de pertencer a instituições com o prestígio, como é o presente caso, da Polícia de Segurança Pública.

Adenda:

E não creio, muito sinceramente, que estes comportamentos desviantes se devam aos métodos de recrutamento, selecção e consequente formação. Este tipo de inclinação para a prática de ilicitudes já nasce com a pessoa, está-lhes no genes, no ADN. Temos por aí muitos agentes de autoridade a passar muito mal, eles e os seus familiares, nomeadamente mulher e filhos, e continuam a ter uma conduta irrepreensível, digna e honrada.

Quanto á frase: "Sargentos da Guarda relacionam crimes de polícias com falhas no recrutamento e formação", o que tenho a dizer é que se há falhas no recrutamento e formação para os militares que entram para a GNR/PSP/PJ/SEF, etc, também há falhas (e grandes) no recrutamento formação para a classe de Sargentos.
Esta é uma situação em que não existem quaisquer métodos de selecção, recrutamento ou formação que previnam pessoas de tomar comportamentos desviantes, e isto afecta todas as camadas sociais, sem excepção e não só na GNR, por isso acho uma falsa questão.

Eu sou um defensor de mais rigor no recrutamento e seleção   

Todos "nós" ou apenas "alguns", sabemos quantos OPC são hoje aquilo

que são, não por mérito próprio.

Todos "nós" na vida civil podemos ser muito bons ou maus rapazes e

raparigas, mas daí se tornarem bons OPC, vai uma distância grande

  

Pela Lei Pela Grei  

Eu penso que tais comportamentos sao infelizmente o reflexo da nossa sociedade sem valores que se está a construir em Portugal... Pois os Policias e Militares sao provenientes da Sociedade que está cada vez mais podre , penso que seja esta a explicação.

Cada caso é um caso.

Cada um dos OPC's que foram 'apanhados' nas teias do crime, teve as suas razões para se envolver nele.

Uns podem ter sido pela pressão da crise económica e o medo de não ter comida para dar aos filhos, outros talvez por pura ganância, etc.

Nestes casos nunca se pode apontar para apenas um erro, ou uma solução!
Mas na minha opinião pessoal acho que a pré-formação dos militares também conta, pelo facto de mal existir! Continuam a entrar grandes mitras para as forças Policiais por não terem sido avaliados e investigados ANTES de ingressarem nas Forças de Segurança.

Em muitos casos podia-se ter evitado meter bandidos dentro da nossa casa, se tivesse havido mais atenção!

Noutros casos, nada o fazia prever, portanto aí a formação ou a selecção nada tem haver!

ACP escreveu:Os actos criminosos alegadamente praticados pelos três agentes da PSP em conluio com outros indivíduos (da classe civil) são de uma gravidade extrema, inqualificáveis!

Estou de acordo. Não estamos a falar do resultado de dificuldades económicas, isolamento social, ou de mera insatisfação resultante do distanciamento entre o local de origem/residência e o do trabalho. Estamos a falar de crimes de associação criminosa, sequestro e roubo. Demasiado grave para se ter contemplações.

Estou convicto, que não é nas provas de seleção para ingresso nas FS, que vão detetar os bons e os maus agentes, porque isto, é um problema que "está a surgir na sociedade", ou seja, tudo começa no berço.
Bem se sabe que que existem dificuldades a nível financeiro, mas também é sabido que existem pessoas que lidam com problemas idênticos de maneira diferente.
Quanto aos sargentos, sem comentários, conheço alguns que quando largam as verdinhas, já são os maiores.
E não nos podemos esquecer que Muitos deles, serão cmdt de pt, e não são eles que nos defendem, excepto uma minoria, por isso não espero que quem não me conhece, GCG, MAI, 1º Ministro e por ai fora, me venham defender ou criar condições para eu trabalhar, pensem nisso.

Pode não ser uma consequência directa, mas porque acabaram com a informação que tinha que ser dada pelo cmdt da área sobre o candidato!?
Um individuo com 18 ou mais anos, já tem a personalidade bem definida, não é um curso ou aquela lengalenga que se ouve quase todos os dias que o vai fazer mudar...

Edr See escreveu:Pode não ser uma consequência directa, mas porque acabaram com a informação que tinha que ser dada pelo cmdt da área sobre o candidato!?
Um individuo com 18 ou mais anos, já tem a personalidade bem definida, não é um curso ou aquela lengalenga que se ouve quase todos os dias que o vai fazer mudar...

Concordo plenamente!
Mas também havia quem contornasse a situação.
Um militar do meu posto teve informação negativa do Cmdt da área dele duas vezes e á terceira moudou a residência para lisboa onde ninguém o conhecia... lol

O impresso chamado de "Informação Confidencial", elaborado pelo Comandante da Secção (mais tarde Comandante do Destacamento) fazia parte do processo do candidato a militar da Guarda. Por determinação superior, pura e simplesmente deixou de fazer parte dos documentos integrantes do respectivo processo. Esta informação, como alguns useres aqui já referiram, era elaborada com base na recolha de informações (a respeito da idoneidade do candidato e seus familiares) efectuadas normalmente pelo Comandante do Posto da área de residência do candidato junto de pessoas da confiança da Guarda conhecedoras da conduta daqueles (candidato e familiares), e mesmo assim, com esta informação elaborada com algum rigor, de quando em vez eramos surpreendidos, dois três anos depois, ou mais, com comportamentos desviantes altamente censuráveis por parte de alguns militares que já faziam parte das fileiras da instituição, tendo sido, alguns, em consequência disso, punidos e expulsos da Guarda. Presentemente, e já há uns anos a esta parte, com a ausência dessa "informação complementar", a meu ver muito útil, é evidente que as probabilidades de entrarem na Guarda (ou na polícia) elementos com um passado pouco ou nada recomendável são muito maiores do que aquelas que existiam no passado. Mas... manda quem pode obedece quem deve!