Colocação a Titulo excepcional versus Concursos GNR

por **joao rua** Sex 04 Mar 2011, 21:42

Aproveitando tão vasta audiência e tanto conhecimento juridico ao dispôr perguntava o seguinte:
Até que ponto o militar colocado a titulo excepcional por uma infinita quantidade de razões invocadas em requerimento, por um periodo definido poderá (como acontece actualmente) concorrer a cursos de promoção dentro da Guarda?
Se o referido militar viu atendida a sua pretensão pela hierarquia que o colocou junto da familia, como pode concorrer a um curso que o irá colocar novamente longe da mesma?
Conheço camaradas que através deste expediente começaram em soldados e já vão em sargentos.
Quando há tanto camarada integrado em listas de colocação, que espera anos para chegar junto da familia, não será este modo expedito ser considerado moralmente censurável?

por **castrum** Sex 04 Mar 2011, 22:20

Plenamente de acordo.
E por aqui já vão dois casos, ou melhor duas.
Pode ser que por arte e graça de Nosso Senhor o "motivo" durante os cursos deixam de “ter dificuldades de relacionamento nos infantários estranhos “, ou que neste breve momento de dois anos ou de seis meses passem a ser auto-sustentados.

Está colocado a título excepcional e pretender concorrer, tem todo o direito de concorrer, mas assim que aceita o concurso perde essa colocação.

por **VaN_dRaCk** Sáb 05 Mar 2011, 00:51

castrum escreveu:... Está colocado a título excepcional e pretender concorrer, tem todo o direito de concorrer, mas assim que aceita o concurso perde essa colocação.

Negativo.. Poderá perder essa colocação, mas não quer dizer que a perca.

Em certos casos temos militares que perdem a colocação, outros que não perdem, e outros que são excluídos de seja o que for a que concorreram. Cada caso é um caso, e para cada qual estuda-se a melhor medida a aplicar.

Durante a colocação a titulo excepcional o "caso" do militar continua a ser "alvo de estudo", e consoante o que o militar faz durante a sua colocação, assim a mesma se poderá manter ou não.

Isto acontece em todas as classes da nossa instituição, garanto-vos, até sei que temos pessoal registado no fórum que são exemplo disso.

por **suckoi 35** Sáb 05 Mar 2011, 01:41

isto e colocação a titulo excepcional, na esmagadora maioria dos casos é uma treta.

por **xpt0** Sáb 05 Mar 2011, 11:13

não é bem assim sukoi35

por **Edr See** Sáb 05 Mar 2011, 11:38

Outra coisa que a nossa GNR deveria melhorar... as transferências a titulo excepcional fazem-me lembrar o rendimento de inserção social, quando bem atribuído, faz um grande trabalho social, é pena que a maior parte dos casos não é bem assim!

por **Nero** Sáb 05 Mar 2011, 12:05

Já faz lembrar umas converdas de á pouco tempo... numa turma de 30 Guardas (durante o curso de cabos), contava pelos dedos de uma mão os que não estavam inamuviveis, até dava vontade de rir... Mas pronto, cada um olha pela sua vida, e os outros pouco importa! errado, mas é o sentimento que reina hoje me dia, quer na vida civil como militar !

por **PIR666RIP** Sáb 05 Mar 2011, 16:24

Nero escreveu:Já faz lembrar umas converdas de á pouco tempo... numa turma de 30 Guardas (durante o curso de cabos), contava pelos dedos de uma mão os que não estavam inamuviveis, até dava vontade de rir... Mas pronto, cada um olha pela sua vida, e os outros pouco importa! errado, mas é o sentimento que reina hoje me dia, quer na vida civil como militar !

Ora aqui esta a realidade da vida e da GNR... Pimenta no cú dos outros é refresco...

Pois é camarada nero infelizmente é assim...

por **castrum** Sáb 05 Mar 2011, 16:44

VaN_dRaCk escreveu:
castrum escreveu:... Está colocado a título excepcional e pretender concorrer, tem todo o direito de concorrer, mas assim que aceita o concurso perde essa colocação.

Negativo.. Poderá perder essa colocação, mas não quer dizer que a perca.

Em certos casos temos militares que perdem a colocação, outros que não perdem, e outros que são excluídos de seja o que for a que concorreram. Cada caso é um caso, e para cada qual estuda-se a melhor medida a aplicar.

Durante a colocação a titulo excepcional o "caso" do militar continua a ser "alvo de estudo", e consoante o que o militar faz durante a sua colocação, assim a mesma se poderá manter ou não.

Isto acontece em todas as classes da nossa instituição, garanto-vos, até sei que temos pessoal registado no fórum que são exemplo disso.

Cada caso é uma caso, certo!

Mas hà uma coisa que me faz CONFUSÃO.
Um militar para pedir uma transferência a título excepcional tem de alegar quais os motivos para essa petição.

Existe todo um processo burocrático, com uma apreciação de um ”expert” em “serviço social” que dá o alvitre.

Por norma esse pedidos alicerçam em que precisam de amparar um membro de família ou que tiveram um filho e que estão longe de casa e sozinhos. (não se lembraram disso antes e não estou a fazer descriminação)

Tudo bem. A família em primeiro lugar.

O militar é lá colocado mas fica no quadro de adidos, ... mas já lá está.

Só acho estranho é quando abre o concurso para o curso de cabos e sargentos essas condições deixarem de serem imperativas.

Ex:

Acabo o curso de praças em 2000, passados dois meses de acabar o curso faço uma exposição de transferência a título excepcional e é aceite.

Venho para o pé de casa.

Passado dois anos continuo a título excepcional e concorro para o CPCB, maravilha entrei acabo o curso e fico novamente em casa. Passado dois anos concorro ao CPS, entrei.

Porreiro, fico dois anos longe de casa, (EPG, dois ou três PT) mas que se lixe, sei que no fim do estágio fico novamente ao pé de casa.

E as condições do meu pedido para colocação a título excepcional junto da minha residência onde ficam?????

Aquelas em que era preciso dar uma assistência permanente, que não se podia ficar mais de xKm da residência, já não conta.

Passaram-se 7 anos e sempre ao pé de casa e os outros do meu alistamento por onde andaram

E aqueles que concorrem e vão a parar a “cascos de rolha”, ou que estão anos e anos à espera para ir para junto da sua residência.

Não estou a ver um PT a ser comandado por um sarg. tenha lá outro como adido e levar com mais um.

E não vamos a misturar transferências a título excepcional com inamovibilidades de especialidades. Um militar sem nenhuma especialidade no fim do de um CPCB ou CPS, não vai concorrer para uma vaga de EIEEI, SEPNA ou IC.

por **J.F** Sáb 05 Mar 2011, 18:22

Por causa dessas colocações a título excepcional, no Comando de um certo DTer , já está transformado num Harém, alguns elementos que o compõe, nunca virão a saber o que é fazer uma patrulha do Territorial.
O que é certo é que já lá estão e entram ( leve e mansinho como o vento) como título excepcional, depois acaba-se este periodo, são colacadas num Posto do ComTer, nunca lá chegam a fazer um único serviço, estão a fazer parte do efectivo e a fecundar uma vaga e quem se lixa é os que lá estão, depois mais tarde saí na OS a colocação conjugada por Artigos e alíneas que nunca consegui decifrar , metem Supercola 3 e lá ficam agarradas à secretaria e passam a perna a elementos mais competentes e que já tem o pedido de transferência à largos anos.
obs: A mim não me afecta porque não gosto de ser " pássaro de gaiola "

por **VaN_dRaCk** Sáb 05 Mar 2011, 18:53

Castrum, não deixa de ter razão, mas não se esqueça que a colocação a título excepcional pode ser definitiva, mas também pode ser dado tempo, dependendo da razão alegada (e consequentemente provada) pelo militar.

Eu por me ser aceite uma colocação a título excepcional, não vou ficar perto de casa o tempo que quiser, mas sim o tempo que o tal "expert em serviços sociais" e o(s) comandante(s) de comando(s) em questão assim o entenderem.

Mas se um militar tiver uma boa razão para estar 5 ou 6 ou 7 anos perto de casa, não acho que deva ser impedido de concorrer a Cabo ou a Sargento. Agora, cada caso é um caso, portanto não podemos generalizar a coisa..

por **joao rua** Sáb 05 Mar 2011, 19:48

Além de concorrerem e ficarem no mesmo local, ainda fazem serviço de escala, em periodo nocturno, a tal parte do dia completamente indispensável no tratamento dos idosos e jovens a seu cargo e que nunca podem estar sós.
Essa do picante no traseiro dos outros é refresco, representa bem a xico-espertice que reina no espirito de muitos.

por **VaN_dRaCk** Sáb 05 Mar 2011, 20:19

joao rua escreveu:Além de concorrerem e ficarem no mesmo local, ainda fazem serviço de escala, em periodo nocturno, a tal parte do dia completamente indispensável no tratamento dos idosos e jovens a seu cargo e que nunca podem estar sós.

Tudo depende de cada caso. Sei de um caso em que o militar ficou numa secretaria e só faz o tal horário 09h/17h, porque assim lhe convinha e o caso assim o justificava.

por **joao rua** Sáb 05 Mar 2011, 20:31

[quote="VaN_dRaCk"]

joao rua escreveu:Além de concorrerem e ficarem no mesmo local, ainda fazem serviço de escala, em periodo nocturno, a tal parte do dia completamente indispensável no tratamento dos idosos e jovens a seu cargo e que nunca podem estar sós.

Tudo depende de cada caso. Sei de um caso em que o militar ficou numa secretaria e só faz o tal horário 09h/17h, porque assim lhe convinha e o caso assim o justificava.[/quote

Não personalizo, já que não venho para aqui apontar chico-espertos numa caça às bruxas.
Toda a gente me conhece onde trabalho e estou bem identificado neste Fórum.
Quando intervenho é para levantar casos reais e não é minha intenção denegrir quem quer que seja.
Se tudo depende de cada caso? Isso também eu sei, e assim devia de ser.
Todos os casos que conheço e que me são transmitidos descambam no que referi.
Desculpe não conhecer esse seu caso.
Decerto que são em menor número do que aqueles que eu referi.