Não sobram alternativas a não ser o protesto do Dia 12 de Outubro
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Não sobram alternativas a não ser o protesto do Dia 12 de Outubro
Por César Nogueira | 00:30
Parece conveniente anunciar o descongelamento das carreiras da função pública no contexto eleitoral da atualidade, que coincide com as negociações do OE2018. Afinal não é um descongelamento, é um descongelamento "mais ou menos" que não é para todos e deixa de fora os profissionais das forças de segurança. Questionada a Tutela da GNR, nada diz e remete-se ao silêncio.
A Comissão Coordenadora Permanente das Forças e Serviços de Segurança pediu uma reunião ao Presidente da República, que, esperemos, venha a acontecer com a máxima brevidade. Parece conveniente manter o associativismo na GNR com direitos mínimos, pois assim só somos ouvidos quando o contexto político o torna aconselhável, conveniente.
Sem direito próprio à negociação e sujeitos à decisão de quem tem os destinos da Tutela, é imperativo elevar o associativismo profissional a outro patamar, pois não andamos ao sabor de conveniências políticas, mas sim dos direitos daqueles que representamos.
Para quem faz o apanágio da melhoria das condições de vida e dos valores democráticos, faltam aqui princípios fundamentais, como a transparência, a frontalidade e o sentido de justiça. E, aqui, não sobram alternativas a não ser o protesto. Dia 12 de outubro, nas ruas da capital, certamente que nos ouvirão.
Parece conveniente anunciar o descongelamento das carreiras da função pública no contexto eleitoral da atualidade, que coincide com as negociações do OE2018. Afinal não é um descongelamento, é um descongelamento "mais ou menos" que não é para todos e deixa de fora os profissionais das forças de segurança. Questionada a Tutela da GNR, nada diz e remete-se ao silêncio.
A Comissão Coordenadora Permanente das Forças e Serviços de Segurança pediu uma reunião ao Presidente da República, que, esperemos, venha a acontecer com a máxima brevidade. Parece conveniente manter o associativismo na GNR com direitos mínimos, pois assim só somos ouvidos quando o contexto político o torna aconselhável, conveniente.
Sem direito próprio à negociação e sujeitos à decisão de quem tem os destinos da Tutela, é imperativo elevar o associativismo profissional a outro patamar, pois não andamos ao sabor de conveniências políticas, mas sim dos direitos daqueles que representamos.
Para quem faz o apanágio da melhoria das condições de vida e dos valores democráticos, faltam aqui princípios fundamentais, como a transparência, a frontalidade e o sentido de justiça. E, aqui, não sobram alternativas a não ser o protesto. Dia 12 de outubro, nas ruas da capital, certamente que nos ouvirão.
Artigo disponível em CM Jornal
https://www.apg-gnr.pt/article/view/154/o-que-convem
Re: Não sobram alternativas a não ser o protesto do Dia 12 de Outubro
Não deveria ser só a questão dos descongelamentos o motivo do protesto mas sim, o rumo atual, que a tutela e o comando, estão a dar à Guarda e aos seus militares.
Não se admite.
E nós, enquanto militares desta Guarda que muito reivandicamos atrás de um teclado, olhemos para os enfermeiros, para os médicos e para os juizes, mesmo em patamares diferentes, eles conseguem ser mais unidos que nós.
Dia 12 lá estarei. Novamente...
Não se admite.
E nós, enquanto militares desta Guarda que muito reivandicamos atrás de um teclado, olhemos para os enfermeiros, para os médicos e para os juizes, mesmo em patamares diferentes, eles conseguem ser mais unidos que nós.
Dia 12 lá estarei. Novamente...
adegas- Cabo-Chefe
-
Idade : 44
Profissão : guarda
Nº de Mensagens : 203
Meu alistamento : 2003
Re: Não sobram alternativas a não ser o protesto do Dia 12 de Outubro
adegas escreveu:Não deveria ser só a questão dos descongelamentos o motivo do protesto mas sim, o rumo atual, que a tutela e o comando, estão a dar à Guarda e aos seus militares.
Não se admite.
E nós, enquanto militares desta Guarda que muito reivandicamos atrás de um teclado, olhemos para os enfermeiros, para os médicos e para os juizes, mesmo em patamares diferentes, eles conseguem ser mais unidos que nós.
Dia 12 lá estarei. Novamente...
"mas sim, o rumo atual, que a tutela e o comando, estão a dar à Guarda e aos seus militares."
Sem dúvida. A titulo de exemplo basta ver o Estatuto com que nos presentearam este ano, simplesmente o pior estatuto de sempre para a categoria de guardas. Vou referir apenas duas ou três situações em que este é o pior estatuto de sempre.
Promoções, todas por escolha, excepto a de GP, e em que só se pode ser cabo quase ao fim de quase 20 anos, quando pelos estatutos anteriores, um militar que pretendesse ser cabo podia concorrer ao fim de 2 ou 3 anos de guarda.
Escalões, mudança de escalão sujeita à boa vontade do chefe.
Férias, o período de férias mais curto de sempre, em que depois se pode ter mais 3 dias também sujeitos à boa vontade do chefe.
Reserva e reforma, fim das percentagens (que os guardas tinham/têm de pagar sempre), em que por exemplo um individuo que não cumpriu serviço militar nas FAs antes de ingressar na Guarda, e se ingressar no limite de idade, só vai poder abandonar a instituição aos 63 anos de idade, altura em que completará 36 anos de serviço militar.
Reforma, pela primeira vez ultrapassou a idade dos 60 anos de idade, onde está indexada ao que estiver em vigor para o regime geral da Segurança Social e que todos os anos aumenta. E que está sujeita a cortes brutais se os militares passarem à reforma alguns meses antes dessa idade legal, apesar de muitos terem nessa altura muito mais de 40 anos de descontos/tempo de serviço militar.
Com certeza que isto não se admite, porque simplesmente fizeram tábua rasa da condição militar a que estamos sujeitos que, entre outras situações, no limite, onde os deveres continuam a ser os mesmos e as exigências, o risco e o perigo são cada vez maiores, faz com que no desempenho das nossas funções o passamos fazer até com o sacrifício da própria vida.
E onde, e o que é que andaram e a exigir as associações durante este tempo todo? A exigir horários de referência de treta que hoje cumpro o mesmo ou mais ainda, o fim das messes, onde hoje por mais dinheiro comemos pior do que comíamos antes e não temos o mesmo à vontade e disponibilidade para tomar as refeições que tínhamos com as meses, as algemas, os coletes à prova de bala, os carros, o fardamento etc. etc. ou seja tretas.
OBS: Em relação às outras classes profissionais que têm reclamado (e bem) pelos seus justos direitos, aos enfermeiros, que ao fim de 2 ou 3 dias de "barulho", já lhes propuseram a todos um aumento de 150€ mensais que entretanto eles já recusaram.
Sem dúvida. A titulo de exemplo basta ver o Estatuto com que nos presentearam este ano, simplesmente o pior estatuto de sempre para a categoria de guardas. Vou referir apenas duas ou três situações em que este é o pior estatuto de sempre.
Promoções, todas por escolha, excepto a de GP, e em que só se pode ser cabo quase ao fim de quase 20 anos, quando pelos estatutos anteriores, um militar que pretendesse ser cabo podia concorrer ao fim de 2 ou 3 anos de guarda.
Escalões, mudança de escalão sujeita à boa vontade do chefe.
Férias, o período de férias mais curto de sempre, em que depois se pode ter mais 3 dias também sujeitos à boa vontade do chefe.
Reserva e reforma, fim das percentagens (que os guardas tinham/têm de pagar sempre), em que por exemplo um individuo que não cumpriu serviço militar nas FAs antes de ingressar na Guarda, e se ingressar no limite de idade, só vai poder abandonar a instituição aos 63 anos de idade, altura em que completará 36 anos de serviço militar.
Reforma, pela primeira vez ultrapassou a idade dos 60 anos de idade, onde está indexada ao que estiver em vigor para o regime geral da Segurança Social e que todos os anos aumenta. E que está sujeita a cortes brutais se os militares passarem à reforma alguns meses antes dessa idade legal, apesar de muitos terem nessa altura muito mais de 40 anos de descontos/tempo de serviço militar.
Com certeza que isto não se admite, porque simplesmente fizeram tábua rasa da condição militar a que estamos sujeitos que, entre outras situações, no limite, onde os deveres continuam a ser os mesmos e as exigências, o risco e o perigo são cada vez maiores, faz com que no desempenho das nossas funções o passamos fazer até com o sacrifício da própria vida.
E onde, e o que é que andaram e a exigir as associações durante este tempo todo? A exigir horários de referência de treta que hoje cumpro o mesmo ou mais ainda, o fim das messes, onde hoje por mais dinheiro comemos pior do que comíamos antes e não temos o mesmo à vontade e disponibilidade para tomar as refeições que tínhamos com as meses, as algemas, os coletes à prova de bala, os carros, o fardamento etc. etc. ou seja tretas.
OBS: Em relação às outras classes profissionais que têm reclamado (e bem) pelos seus justos direitos, aos enfermeiros, que ao fim de 2 ou 3 dias de "barulho", já lhes propuseram a todos um aumento de 150€ mensais que entretanto eles já recusaram.
Guarda que anda à linha- Sargento-Chefe
-
Idade : 58
Profissão : Funcionário publico
Nº de Mensagens : 2019
Meu alistamento : Aqui podes colocar o ano do teu alistamento!(Facultativo)
Re: Não sobram alternativas a não ser o protesto do Dia 12 de Outubro
adegas escreveu:Não deveria ser só a questão dos descongelamentos o motivo do protesto mas sim, o rumo atual, que a tutela e o comando, estão a dar à Guarda e aos seus militares.
Não se admite.
E nós, enquanto militares desta Guarda que muito reivandicamos atrás de um teclado, olhemos para os enfermeiros, para os médicos e para os juizes, mesmo em patamares diferentes, eles conseguem ser mais unidos que nós.
Dia 12 lá estarei. Novamente...
Acaba por ser tudo... O texto principal é esse, mas os motivos são os mesmo de sempre, e para todas as instituições, sindicatos e associações.
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