GNR é a polícia que perde mais dinheiro com o OE para 2014: 141 milhões

GNR é a polícia que perde mais dinheiro com o OE para 2014: 141 milhões
Por Rosa Ramos
publicado em 24 Out 2013 - 05:00
 
Orçamento da GNR será cortado em 15%, enquanto que a PSP e o SEF perdem cerca de 12%. Corte na PJ é de 9%
Em 2014 nenhum orçamento das forças de segurança escapa aos cortes. A GNR é a mais penalizada e verá as transferências do Estado reduzidas em 15,08%. Na prática, a Guarda receberá menos 141 milhões de euros. Já a PSP sofre um golpe de mais de 94 milhões - menos 12,16% que a verba atribuída este ano. Em termos percentuais, a redução é ligeiramente inferior à prevista para o orçamento do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. O SEF terá, em 2014, uma redução de verbas de 12,3%, recebendo menos 10,3 milhões de euros. Quanto à Polícia Judiciária (PJ), terá um corte de 9% que, na prática, se traduz em menos 9,4 milhões de euros.

Segundo os dados da Direcção-Geral do Orçamento (DGO), todas as polícias terão de cortar nas despesas de funcionamento - com destaque, neste capítulo, para a GNR e PSP (26% e 28%, respectivamente). Mesmo assim, a PSP vai ter mais 6,8 milhões para gastar em combustíveis (contrariamente à PJ que terá um corte de 76% nesta rubrica). No entanto, a polícia terá de reduzir os custos com água, luz e telefones em 36%. Na GNR, a poupança nesta área será ainda maior e as facturas terão de cair, em 2014, para quase metade (42%). O SEF, por seu turno, vê aumentadas as verbas para comprar material de escritório e combustíveis (com reforços de dois milhões e dois mil euros, respectivamente).

Na PJ quase nenhuma rubrica no que se refere a bens e serviços escapa aos cortes. Desde os combustíveis (-76%) aos produtos químicos para perícias (-68%), passando pelos encargos com limpeza e higiene (-63%). A direcção nacional da já veio dizer que recebeu garantias do Ministério da Justiça de que o orçamento será de "gestão flexível" e que a tutela prometeu reforçá-lo ao longo do próximo ano, se necessário. Mesmo assim, o conjunto de cortes - que ascendem a 9,4 milhões de euros num orçamento total de cerca de 94 milhões - estão a indignar os inspectores da Judiciária.

Carlos Garcia, presidente da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal (ASFIC), critica a "falta de realismo" do orçamento e garante que não será possível fazer uma gestão flexível das contas ao longo do ano porque "todas as rubricas têm cortes e estarão deficitárias". A ASFIC admite mesmo que a PJ poderá "parar" em 2014. "A quem interessa este orçamento? Há alguém que não quer ser investigado?", atira Carlos Garcia, que sublinha o facto de os serviços da PJ mudarem, em breve, para a nova sede. "O que implicará que os custos de manutenção aumentem três vezes".

Na GNR, as direcções da Associação Nacional de Guardas (ANAG) e da Associação Sócio-Profissional da Guarda (ASPIG) reuniram anteontem com o ministro da Administração Interna para dar conta das "preocupações" relativamente às medidas inscritas no Orçamento do Estado para 2014. "A redução de verbas preocupa-nos e continuamos a assistir à perda de compensações", diz José Alho, da ASPIG.

Já a ANAG divulgou um comunicado a resumir o encontro com o ministro e revela que Miguel Macedo se comprometeu a contratar funcionários civis para assumir tarefas administrativas, a celebrar "novos protocolos e acordos" para colmatar "as carências existentes nos serviços do subsistema de saúde SAD-GNR" e a recrutar, até ao fim do ano, 200 militares - a que se juntarão outros 200 em 2014.

A reacção dos inspectores do SEF ao orçamento é, para já, menos pacífica: o presidente do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização (SCIF), Acácio Pereira, não descarta a hipótese de recorrer à greve para contestar a diminuição de verbas. Na PSP, as críticas têm chegado de todas as associações socioprofissionais. De tal forma, que todos os sindicatos vão estar reunidos hoje, a partir das 14h30, para debater formas de protesto.
http://www.ionline.pt/artigos/portugal-orcamento-estado-2014/gnr-policia-perde-mais-dinheiro-oe-2014-141-milhoes

Já estamos habituados a perder.
De certeza que há uma explicação plausível.
Cumprimentos,

Apesar dos cortes, ainda não vai desta que os Senhores Oficiais perdem aqueas mordomias e começam a trazer o seu carro (proprio) para o serviço...

Para alguns gastarem, outros têm de pagar.

Leozoor, isso é algo que penso não ir ver enquanto vivo...
Presto serviço num Posto com apenas duas viaturas, uma esta avariada a meses e sem reparação a ser efectuada em vista...
Nos casos que referes, as viaturas são prioritárias, pois o serviço da Guarda não pode passar sem elas... lol..

perdemos sempre...

É o resultado da embirração de um ministro para uma instituição como esta em que os elementos são meros numeros num caderno qualquer

Gostaria de saber como vão cortar 42% de despesas  a nível de funcionamento de PTer, eu já à muitos anos que poupo e não dá para poupar mais.

Patrulhar apé, um de cada lado da estrada como antigamente, quero ver quanto tempo demoram a chegar as ocorrências com isto não haverá patrulhamento, pois não haverá dinheiro para combustíveis.

impossivel...

Isto é mais daquela dose que a GNR teem de bajular politicos apresentando ano apos ano gastos mais reduzidos...

santa ingenuidade dos que teimam em dizer á tutela que "conseguem fazer o mesmo e melhor com o mesmo dinheiro"   o premio é continuar o bom trabalho até ser de borla...

é a fabula do burro do cigano, o que nos espera

"ases" com orelhas de burro, estes chefes que temos...

Eu acho muito bem que cortem e ainda nos deviam fazer pior.
A culpa é nossa e só nossa. Sempre ouvi dizer: "Voces é que escolhem com querem ser tratados." E é precisamente assim. Condenam um militar a 9 anos de prisão e não há uma atitude a altura da nossa parte??? Cada um tem o que merece e se nos tratam assim é porque não fazemos por mais.

Para aqueles que diziam que nada disto era dirigido às Forças de Segurança, e tal e blá blá, podem conferir num mail perto de si...
 
Proposta de Lei n.º

30
a)
Para valores de remunerações superiores a € 600 e inferiores a € 2 000, aplica-se
uma taxa progressiva que varia entre os 2,5% e os 12%, sobre o valor total da

remuneração;
[i]b)
12 % sobre o valor total das remunerações superiores a € 2 000.[i]
2 -Exceto se a remuneração total ilíquida agregada mensal percebida pelo trabalhador for

inferior ou igual a € 2 000, caso em que se aplica o disposto no número anterior, são

reduzidas em 12 % as diversas remunerações, gratificações ou outras prestações

pecuniárias nos seguintes casos:
[i]a)
Pessoas sem relação jurídica de emprego com qualquer das entidades referidas no[i]
n.º 9, nestas a exercer funções a qualquer outro título, excluindo-se as aquisições

de serviços previstas no artigo 72.º;
[i]b)
Pessoas referidas no n.º 9 a exercer funções em mais de uma das entidades[i]
mencionadas naquele número.

3 -As pessoas referidas no número anterior prestam, em cada mês e relativamente ao mês

anterior, as informações necessárias para que os órgãos e serviços processadores das

remunerações, gratificações ou outras prestações pecuniárias possam apurar a taxa de

redução aplicável.

4 - Para efeitos do disposto no presente artigo:
[i]a)
Consideram-se «remunerações totais ilíquidas mensais» as que resultam do valor[i]
agregado de todas as prestações pecuniárias, designadamente remuneração base,

subsídios, suplementos remuneratórios, incluindo emolumentos, gratificações,

subvenções, senhas de presença, abonos, despesas de representação e trabalho

suplementar, extraordinário ou em dias de descanso e feriados;
[/i][/i][/i][/i][/i][/i][/i][/i]

m)
Os militares das Forças Armadas e da Guarda Nacional Republicana, incluindo
os juízes militares e os militares que integram a assessoria militar ao Ministério

Público, bem como outras forças militarizadas;
[i]n)
O pessoal dirigente dos serviços da Presidência da República e da Assembleia da[i]
República, e de outros serviços de apoio a órgãos constitucionais, dos demais

serviços e organismos da administração central, regional e local do Estado, bem

como o pessoal em exercício de funções equiparadas para efeitos
[/i][/i]

Uma proposta de cortes. Tempo de serviço, promoções e muito muito mais. Quem puder que a coloque neste Fórum. Impressionante. O que vale é que temos quem nos defenda.

pena é não acreditar .....que ponham em prática o disposto no nº1 e nº3 artº45 dessa mesma Lei´..quem não viu vá lá espreitar....era bom demais.....

Vejam o nº1 e 3 do Artº45º, conjugado com a alínea m) nº9 do artº33º, e mais de 40 horas, e paguem as horas.

Vejam o nº1 e 3 do Artº45º, conjugado com a alínea m) nº9 do artº33º, e mais de 40 horas, e paguem as horas.

As horas extra tambem entram no calculo dos descontos, não sei onde está o ganho.

4 - Para efeitos do disposto no presente artigo:
a)
Consideram-se «remunerações totais ilíquidas mensais» as que resultam do valor
agregado de todas as prestações pecuniárias, designadamente remuneração base,

subsídios, suplementos remuneratórios, incluindo emolumentos, gratificações,

subvenções, senhas de presença, abonos, despesas de representação e trabalho

suplementar, extraordinário ou em dias de descanso e feriados;

resumindo, basta olhar para a folha de vencimento e o valor bruto é o valor que vão utilizar para calcular os 10 ou 12 %, certo????

Não são considerados os montantes abonados a título de subsídio de refeição,

ajuda de custo, subsídio de transporte ou o reembolso de despesas efetuado nos

termos da lei e os montantes pecuniários que tenham natureza de prestação social

As inconstitucionalidades do orçamento do Estado para 2014 são tantas que até um leigo na matéria fica "petrificado", perante tal documento (orçamento do Estado-2014).
Há quem acredite que o referido orçamento foi «carregado» de inconstitucionalidades com o propósito de vir a ser chumbado pelo tribunal constitucional. 
Tal chumbo servirá para os responsáveis pelo estado a que Portugal chegou possam "fugir" - demitirem-se - com o fundamento de que o tribunal constitucional é um "travão" à sua governação.

    

nao sejam assim

CARI2013 escreveu:As inconstitucionalidades do orçamento do Estado para 2014 são tantas que até um leigo na matéria fica "petrificado", perante tal documento (orçamento do Estado-2014).
Há quem acredite que o referido orçamento foi «carregado» de inconstitucionalidades com o propósito de vir a ser chumbado pelo tribunal constitucional. 
Tal chumbo servirá para os responsáveis pelo estado a que Portugal chegou possam "fugir" - demitirem-se - com o fundamento de que o tribunal constitucional é um "travão" à sua governação.

tambem já li sobre esta intenção. Dias quentes se aproximam.