Prevenção do suicidio nas FS revista

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Mensagem por иuησ Ter 17 Nov 2015, 02:04

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Mensagem por иuησ Ter 17 Nov 2015, 02:42

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Mensagem por Croco Qui 19 Nov 2015, 19:39

MAI pede a sindicatos contibutos para prevenir suicídios na PSP e GNR

Vai ser revisto o plano de prevenção do suicídio nas forças de segurança
há 1 hora    Redação / DC

O Ministério da Administração Interna (MAI) indicou esta quinta-feira que vai pedir o contributo das associações socioprofissionais da GNR e dos sindicatos da PSP, para a revisão do plano de prevenção do suicídio nas forças de segurança.

Em comunicado, o MAI refere que se realizou esta quinta-feira a primeira reunião do grupo de trabalho para a revisão do plano de prevenção do suicídio nas forças de segurança, criado na passada sexta-feira, após um encontro com o comandante-geral da GNR e o diretor nacional da PSP, devido às ocorrências de suicídio nas duas polícias, durante o ano de 2015.

Segundo o MAI, na reunião foi definida a metodologia, plano de ação e calendário a cumprir pelo grupo de trabalho que vai rever o atual plano de prevenção do suicídio, existente desde 2007.

A revisão do plano tem como objetivo reforçar “as políticas ativas de prevenção das práticas suicidas, bem como a sua justa adequação ao contexto atual”, refere o MAI, acrescentando que a PSP, GNR e Ministério da Saúde devem apresentar, no prazo de uma semana, uma primeira avaliação individual acerca do plano de prevenção em vigor e propor medidas.

No comunicado, o Ministério da Administração Interna refere ainda que vai solicitar também o contributo das associações socioprofissionais da GNR e sindicatos da PSP.

Este ano suicidaram-se sete agentes da PSP e seis militares da GNR.
http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/19-11-2015/mai-pede-a-sindicatos-contibutos-para-prevenir-suicidios-na-psp-e-gnr
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Mensagem por jose alho Qui 19 Nov 2015, 23:09

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Mensagem por иuησ Qui 19 Nov 2015, 23:36

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Mensagem por Pinto da Costa Sex 20 Nov 2015, 11:08

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Mensagem por CARI2013 Sex 20 Nov 2015, 12:13

As instituições  militares ou de natureza militar, de um modo geral, não possuem nos seus quadros  psicólogo ou até mesmo, um sector de psicologia que actuem no terreno ou, ainda, que tenham autonomia própria para propor ao militar algum tipo de tratamento ou suporte clínico ou, ainda, algum trabalho preventivo para conter os sintomas mais latentes no início do aparecimento destes. Essa assistência ocorre, na maior parte das vezes, apenas quando a iniciativa de acompanhamento psicológico parte  do próprio militar, o que dificilmente ocorre devido à preocupação do mesmo com a postura dos demais militares ou quando o militar se envolve em alguma ocorrência ( profissional ou pessoal) e passa a demonstrar problemas decorrentes desta. Diante disso, o militar é afastado de suas funções por determinado período ( baixa psiquiátrica) para que seja possível a realização de uma avaliação mais detalhada de seu quadro clínico e psicológico. Porém, esse procedimento é, muitas vezes,  considerado pelo militar como uma punição, ou até mesmo como sinal de fraqueza. Por isso, não é difícil percebe-se que, dentro de um quadro esvaziado de motivações profissionais,  em que os sacrifícios dos militares não são devidamente reconhecidos e em que  não existem medidas preventivas ou políticas públicas efectivas e eficazes - que proponham uma melhor estruturação das acções que objectivam a melhoria da qualidade de vida dos militares - , o suicido tenda a aumentar no seio destes grupos de profissionais.
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Mensagem por Croco Sex 20 Nov 2015, 20:03

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Mensagem por CEC91 Sex 20 Nov 2015, 23:04

"Números" é o que nós somos!!!!!!
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Mensagem por CARI2013 Ter 24 Nov 2015, 12:17

http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2013/12/Suicidio-FINAL-revisao61.pdf
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Mensagem por dragao Ter 24 Nov 2015, 18:26

[size=46]PSP e GNR realizam inquérito para apurar causas de suicídio de agentes[/size]

O objetivo é apurar as razões que estarão na origem do aumento do número de suicídios nas suas fileiras.

Na sequência das várias mortes, por suícidio, que se tem registado entre agentes da PSP e GNR, estas duas forças policiais vão lançar até ao final do ano um inquérito ao qual devem responder todos os seus elementos.
A medida foi decidida numa reunião esta segunda-feira. Mário Andrade, presidente do Sindicato dos Profissionais de Polícia, revelou que até dia "3 de dezembro temos de apresentar sugestões de questões a incluir nesse inquérito a que todos os agentes responderão através do portal social da PSP" na internet.
Entre as medidas faladas ponderou-se também a possibilidade de uma melhor triagem nos testes psicológicos aquando do ingresso dos novos agentes.
Para José Alho, presidente da Associação Sócio-Profissional Independente da Guarda, a ideia de se lançar um inquérito nacional "não terá resultados". Na sua opinião o mais importante era "acabar com a avaliação anual aos guardas cujos critérios são perversos e pressionam o dia-a-dia dos profissionais" e passara tratar os militares da GNR "como pessoas".
Lembre-se que este ano já morreram 12 elementos da GNR e da PSP.
http://www.noticiasaominuto.com/pais/492348/psp-e-gnr-realizam-inquerito-para-apurar-causas-de-suicidio-de-agentes
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Mensagem por Carango Qua 25 Nov 2015, 13:47

Quando eu vir um CMDT seja de que categoria seja e chame todos os militares um a um e pergunte se está tudo bem é de louvar, agora nunca vi...só para dar "\'\'Auto-removido\'\'@s" (sei que existe casos excepcionais de Comandantes(verdadeiros lideres) e esses sim é de louvar)

Tudo têm de começar por alguém ou algum lado, desde camaradas, chefias e depois sim reencaminha-los para os psicólogos da Guarda ou mesmo fora. 
Não se vê nada disso, só querem números atrás de números, regras atrás de regras, e os militares fazem, mas fazem em números de suicídios infelizmente....

Cada vez mais esta Guarda me deixa deprimido...
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Mensagem por APG/GNR Qua 25 Nov 2015, 21:26

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Mensagem por Pinto da Costa Qua 25 Nov 2015, 21:46

Números e mais números, e peças e mais peças, é como somos tratados, quando deixarem de tratar desta forma talvez isto comece a ter um caminho militar
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Mensagem por Croco Qua 25 Nov 2015, 21:59

Hoje no programa da RTP1 -A Praça
VÍDEO a partir 28:40 http://www.rtp.pt/play/p1983/e214978/a-praca/468827
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Mensagem por dragao Qua 25 Nov 2015, 22:03

Na minha modesta opinião, este caso é muito sensível e não se pode resolver apenas com os especialistas na matéria. Carece de outras intervenções profundas, quer no ambiente familiar, quer no trabalho. O estado socio económico também contribui para a decadência do estado de espirito. Daí eu dizer que deve haver empenho por todos aqueles que vivem e convivem de perto com os  camaradas que apresentam sinais de alteração comportamental. 
Acredito que com um vencimento e horário condigno, bom ambiente no local de trabalho e familiar, ajudaria a colmatar parte do drama que nos atravessa com tanta frequência.
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Mensagem por Pinto da Costa Qui 26 Nov 2015, 12:19

Acredito que com um vencimento e horário condigno, bom ambiente no local de trabalho e familiar, ajudaria a colmatar parte do drama que nos atravessa com tanta frequência. militar
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Mensagem por CARI2013 Qui 26 Nov 2015, 13:06

Croco escreveu:Hoje no programa da RTP1 -A Praça
VÍDEO a partir 28:40 http://www.rtp.pt/play/p1983/e214978/a-praca/468827
Tudo realidades identificadas. Resta, agora, tomar medidas adequadas e derrubar os "muros da vergonha". Todos os profissionais (GNR/PSP) devem intervir no sentido de diminuir ou erradicar o problema do suicídio nas forças de segurança.
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Mensagem por joao carlos rua Qui 26 Nov 2015, 14:19

Todos os profissionais (GNR/PSP) devem intervir no sentido de diminuir ou erradicar o problema do suicídio nas forças de segurança. Cari 2013.

Isto é do Papa Francisco ou do ex- MAI.
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Mensagem por Xichas Qui 26 Nov 2015, 22:38

"Todos os profissionais (GNR/PSP) devem intervir no sentido de diminuir ou erradicar o problema do suicídio nas forças de segurança."

Desculpem lá o desabafo mas este comentário faz crer que é culpa de todos nós o problema do suicido na instituição,  os baixos salários, as distancias de casa, o "burnout" psicológico em que se encontram 60% dos efectivos, as crescentes exigências em termos burocráticos e desresponsabilização da hierarquia  e responsabilização exagerada sobre quem está  no fundo da pirâmide....
Está em vias de extinção a figura de comandante tal qual ela me foi incutida no serviço militar e posteriormente nesta nobre instituição, em que a hierarquia de cima para baixo se limitam a ser meros retransmissores das ordens, cujo  exemplo mais gritante passa pelo próprio email em que a hierarquia não faz mais do que serem "spammers" e reenviam desenfreadamente até ao fundo da pirâmide emails a magotes sem sequer se darem ao trabalho de os avaliarem úteis para quem os recebe, revelando um medo de serem responsabilizados...
Este é o estado em que estamos, valoriza-se a progressão profissional e financeira deixando-se o lado humano para trás...
Qual a percentagem de sargentos e oficiais se suicidaram em dez anos a esta parte??? Ao saber essa percentagem certamente que nos levará inevitavelmente  a tirar conclusões inconvenientes...
Combater o suicídio quando militar já está nessa situação é mais difícil de obter sucesso e absorve muitos mais recursos do que prevenir na origem do problema...
Para mim na origem do problema existem vários factores nomeadamente problemas de volume de trabalho, maus salários, horas de serviço, condições  de salubridade nas deslocações para o trabalho e esforço extra tempo de trabalho para cumprimento das obrigações laborais, deterioração dos laços e relações familiares, entre muitos outros sobre os quais não me vou alongar muito para não parecer um sindicalista... Para mim o que é preciso são chefias que deixem o carreirismo de parte e passem a tentar valorizar figura do Guarda e desta nossa nobre e centenária instituição, pela sua importância e dignidade que merece perante o poder politico... Pois quando entrei nesta instituição diziam-me no curso que cabia a nós acabar com a triste figura do guarda gordo e de bigode com nódoas de vinho na camisa... e assim acho que o fizemos mas no fundo quebrámos com  essa imagem mas acabámos por ficar com outra imagem menos boa, provocada pelas causas já enumeradas acima... somos vistos pelas populações como pessoas que nos sujeitamos a condições deploráveis quer a nível de condições materiais no desempenho das nossa funções,  quer a nível de vencimentos e cargas horárias, levando a concluir que nos sujeitamos a isso porque não prestamos para mais nada, a não ser colocarmos em risco a nossa vida para conseguirmos por pão na mesa...
De cima para baixo é fácil exigir a outros mudanças de comportamento. E quem exige? O que já fez consoante as suas competências para mudar a situação?
Acho importante que se questionem seriamente, com ética e competência e vontade real de fazer algo pela situação... Teço este comentário de forma construtiva na esperança de quem achar que é para si tenha a humildade de se reconhecer e auto analisar-se  nas suas acções  e inacções...

Abraço a todos


Última edição por Xichas em Qui 26 Nov 2015, 23:31, editado 3 vez(es)
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Mensagem por CARI2013 Qui 26 Nov 2015, 23:11

«Um famosos general mongol havia conquistado com as suas tropas uma extensa região da Ásia Central. Seus soldados estavam agora exaustos e saudosos do lar, mas o general desejava prosseguir e capturar a grande cidade de Samarkhan, defendida por um exército cinco vezes maior do que o seu. Ele tinha certeza de que poderiam vencer, mas seus homens estavam relutantes.
O general convocou-os então e juntos erigiram um altar, no qual rezaram pedindo inspiração aos deuses. No final da cerimônia, o general tomou uma grande moeda de ouro e disse que iria lançá-la ao ar para ver o que os deuses determinariam. Se caísse com a cara para cima, seria sinal de que os soldados obteriam uma vitória estrondosa.
A moeda caiu com a cara para cima e, inspirados pelos deuses, os soldados avançaram e conquistaram com facilidade a cidade.
Após a batalha, um dos soldados comentou com o general:
- Quando nos mostram que os deuses estão conosco, nada pode alterar nosso destino!
O general concordou com uma risada e mostrou ao soldado a moeda que tinha cara em ambas as faces
História Chinesa 
Do livro: Histórias da Alma, Histórias do Coração 
Christina Feldman e Jack Kornfield - Editora Pioneira
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Mensagem por APG/GNR Sex 27 Nov 2015, 11:40

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Mensagem por Croco Sex 27 Nov 2015, 21:05

Há morte na esquadra
27.11.2015 às 13h54
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Este ano, 15 polícias e guardas decidiram acabar com a própria vida. Mais do dobro de 2014. Medidas de urgência estão a ser equacionadas para combater a onda de mortes na esquadra
Dois dias antes de se matar com a arma de serviço, a 300 metros da esquadra de Águas Santas, na Maia, Ana Paula escreveu uma carta de despedida. A agente, de 38 anos, fez o que é raro numa mulher: apontou para o coração e disparou. Na mensagem, partilhou o que a magoava e explicou o que pretendia: não queria fardas no funeral e não se terá se esquecido de destinar as prendas de Natal das duas filhas.

Ana Paula suicidou-se na noite de 11 novembro, nos arredores da esquadra. O terceiro elemento da PSP a matar-se em menos de uma semana, escolheu, como na esmagadora maioria dos casos nas forças de segurança, a arma de serviço que a acompanhava 24 horas por dia, para concretizar, com eficácia, a decisão sem retorno.

Ninguém sabe ao certo o que levou a agente, treinada para lidar com situações de conflito, a virar a arma contra si mesma. Mãe de duas raparigas, uma com oito anos, outra com seis, acredita-se na corporação que o motivo terá sido passional, mas o aviso de que não queria fardas no enterro também pode indiciar mal-estar com a profissão.
Vivia em Rio Tinto, estava a passar por um divórcio e, segundo fonte próxima da corporação, quis reatar com o ex-marido, que terá resistido à reconciliação. Mas foi ele, também polícia na mesma esquadra, que foi chamado à ocorrência, sem saber a identidade do corpo. Colegas de profissão no anonimato disseram ao Expresso que a carta revela que a decisão de Ana Paula não resultou de um momento de desespero, “antes revela determinação e preparação”.

A única mulher das forças de segurança a cometer suicídio este ano é uma das 15 histórias que, até agora, entre PSP, GNR e guardas prisionais, mancham de negro o ano de 2015. E sobretudo em novembro, quando se verificaram quatro suicídios na PSP e três na GNR. Num mês, morreram mais agentes do que em todo o ano passado. Em Espanha, país com cinco vezes mais população, suicidam-se em média 14 agentes da Guarda Civil a cada ano. Em Portugal, última morte aconteceu há três dias: um agente de 26 anos da Unidade de Intervenção da Guarda, força de elite da GNR, tirou a própria vida à porta do serviço.

A situação é de tal forma preocupante que o Ministério da Administração Interna (MAI) deu 30 dias para se tentar resolver o problema. Prazo que acaba esta segunda-feira, quando deveriam ser apresentadas medidas concretas de combate. Mas o prazo deverá ser alargado devido à mudança de Governo e por terem sido pedidos os contributos dos sindicatos. Mas, para já e poucos dias depois da criação do grupo de trabalho, com representantes da PSP, GNR, MAI e do Ministério da Saúde, foi anunciado que o Plano de Prevenção do Suicídio nas Forças de Segurança será revisto e reforçado. E há cerca de dois meses, vários agentes da PSP são chamados a fazer rastreios psicológicos.

Restringir o porte da arma de serviço?
Num e-mail enviado há duas semanas aos 23 mil efetivos, o diretor nacional da PSP reconheceu a gravidade do problema. Luís Farinha assumiu que a polícia “foi fustigada, nos últimos dias, por vários suicídios de elementos policiais” e reconheceu o falhanço da estratégia de prevenção e combate em vigor. “Não obstante os meios e mecanismos existentes e acessíveis a todos os polícias e das 10.500 consultas de avaliação psicológica já realizadas, verifica-se que infelizmente continuam a ocorrer suicídios entre a família policial.” As medidas, contudo, terão sabido a pouco: a intenção de contratar mais psicólogos e, sobretudo, a intenção de que agentes com formação em Psicologia sejam convidados, a título voluntário, a prestar apoio aos colegas fragilizados.

Problemas económicos, afastamento de casa e, sobretudo, a desagregação familiar são os principais motivos apontados para os suicídios. Mas determinante é o porte permanente da arma de serviço. Rui Abrunhosa, professor da Universidade do Minho, recorda que “para cometer um suicídio é o motivo mas também o meio e os polícias têm-no”. Por isso, defende que a avaliação psicológica ocorra diariamente, em reuniões de fim de turno, permitindo aos efetivos descomprimir da tensão e preparando a saída do posto de trabalho.

“Praticamente a totalidade dos suicídios é cometida com a arma de serviço, colocando a questão sobre os procedimentos a adotar quanto à restrição do porte de arma perante vulnerabilidades psíquicas que possam indiciar elevado risco de suicídio. Mas esta matéria é complexa, já que a restrição pode ser interpretada como vexatória ou de desqualificação da função de polícia”, considera Carlos Braz Saraiva, psiquiatra que participou na elaboração do Plano Nacional de Prevenção do Suicídio.

Paulo Rodrigues, presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), explica que existe um fosso entre a administração e os problemas dos polícias, o que, diz, “desencadeia desmotivação, revolta ou desespero, agravando o mal-estar de quem já está fragilizado por razões pessoais ou financeiras”. Antes mesmo de ser chamada, a ASPP já ultimava um documento para entregar à tutela, em que o destaque será a reivindicação de inspeções de Higiene, Saúde e Segurança no trabalho.
A exaustão de despir a farda
As explicações variam. O porta-voz da PSP, Paulo Flor, reconhece que as últimas semanas foram “fatídicas” e sublinha o fenómeno da imitação nos casos mais recentes: “Nem tudo pode ser imputado ao mimetismo, mas não podemos descurar as consequências deste mediatismo que extravasa a nossa capacidade de controlar as variantes externas que influem e muito nas consequências finais.”

A GNR é a segunda instituição mais afetada, tendo perdido seis guardas este ano. Com 22.500 militares no ativo, é justamente aos números que recorre a explicação sindical para muitos dos problemas sentidos na força militar. “O quadro orgânico é de 23.038 elementos, pelo que o défice de efetivos é evidente, com consequências no excesso de trabalho”, explica César Nogueira, presidente da Associação dos Profissionais da Guarda.

Um estudo do sindicato constatou que perante a pergunta “alguma vez pensou procurar ajuda psicológica ou psiquiátrica por questões relacionadas com a profissão?”, 41,5% dos inquiridos responderam que sim e 19% reconheceram ter procurado este apoio. Mas, acrescenta César Nogueira, “dificilmente um profissional da GNR que se esteja a sentir afetado pelo stresse crónico irá dirigir-se à instituição.”

Apesar das especificidades, é unânime às forças de segurança a falta de informação sobre quantas serão as baixas psiquiátricas apresentadas pelos efetivos. Questionadas pelo Expresso, não foram capazes de avançar com números.

“Este é um problema que não se conseguirá resolver porque é inerente à profissão”, acredita um agente de investigação criminal da PSP, que pede anonimato. Sublinha a dureza dos turnos de oito horas nas patrulhas, em que pode enfrentar quatro ou cinco ocorrências, marcadas por picos de stresse. “Quando o turno acaba, despir a farda é simbólico e está-se num estado de exaustão nem sempre é compreendido por quem vive connosco.” Explica ainda que pede sigilo porque “quem fala é punido com dias de multa, descontados no vencimento, e atrasa as promoções”.

Há cinco anos na PSP, casado com uma militar, acredita que os elementos mais frágeis deveriam ser afastados na formação: “Na escola é possível perceber se uma pessoa tem tendência depressiva.” Fala por experiência própria, depois de ter conhecido um colega com estas características que chegou a polícia e se suicidou na esquadra em que trabalhava. A posição da instituição é outra. O porta-voz da PSP diz que “é dada particular atenção aos novos elementos durante os cursos de formação e no primeiro ano de serviço”.

Este não é um trabalho fácil
Este ano, um dos quatro mil guardas prisionais cometeu suicídio à noite, sozinho na torre de vigia. Um número baixo que espanta Jorge Alves, presidente do Sindicato dos Guardas Prisionais: “É estranho, considerando os turnos de 24 horas, em que ficamos fechados em estabelecimentos prisionais cada vez mais sobrelotados.” A inexistência de apoio psicológico e a não inclusão desta categoria profissional no plano de prevenção são outros motivos de descontentamento.

Quem ainda se tem mantido à margem da onda de suicídios é a Polícia Judiciária, há cinco anos sem nenhum incidente entre os 1335 efetivos. Apesar da ausência de registos, a Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal alerta para a inexistência de um plano preventivo ou de apoio psicossocial. Salários mais altos e menor exposição pelo não uso de farda serão respostas para os resultados mais positivos.

António Pereira foi baleado numa ação do corpo de elite da GNR faz 13 anos. Ficou incapacitado de um braço e passou à retaguarda. Algum tempo depois, perdeu a mulher para um cancro e ficou sozinho com uma filha menor. Colega do último homem da Guarda que se suicidou, diz que foi o espírito de grupo que o ajudou a suportar e defende que “é mais difícil viver do que morrer”.
Mas nem todos têm a mesma resistência. Há 15 anos na PSP, uma agente do sexo feminino que não quer ser identificada diz que já por mais de uma vez pensou matar-se, à noite na esquadra. Quando começou não a avisaram do que a esperava. Distante da família, do filho então com cinco anos, pensou desistir, mas a necessidade de estabilidade no trabalho agarrou-a à farda. “Entrei muitas vezes em depressão, vi um colega suicidar-se perto da esquadra, tomei comprimidos para dormir. Este não é um trabalho fácil.”

Suicídios nas forças de segurança em 2015
Janeiro, homem, 50 anos, Portalegre
GNR, arma de fogo, em casa
Abril, homem, 48 anos, Faro
PSP, arma de fogo, local de serviço
Maio, homem, 37 anos, Barcelos
PSP, arma de fogo, local de serviço
Junho, homem, 46 anos, Faro
GNR, arma de fogo, na praia
Agosto, homem, 37 anos, Santarém
GNR, arma de fogo, automóvel pessoal
Agosto, homem, 36 anos, Lisboa
PSP, arma de fogo, local de serviço
Agosto, homem, 36 anos, Alcoentre
Guarda prisional, arma de fogo, local de serviço
Outubro, homem, 56 anos, Lisboa
PSP, arma de fogo, em casa
Novembro, homem, 42 anos, Tomar
PSP, arma de fogo, imediações do serviço
Novembro, homem, 49 anos, Lisboa
PSP, arma de fogo, local de trabalho
Novembro, mulher, 38 anos, Maia
PSP, arma de fogo, imediações do serviço
Novembro, homem, 53 anos, Lisboa
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Novembro, homem, 39 anos, Torres Vedras
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Mensagem por Carango Sex 27 Nov 2015, 21:54

Croco escreveu:Há morte na esquadra
27.11.2015 às 13h54
Prevenção do suicidio nas FS revista 16iayxz
Este ano, 15 polícias e guardas decidiram acabar com a própria vida. Mais do dobro de 2014. Medidas de urgência estão a ser equacionadas para combater a onda de mortes na esquadra
Dois dias antes de se matar com a arma de serviço, a 300 metros da esquadra de Águas Santas, na Maia, Ana Paula escreveu uma carta de despedida. A agente, de 38 anos, fez o que é raro numa mulher: apontou para o coração e disparou. Na mensagem, partilhou o que a magoava e explicou o que pretendia: não queria fardas no funeral e não se terá se esquecido de destinar as prendas de Natal das duas filhas.

Ana Paula suicidou-se na noite de 11 novembro, nos arredores da esquadra. O terceiro elemento da PSP a matar-se em menos de uma semana, escolheu, como na esmagadora maioria dos casos nas forças de segurança, a arma de serviço que a acompanhava 24 horas por dia, para concretizar, com eficácia, a decisão sem retorno.

Ninguém sabe ao certo o que levou a agente, treinada para lidar com situações de conflito, a virar a arma contra si mesma. Mãe de duas raparigas, uma com oito anos, outra com seis, acredita-se na corporação que o motivo terá sido passional, mas o aviso de que não queria fardas no enterro também pode indiciar mal-estar com a profissão.
Vivia em Rio Tinto, estava a passar por um divórcio e, segundo fonte próxima da corporação, quis reatar com o ex-marido, que terá resistido à reconciliação. Mas foi ele, também polícia na mesma esquadra, que foi chamado à ocorrência, sem saber a identidade do corpo. Colegas de profissão no anonimato disseram ao Expresso que a carta revela que a decisão de Ana Paula não resultou de um momento de desespero, “antes revela determinação e preparação”.

A única mulher das forças de segurança a cometer suicídio este ano é uma das 15 histórias que, até agora, entre PSP, GNR e guardas prisionais, mancham de negro o ano de 2015. E sobretudo em novembro, quando se verificaram quatro suicídios na PSP e três na GNR. Num mês, morreram mais agentes do que em todo o ano passado. Em Espanha, país com cinco vezes mais população, suicidam-se em média 14 agentes da Guarda Civil a cada ano. Em Portugal, última morte aconteceu há três dias: um agente de 26 anos da Unidade de Intervenção da Guarda, força de elite da GNR, tirou a própria vida à porta do serviço.

A situação é de tal forma preocupante que o Ministério da Administração Interna (MAI) deu 30 dias para se tentar resolver o problema. Prazo que acaba esta segunda-feira, quando deveriam ser apresentadas medidas concretas de combate. Mas o prazo deverá ser alargado devido à mudança de Governo e por terem sido pedidos os contributos dos sindicatos. Mas, para já e poucos dias depois da criação do grupo de trabalho, com representantes da PSP, GNR, MAI e do Ministério da Saúde, foi anunciado que o Plano de Prevenção do Suicídio nas Forças de Segurança será revisto e reforçado. E há cerca de dois meses, vários agentes da PSP são chamados a fazer rastreios psicológicos.

Restringir o porte da arma de serviço?
Num e-mail enviado há duas semanas aos 23 mil efetivos, o diretor nacional da PSP reconheceu a gravidade do problema. Luís Farinha assumiu que a polícia “foi fustigada, nos últimos dias, por vários suicídios de elementos policiais” e reconheceu o falhanço da estratégia de prevenção e combate em vigor. “Não obstante os meios e mecanismos existentes e acessíveis a todos os polícias e das 10.500 consultas de avaliação psicológica já realizadas, verifica-se que infelizmente continuam a ocorrer suicídios entre a família policial.” As medidas, contudo, terão sabido a pouco: a intenção de contratar mais psicólogos e, sobretudo, a intenção de que agentes com formação em Psicologia sejam convidados, a título voluntário, a prestar apoio aos colegas fragilizados.

Problemas económicos, afastamento de casa e, sobretudo, a desagregação familiar são os principais motivos apontados para os suicídios. Mas determinante é o porte permanente da arma de serviço. Rui Abrunhosa, professor da Universidade do Minho, recorda que “para cometer um suicídio é o motivo mas também o meio e os polícias têm-no”. Por isso, defende que a avaliação psicológica ocorra diariamente, em reuniões de fim de turno, permitindo aos efetivos descomprimir da tensão e preparando a saída do posto de trabalho.

“Praticamente a totalidade dos suicídios é cometida com a arma de serviço, colocando a questão sobre os procedimentos a adotar quanto à restrição do porte de arma perante vulnerabilidades psíquicas que possam indiciar elevado risco de suicídio. Mas esta matéria é complexa, já que a restrição pode ser interpretada como vexatória ou de desqualificação da função de polícia”, considera Carlos Braz Saraiva, psiquiatra que participou na elaboração do Plano Nacional de Prevenção do Suicídio.

Paulo Rodrigues, presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), explica que existe um fosso entre a administração e os problemas dos polícias, o que, diz, “desencadeia desmotivação, revolta ou desespero, agravando o mal-estar de quem já está fragilizado por razões pessoais ou financeiras”. Antes mesmo de ser chamada, a ASPP já ultimava um documento para entregar à tutela, em que o destaque será a reivindicação de inspeções de Higiene, Saúde e Segurança no trabalho.
A exaustão de despir a farda
As explicações variam. O porta-voz da PSP, Paulo Flor, reconhece que as últimas semanas foram “fatídicas” e sublinha o fenómeno da imitação nos casos mais recentes: “Nem tudo pode ser imputado ao mimetismo, mas não podemos descurar as consequências deste mediatismo que extravasa a nossa capacidade de controlar as variantes externas que influem e muito nas consequências finais.”

A GNR é a segunda instituição mais afetada, tendo perdido seis guardas este ano. Com 22.500 militares no ativo, é justamente aos números que recorre a explicação sindical para muitos dos problemas sentidos na força militar. “O quadro orgânico é de 23.038 elementos, pelo que o défice de efetivos é evidente, com consequências no excesso de trabalho”, explica César Nogueira, presidente da Associação dos Profissionais da Guarda.

Um estudo do sindicato constatou que perante a pergunta “alguma vez pensou procurar ajuda psicológica ou psiquiátrica por questões relacionadas com a profissão?”, 41,5% dos inquiridos responderam que sim e 19% reconheceram ter procurado este apoio. Mas, acrescenta César Nogueira, “dificilmente um profissional da GNR que se esteja a sentir afetado pelo stresse crónico irá dirigir-se à instituição.”

Apesar das especificidades, é unânime às forças de segurança a falta de informação sobre quantas serão as baixas psiquiátricas apresentadas pelos efetivos. Questionadas pelo Expresso, não foram capazes de avançar com números.

“Este é um problema que não se conseguirá resolver porque é inerente à profissão”, acredita um agente de investigação criminal da PSP, que pede anonimato. Sublinha a dureza dos turnos de oito horas nas patrulhas, em que pode enfrentar quatro ou cinco ocorrências, marcadas por picos de stresse. “Quando o turno acaba, despir a farda é simbólico e está-se num estado de exaustão nem sempre é compreendido por quem vive connosco.” Explica ainda que pede sigilo porque “quem fala é punido com dias de multa, descontados no vencimento, e atrasa as promoções”.

Há cinco anos na PSP, casado com uma militar, acredita que os elementos mais frágeis deveriam ser afastados na formação: “Na escola é possível perceber se uma pessoa tem tendência depressiva.” Fala por experiência própria, depois de ter conhecido um colega com estas características que chegou a polícia e se suicidou na esquadra em que trabalhava. A posição da instituição é outra. O porta-voz da PSP diz que “é dada particular atenção aos novos elementos durante os cursos de formação e no primeiro ano de serviço”.

Este não é um trabalho fácil
Este ano, um dos quatro mil guardas prisionais cometeu suicídio à noite, sozinho na torre de vigia. Um número baixo que espanta Jorge Alves, presidente do Sindicato dos Guardas Prisionais: “É estranho, considerando os turnos de 24 horas, em que ficamos fechados em estabelecimentos prisionais cada vez mais sobrelotados.” A inexistência de apoio psicológico e a não inclusão desta categoria profissional no plano de prevenção são outros motivos de descontentamento.

Quem ainda se tem mantido à margem da onda de suicídios é a Polícia Judiciária, há cinco anos sem nenhum incidente entre os 1335 efetivos. Apesar da ausência de registos, a Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal alerta para a inexistência de um plano preventivo ou de apoio psicossocial. Salários mais altos e menor exposição pelo não uso de farda serão respostas para os resultados mais positivos.

António Pereira foi baleado numa ação do corpo de elite da GNR faz 13 anos. Ficou incapacitado de um braço e passou à retaguarda. Algum tempo depois, perdeu a mulher para um cancro e ficou sozinho com uma filha menor. Colega do último homem da Guarda que se suicidou, diz que foi o espírito de grupo que o ajudou a suportar e defende que “é mais difícil viver do que morrer”.
Mas nem todos têm a mesma resistência. Há 15 anos na PSP, uma agente do sexo feminino que não quer ser identificada diz que já por mais de uma vez pensou matar-se, à noite na esquadra. Quando começou não a avisaram do que a esperava. Distante da família, do filho então com cinco anos, pensou desistir, mas a necessidade de estabilidade no trabalho agarrou-a à farda. “Entrei muitas vezes em depressão, vi um colega suicidar-se perto da esquadra, tomei comprimidos para dormir. Este não é um trabalho fácil.”

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Mensagem por dragao Sex 27 Nov 2015, 22:24

Faça se uma avaliação responsável e sem demagogias. Respeitem os militares e agentes das forças de segurança. Reconheçam o seu trabalho diário. Permaneçam próximo dos operacionais nas horas boas e também nas mais difíceis. Criem eventos que proporcionem a aproximação entre os militares/agentes. Acabem com as desigualdades na progressão das carreiras. (Ex. Militares a poucos dias do terminus da carreira e a receberem pouco mais de cem euros do que um militar com 10 anos de serviço).
Ao invés das avaliações e criação de grupos, fomente se a amizade e a camaradagem.
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Mensagem por Xichas Sáb 28 Nov 2015, 00:29

Ao ler o artigo "Há morte na esquadra" e as idades dos camaradas falecidos todos têm idades superiores a 36 anos excepto um... o que demonstra desde logo que a idade  conta incluindo o tempo de serviço... há que retirar ilações necessárias...
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Mensagem por CARI2013 Sáb 28 Nov 2015, 12:40

Xichas escreveu:Ao ler o artigo "Há morte na esquadra" e as idades dos camaradas falecidos todos têm idades superiores a 36 anos excepto um... o que demonstra desde logo que a idade  conta incluindo o tempo de serviço... há que retirar ilações necessárias...
A media de 43 anos de idade é aquela em que o militar já tomou consciência dos pós e contras da opção que tomou , vinte anos antes, em termos de carreira profissional e já avaliou as possibilidades de ascender na carreira , o prestigio da instituição a que pertence , como é visto pelos seus pares, como é reconhecido pela sociedade civil, os danos provocados no cônjuge - causados pelo afastamento-, as "marcas" deixadas na formação e crescimento dos filhos -devido ao afastamento geográfico dos mesmos à sua disponibilidade permanente para com a instituição-, a escassez de rendimento do trabalho para fazer face às despesas de um agregado familiar que, entretanto, cresceu, a dificuldade de explicar aos constituintes do agregado familiar, família e amigos porque razão é apenas Guarda, ao invés de ser Sargento, ou oficial ,como o são alguns amigos de infância e conhecidos ou mesmo familiares, etc...
Temo que o Natal de 2015, seja marcado por mais suicídios....


Última edição por CARI2013 em Sáb 28 Nov 2015, 15:56, editado 1 vez(es)
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Mensagem por CEC91 Sáb 28 Nov 2015, 13:16

Xichas escreveu:Ao ler o artigo "Há morte na esquadra" e as idades dos camaradas falecidos todos têm idades superiores a 36 anos excepto um... o que demonstra desde logo que a idade  conta incluindo o tempo de serviço... há que retirar ilações necessárias...
 Os nossos co"mandantes" devem ser os únicos que ainda não repararam nesse factor!!!
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Mensagem por Croco Qua 02 Dez 2015, 19:11

Diário de Notícias
Quarta, 2 de Dezembro de 2015
Opinião
Terrorismo Silencioso”, chamado SUICÍDIO


  Adelino Camacho, Secretário Nacional e Coordenador Regional da ASPP/PSP – Madeira

Prevenção do suicidio nas FS revista 13_ADELINO_OLIVEIRA_CAMACHO

 
De forma simplificada o Primeiro-ministro francês Manuel Valls recentemente declarou que a França está em guerra contra o terrorismo.

 Lembrei-me desta declaração face ao medo, ao pavor, e ao ódio religioso que existe neste momento nas capitais europeias, mas não consigo deixar também de pensar no que está a acontecer no seio das duas principais Forças de Segurança em Portugal, nomeadamente na PSP e na GNR, em que no corrente ano e até a presente data, catorze (14) elementos policiais já puseram termo a vida, por SUICÍDIO.

Voltamos nós, com a devida justificação pela teimosia maníaca ao tema, mas é urgente perceber o que leva estes profissionais de polícia, ainda tão jovens (e menos jovens) a tomar uma decisão tão drástica, por isso mesmo a ASPP/PSP/M, tem, obrigatoriamente, de voltar a falar sobre este assunto e desculpem-me novamente “bater” na mesma tecla por razões diversas.

É verdade que não existe comparação possível, mas merece uma atenção, em Paris fomos confrontados com imagens e com cenários de guerra. Nas forças de segurança em Portugal, estamos a ser confrontados com um “terrorismo silencioso”, chamado SUICÍDIO, pelo que nós achamos que o ESTADO PORTUGUÊS, deveria e deve declarar “guerra” a esta epidemia que está a afetar as polícias no seu território.

É neste cenário que, como descrevi, os especialistas defendem que pedir ajuda é o primeiro passo e também o mais importante, mas no momento do desespero, o grito é sempre de silêncio.

A mediatização da nossa atividade, é uma profissão de imenso desgaste sendo do ponto de vista emocional muito exigente. Por vezes são profissionais colocados longe do seio familiar, que são uma fonte de suporte importante e as folgas que têm não permitem visitas frequentes à família. Muitas das vezes trabalham 2 a 3 semanas seguidas para acumular as folgas para poderem estar com os seus parentes. Tudo isto provoca um desgaste enorme e ainda uma desesperança com o sistema que os devia proteger e investir neles, e não o faz.

Mas o medo e a vergonha ocultam a realidade de muitos homens e mulheres que servem as polícias, tendo como principais fatores associados aos suicídios, os problemas pessoais, acumulados com as exigências de uma profissão tão complexa como a que executam, pois existe uma crença em que o Agente tem que ser capaz de resolver tudo, como se fosse infalível e isso dificulta um pedido de ajuda, porque vai assumir ser fraco perante os colegas, perante as chefias, perante a bandeira que jurou defender e também perante os seus familiares.

Nesta situação e num curto espaço de tempo, repito 14 profissionais das duas mais numerosas cooperações policiais puseram termo à vida, daí que para nós estes números assustam e é cada vez mais uma emergência em atuar para prevenir desfechos tão fatais e o suicídio é apenas uma das respostas, a mais extrema de todas.

Já com 2016 no horizonte, a ASPP/PSP - M, assenta o mote pedindo uma atenção redobrada de todos nós e em especial à tutela – Ministério de Administração Interna, exige-se responsabilidade em ir mais além do que está previsto, não sendo suficiente criar um grupo de trabalho constituído por um representante do MAI, um representante da PSP e outro da GNR como solução para o problema. A presença constante e permanente de profissionais (psicólogos) em cada comando não é para nós uma questão de retórica, é uma realidade bem evidente, hoje, uma verdadeira âncora da prestação dos serviços de socorro, e para os quais têm que ser encontradas respostas.

Há, por isso, que inovar na estratégia, arriscar nos objetivos, ousar nos métodos e romper com modelos, que já tiveram tempo de sobra para mostrarem o seu valor e que presentemente são deficitários. É altura de dar o passo em frente, porque os tempos são o que são, não há volta a dar.
http://www.dnoticias.pt/impressa/diario/opiniao/554016-%E2%80%9Cterrorismo-silencioso%E2%80%9D-chamado-suicidio
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Mensagem por Croco Seg 07 Dez 2015, 19:18

psp

Policias pedem linha SOS para prevenir o suicídio
07 de DEZEMBRO de 2015
A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP) considera insuficientes as medidas implementadas na PSP para prevenir o suicídio e já entregou ao governo uma série de propostas para que seja alterado o plano de prevenção nas Forças de Segurança.Prevenção do suicidio nas FS revista Ng5362381Gustavo Bom / Global Imagens
A ASPP propõe, entre várias medidas, que seja criada uma linha telefónica SOS que ajude a identificar situações de risco.
No documento que foi entregue ao governo, a associação defende também uma maior articulação entre os departamentos de psiquiatria e Saúde Mental do Serviço Nacional de Saúde e os gabinetes clínicos da PSP.
A ASPP quer ainda que sejam promovidas ações de formação e de sensibilização para que seja desmitificado o assunto e permitir que os polícias possam alertar para casos de colegas "que estejam em situação de risco".
http://www.tsf.pt/sociedade/seguranca/interior/policias-pedem-linha-sos-para-prevenir-o-suicidio-4919505.html
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Mensagem por jmflince Ter 08 Dez 2015, 10:15

É só grandes palavras... Temos todos os ingredientes necessários para uma receita que ninguém quer provar... Mas alguns teimam em empurrar a sua presa para esta experiência... Sejamos fortes para vencer esta guerra que não tem um rosto inimigo mas as vitimas somos nós.
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Mensagem por иuησ Ter 08 Dez 2015, 23:26

jmflince escreveu:É só grandes palavras... Temos todos os ingredientes necessários para uma receita que ninguém quer provar... Mas alguns teimam em empurrar a sua presa para esta experiência... Sejamos fortes para vencer esta guerra que não tem um rosto inimigo mas as vitimas somos nós.

Não podia estar mais de acordo, concordo com o teu comentário.

O problema é mesmo esse, é só grandes palavras...
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Mensagem por Croco Dom 10 Jan 2016, 18:50

Suicídio nas Forças de Segurança

Numa profissão de risco, os suicídios matam muito mais que o próprio cumprimento do dever!

Prevenção do suicidio nas FS revista Um-agente-da-policia-e-tambem-um-ser-humano_556061
Um agente da Polícia é também um ser humano
Sabemos que a depressão pode matar,e mata. Mata silenciosamente e é o principal inimigo de muitos profissionais, e especialmente dos profissionais das Forças de Segurança (FS). Os suicídios matam muito mais que as mortes que ocorrem no cumprimento do dever, e é isso que na actualidade verificamos!

No ano passado ocorreram 13 suicídios nas FS; é assustadora esta onda de suicídios que parece não ter fim. Num mês, 2 militares da GNR e 3 agentes da PSP colocaram termo á vida!
Sabemos que as razões por detrás de um suicídio podem envolver diversas causas. Na grande maioria das situações existe, quase obrigatoriamente, um quadro prévio de depressão que antecede esse momento trágico que é o de colocar termo á vida. Todos nós, já fomos um dia surpreendidos pela morte de um colega.

A depressão pode ser dissimulada, até passar despercebida e sem tratamento em muitas situações até no profissional mais resistente. Mas, de forma infeliz, o silêncio numa instituição policial desencoraja o reconhecimento do problema (depressão) e da doença mental, prejudicando a procura de ajuda técnica. Mas é esse mesmo silêncio que deve ser combatido





É urgente que quem esteja com problemas, não se remeta ao silêncio, e que peça ajuda sem medos do que quer que seja!

Devemos honrar os profissionais das FS, que morreram no cumprimento do dever. Mas devemos honrar também os que, por um determinado quadro depressivo, colocaram termo à vida, pois também eles serviram a sociedade e arriscaram a própria vida em nome da segurança pública.

Estes profissionais que puseram termo à vida em virtude de problemas de saúde mental ou graves depressões provocados ou agravados pelo serviço dignificante que desempenharam,são frequentemente esquecidos. Os seus nomes serão certamente lembrados em voz baixa nos departamentos pela forma como morreram. Essa forma de silêncio contribui para o agravamento deste tipo de casos. Mas eles serão sempre lembrados e nunca esquecidos!!

Digam os nomes em voz alta, falem sobre a forma como morreram, e reconheçam que a depressão esteve por detrás de muitas dessas situações; estarão assim a dar um enorme passo para vencerem esta luta. Para os que partiram, já é tarde, infelizmente...mas irão a tempo de evitar mais suicídios.

Todos sabem o significado de “colega em perigo” e o que devem fazer perante essa circunstância. A depressão significa perigo e pode ser combatida e tratada se todos estiverem alertados e preparados para identificar os possíveis sinais de alerta.

A depressão geralmente ocorre gradualmente e muitas vezes é relacionada com a fadiga, o trabalho e outros factores de stress.Em certos casos, atribui-se mesmo ao cansaço, ao serviço, às relações pessoais e/ou inter-pessoais ou a outras questões.
Existem sinais comuns de depressão que deveriam ser do conhecimento de todos!

O súbito afastamento/isolamento em relação aos colegas; sentir-se triste e sem esperança durante mais de alguns dias; falta de energia, entusiasmo e motivação, quando se costumava ser enérgico, entusiasmado e motivado; dificuldade de concentração; consumo de bebidas alcoólicas de forma desmedida; dificuldade em tomar decisões, estar inquieto, agitado e irritável; aumento ou perda de peso fora do normal; sono em excesso; problemas de memória anormais; sentir-se mal consigo mesmo; raiva e fúria em situações triviais; sentir que não se pode superar as dificuldades da vida; eventos traumáticos recentes; no limite, falar abertamente que se está farto de viver e correr riscos desnecessários

Se notarem que alguém apresenta alguns destes sinais durante mais de alguns dias, intervenham logo que possível, aproximem-se dele/a tentando perceber o que se passa. Se nada fizerem e ignorarem os sinais, os resultados podem ser e serão trágicos. Um dos maiores inimigos dos profissionais das FS é  o suicídio causado por depressão.
E lembrem-se :
“O suicida, na verdade não quer se matar, mas quer matar a sua dor.”(Augusto Cury)
http://pt.blastingnews.com/opiniao/2016/01/suicidio-nas-forcas-de-seguranca-00727599.html
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Mensagem por Pinto da Costa Dom 10 Jan 2016, 20:55

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Mensagem por CARI2013 Dom 10 Jan 2016, 23:12

Porque alguém tenta o suicídio?
«Normalmente o suicídio é equacionado como forma de acabar com uma dor emocional insuportável causada por variadíssimos problemas. É frequentemente considerado como um grito de pedido de ajuda. Alguém que tenta o suicídio está tão aflito que é incapaz de ver que tem outras opções. Os suicidas sentem-se com frequência terrivelmente isolados; na maioria dos casos, escolheriam outra forma de solucionar os seus problemas se não se encontrasse numa tal angústia que os incapacita de avaliar as suas opções objectivamente. A sua intenção é parar a sua dor e não pôr termo à sua vida. A este facto dá-se o nome de ambivalência.
Podemos ajudar, prevenindo uma tragédia, se tentarmos entender como essa pessoa se sente e ajudá-la na procura de outras opções e soluções. Uma regra importante: realçar, sempre, o facto de o suicídio constituir uma solução permanente para um problema temporário, lembrando a pessoa de que existe ajuda e que os seus problemas e a sua dor irá melhorar.
Mito: Quem quer se suicidar, não avisa.
Realidade: Em dez pessoas que se suicidam, oito dão pistas de suas intenções,  mesmo que sejam mínimas. O suicídio é resultado de um processo que quase sempre pode ser acompanhado, ainda que possa desenrolar-se muito rapidamente nos jovens.
Mito: Um suicida quer realmente morrer.
Realidade: O suicida deseja parar de sofrer, não quer morrer realmente. Ele hesita entre a vida e a morte e deixa aos outros o cuidado de o salvar.
Mito: O suicida é covarde, ou corajoso.
Realidade: O suicida não atenta contra sua vida por covardia ou por coragem, mas por que sua vida é insuportável e porque ele não vê outra solução.
Mito: Suicida um dia, sempre suicida.
Realidade: A tendência ao suicídio é reversível. O processo não dura toda vida e pode ser afastado mesmo no caso de suicidas crónicos.
Mito: A pessoa que pensa em suicídio parece necessariamente deprimida.
Realidade: Os sintomas variam em função da personalidade de cada um. Sob a aparência de um  "bufão" ou de um 'duro na queda' pode esconder-se uma grande tristeza.
Mito: Uma melhora nos riscos de suicídio significa que o perigo passou.
Realidade: Uma pessoa que toma a decisão de se matar pode parecer aliviada e até mesmo feliz. Pode-se pensar que a crise acabou, mas é agora que se deve estar mais vigilante. A grande maioria dos suicídios ocorrem nos três meses que se seguem ao começo da melhora.
Mito: A tendência ao suicídio não é hereditária.
Realidade: Pelo contrário, se há tentativas na família, o risco é maior.
Mito: Os suicidas são doentes mentais ou loucos.
Realidade: Nem todas as pessoas que querem livrar-se da vida padecem de uma doença mental e aquelas que  padecem, nem sempre tentam o suicídio. O suicida pode estar sendo vítima de um problema emotivo temporário ou haver perdido a esperança de sair de uma situação difícil, isso não o torna um enfermo mental.
Mito: Aquele que ameaça suicidar-se não o fará, trata-se de um meio de atrair a atenção.
Realidade: A ameaça de suicídio deve ser sempre levada a sério. A pessoa que actua dessa forma está sofrendo e necessita de ajuda. Mesmo em caso de tentativa de manipulação nas mensagens enviadas, não se deve esquecer que deve haver também uma grande dose de desespero para que se chegue a tal ponto.
Mito: Os suicidas têm uma personalidade fraca.
Realidade: Não existe uma personalidade suicida típica. Contrariamente, tratam-se de pessoas cheias de energia. Frequentemente estão atravessando enormes dificuldades (perdas, rejeição, violação, depressão, etc.). 
Mito: O suicídio  produz-se comumente em meios economicamente desfavoráveis.
Realidade: O suicídio ocorre em todas as classes sociais.»


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