Feridos em serviço descobriram uma nova vida na GNR

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Mensagem por numisife Sex 08 Ago 2014, 13:59

Em dois anos, a Junta Superior de Saúde da GNR declarou incapacidade a 215 militares feridos em serviço. Só três abandonaram a instituição. O sargento Nuno Andrade e o cabo António Pereira ficaram.
Fisicamente parece estar bem. Os fios de cabelo escondem-lhe as cicatrizes cravadas na cabeça. No lugar do olho direito está uma prótese tão perfeita que ninguém imagina as dificuldades que sente a adaptar-se a ela. Nas pernas há marcas. Muitas. Mas, dentro do corpo, há parafusos e chapas que tornam possível que caminhe e se levante. Embora ainda com cansaço.
Passaram quase dois anos desde o dia em que uma carrinha atropelou o sargento Nuno Andrade e dois outros colegas em plena autoestrada A 23. Não eram apenas colegas, eram amigos. O sargento foi o único sobrevivente. Seis cirurgias depois, está de regresso ao serviço na Brigada de Trânsito do Carregado. Mas com condições: não pode fazer trabalho no exterior, nem exercício físico. Para já.

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O sargento Nuno Andrade foi atropelado na berma da A23© Hugo Amaral
Aos 30 anos, Nuno Andrade faz parte das estatísticas que contam 579 militares da GNR feridos em serviço em 2012. Em 2013, foram 591. Nestes números estão todos os elementos da Guarda vítimas de acidentes em situações operacionais, durante a instrução ou, mesmo, no caminho entre a casa e o trabalho. Segundo dados da GNR fornecidos ao Observador, nos últimos dois anos (2012 e 2013) a Junta Superior de Saúde considerou 215 militares incapazes, depois de acidentes que sofreram em anos anteriores. Neste período, só três decidiram abandonar a instituição. Todos os outros preferiram continuar a trabalhar. Numa declaração enviada ao Observador, a Guarda Nacional Republicana sublinha que quando é possível a reintegração é feita nas mesmas funções: “Sempre que as capacidades físicas o permitem, a GNR têm mantido os militares nas mesmas funções/especialidades depois de terem sido vítimas de acidentes de serviço. Este procedimento, além de ajudar os militares no processo de recuperação física e psicológica, constitui uma forma de reconhecimento da instituição pela dedicação e espirito de sacrifício que sempre demonstraram no desempenho da sua missão.”
Tudo aconteceu já na noite de 9 de outubro. Durante mais de um ano e meio, o sargento não conseguia falar no assunto. Mesmo depois de ter reportado centenas de acidentes ao serviço da Brigada de Trânsito, onde entrou em 2004. “Um acidente na primeira pessoa é sempre um evento traumatizante”, diz. O trauma. Só percebeu o verdadeiro significado quando o viveu. Naquele dia era suposto estar a fiscalizar viaturas pesadas na fronteira de Vilar Formoso quando o chamaram para deslocar-se à A 23. As chamas lavravam com força e o fumo era tão intenso que podia ter que optar-se por cortar a autoestrada.
"Percebi que havia destroços por todo o lado, mas não havia barulho. Não conseguia mexer-me"
Sargento Nuno Andrade

O sargento Andrade foi ter com o cabo Cruz e com o guarda Barrancos. A ideia era a de cortar o acesso à A 23 na zona de Belmonte, distrito de Castelo Branco, caso o fumo afetasse a circulação rodoviária. “Eles não eram só meus camaradas. Eram amigos. Éramos naturais da mesma zona e já tínhamos trabalhado juntos”, refere Andrade, natural de Trancoso, Guarda.
Foi tudo demasiado rápido. Dentro do carro da GNR, estacionado na berma e com os quatro piscas ligados, estava um militar. Andrade e um outro colega estavam do lado de fora, “com coletes fluorescentes”. O embate foi violento. Soube-se, depois, que o condutor tinha roubado a carrinha, uma Mercedes, e ter-se-á despistado contra os militares. O processo ainda está em investigação. O condutor permanece internado num centro de recuperação em Castelo Branco. Só foi ouvido há cerca de um mês. É arguido no processo. A GNR de Castelo Branco, que investiga o acidente, também está ainda à espera da conclusão de um relatório do acidente em três dimensões (3d) para enviar ao Ministério Público.
Andrade abriu os olhos e ainda hoje se recorda daquele “silêncio sinistro”. “Percebi que havia destroços por todo o lado, mas não havia barulho. Não conseguia mexer-me”. Os bombeiros que faziam frente às chamas foram surpreendidos pelo embate. Correram em direção ao asfalto para verem o que se passava. “Não sei se foram minutos, se horas”. Acudiram-no e levaram-no para o hospital mais próximo, na Covilhã. Andrade perguntava pelos colegas. A falta de respostas significa a pior notícia. “Acabaram por me dizer”.
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Milton Cappelletti
Nuno Andrade sofreu fraturas várias nas pernas e nos tornozelos. Partiu um osso na cara, ficou com a órbita de um olho destruída e sofreu um traumatismo craniano. Foi, depois, transferido para os hospitais da Universidade de Coimbra, Guarda e Porto. No longo processo de recuperação, que terminou agora em julho, conta seis cirurgias. Espera não precisar de mais nenhuma. “A nível estético, está tudo bem. A nível físico, passei uma enorme caminhada de recuperação”. Fez oito meses de fisioterapia, voltou ao serviço em setembro de 2013 e regressou a casa durante três meses. Para mais uma operação e fisioterapia.
Antes de voltar ao trabalho, os médicos da GNR decidiram que podia voltar ao serviço, mas apenas o administrativo. Nada de exercício físico ou de trabalho operacional. “Eu queria voltar ao trabalho. E sei que hei-de voltar ao trabalho operacional”. Isso será o que a próxima junta médica lhe deverá dizer, de acordo com os resultados dos exames que apresentar.

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    O sargento Nuno Andrade entrou na Brigada de Trânsito em 2004© Hugo Amaral







O estatuto da GNR prevê “direitos e regalias” para os militares que, “no cumprimento da missão”, tenham sofrido uma “diminuição permanente na capacidade geral de ganho”, consequência de lesões ou de doenças. “Mais do que sofri, é saber que há mais pessoas a sofrer. As que sofrem pela morte dos meus colegas, que tiveram menos sorte do que eu”, diz Nuno Andrade no gabinete da Brigada de Trânsito do Carregado, onde agora trabalha.
O braço do homem que a caçadeira de um barricado destruíu
Ainda estava atordoado da anestesia quando os seus olhos se abriram à procura de uma única confirmação. Teria o médico optado por amputar-lhe o braço? Sob o efeito das drogas que lhe acalmavam as dores, o cabo da GNR, António Pereira, esboçou um sorriso. O braço estava lá. Mais estreito. A carne e parte do osso tinham sido consumidos pela pólvora de uma caçadeira que disparou perto de mais. Mas o braço estava lá, depois de cinco horas de uma intervenção cirúrgica que o médico considerou “complexa”. Podia voltar a responder ao corpo e adormecer.
O braço destruído foi o mesmo que segurou o escudo. Naquele dia, era um “dia normal”, conta ao Observador doze anos depois, que nada apagaram da sua memória. Estava na equipa da Companhia de Operações Especiais (COE) da GNR a patrulhar um bairro para os lados de Sintra quando chegou o aviso. Havia um homem barricado há dois dias na zona da Sertã. Tinham que intervir.
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O cabo António Pereira foi atingido a caçadeira durante uma operação© Hugo Amaral
Eram cinco os homens que integravam a equipa. “Fui o sorteado. 22 de novembro de 2002”, recorda o cabo Pereira, agora com 45 anos. Na Sertã, o homem que viria a mudar-lhe a vida chamava-se Gil Costa Antunes. Há anos que andava envolvido em vários processos judiciais por causa de dívidas. Tinha sido considerado inimputável e devia ser internado. Mas recusava sempre. Quando a GNR o tentou deter, ele resistiu e enfiou-se na casa que dividia com a mãe, armado com uma caçadeira. Dizia que acabava com tudo. Foi por um triz.
A casa foi cercada pela GNR. A equipa do cabo Pereira chegou como reforço ao local. Os militares organizaram-se de acordo com as ordens do comando. Mal o cabo Pereira entrou pela porta daquela casa, eram 7h00, ouviu-se um disparo. O homem não deu tréguas, mas escondeu-se. O coração de Pereira batia tão forte como o de um atleta. “Devia estar com 150 pulsações por minuto”. Nem percebeu que aquele disparo o tinha atingido. Mas entendeu que o homem estava pronto a matar.
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Os médicos ponderaram amputar o braço do cabo António Pereira© Hugo Amaral
“A solução era avançar para cima dele com um escudo”. Avançou às escuras, sem conhecer as divisões da casa nem onde o suspeito se refugiara. “Nessa altura há uma aproximação minha e ele dá o segundo disparo”. O impacto é grande mas o escudo “aguenta-se”. Pereira também. Seguiu-se um terceiro disparo. O suspeito recuou e ouviu-se o som da caçadeira a ser carregada. Vinha aí mais fogo. Pereira tinha ordens para avançar, mas, ali, percebeu que a sua mão não lhe respondia. Fora atingido e tinha que ser substituído.
Recuperação demorou dois anos e exigiu quatro operações
No centro de socorros, o médico livrou-o da farda pintada de sangue. Disse-lhe para não olhar para aquele braço. Ele queria saber se o braço ainda estava lá. Mas a imagem era aterradora. Viu-a mais tarde. Quando o médico cedeu à insistência de lhe dar as imagens. “Foi disparado muito perto. Dentro do cartucho há uma bucha e só quando ela sai espalha o chumbo. Como foi muito perto, entrou bucha e tudo no osso. Destruiu tudo. Se fosse mais longe apanharia dois ou três bagos de chumbo”, explica.

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    O cabo Pereira foi atingido num braço em 2002© Hugo Amaral







Decidiram levá-lo para o hospital de Coimbra. “Pensei, terra dos ‘doutores’, menos mal. A minha cabeça não parava de trabalhar”. No caminho, sentiu-se fraco. Tinha fome. Só pensava naquele braço. O que faria sem ele. O médico do INEM perguntou-lhe o nome, a idade. Se era casado, se tinha filhos. “Sim. Tenho uma filha de nove meses”. No caminho, duas transfusões. Seguiram-se seis outras. Tinha perdido demasiado sangue.
"Só queria poder fazer aquilo a que não damos importância, como comer uma sopa, cortar a barba ou lavar os dentes".
Cabo António Pereira

O acidente ocorreu numa sexta-feira. Foi também numa sexta-feira que nasceu na vila de Caria, no concelho de Belmonte. Aquele fim de semana foi de prognóstico reservado. Quando a mulher e a filha chegaram ao quarto do hospital, o cabo Pereira vacilou. Chorou como se já não tivesse braço. O braço ainda não mexia. Mas iria mexer, pensava ele, para o mínimo. “Aquilo a que não damos importância, como comer uma sopa, cortar a barba ou lavar os dentes”. Enquanto o braço não funcionou, aprendeu a fazer o básico com a mão esquerda. Só não aprendeu a escrever.
O homem que lhe roubou metade do braço sentou-se no banco dos réus por tentativa de homicídio. O cabo assistiu a todas as sessões. Tentava encontrá-lo só para lhe dizer: “você sabe o que fez à vida de uma pessoa que nada tem a ver com o que passou?”. Nunca o encontrou. Nunca perguntou. O homem era inimputável.
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A recuperação durou cerca de dois anos com duas operações em cada um deles. Recusou a quinta operação. Era uma questão de estéstica e estava farto de hospitais. Mas a segunda, em 2003, foi a pior. “Foi a da transferência de tendões para ter mais força e mobilidade. Foi muito doloroso, mais do que levar o tiro”.
Mas a dor foi mais do que isso. Naquele ano, o cabo Pereira descobriu que a mulher estava doente. Tinha cancro na mama. “Foi galopante”. A bebé Madalena dava os primeiros passos, Pereira recuperava a mobilidade do braço e a mulher lutava contra o cancro. Uma luta que se revelou inglória. Em 2007, Pereira estava já recuperado e de volta ao serviço quando a mulher morreu. A cargo, ficou a filha de cinco anos.
Foi por esta altura que o cabo Pereira foi ao banco e percebeu que tinha 500 euros a mais na conta. Perguntou de onde vinham e descobriu que tinham sido os colegas da GNR. Ninguém disse quem e quanto deu. Mas deram. Numa onda de solidariedade que nunca vai esquecer.
Regresso do cabo Pereira
António Pereira tinha 22 anos quando entrou na GNR. A vida militar aliciava-o. Um ano depois integrava a COE. Mais de uma década depois, no final de 2004, quando o médico lhe disse que o tratamento estava na recta final, Pereira pensou em tudo. Voltaria ou passava à reserva? “Por um lado, havia a questão monetária. Não podia ganhar menos com uma filha para criar. Por outro, ia fazer o quê?”, recorda. “Ainda era novo para me desativar”. Na junta médica da Guarda, o general perguntou-lhe se não preferia prestar serviço na Escola Prática da GNR, em Queluz, por ser mais próximo da sua casa. “Eu respondi que queria ficar nas Operações Especiais na mesma. A fazer o quê? Não sabia”.

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Ainda hoje o cabo Pereira diz ser “um privilegiado” na GNR. Quando regressou, já em 2005, as chefias encontraram-lhe um trabalho à medida. Ficar responsável pela arrecadação onde se guardam as armas e as munições da unidade. Antes, não havia ninguém a fazê-lo. Hoje, António Pereira tem dois homens a trabalhar com ele. “Compete-me guardar e controlar todo o material. As armas são um material muito sensível”.
A filha, Madalena, tem agora 12 anos. “No início, tive dificuldades em conjugar a roupa. Mas tinha ideia de como a mãe a vestia. Agora, já vai entrar na adolescência”, conta. Hoje, o braço é “o que se vê”. É um braço “diminuído”. António Pereira já não levanta uma barra de alteres de 100 quilos. Mas levanta uma de “30”. Esqueceu o sonho de uma missão internacional, porque tem mais de 60% de incapacidade no braço e nunca cumprirá os requisitos da ONU. Mas a sua história chega-lhe “como exemplo vivo” para os colegas. E conta-a como se não tivesse passado tempo algum.

http://observador.pt/especiais/estes-homens-ficaram-feridos-em-servico-mas-querem-permanecer-na-gnr/
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Mensagem por Santiago1 Sáb 09 Ago 2014, 00:52

Não é verdade, pois um camarada nosso descobriu que após o primeiro acidente em serviço, viu a sua incapacidade diminuída, a Guarda nada fez para que a parte psicológica fosse atenuada, até que o mesmo passado algum tempo entrou em depressão, pediu para que fosse tratado na instituição a nível psiquiátrico, o engraçado é que já o preteriram duas vezes para a promoção, por isso caro numisife, a sua pequena notícia, em nada é verdade, pois esse camarada esteve à beira da morte num acidente ocorrido em serviço, elaborou montes de detenções e autuações, auxilio a GREI.

A paga que esta instituição deu ao mesmo, foi preterir esse militar duas vezes na promoção, inviabilizando qualquer promoção.

Assim não foi o mesmo promovido, nem os seus dois filhos e esposa que deixam de receber cerca de trezentos euros para fazer face às despesas do dia.

Se continuar a achar que a sua notícia é digna de registo...Não é para esse militar.
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Mensagem por PINTAROLAS Sáb 09 Ago 2014, 01:15

O que não falta por este nosso Portugal, são casos em que a trabalhar para a Grei temos acidentes/incidentes mas nem todos são tratados de igual modo pela instituição.

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Mensagem por numisife Sáb 09 Ago 2014, 15:00

Santiago1 escreveu:Não é verdade, pois um camarada nosso descobriu que após o primeiro acidente em serviço, viu a sua incapacidade diminuída, a Guarda nada fez para que a parte psicológica fosse atenuada, até que o mesmo passado algum tempo entrou em depressão, pediu para que fosse tratado na instituição a nível psiquiátrico, o engraçado é que já o preteriram duas vezes para a promoção, por isso caro numisife, a sua pequena notícia, em nada é verdade, pois esse camarada esteve à beira da morte num acidente ocorrido em serviço, elaborou montes de detenções e autuações, auxilio a GREI.

A paga que esta instituição deu ao mesmo, foi preterir esse militar duas vezes na promoção, inviabilizando qualquer promoção.

Assim não foi o mesmo promovido, nem os seus dois filhos e esposa que deixam de receber cerca de trezentos euros para fazer face às despesas do dia.

Se continuar a achar que a sua notícia é digna de registo...Não é para esse militar.
Camarada a noticia não é minha e não teci qualquer comentario acerca da mesma, logo é impossível saber o que penso da mesma!
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Mensagem por ROMEO123 Dom 10 Ago 2014, 23:36

Santiago1 escreveu:Não é verdade, pois um camarada nosso descobriu que após o primeiro acidente em serviço, viu a sua incapacidade diminuída, a Guarda nada fez para que a parte psicológica fosse atenuada, até que o mesmo passado algum tempo entrou em depressão, pediu para que fosse tratado na instituição a nível psiquiátrico, o engraçado é que já o preteriram duas vezes para a promoção, por isso caro numisife, a sua pequena notícia, em nada é verdade, pois esse camarada esteve à beira da morte num acidente ocorrido em serviço, elaborou montes de detenções e autuações, auxilio a GREI.

A paga que esta instituição deu ao mesmo, foi preterir esse militar duas vezes na promoção, inviabilizando qualquer promoção.

Assim não foi o mesmo promovido, nem os seus dois filhos e esposa que deixam de receber cerca de trezentos euros para fazer face às despesas do dia.

Se continuar a achar que a sua notícia é digna de registo...Não é para esse militar.
não conheço esse caso mas, conheço outros de duas de diferentes classes, e infelizmente, por muito que me custe a admitir é a pura realidade...
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Mensagem por иuησ Seg 11 Ago 2014, 15:29

PINTAROLAS escreveu:O que não falta por este nosso Portugal, são casos em que a trabalhar para a Grei temos acidentes/incidentes mas nem todos são tratados de igual modo pela instituição.

Pois não, se formos, por exemplo, ver a situação de um profissional que tenha ficado com sequelas fisicas derivado a um acidente de serviço, fica com a carreira estagnada pois nunca mais é promovido a nada. Conheço pessoalmente exemplos desse tipo.
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Mensagem por VaN_dRaCk Seg 11 Ago 2014, 18:34

Gostei da reportagem, e até estava optimista que as cosas tivessem corrido assim tão bem, mas infelizmente a realidade vem bater à porta.. E a realidade é que a nossa "casa" só nos ajuda quando é para nos enterrar mais um bocadinho.

Infelizmente também já tive um acidente em que a Guarda era suposto ter-me ajudado (se tivesse seguido a LEI) mas todos sabemos que neste País a LEI só existe para alguns!

Seja como for, um grande abraço para todos os Camaradas que deram muito de si, da sua saúde, e alguns até a própria vida, em prol deste País que em troca nada nos agradece.
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