FENÓMENO "VIOLÊNCIA DOMESTICA" - Vítimas - Forças de segurança - Agressores
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FENÓMENO "VIOLÊNCIA DOMESTICA" - Vítimas - Forças de segurança - Agressores
1. ENQUADRAMENTO
A violência doméstica constitui uma das principais causas de morte no seio da família e a maior causa de morte e de ferimentos de mulheres em todo o mundo. Ao contrário do expectável alguns dos atos mais extremos de violência e abuso que ocorrem na comunidade acontecem dentro da "harmonia familiar".
Sem uma intervenção atempada e eficaz, a violência, no contexto doméstico, pode elevar a gravidade e conduzir ao homicídio. A violência doméstica, quando resulta em homicídio, constitui muitas vezes um reflexo do fracasso da comunidade em identificar a sua gravidade e potencial letalidade e, simultaneamente, desempenhar o seu papel ao nível da intervenção precoce.
Este fenómeno não é resultado de um ato aleatório ou de um comportamento isolado nas relações entre parceiros íntimos, familiares ou outras pessoas, referidas no artigo 152.º do Código Penal seguindo frequentemente uma história de abuso e violência.
Muitas vezes possuem elementos preditivos em que as vítimas e/ou os agressores podem ter contactado com um número mais ou menos alargado de agências e serviços da comunidade antes do homicídio, com diferentes graus de sucesso. Revela-se, geralmente, através de repetidos episódios de violência e, em diversos casos, desses atos resultam lesões graves para a(s) vítima(s), ou até mesmo a sua morte.
Nota: Extraído do Manual de Aplicação RVDÚltima edição por dragao em Qui 04 Dez 2014, 21:33, editado 6 vez(es)
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Re: FENÓMENO "VIOLÊNCIA DOMESTICA" - Vítimas - Forças de segurança - Agressores
É com alguma frequência que são noticiados casos de agressão em que resulta na morte do agressor e da vítima.
Por norma, são os agentes das forças de segurança a tomar conhecimento em primeira mão de eventuais focos desestabilizadores entre os casais.
O tópico em epígrafe é aberto ao diálogo no sentido de serem partilhadas ideias e opiniões sobre o trabalho exercido pelos agentes das forças de segurança e eventualmente por outras individualidades
Por norma, são os agentes das forças de segurança a tomar conhecimento em primeira mão de eventuais focos desestabilizadores entre os casais.
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Re: FENÓMENO "VIOLÊNCIA DOMESTICA" - Vítimas - Forças de segurança - Agressores
Suicidou-se após atingir a tiro a ex-namorada e outro homem
Detidos dois homens suspeitos de rapto e homicídio de mulher
Mulher ferida ao tentar tirar caçadeira a marido violento
Vizinhos travam homem que ameaçava mulher
Detido pela GNR quando ameaçava mulher com uma arma de fogo
Detidos dois homens suspeitos de rapto e homicídio de mulher
Mulher ferida ao tentar tirar caçadeira a marido violento
Vizinhos travam homem que ameaçava mulher
Detido pela GNR quando ameaçava mulher com uma arma de fogo
Última edição por dragao em Sáb 29 Nov 2014, 20:41, editado 1 vez(es)
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Re: FENÓMENO "VIOLÊNCIA DOMESTICA" - Vítimas - Forças de segurança - Agressores
Esté é um daqueles tópicos que acho muito pertinentes. Talvez devamos falar de procedimentos e de que outras entidades nos devemos socorrer em todos os casos de VD (com e sem crianças).
Quando terminar aqui uns relatoriozinhos para T. já vos dou um pouca da minha perspectiva (de quem trabalha no terreno, não teórico...) e do que eu acho que poderia facilitar o trabalho, articulando melhor.
Volto já!
Quando terminar aqui uns relatoriozinhos para T. já vos dou um pouca da minha perspectiva (de quem trabalha no terreno, não teórico...) e do que eu acho que poderia facilitar o trabalho, articulando melhor.
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Re: FENÓMENO "VIOLÊNCIA DOMESTICA" - Vítimas - Forças de segurança - Agressores
29.11.2014 18:02 Dá tiro na cabeça da ex-mulher Vítima de 49 anos está internada em estado grave no Hospital de S. João, no Porto.
Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/portugal/detalhe/da_tiro_na_cabeca_da_ex_mulher.html
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snake- 2º Sargento
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Re: FENÓMENO "VIOLÊNCIA DOMESTICA" - Vítimas - Forças de segurança - Agressores
Antes demais, por se tratar de um assunto muito delicado, do qual eu no meu dia a dia tento fazer o melhor que sei, gostaria de deixar aqui também o meu contributo.
Não é com a atribuição de mais um "papel" para avaliar o risco da pessoa em causa que lá se vai. Pois quem anda no terreno todos os dias, repito, todos os dias, sabe muito bem, que este papel "Avaliação de risco" é mais um complemento a nível de estatistica, pois na prática ainda muito falta fazer. Não me venham dizer que começa por algum lado, tudo bem, aceito, mas no terreno faz muita falta à vitima, o apoio psicologico, o apoio logistico que por vezes durante a noite é um ver se te avias, um acompanhamento no terreno por parte de quem investiga este tipo de crimes mais de perto, eja pelos grupos da GNR/PSP bem como o MP, que deveria há muito ter um procurador por Tribunal para acompanhar mais de perto estes casos, não é o que acontece, por vezes temos vitimas que nos dizem que ninguém falou com elas desde a ultima ocorrencia passados 3/4 meses!!! Impensavel! E a culpa não é do patrulheiro, pois este, desdobra-se no local, fazendo tudo e mais alguma coisa em prol da vitima.
E só mais ma questão velhinha...como patrulheiro que sou, gostaria que fossem dados aos mesmos patrulheiros as melhores condições de trabalho, porque estes, são sempre o chamado o 1º grupo de intervenção, seja mesmo em termos logisticos como até salariais, pois a motivação começa por algum lado, seja qual o trabalho que for!
Coelho.x
Não é com a atribuição de mais um "papel" para avaliar o risco da pessoa em causa que lá se vai. Pois quem anda no terreno todos os dias, repito, todos os dias, sabe muito bem, que este papel "Avaliação de risco" é mais um complemento a nível de estatistica, pois na prática ainda muito falta fazer. Não me venham dizer que começa por algum lado, tudo bem, aceito, mas no terreno faz muita falta à vitima, o apoio psicologico, o apoio logistico que por vezes durante a noite é um ver se te avias, um acompanhamento no terreno por parte de quem investiga este tipo de crimes mais de perto, eja pelos grupos da GNR/PSP bem como o MP, que deveria há muito ter um procurador por Tribunal para acompanhar mais de perto estes casos, não é o que acontece, por vezes temos vitimas que nos dizem que ninguém falou com elas desde a ultima ocorrencia passados 3/4 meses!!! Impensavel! E a culpa não é do patrulheiro, pois este, desdobra-se no local, fazendo tudo e mais alguma coisa em prol da vitima.
E só mais ma questão velhinha...como patrulheiro que sou, gostaria que fossem dados aos mesmos patrulheiros as melhores condições de trabalho, porque estes, são sempre o chamado o 1º grupo de intervenção, seja mesmo em termos logisticos como até salariais, pois a motivação começa por algum lado, seja qual o trabalho que for!
Coelho.x
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Re: FENÓMENO "VIOLÊNCIA DOMESTICA" - Vítimas - Forças de segurança - Agressores
Devem-se agilizar procedimentos sim e creio que as novas alterações têm isso em mente.
No entanto, primeiro deve-se dar formação (eu sei que têm andado a dá-la) adequada e consonante com as realidades locais. Pois que interessa dizer que se faz assim e assim, se depois não há ninguém disponível no imediato?! Seja mp ou até local para colocar as vítimas?!
Segundo: a articulação local com a técnica da segurança social (no caso em que são só vítimas adultas) ou com as CPCJ (quando existem crianças) deve ser imediata, pois essas entidades dispõem de recursos que a GNR não tem. Além de que podem fazer o acompanhamento social logo do início. Se existir uma boa articulação a tarefa torna-se menos penosa para todos os intervenientes e mais eficiente. Isto sem pôr em causa o sigilo;
Terceiro: há que realmente perceber se se trata de uma situação de VD, pois nem tudo o que parece é. No entanto, independentemente da nossa opinião, não pode existir recusa em receber-se a queixa;
Quarto: quando a situação é no terreno devemos ter o cuidado de observar e depois de escrever tudo o que for pertinente, pois a VD é transversal a todas as classes sociais e o ter-se uma boa imagem social não significa que não se é agressor.
Para quem estuda o fenómeno da VD, sabe que os agressores e s vítimas têm uma codependência enorme e que não é fácil quebrar esse ciclo vicioso, pelo que deve ser entendido como tal e não ser fonte de riso ou de chacota, pois o mesmo agressor e a mesma vítima podem aparecer várias vezes para fazer queixa e depois para a retirar.
Começa-se a assistir a um facto curioso, o aumento ou pelo menos da percepção do aumento da violência no namoro entre adolescentes.
No entanto, primeiro deve-se dar formação (eu sei que têm andado a dá-la) adequada e consonante com as realidades locais. Pois que interessa dizer que se faz assim e assim, se depois não há ninguém disponível no imediato?! Seja mp ou até local para colocar as vítimas?!
Segundo: a articulação local com a técnica da segurança social (no caso em que são só vítimas adultas) ou com as CPCJ (quando existem crianças) deve ser imediata, pois essas entidades dispõem de recursos que a GNR não tem. Além de que podem fazer o acompanhamento social logo do início. Se existir uma boa articulação a tarefa torna-se menos penosa para todos os intervenientes e mais eficiente. Isto sem pôr em causa o sigilo;
Terceiro: há que realmente perceber se se trata de uma situação de VD, pois nem tudo o que parece é. No entanto, independentemente da nossa opinião, não pode existir recusa em receber-se a queixa;
Quarto: quando a situação é no terreno devemos ter o cuidado de observar e depois de escrever tudo o que for pertinente, pois a VD é transversal a todas as classes sociais e o ter-se uma boa imagem social não significa que não se é agressor.
Para quem estuda o fenómeno da VD, sabe que os agressores e s vítimas têm uma codependência enorme e que não é fácil quebrar esse ciclo vicioso, pelo que deve ser entendido como tal e não ser fonte de riso ou de chacota, pois o mesmo agressor e a mesma vítima podem aparecer várias vezes para fazer queixa e depois para a retirar.
Começa-se a assistir a um facto curioso, o aumento ou pelo menos da percepção do aumento da violência no namoro entre adolescentes.
Katuxa- Sargento-Ajudante
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Re: FENÓMENO "VIOLÊNCIA DOMESTICA" - Vítimas - Forças de segurança - Agressores
Este é de fato uma assunto importante de discutir pois cada vez mais têm vindo a publico casos e casos cada vez mais violentos.
A tão proclamada formação é só mais uma ferramenta no meio de tantas outras que para nada servem e um exemplo disso é o fato dos elementos do NIAVE terem esse curso VD e são os militares do Posto que têm que fazer o serviço, por isso julgo que a dita formação é só mais uma ferramenta.
Sobre todas a entidades como Segurança Social, CPCJ, MP e etc, quantas e quantas vezes não fazem o que a lei lhes compete?
Como é possivel uma vitima ser persuadida por elementos do MP para desistirem sobre a convição que foi um caso isolado?
Como é possivel uma assistente social, a ter conhecimento de violência doméstica no seio familiar de uma familia carenciada, não dar noticia de tal fato?
Como é possivel uma Dr.ª da CPCJ mandar regressar a casa uma mãe juntamente com 2 filhos menores a casa depois de várias agressões e das quais a vitima fugiu de casa no dia anterior?
Isto é tudo realidade e acontece por esse pais fora mas enquanto não houver algo de palpável, algo que efetivamente possa dar alguma segurança e apoio para as vitimas, este tipo de crimes aumentará de dia para dia, de hora para hora.
Na minha humilde opinião, não somos nós que andamos na rua, não é a Segurança Social, não é a CPCJ, não é sequer o padre lá da zona que são os primeiros intervenientes junto das vitimas de VD.
A primeira linha de segurança são aqueles com quem a vitima priva diariamente, sejam eles familiares, amigos e vizinhos. São eles que têm conhecimento do que se passa a toda a hora e sabem o dia a dia daquela vitima, os seus receios, as suas inseguranças, as suas feridas e etc etc...
Enquanto essas pessoas não se convencerem que efetivamente são também parte do dia a dia dessas vitimas e que fazem parte integrante da vida delas, tudo isto continuará na mesma.
Quantos de nós já ouvimos vizinhos dizerem na comunicação social, depois da vitima ter sido agredida ou até mesmo morta, que eram frequentes as discussões entre o casal?
E será que não é uma obrigação desses vizinhos/familiares/amigos darem conhecimento de fatos que possam por em causa a integridade fisica de alguém?
Antes da obrigação legal, está a moral, coisa que de dia para dia esta sociedade está a esquecer...
A tão proclamada formação é só mais uma ferramenta no meio de tantas outras que para nada servem e um exemplo disso é o fato dos elementos do NIAVE terem esse curso VD e são os militares do Posto que têm que fazer o serviço, por isso julgo que a dita formação é só mais uma ferramenta.
Sobre todas a entidades como Segurança Social, CPCJ, MP e etc, quantas e quantas vezes não fazem o que a lei lhes compete?
Como é possivel uma vitima ser persuadida por elementos do MP para desistirem sobre a convição que foi um caso isolado?
Como é possivel uma assistente social, a ter conhecimento de violência doméstica no seio familiar de uma familia carenciada, não dar noticia de tal fato?
Como é possivel uma Dr.ª da CPCJ mandar regressar a casa uma mãe juntamente com 2 filhos menores a casa depois de várias agressões e das quais a vitima fugiu de casa no dia anterior?
Isto é tudo realidade e acontece por esse pais fora mas enquanto não houver algo de palpável, algo que efetivamente possa dar alguma segurança e apoio para as vitimas, este tipo de crimes aumentará de dia para dia, de hora para hora.
Na minha humilde opinião, não somos nós que andamos na rua, não é a Segurança Social, não é a CPCJ, não é sequer o padre lá da zona que são os primeiros intervenientes junto das vitimas de VD.
A primeira linha de segurança são aqueles com quem a vitima priva diariamente, sejam eles familiares, amigos e vizinhos. São eles que têm conhecimento do que se passa a toda a hora e sabem o dia a dia daquela vitima, os seus receios, as suas inseguranças, as suas feridas e etc etc...
Enquanto essas pessoas não se convencerem que efetivamente são também parte do dia a dia dessas vitimas e que fazem parte integrante da vida delas, tudo isto continuará na mesma.
Quantos de nós já ouvimos vizinhos dizerem na comunicação social, depois da vitima ter sido agredida ou até mesmo morta, que eram frequentes as discussões entre o casal?
E será que não é uma obrigação desses vizinhos/familiares/amigos darem conhecimento de fatos que possam por em causa a integridade fisica de alguém?
Antes da obrigação legal, está a moral, coisa que de dia para dia esta sociedade está a esquecer...
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Re: FENÓMENO "VIOLÊNCIA DOMESTICA" - Vítimas - Forças de segurança - Agressores
O problema maior é sem dúvida as entidades iguais terem procedimentos muito diferentes conforme a zona onde estão!!!
O que mais me choca é entidades que servem para apoiar as vítimas virem depois apresentar números de VD, quando as mesmas têm conhecimento dos casos e não agem em conformidade! Aliás, conheço casos em que depois são questionadas oficialmente e dizem que nunca ouviram falar do caso em questão!
A comunidade está mais alerta e as pessoas já denunciam mais, mas ainda não da forma que deviam.
Não há casos ideais nem iguais. Lembro-me sempre de uma vítima mortal que recorreu a familiares, forças policiais e outras entidades, mas que não quis sair da sua casa,pois achava que nunca lhe fariam mal!
O que mais me choca é entidades que servem para apoiar as vítimas virem depois apresentar números de VD, quando as mesmas têm conhecimento dos casos e não agem em conformidade! Aliás, conheço casos em que depois são questionadas oficialmente e dizem que nunca ouviram falar do caso em questão!
A comunidade está mais alerta e as pessoas já denunciam mais, mas ainda não da forma que deviam.
Não há casos ideais nem iguais. Lembro-me sempre de uma vítima mortal que recorreu a familiares, forças policiais e outras entidades, mas que não quis sair da sua casa,pois achava que nunca lhe fariam mal!
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Re: FENÓMENO "VIOLÊNCIA DOMESTICA" - Vítimas - Forças de segurança - Agressores
Na minha opinião, o fenómeno "violência doméstica" devia ser discutido sem tabus. Todos sabemos que atravessa toda a sociedade em geral, seja na classe alta ou da média/baixa.
A uniformidade de procedimentos, como já alguém disse, perde-se de distrito para distrito. As Instituições cada uma com a sua "política" de contenção ou não, disponibilizam profissionais por vezes já quando o calor da ocorrência passou.
Em regra geral, independentemente da hora, são os patrulheiros a fazer face à primeira abordagem ao crime de violência doméstica. São os primeiros a fazer a avaliação dos factos e de toda a área circundante que rodeia aquele ato. É certo que se criam mecanismos para uma avaliação mais pormenorizada possível, para que a parceria entre organismos possa funcionar. Só que é aqui por vezes, que a "máquina encalha". Comunicam-se factos, e transparece a ideia, que o setor que acabou de tomar conhecimento nada faz.
Outro pormenor é o acumular das funções dos patrulheiros, dependendo da área, estes tem de avaliar, notificar, elaborar expediente (auto) e em alguns dos casos deter e apresentar a juízo sem que existam auxiliares.
Eu sei que atualmente se pede esforços redobrados aos profissionais, dado aos últimos acontecimentos e ao alarme social que este fenómeno está a ter no seio da sociedade, mas também é verdade que a formação peca por tardia.
Por outro lado, também se podia contar com a colaboração dos vizinhos ou familiares no sentido de alertar eventuais focos desestabilizadores. Mas do momento que é dado conhecimento (inicio do processo) até á decisão de direito, leva tempo demais. Tempo que seria fulcral para auxiliar e encaminhar a vítima.
Portanto, em jeito de conclusão, as Instituições deviam criar mecanismos que permitissem uma maior agilidade. Logo que tomassem conhecimento de um caso. Não devia demorar mais do que dois dias a sua resolução.
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Re: FENÓMENO "VIOLÊNCIA DOMESTICA" - Vítimas - Forças de segurança - Agressores
Pelo que posso ler no tópico em epígrafe, depreendo que ainda há muita coisa a fazer...
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Re: FENÓMENO "VIOLÊNCIA DOMESTICA" - Vítimas - Forças de segurança - Agressores
Violência em casa já matou 40 mulheres
Só esta semana duas mulheres morreram às mãos dos companheiros, totalizando 40 este ano, pelas contas do JN. Associações pedem penas mais duras para os agressores em vez de tirar vítimas de casa.
O número de mulheres mortas em contexto de violência de intimidade voltou a aumentar este ano. Os números do relatório anual do Observatório das Mulheres Assassinadas vão ser apresentados terça-feira e, embora sem querer divulgar antecipadamente o número total, Elisabete Brasil confirmou, ao JN, que em novembro já ultrapassava as 37 que o observatório da UMAR-União de Mulheres Alternativa e Resposta contabilizou como total do ano passado. As contas do JN apontam para 40 vítimas mortais até agora.
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