GOVERNO CRIA MEDIDAS PARA REDUZIR SINISTRALIDADE COM TRATORES E MÁQUINAS AGRÍCOLAS
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GOVERNO CRIA MEDIDAS PARA REDUZIR SINISTRALIDADE COM TRATORES E MÁQUINAS AGRÍCOLAS
GOVERNO CRIA MEDIDAS PARA REDUZIR SINISTRALIDADE COM TRATORES E MÁQUINAS AGRÍCOLAS
Os Ministérios da Administração Interna e da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, criaram várias medidas com o objetivo de reduzir os acidentes com vítimas mortais decorrentes da utilização e manuseamento de veículos agrícolas.No relatório que envolveu a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, a Autoridade para as Condições do Trabalho, o Instituto da Mobilidade e dos Transportes, a Guarda Nacional Republicano e a Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, são identificados os principais fatores de risco para os utilizadores de veículo agrícolas.
A enumeração inclui a inexistência do uso do arco de proteção ou cabina de proteção, a incorreta utilização do arco de proteção e do cinto de segurança, o excesso de velocidade e perda de controlo do veículo, o mau manuseamento, por falta de formação adequada, por parte dos operadores dos veículos agrícolas e parque automóvel envelhecido sem os necessários equipamentos de segurança.
Oito medidas para reduzir acidentes
- Criação de uma plataforma comum de registo de informação relativa a acidentes com tratores e máquinas agrícolas, já no início de 2017. O objetivo é identificar os fatores que originaram cada acidente, bem como, as consequências ao nível da mortalidade e incapacidades;
- Em 2017 será feita a avaliação de incentivos à modernização do parque de tratores agrícolas a nível nacional, com o intuito de eliminar ou substituir tratores sem estruturas de proteção anti-capotamento, uma das principais causas de acidentes mortais;
- De modo a reduzir a sinistralidade, será efetuado, no primeiro semestre de 2017, um controlo efetivo de máquinas e tratores no mercado de segunda mão, em especial aos veículos importados e não homologadas em Portugal, através de regulamentação do processo de atribuição de matrícula;
- Será estudada a viabilidade de realização de inspeções obrigatórias aos tratores agrícolas, com recurso a Centros de Inspeção Automóvel;
- Passa a ser obrigatória a frequência de ações de formação sobre segurança para todos os condutores que não possuam licença de condução de veículos agrícolas;
- Vai ser criado um regime sancionatório associado à não utilização de sistemas de retenção e à imposição de montagem de avisador luminoso especial de cor amarela;
- No âmbito destas alterações será intensificada a fiscalização sobre os condutores dos veículos agrícolas/tratores de uma forma progressiva no que respeita ao arco de proteção, ao cinto de segurança, ao avisador luminoso e ao transporte de passageiros nos tratores agrícolas;
- Vai ser lançada uma estratégia de comunicação e dinamização de campanhas de educação e sensibilização sobre segurança em tratores agrícolas.
in: http://www.portugal.gov.pt/pt/ministerios/mai/noticias/20160913-mai-mafdr-acid-agricolas.aspx
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Re: GOVERNO CRIA MEDIDAS PARA REDUZIR SINISTRALIDADE COM TRATORES E MÁQUINAS AGRÍCOLAS
A minha profissão é na agricultura, e conheço bem este assunto, já que somos o pais das taxas e taxinhas, e dos cursos e cursinhos, quem trabalha com maquinas agrícolas, também devia ter um cusro pelo menos de manobrador e técnicas de utilização.
O simples facto de ter carta de ligeiros ou de pesados não é suficiente para saber manobrar uma maquina destas, que devido Às suas características e locais por onde têm que andar, não é o mesmo que conduzir um veiculo na estrada. Nem nas aulas de código ou mecânica se aprende técnicas anti-capotamento, ou a lavrar correctamente sem por em perigo a estabilidade da maquina, por exemplo.
Eu como tenho um curso profissional de técnico de gestão agrícola, tive varias disciplinas que abordaram este tema, da segurança relativamente às operações com estas maquinas. Mas muitos profissionais e amadores, que operam este tipo de maquinas não tem qualquer tipo de formação, muitos nem carta de tractor agrícola têm, utilizam a compatibilidade das cartas convencionais, e depois como não têm o conhecimento especifico na matéria, não utilizam as técnicas da forma correcta, pondo em risco a sua segurança, por exemplo, vejo com muita frequência tractoristas andarem a lavrar com charrua, a começarem do ponto com inclinação lateral do ponto mais baixo e a terminarem no ponto mais alto, quando devia ser feito ao contrário, pois ao lavrarem da forma errada, vão colocar o trator cada vez mais com um inclinação lateral maior à medida que vão se aproximando do ponto mais alto da inclinação lateral, pondo em perigo a estabilidade da maquina.
Para se perceber o exemplo, começam a lavrar na zona onde estão os homens a pé , e terminam na zona verde, quando a forma correcta que faz com que a maquina permaneça o mais direita possível é começar a lavrar na zona verde e ir descendo até À zona onde estão os homens, porque a roda que vai no ponto mais alto da inclinação lateral vai dentro do rego feito pela charrua da passagem anterior, e a roda do lado mais baixo da inclinação lateral vem À superfície, o que faz que em terreno inclinado o tractor vá na horizontal.
Esta imagem mostra bem o que refiro no exemplo, como se pode ver o terreno não tem muita inclinação, mas o tractor já está muito inclinado, devido ao facto de ter começado a lavrar no ponto mais baixo da inclinação lateral, se tivesse começado da forma correcta, o tractor iria estar mais nivelado.
Este é só um exemplo, e já presencie muitos mais, podia estar aqui um dia inteiro a referilos, isto para dizer que nesta actividade, a formação especifica é essencial para a segurança.
Em relação À questão das ipo, é complicado, pois conforme o tipo de actividade da maquina, faz com que ter a maquina como de origem é em perfeitas condições é quase impossível. Se tiverem o mesmo grau de exigência como têm com os outros veículos, poucos são os que passam. Agora se o rigor for maioritariamente nos elementos de segurança, como os travões, equipamento anti capotamento, etc ai concordo plenamente com as ditas inspecções.
Bem, desculpem o testamento,
O simples facto de ter carta de ligeiros ou de pesados não é suficiente para saber manobrar uma maquina destas, que devido Às suas características e locais por onde têm que andar, não é o mesmo que conduzir um veiculo na estrada. Nem nas aulas de código ou mecânica se aprende técnicas anti-capotamento, ou a lavrar correctamente sem por em perigo a estabilidade da maquina, por exemplo.
Eu como tenho um curso profissional de técnico de gestão agrícola, tive varias disciplinas que abordaram este tema, da segurança relativamente às operações com estas maquinas. Mas muitos profissionais e amadores, que operam este tipo de maquinas não tem qualquer tipo de formação, muitos nem carta de tractor agrícola têm, utilizam a compatibilidade das cartas convencionais, e depois como não têm o conhecimento especifico na matéria, não utilizam as técnicas da forma correcta, pondo em risco a sua segurança, por exemplo, vejo com muita frequência tractoristas andarem a lavrar com charrua, a começarem do ponto com inclinação lateral do ponto mais baixo e a terminarem no ponto mais alto, quando devia ser feito ao contrário, pois ao lavrarem da forma errada, vão colocar o trator cada vez mais com um inclinação lateral maior à medida que vão se aproximando do ponto mais alto da inclinação lateral, pondo em perigo a estabilidade da maquina.
Para se perceber o exemplo, começam a lavrar na zona onde estão os homens a pé , e terminam na zona verde, quando a forma correcta que faz com que a maquina permaneça o mais direita possível é começar a lavrar na zona verde e ir descendo até À zona onde estão os homens, porque a roda que vai no ponto mais alto da inclinação lateral vai dentro do rego feito pela charrua da passagem anterior, e a roda do lado mais baixo da inclinação lateral vem À superfície, o que faz que em terreno inclinado o tractor vá na horizontal.
Esta imagem mostra bem o que refiro no exemplo, como se pode ver o terreno não tem muita inclinação, mas o tractor já está muito inclinado, devido ao facto de ter começado a lavrar no ponto mais baixo da inclinação lateral, se tivesse começado da forma correcta, o tractor iria estar mais nivelado.
Este é só um exemplo, e já presencie muitos mais, podia estar aqui um dia inteiro a referilos, isto para dizer que nesta actividade, a formação especifica é essencial para a segurança.
Em relação À questão das ipo, é complicado, pois conforme o tipo de actividade da maquina, faz com que ter a maquina como de origem é em perfeitas condições é quase impossível. Se tiverem o mesmo grau de exigência como têm com os outros veículos, poucos são os que passam. Agora se o rigor for maioritariamente nos elementos de segurança, como os travões, equipamento anti capotamento, etc ai concordo plenamente com as ditas inspecções.
Bem, desculpem o testamento,
Gif- Furriel
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