Polícias «em fila» para ouvir escutas telefónicas

12-02-2009 - 16:20h
Polícias «em fila» para ouvir escutas telefónicas
PSP e GNR têm duas salas em todo o país para acompanhar intercepções em tempo real
Inspectores da GNR, SEF e PSP «fazem fila» à porta das salas de Lisboa e Porto, que lhes estão reservadas na PJ, para acompanharem em tempo real as escutas telefónicas requeridas no âmbito das investigações criminais da sua competência, confirmaram ao PortugalDiário os presidentes da Associação Sócio-Profissional de Polícia, Paulo Rodrigues e o presidente da Associação dos Profissionais da Guarda, José Manageiro.

A existência de apenas duas salas em todo o país, reservadas para estas forças policiais «não permite aos investigadores da GNR cumprirem devidamente as suas competências», alerta o representante da GNR.

«Quantas vezes já ficou trabalho por fazer por falta de vaga», admitiu o presidente do sindicato da PSP, escusando-se a relatar casos concretos.

Uma fonte desta força policial recordou o caso de uma investigação ao tráfico de droga, em 2008, que «por pouco corria mal» só porque «não havia vaga na sala para os investigadores acompanharem as escutas em tempo real».

Se um inspector de Bragança ou de Vila Real, por exemplo, quiser ouvir escutas em tempo real «tem de vir ao Porto, às instalações da PJ», refere o presidente da ASPP, acrescentando que, os restantes casos, o polícia pode solicitar o envio dos CD, «por regra, de 15 em 15 dias».

Paulo Rodrigues realça que «uma pessoa escutada pode gerar 3 mil sessões por mês» e a consequente «necessidade de transcrever centenas e até milhares de horas de conversação.

«É um trabalho moroso. Muitas vezes descobre-se na 36ª sessão que uma conversa mantida na primeira sessão afinal era importante. É preciso ouvir o CD outra vez e transcrever a conversa», exemplifica.

Já o responsável sindical da GNR destaca o alargamento dos crimes que podem ser investigados por esta força policial. «Investigamos os crimes tributários (sem limite de valor), além dos chamados «crimes de massa», como sejam os roubos e os assaltos».

Os responsáveis sindicais defendem a aquisição de equipamento próprio para a GNR, PSP e SEF «pelo menos, em Lisboa, Porto e Coimbra», refere Paulo Rodrigues, acrescentando que «não há risco de abusos» porque a autorização das escutas competem sempre ao juiz de instrução que oficia a ordem às operadoras telefónicas.

As mesmas fontes admitem que nem sempre é possível cumprir os prazos legais de 15 dias para entrega dos relatórios de escutas ao juiz de instrução, imposto pela novo Código de Processo Penal, em vigor desde Setembro de 2007, e uma fonte judicial admitiu, sob o anonimato, ao «Diário de Notícias», que alguns juízes estão a recusar pedidos de intercepções por falta de tempo para as validar em tempo útil.

As dificuldades vêm descritas no relatório final do Observatório Permanente da Justiça, de Dezembro último, e que avaliou a reforma penal.

Aqui pode ler-se que as dificuldades destes agentes em acompanhar as escutas em tempo real e de as levarem em tempo útil ao juiz de instrução, «prende-se com as dificuldades já existentes anteriormente à reforma dos Códigos Penal e de Processo Penal de 2007», mas que «terão sido agravados» com a previsão de um prazo (15 dias) de apresentação do teor das escutas telefónicas ao Ministério Público e, posteriormente, ao Juiz de Instrução
Criminal.

Em relação à recusa de escutas por parte dos juízes, o documento refere expressamente que «surgiram posições que defenderam que algumas recusas (...) de autorização de realização de intercepções telefónicas prendiam-se, não com a ausência de preenchimento dos requisitos necessários à sua realização, mas sim com a incapacidade de o Juiz de Instrução Criminal proceder à sua validação».

http://diario.iol.pt/sociedade/escutas-telefonicas-psp-justica-escutas-gnr-c-r/1042223-4071.html

porque será que Portugal insiste em fazer as coisas sem reunir os meios necessários ao seu correcto funcionamento?

Em Portugal as técnicas de construção, especialmente as utlizadas pelo Governo, indicam que as casas devem ser construidas, começando pelo telhado e finalmente fazendo as fundações...
Se isto não fosse já um mal antigo, diria que estes projectos tinham sido feitos pelo Eng. Sócrates, tendo por base a sua magnifica licenciatura...

22-07-2012

PSP e GNR fazem fila na Judiciária para ouvir escutas
O aumento do recurso às escutas nos inquéritos-crime da PSP, da GNR e do SEF está a obrigar os investigadores destas polícias a fazerem longas filas de espera à porta da PJ, entidade que gere os terminais das interceções telefónicas. As três polícias, em 2011, escutaram 6559 telefones, mais do que a PJ, que tem competência para investigar a maioria dos crimes em que a lei permite este meio. O ex-diretor da Judiciária Alípio Ribeiro diz que as escutas estão a ser feitas como "pesca de arrasto". Este é um dos temas em descate na edição do DN de hoje.
Fonte: aqui

Criem terminais de escuta nos Comandos

Quem esta na fila não é quem manda...pois caso fosse ja teriam resolvido de outra forma...

Há uns anos atrás, tive de andar para cima e para baixo para ir para as escutas e digo-vos uma coisa. Bastava lá chegar as 07:00 e já lá estava pessoal e ao fim de meia hora três quartos de hora os terminais já estavam todos ocupados. E na altura eram apenas 11 a 12 terminais. E em virtude de por vezes chegarem Camaradas com situações urgentes (directos) cheguei a levantar-me e ceder o meu lugar por certos momentos de tempo.

Por vezes à que haver camaradagem.

O Problema em alguns casos é permitir a determinados elementos que se utilize esta diligencia, que deve ser sempre a uma, como primeira "arma" a ser utilizada na investigação.

chega a ser ridiculo, estar a escutar traficantezinhos de graminhas, sendo que o resultado vai ser praticamente zero.

isto da tanto trabalho e quem anda nestas andanças sabe-o perfeitamente, que não justifica.

Esta conversa outra vez. Todos anos, por esta altura, isto vem ao baile.

Há que resolver, mas quem pode não quer. A culpa, só por acaso, nem é da GNR.

foca branca escreveu:O Problema em alguns casos é permitir a determinados elementos que se utilize esta diligencia, que deve ser sempre a uma, como primeira "arma" a ser utilizada na investigação.

chega a ser ridiculo, estar a escutar traficantezinhos de graminhas, sendo que o resultado vai ser praticamente zero.

isto da tanto trabalho e quem anda nestas andanças sabe-o perfeitamente, que não justifica.

Tenho de te dar razão Camarada. O principal problema é quem autoriza tal diligencia, pois não devem fazer as contas dos gastos envolvidos nela. E o resultado são apenas algumas gramas e pouco mais...

Birnen escreveu:

foca branca escreveu:O Problema em alguns casos é permitir a determinados elementos que se utilize esta diligencia, que deve ser sempre a uma, como primeira "arma" a ser utilizada na investigação.

chega a ser ridiculo, estar a escutar traficantezinhos de graminhas, sendo que o resultado vai ser praticamente zero.

isto da tanto trabalho e quem anda nestas andanças sabe-o perfeitamente, que não justifica.

Tenho de te dar razão Camarada. O principal problema é quem autoriza tal diligencia, pois não devem fazer as contas dos gastos envolvidos nela. E o resultado são apenas algumas gramas e pouco mais...

Não vao por aí companheiros....gramas??e daí??Quando as coisas sao bem feitas obtem-se bons resultados!Um que trabalhei tá la dentro do EP apanhou 10 (DEZ) anos de pena efectiva!!!E na altura da detenção tinha graminhas....portanto, não olhem às quantidades!!!

Cumps...

jomarabu escreveu:

Birnen escreveu:

foca branca escreveu:O Problema em alguns casos é permitir a determinados elementos que se utilize esta diligencia, que deve ser sempre a uma, como primeira "arma" a ser utilizada na investigação.

chega a ser ridiculo, estar a escutar traficantezinhos de graminhas, sendo que o resultado vai ser praticamente zero.

isto da tanto trabalho e quem anda nestas andanças sabe-o perfeitamente, que não justifica.

Tenho de te dar razão Camarada. O principal problema é quem autoriza tal diligencia, pois não devem fazer as contas dos gastos envolvidos nela. E o resultado são apenas algumas gramas e pouco mais...

Não vao por aí companheiros....gramas??e daí??Quando as coisas sao bem feitas obtem-se bons resultados!Um que trabalhei tá la dentro do EP apanhou 10 (DEZ) anos de pena efectiva!!!E na altura da detenção tinha graminhas....portanto, não olhem às quantidades!!!

Cumps...

cada caso é um caso. tambem posso dizer que isso foi numa comarca pequenina.

há casos que não justifica essa diligencia. mas eu sei que torrar a fazer vigilancias, cança e é uma seca e depois há sempre aquela esperança de apanhar o que abastece e por aí fora...

Isto já é um "problema antigo" http://forumgnr.virtuaboard.com/t13139-policias-em-fila-para-ouvir-escutas-telefonicas?highlight=PSP+e+GNR+++escutas

Croco escreveu:Isto já é um "problema antigo" http://forumgnr.virtuaboard.com/t13139-policias-em-fila-para-ouvir-escutas-telefonicas?highlight=PSP+e+GNR+++escutas

Tópico fundido.

Isto tanto que se comentou que passou para a comunicação social e ainda bem, pois a vergonha que se passa muitas vezes à porta da PJ para aceder mos a um terminal de escutas mais parace a Santa Casa. Eu pessoalmente continuo a acreditar que tudo isto se deve muito à "aos medos instalados dentro da Guarda". Ora se não seria mais justo que cada Comando tivesse ele uma sala com terminais que poderiam ser controlados a partir da P.J. Qual o receio de ter elementos ou criar uma equipa que tenha por função coadjuvar os NIC na realização de escutas. Agora passar seis horas à espera à porta na Policia Judiciaria para aceder a um terminal ficar la fechado 18 horas e depois ouvir da boca do chefe vocês so tem o que merecem.................essas é que são demais. Todo isto era resolvido se cada orgão de Policia Criminal possui-se nas suas sedes ou Comandos Territoriais os respectivos terminais que poderiam ser monotorizados pels PJ. E prontos la se vai fazendo viagens ate Lisboa ou outra direcção da PJ para acedermos a terminais que afinal de contas muitas vezes so funcionam das 09/17H porque depois das 17H00 poucos são os criminosos que cometem ilictos. A sorte de muitas investigações é que os responsaveis por elas ainda tem brio e carolice e mesmo com falta de apoios la vão conseguindo trazer para a instituição Grandes Feitos.

Um Homem So por Querer faz mais do Que Dez Por Dever.

Constantino escreveu:....

Um Homem só, por querer, faz mais do que dez, por dever.

Não posso estar mais de acordo.

Constantino escreveu:Isto tanto que se comentou que passou para a comunicação social e ainda bem, pois a vergonha que se passa muitas vezes à porta da PJ para aceder mos a um terminal de escutas mais parace a Santa Casa. Eu pessoalmente continuo a acreditar que tudo isto se deve muito à "aos medos instalados dentro da Guarda". Ora se não seria mais justo que cada Comando tivesse ele uma sala com terminais que poderiam ser controlados a partir da P.J. Qual o receio de ter elementos ou criar uma equipa que tenha por função coadjuvar os NIC na realização de escutas. Agora passar seis horas à espera à porta na Policia Judiciaria para aceder a um terminal ficar la fechado 18 horas e depois ouvir da boca do chefe vocês so tem o que merecem.................essas é que são demais. Todo isto era resolvido se cada orgão de Policia Criminal possui-se nas suas sedes ou Comandos Territoriais os respectivos terminais que poderiam ser monotorizados pels PJ. E prontos la se vai fazendo viagens ate Lisboa ou outra direcção da PJ para acedermos a terminais que afinal de contas muitas vezes so funcionam das 09/17H porque depois das 17H00 poucos são os criminosos que cometem ilictos. A sorte de muitas investigações é que os responsaveis por elas ainda tem brio e carolice e mesmo com falta de apoios la vão conseguindo trazer para a instituição Grandes Feitos.

Um Homem So por Querer faz mais do Que Dez Por Dever.

Subscrevo!!!!!

jomarabu escreveu:

Constantino escreveu:Isto tanto que se comentou que passou para a comunicação social e ainda bem, pois a vergonha que se passa muitas vezes à porta da PJ para aceder mos a um terminal de escutas mais parace a Santa Casa. Eu pessoalmente continuo a acreditar que tudo isto se deve muito à "aos medos instalados dentro da Guarda". Ora se não seria mais justo que cada Comando tivesse ele uma sala com terminais que poderiam ser controlados a partir da P.J. Qual o receio de ter elementos ou criar uma equipa que tenha por função coadjuvar os NIC na realização de escutas. Agora passar seis horas à espera à porta na Policia Judiciaria para aceder a um terminal ficar la fechado 18 horas e depois ouvir da boca do chefe vocês so tem o que merecem.................essas é que são demais. Todo isto era resolvido se cada orgão de Policia Criminal possui-se nas suas sedes ou Comandos Territoriais os respectivos terminais que poderiam ser monotorizados pels PJ. E prontos la se vai fazendo viagens ate Lisboa ou outra direcção da PJ para acedermos a terminais que afinal de contas muitas vezes so funcionam das 09/17H porque depois das 17H00 poucos são os criminosos que cometem ilictos. A sorte de muitas investigações é que os responsaveis por elas ainda tem brio e carolice e mesmo com falta de apoios la vão conseguindo trazer para a instituição Grandes Feitos.

Um Homem So por Querer faz mais do Que Dez Por Dever.

Subscrevo!!!!!

Faço das tuas as minhas palavras.