Ex-militar barricou-se porque queria ver a filha

http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/seguranca-social-vila-franca-de-xira-tvi24-ultimas-noticias-barricado/1363520-4071.html

O homem que se barricou esta terça-feira na Segurança Social de Vila Franca de Xira é um ex-militar de 25 anos e fechou-se no local com uma mochila alegadamente armadilhada porque queria ver a filha que lhe foi retirada, apurou a TVI24 junto de fonte policial.

Segundo a mesma fonte, a menor de quatro anos foi-lhe retirada pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens ao abrigo de um processo de violência doméstica que decorre em Tribunal. Apesar da exigência, o homem que deixou de ser militar em 2006, acabou por se entregar às autoridades cerca de duas horas depois.

Segundo a PSP, o homem não tinha uma arma de fogo, como indicado inicialmente por testemunhas, mas referiu que o suspeito tinha uma mochila e um objeto na mão, que aparentava estar armadilhada.

Segundo a porta-voz do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, Carla Duarte, o homem queria que um objeto que levava na mão passasse por um engenho explosivo fazendo sair da mochila vários fios. O falso engenho, que tinha mesmo um botão para simular o detonador, foi destruído pela PSP pelas 12:30, com o registo de uma pequena explosão dentro das instalações da Segurança Social, sem provocar danos.

Ao entregar-se sem resistência, saindo pela porta principal com as mãos no ar após negociações com as equipas da PSP, o homem foi detido.

Vítor Silva, que se encontrava na dependência da Segurança Social quando o homem entrou, às 09:15, disse que estavam no edifício cerca de 15 pessoas.

«O homem entrou, colocou uma boina castanha e gritou para toda a gente sair para a rua. Transportava uma mochila grande à frente com um objeto na mão e um fio ligado à mochila que parecia um detonador», descreveu.

Esta história está muito mal contada. Mesmo que a criança lhe tenha sido retirada, ele poderia vê-la na mesma.

Das duas uma, ou o motivo não foi esse, ou a exigência não foi essa. O homem precisa de apoio, de qualquer das maneiras.

A mim não me parece assim tão estranho...

Generalizando:

- Hoje em dia as crianças são utilizadas pelos progenitores como arma de arremesso um contra o outro. Desde falsas denúncias de violência doméstica, de agressões físicas, de abuso sexual, violação... tudo serve para pôr em causa o ex-companheiro (a).

- São vários os casos em que um dos pais "proibe" ou inibe o outro de ver o filho(a), pois na sua maioria não existe regulação das responsabilidades parentais.

- Este tipo de "pais" esquece-se do essencial: dos filhos!!!!

Não estamos a falar da Mãe da criança, mas sim da CPCJ...

Roque escreveu:Não estamos a falar da Mãe da criança, mas sim da CPCJ...

A "retirada" de uma criança é a última coisa que uma CPCJ faz (têm de existir indícios muito fortes de que a criança está em perigo eminente de vida).

A CPCJ não tem forma de inibir a proximidade de um pai ou de uma mãe: isso é o tribunal que faz!

Posso pôr como hipótese o processo ter transitado para tribunal e aí, sim, ter existido essa inibição (os motivos, como sabe, teriam de ser muito fortes para uma situação desse tipo).

Por esses motivos, e por outros, é que disse que a história está mal contada.

Poderá não estar, o desespero faz com que não se pense convenientemente.

Tive oportunidade de ouvir uma entrevista telefónica feita ao individuo(SIC).
Pareceu-me um discurso muito confuso,com atribuição de culpas à mulher,ao tribunal e à policia!
Afirmou que a mulher desapareceu com a filha,que o tribunal nada sabia sobre o assunto e a policia remetia para o tribunal.
Em minha opinião,também entendo que falta muita coisa vir a público.
Em desespero,ou como forma de pressão,nada justifica a atitude que teve.

Conheço várias situações de violência doméstica em que após a GNR ou outra instituição ou o próprio/a ativar a linha 144, as "vítimas" são colocadas em casas-abrigo e o agressor/a não sabe durante algum tempo dos filhos...

São de facto situações muito complicadas que arrastam sempre os filhos para o centro do conflito.
Lamentável que alguns país só sintam necessidade de estar com os filhos quando perdem essa possibilidade!
Muitos, são durante anos testemunhas de actos de violência entre os progenitores e se isso não fosse já demasiado grave ainda são disputados como "troféus".

O homem que hoje se fechou sozinho nas instalações da Segurança Social de Vila Franca de Xira será presente a primeiro interrogatório judicial na quarta-feira, uma vez que estão a decorrer buscas domiciliárias, disse fonte policial à agência Lusa.
A mesma fonte adiantou que o detido reside na freguesia de Vialonga, concelho de Vila Franca de Xira. Além das buscas decorrem outras diligências, razão pela qual só será ouvido pelo juiz de instrução criminal na manhã de quarta-feira.

O ex-militar de 35 anos entrou esta manhã, pelas 09:15, na Segurança Social de Vila Franca de Xira com uma mochila e um objeto na mão e pediu para que os funcionários e os cerca de 15 utentes que ali se encontravam abandonassem o espaço, exigindo "ver a filha menor (de quatro anos) que lhe foi retirada" pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, por decisão do Tribunal de Menores.

[url=http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2012/07/24/homem-que-se-fechou-na-seguranca-social-ouvido-na-quarta-feira-em-tribunal]

As Comissões não retiram criancinhas por ordem do Tribunal! As CPCJ apenas podem aplicar o art.º 91º (situação de perigo eminente para a vida da criança), tal como o pode fazer qualquer cidadão ou as Forças de Segurança, seguida da correspondente comunicação ao MP!!!!
Após deliberação do Tribunal (que acentam em factos e não em "histórias") existem técnicas da Segurança Social que fazem parte da EMAT (Equipa Multidisciplinar de Apoio aos Tribunais) que concretizam as deliberações desse mesmo tribunal.