Cavaco Silva e Matan Ruak querem manter cooperação entre forças policiais

Os dois chefes de Estado presidiram, em Díli, à cerimónia de imposição de medalhas das Nações Unidas aos militares do Contingente Sub-Agrupamento Bravo da GNR em
Timor-Leste, que acaba a sua missão sob a égide das Nações Unidas este ano.

Cavaco Silva garantiu que o povo timorense pode continuar a contar com o contributo de Portugal para "consolidar as instituições que garantem a ordem pública" em Timor-Leste e a estreitar os laços entre as Forças de Segurança dos dois países.

No seu discurso, antes de terminar a visita de Estado que realizou ao território, Cavaco Silva lembrou que Portugal tem em Timor-Leste, só na área da segurança, 144 militares da GNR, 46 membros da PSP, um inspetor do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e três elementos do INEM.

"É para mim motivo de justificado orgulho o trabalho de todos os elementos que
constituíram os efetivos policiais portugueses aqui presentes ao longo dos últimos 13 anos", disse.

Já Taur Matan Ruak sublinhou "a dedicação e profissionalismo" demonstrado pela GNR na última década e salientou a formação dada por esta força aos militares timorenses.

"Quero destacar o compromisso da GNR com a sociedade civil timorense, a oferta
de estágios profissionais a estudantes, que terão depois possibilidade de construir as suas próprias empresas com apoio do ministério da Economia e Desenvolvimento", afirmou, defendendo o alargamento do projeto nos próximos anos.

Ambos os chefes de Estado recordaram dois militares da GNR que morreram ao serviço das Nações Unidas em Timor, o Sargento-ajudante Hermenegildo Marques e o Alferes Daniel Simões.

O Presidente português terminou, entretanto, a sua visita de Estado a Timor-Leste, tendo partido para outra à Indonésia, onde já chegou esta manhã.