O MEU PAÍS ESTÁ A ARDER (Ministra da Administração Interna demitiu-se)
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O MEU PAÍS ESTÁ A ARDER (Ministra da Administração Interna demitiu-se)
AMESTERDÃO, HOLANDA - O nosso respeito, a nossa admiração, a nossa compreensão nunca mais será vossa. Havia um país inteiro que esperava mais de vocês. E vocês falharam. Por isso calem-se. Não vos queremos ouvir mais. Não agora.
Parem. Não nos digam mais nada. Não venham falar à televisão, à rádio. Não declarem desculpas, de falta de meios, de ausência de condições, de escassez de tempo. Calem-se todos dos governantes e representantes. Todos aqueles que nos falharam este último domingo. Não queremos ouvir a vossa voz. Calem-se!
Rezem pelos bombeiros, pelos que morreram, pelos que caíram feridos. Pelos heróis que saltavam vidas. Por todos aqueles que deram as suas ao defender aquilo que lhes foi roubado. Rezem por esses. Vocês não nos merecem. E nós certamente que não vos merecemos.
Quem nos lidera falhou. Da forma mais grave e humanamente terrível que podia falhar. Não nos souberam proteger, não trabalharam o suficiente. Não viram uma solução. Não nos deram importância. Não quiseram saber. Não tiveram a força para mudar o que estava mal. O que vos impedia? O que era mais importante? Nada. Nada. Nada.
Podemos culpar – e devemos – quem começou os fogos. Impor penas, expor motivações, apurar culpas e descobrir soluções. Mas não foram eles que nos falharam. Haverá sempre mal no mundo. Pessoas que tomam partido de outras. Que fazem mal, que destroem. Que não merecem estar em sociedade ou sequer viver. Mas não foram essas que nos falharam este domingo. Quem nos governa, quem nos lidera, falhou. Ouvir a vossa voz ofende-nos. Não queremos. Calem-se com as vossas desculpas, com aquilo que têm para dizer. Não queremos ouvir. Não agora. Desculpem-se noutra altura, arranjem pretextos amanhã. Hoje não.
Nada vai tirar o sofrimento daqueles que perderam filhos, pais e amigos. De vizinhos que se tornaram irmãos ao combater as chamas juntos. De todos aqueles que viram a sua vida desaparecer em fumo. Ninguém vai apagar as lágrimas das suas caras. O suor das costas dos bombeiros e voluntários. A exaustão. São esses que merecem o nosso respeito. É por esses que devemos olhar e agradecer. Não por vocês. Tenham vergonha quando vierem pedir para continuar a exercer funções. Quando gastarem dinheiro em cartazes. Quando andarem pelo país, de norte a sul. Ele não é mais vosso. Não vos pertence.
O meu país está a arder. A quem falamos sobre isso? A quem nos queixamos? Os culpados não vão ser encontrados, nada vai mudar, tudo vai ser igual amanhã. A quem falamos sobre isso? Novas medidas não vão ser tomadas, porque falta sempre isto e aquilo e há sempre uma desculpa de força maior. A quem falamos sobre isso? A incompetência vai continuar, novamente e outra vez, sem que haja consequências reais. A quem falamos sobre isso?
Ver o meu país arder de longe e nada poder fazer custa tanto, dói tanto que não sei o que escrever. Seria igual se estivesse no meu pequeno apartamento em Lisboa, a olhar pela janela. Seria igual, mas assim consegue ser ainda pior. Não posso ajudar, não posso fazer nada. Nem saberia o que dizer, como reagir. Especialmente agora, especialmente depois deste verão. Especialmente nesta altura em que não era suposto acontecer.
Falharam-nos. Servir os outros devia ser o objectivo final, uma vocação acima de interesse pessoal, financeiro ou mesmo de reconhecimento. Devia criar propósito em quem o faz e respeito em quem agradece a dedicação. Mas não é isso que temos. Longe disso. Temos inúmeras alegações de abuso de poder, uma extrema corrupção que parece não chocar ninguém, incompetência e inércia absoluta. Agendas pessoais, conflitos de partidos, guerras de culpas. E nada muda. A arrogância daqueles que nos falharam continua a vai continuar.
Custa-me crer que um país inteiro, depois do verão, depois de Pedrógão Grande, seja incapaz de arranjar uma solução para um tema que há muito devia estar resolvido. Ao menos minimizado. Custa-me ver árvores reduzidas a cinzas. Trilhos onde já pisei desaparecerem. Cenários que me estão na memória serem alterados para uma imensidão de derrota, de nada.
Deviam ter lutado por nós. Não só desiludiram um povo inteiro este domingo, mas falharam enquanto seres humanos. Enquanto portugueses. Foi-vos confiado algo e falharam. Fiquem com as vossas guerras partidárias, com o dinheiro de luvas, com a arrogância toda que quiserem. Sejam felizes com isto. O nosso respeito, a nossa admiração, a nossa compreensão nunca mais será vossa. Havia um país inteiro que esperava mais de vocês. E vocês falharam.
Por isso calem-se. Não vos queremos ouvir mais. Não agora.
http://visao.sapo.pt/nos-la-fora/2017-10-17-O-meu-pais-esta-a-arder
Parem. Não nos digam mais nada. Não venham falar à televisão, à rádio. Não declarem desculpas, de falta de meios, de ausência de condições, de escassez de tempo. Calem-se todos dos governantes e representantes. Todos aqueles que nos falharam este último domingo. Não queremos ouvir a vossa voz. Calem-se!
Rezem pelos bombeiros, pelos que morreram, pelos que caíram feridos. Pelos heróis que saltavam vidas. Por todos aqueles que deram as suas ao defender aquilo que lhes foi roubado. Rezem por esses. Vocês não nos merecem. E nós certamente que não vos merecemos.
Quem nos lidera falhou. Da forma mais grave e humanamente terrível que podia falhar. Não nos souberam proteger, não trabalharam o suficiente. Não viram uma solução. Não nos deram importância. Não quiseram saber. Não tiveram a força para mudar o que estava mal. O que vos impedia? O que era mais importante? Nada. Nada. Nada.
Podemos culpar – e devemos – quem começou os fogos. Impor penas, expor motivações, apurar culpas e descobrir soluções. Mas não foram eles que nos falharam. Haverá sempre mal no mundo. Pessoas que tomam partido de outras. Que fazem mal, que destroem. Que não merecem estar em sociedade ou sequer viver. Mas não foram essas que nos falharam este domingo. Quem nos governa, quem nos lidera, falhou. Ouvir a vossa voz ofende-nos. Não queremos. Calem-se com as vossas desculpas, com aquilo que têm para dizer. Não queremos ouvir. Não agora. Desculpem-se noutra altura, arranjem pretextos amanhã. Hoje não.
Nada vai tirar o sofrimento daqueles que perderam filhos, pais e amigos. De vizinhos que se tornaram irmãos ao combater as chamas juntos. De todos aqueles que viram a sua vida desaparecer em fumo. Ninguém vai apagar as lágrimas das suas caras. O suor das costas dos bombeiros e voluntários. A exaustão. São esses que merecem o nosso respeito. É por esses que devemos olhar e agradecer. Não por vocês. Tenham vergonha quando vierem pedir para continuar a exercer funções. Quando gastarem dinheiro em cartazes. Quando andarem pelo país, de norte a sul. Ele não é mais vosso. Não vos pertence.
O meu país está a arder. A quem falamos sobre isso? A quem nos queixamos? Os culpados não vão ser encontrados, nada vai mudar, tudo vai ser igual amanhã. A quem falamos sobre isso? Novas medidas não vão ser tomadas, porque falta sempre isto e aquilo e há sempre uma desculpa de força maior. A quem falamos sobre isso? A incompetência vai continuar, novamente e outra vez, sem que haja consequências reais. A quem falamos sobre isso?
Ver o meu país arder de longe e nada poder fazer custa tanto, dói tanto que não sei o que escrever. Seria igual se estivesse no meu pequeno apartamento em Lisboa, a olhar pela janela. Seria igual, mas assim consegue ser ainda pior. Não posso ajudar, não posso fazer nada. Nem saberia o que dizer, como reagir. Especialmente agora, especialmente depois deste verão. Especialmente nesta altura em que não era suposto acontecer.
Falharam-nos. Servir os outros devia ser o objectivo final, uma vocação acima de interesse pessoal, financeiro ou mesmo de reconhecimento. Devia criar propósito em quem o faz e respeito em quem agradece a dedicação. Mas não é isso que temos. Longe disso. Temos inúmeras alegações de abuso de poder, uma extrema corrupção que parece não chocar ninguém, incompetência e inércia absoluta. Agendas pessoais, conflitos de partidos, guerras de culpas. E nada muda. A arrogância daqueles que nos falharam continua a vai continuar.
Custa-me crer que um país inteiro, depois do verão, depois de Pedrógão Grande, seja incapaz de arranjar uma solução para um tema que há muito devia estar resolvido. Ao menos minimizado. Custa-me ver árvores reduzidas a cinzas. Trilhos onde já pisei desaparecerem. Cenários que me estão na memória serem alterados para uma imensidão de derrota, de nada.
Deviam ter lutado por nós. Não só desiludiram um povo inteiro este domingo, mas falharam enquanto seres humanos. Enquanto portugueses. Foi-vos confiado algo e falharam. Fiquem com as vossas guerras partidárias, com o dinheiro de luvas, com a arrogância toda que quiserem. Sejam felizes com isto. O nosso respeito, a nossa admiração, a nossa compreensão nunca mais será vossa. Havia um país inteiro que esperava mais de vocês. E vocês falharam.
Por isso calem-se. Não vos queremos ouvir mais. Não agora.
http://visao.sapo.pt/nos-la-fora/2017-10-17-O-meu-pais-esta-a-arder
Última edição por dragao em Qua 18 Out 2017 - 11:24, editado 1 vez(es)
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Re: O MEU PAÍS ESTÁ A ARDER (Ministra da Administração Interna demitiu-se)
Pegada de sangue ao fugir da morte em Oliveira do Hospital
Adolescente conseguiu escapar ao incêndio que tirou a vida à mãe. Câmara avança que, no concelho, morreram oito pessoas e foram atingidas cem casas.
As pegadas ensanguentadas na estrada marcam o trajeto de agonia. O relógio rondava as 23 horas. Domingo. Cristiana e Márcio, um casal com cerca de 40 anos, seguiam no carro, com a filha, em Catraia de São Paio, Oliveira do Hospital, quando, a poucos metros de casa, se despistaram numa estrada ladeada por chamas. Márcio e a filha adolescente conseguiram correr, apesar das queimaduras graves, escapando das chamas e gritando por socorro. Cristiana não. Ficou para trás. No chão, como as pegadas da filha, foi encontrado, segunda-feira de manhã, sem vida, o seu corpo. Além de Cristiana, segundo a Autarquia, o fogo matou sete pessoas em Oliveira do Hospital.
"O pai e a menina apareceram aqui à minha porta, todos queimados, a gritar por socorro. Aqui, uma vizinha ligou seis vezes para o 112 e não havia bombeiros para os vir socorrer. Fui eu levá-los ao hospital", recorda António Coimbra. Quando regressou do hospital, António ainda avisou um militar da GNR que havia uma mulher nas chamas. "Era muito fumo, não conseguimos ver nada. Só hoje de manhã [segunda-feira] se encontrou o corpo, na estrada, longe do carro. Deve ter tentado fugir e não conseguiu", acrescenta a testemunha.
Por todo o concelho há histórias de horror. Repetem-se à velocidade que se repetem as paisagens queimadas, ao longo de dezenas de quilómetros. Oliveira do Hospital, segunda-feira, parecia não ter acordado de um pesadelo. Tal como José Marques, de Vila Pouca da Beira. Atordoado, com uma foice na mão, diz que tem que ir a casa "dar comida à ovelha, que está meio queimada, e ao cão". "Depois, é esperar". Mas da casa já só restam escombros. Ardeu e, nas chamas, lá dentro, morreu Maria Celeste Neves, de 70 anos, mulher de José. Um facto que ele ainda não assimilou. "Tinha ido a Oliveira do Hospital. Quando regressei, já não consegui chegar a casa. Meti-me a ir por aí fora a pé, porque queria saber o que se passava, cheguei perto e vi as chamas. Achei logo que a minha mulher lá estava carbonizada", conta José, com uma naturalidade que choca. Cai em si quando diz: "Já comprei uma camisa preta. Era minha mulher há 50 anos". E só aí chora.
https://www.jn.pt/nacional/interior/pegada-de-sangue-ao-fugir-da-morte-8851515.htmlAdolescente conseguiu escapar ao incêndio que tirou a vida à mãe. Câmara avança que, no concelho, morreram oito pessoas e foram atingidas cem casas.
As pegadas ensanguentadas na estrada marcam o trajeto de agonia. O relógio rondava as 23 horas. Domingo. Cristiana e Márcio, um casal com cerca de 40 anos, seguiam no carro, com a filha, em Catraia de São Paio, Oliveira do Hospital, quando, a poucos metros de casa, se despistaram numa estrada ladeada por chamas. Márcio e a filha adolescente conseguiram correr, apesar das queimaduras graves, escapando das chamas e gritando por socorro. Cristiana não. Ficou para trás. No chão, como as pegadas da filha, foi encontrado, segunda-feira de manhã, sem vida, o seu corpo. Além de Cristiana, segundo a Autarquia, o fogo matou sete pessoas em Oliveira do Hospital.
"O pai e a menina apareceram aqui à minha porta, todos queimados, a gritar por socorro. Aqui, uma vizinha ligou seis vezes para o 112 e não havia bombeiros para os vir socorrer. Fui eu levá-los ao hospital", recorda António Coimbra. Quando regressou do hospital, António ainda avisou um militar da GNR que havia uma mulher nas chamas. "Era muito fumo, não conseguimos ver nada. Só hoje de manhã [segunda-feira] se encontrou o corpo, na estrada, longe do carro. Deve ter tentado fugir e não conseguiu", acrescenta a testemunha.
Por todo o concelho há histórias de horror. Repetem-se à velocidade que se repetem as paisagens queimadas, ao longo de dezenas de quilómetros. Oliveira do Hospital, segunda-feira, parecia não ter acordado de um pesadelo. Tal como José Marques, de Vila Pouca da Beira. Atordoado, com uma foice na mão, diz que tem que ir a casa "dar comida à ovelha, que está meio queimada, e ao cão". "Depois, é esperar". Mas da casa já só restam escombros. Ardeu e, nas chamas, lá dentro, morreu Maria Celeste Neves, de 70 anos, mulher de José. Um facto que ele ainda não assimilou. "Tinha ido a Oliveira do Hospital. Quando regressei, já não consegui chegar a casa. Meti-me a ir por aí fora a pé, porque queria saber o que se passava, cheguei perto e vi as chamas. Achei logo que a minha mulher lá estava carbonizada", conta José, com uma naturalidade que choca. Cai em si quando diz: "Já comprei uma camisa preta. Era minha mulher há 50 anos". E só aí chora.
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Re: O MEU PAÍS ESTÁ A ARDER (Ministra da Administração Interna demitiu-se)
Marcelo: "AR que clarifique se quer manter Governo em funções"
O presidente da República afirmou que o Parlamento deve clarificar "se quer manter em funções o Governo", pois "há quem questione a capacidade para fazer as mudanças indispensáveis".
"Mais de cem pessoas mortas em menos de quatro meses nos fogos em Portugal é um peso enorme na minha consciência e no meu mandato presidencial", considerou Marcelo Rebelo de Sousa, numa declaração ao país sobre o impacto dos incêndios florestais de junho em Pedrógão Grande e do passado domingo na região Centro.
O chefe de Estado prometeu que "estará atento e exercerá todos os seus poderes para garantir que onde existiu ou existe fragilidade, ela terá de deixar de existir".
"É a melhor, se não a única forma de verdadeiramente pedir desculpa às vítimas de junho e de outubro - e de facto é justificável que se peça desculpa", acrescentou ainda o presidente da República, depois de descrever o sofrimento das populações afetadas, os que "estiveram sozinhos a resistir" no combate às chamas, os que "morreram em casa", os que conseguiram escapar "com os toques do sino da igreja como acontecia há cem anos". "Portugueses houve que não viram os poderes públicos como garante de segurança e confiança", frisou.
https://www.jn.pt/nacional/interior/marcelo-8851945.html
O presidente da República afirmou que o Parlamento deve clarificar "se quer manter em funções o Governo", pois "há quem questione a capacidade para fazer as mudanças indispensáveis".
"Mais de cem pessoas mortas em menos de quatro meses nos fogos em Portugal é um peso enorme na minha consciência e no meu mandato presidencial", considerou Marcelo Rebelo de Sousa, numa declaração ao país sobre o impacto dos incêndios florestais de junho em Pedrógão Grande e do passado domingo na região Centro.
O chefe de Estado prometeu que "estará atento e exercerá todos os seus poderes para garantir que onde existiu ou existe fragilidade, ela terá de deixar de existir".
"É a melhor, se não a única forma de verdadeiramente pedir desculpa às vítimas de junho e de outubro - e de facto é justificável que se peça desculpa", acrescentou ainda o presidente da República, depois de descrever o sofrimento das populações afetadas, os que "estiveram sozinhos a resistir" no combate às chamas, os que "morreram em casa", os que conseguiram escapar "com os toques do sino da igreja como acontecia há cem anos". "Portugueses houve que não viram os poderes públicos como garante de segurança e confiança", frisou.
https://www.jn.pt/nacional/interior/marcelo-8851945.html
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Re: O MEU PAÍS ESTÁ A ARDER (Ministra da Administração Interna demitiu-se)
Ministra da Administração Interna demitiu-se
A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, demitiu-se do cargo. Em carta enviada ao primeiro-ministro, revela que já tinha pedido a saída após Pedrógão Grande.
A informação foi confirmada esta quarta-feira de manhã pelo gabinete do primeiro-ministro, António Costa.
"A ministra da Administração Interna apresentou-me formalmente o seu pedido de demissão em termos que não posso recusar", lê-se numa nota enviada às redações pelo gabinete do primeiro-ministro.
António Costa agradece a Constança Urbano de Sousa " a dedicação e o empenho com que serviu o país o desempenho das suas funções".
A ministra apresentou o pedido de demissão numa carta dirigida a António Costa. Na missiva, Constança Urbano de Sousa recorda ao primeiro-ministro que quis demitir-se após Pedrógão, mas que aceitou ficar após a recusa do líder do Executivo.
Agora, após nova tragédia, Constança insistiu. "Apresento agora, formalmente, o meu pedido de demissão, que tem de aceitar, até para preservar a minha dignidade pessoal", lê-se na carta.
https://www.jn.pt/nacional/interior/ministra-da-administracao-interna-demitiu-se-8852739.htmlA ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, demitiu-se do cargo. Em carta enviada ao primeiro-ministro, revela que já tinha pedido a saída após Pedrógão Grande.
A informação foi confirmada esta quarta-feira de manhã pelo gabinete do primeiro-ministro, António Costa.
"A ministra da Administração Interna apresentou-me formalmente o seu pedido de demissão em termos que não posso recusar", lê-se numa nota enviada às redações pelo gabinete do primeiro-ministro.
António Costa agradece a Constança Urbano de Sousa " a dedicação e o empenho com que serviu o país o desempenho das suas funções".
A ministra apresentou o pedido de demissão numa carta dirigida a António Costa. Na missiva, Constança Urbano de Sousa recorda ao primeiro-ministro que quis demitir-se após Pedrógão, mas que aceitou ficar após a recusa do líder do Executivo.
Agora, após nova tragédia, Constança insistiu. "Apresento agora, formalmente, o meu pedido de demissão, que tem de aceitar, até para preservar a minha dignidade pessoal", lê-se na carta.
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Re: O MEU PAÍS ESTÁ A ARDER (Ministra da Administração Interna demitiu-se)
dragao escreveu:Ministra da Administração Interna demitiu-sehttps://www.jn.pt/nacional/interior/ministra-da-administracao-interna-demitiu-se-8852739.html
A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, demitiu-se do cargo. Em carta enviada ao primeiro-ministro, revela que já tinha pedido a saída após Pedrógão Grande.
A informação foi confirmada esta quarta-feira de manhã pelo gabinete do primeiro-ministro, António Costa.
"A ministra da Administração Interna apresentou-me formalmente o seu pedido de demissão em termos que não posso recusar", lê-se numa nota enviada às redações pelo gabinete do primeiro-ministro.
António Costa agradece a Constança Urbano de Sousa " a dedicação e o empenho com que serviu o país o desempenho das suas funções".
A ministra apresentou o pedido de demissão numa carta dirigida a António Costa. Na missiva, Constança Urbano de Sousa recorda ao primeiro-ministro que quis demitir-se após Pedrógão, mas que aceitou ficar após a recusa do líder do Executivo.
Agora, após nova tragédia, Constança insistiu. "Apresento agora, formalmente, o meu pedido de demissão, que tem de aceitar, até para preservar a minha dignidade pessoal", lê-se na carta.
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Re: O MEU PAÍS ESTÁ A ARDER (Ministra da Administração Interna demitiu-se)
Histórico socialista critica "falência do Estado" por "desleixo, incompetência e amiguismos"
O histórico socialista Manuel Alegre assina, esta quarta-feira, um artigo de opinião no "Diário de Notícias" em que afirma que a tragédia dos incêndios em Portugal mostra a "falência do Estado", fruto de "desleixo, incompetência e amiguismos".
"Dá vontade de chorar e não consigo ficar calado. É um símbolo triste da falência do Estado, fruto de décadas de desleixo, de incompetências, de amiguismos múltiplos, da submissão do interesse geral a interesses instalados e da capitulação perante lógicas que não são a dos fins superiores do Estado e do país", escreve.
Manuel Alegre critica as reformas feitas que resultaram na saída dos meios de combate aos incêndios das mãos do Estado, sendo "entregues ou partilhados com empresas privadas", no artigo intitulado: "Não consigo ficar calado"-
"Vi o meu país a arder, sei que morreram cem pessoas em quatro meses e não consigo ficar calado. Talvez a culpa seja minha, porque fui deputado e participei na construção de uma democracia que a páginas tantas se distraiu e não soube resolver problemas estruturais, como o reordenamento do território e das florestas, assim como o combate ao abandono e à desertificação do país", lamenta.
O socialista diz ter "por vezes" protestado, mesmo contra o seu partido, mas que tal "não foi suficiente". "Não consigo calar-me e sinto-me culpado", sublinha.
Alegre admite não ser especialista, mas defende que "os meios de combate aos incêndios devem passar para o Estado" e que "se torna urgente a criação de um corpo nacional de bombeiros profissionais organizado segundo normas e regras de tipo militar".
"Vai ser preciso enfrentar preconceitos e interesses instalados, mas este é um tempo em que é preciso coragem para tomar decisões para que o Estado não se demita de exercer as suas funções de soberania e seja capaz de proteger o território e garantir a segurança dos portugueses", conclui.
As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 41 mortos e cerca de 70 feridos (mais de uma dezena dos quais graves), além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.
O Governo decretou três dias de luto nacional.
Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, em junho, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou 64 mortos e mais de 250 feridos.
https://www.jn.pt/nacional/interior/historico-socialista-critica-falencia-do-estado-por-desleixo-incompetencia-e-amiguismos-8852677.htmlO histórico socialista Manuel Alegre assina, esta quarta-feira, um artigo de opinião no "Diário de Notícias" em que afirma que a tragédia dos incêndios em Portugal mostra a "falência do Estado", fruto de "desleixo, incompetência e amiguismos".
"Dá vontade de chorar e não consigo ficar calado. É um símbolo triste da falência do Estado, fruto de décadas de desleixo, de incompetências, de amiguismos múltiplos, da submissão do interesse geral a interesses instalados e da capitulação perante lógicas que não são a dos fins superiores do Estado e do país", escreve.
Manuel Alegre critica as reformas feitas que resultaram na saída dos meios de combate aos incêndios das mãos do Estado, sendo "entregues ou partilhados com empresas privadas", no artigo intitulado: "Não consigo ficar calado"-
"Vi o meu país a arder, sei que morreram cem pessoas em quatro meses e não consigo ficar calado. Talvez a culpa seja minha, porque fui deputado e participei na construção de uma democracia que a páginas tantas se distraiu e não soube resolver problemas estruturais, como o reordenamento do território e das florestas, assim como o combate ao abandono e à desertificação do país", lamenta.
O socialista diz ter "por vezes" protestado, mesmo contra o seu partido, mas que tal "não foi suficiente". "Não consigo calar-me e sinto-me culpado", sublinha.
Alegre admite não ser especialista, mas defende que "os meios de combate aos incêndios devem passar para o Estado" e que "se torna urgente a criação de um corpo nacional de bombeiros profissionais organizado segundo normas e regras de tipo militar".
"Vai ser preciso enfrentar preconceitos e interesses instalados, mas este é um tempo em que é preciso coragem para tomar decisões para que o Estado não se demita de exercer as suas funções de soberania e seja capaz de proteger o território e garantir a segurança dos portugueses", conclui.
As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 41 mortos e cerca de 70 feridos (mais de uma dezena dos quais graves), além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.
O Governo decretou três dias de luto nacional.
Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, em junho, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou 64 mortos e mais de 250 feridos.
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Constança Urbano de Sousa diz que agora tinha mesmo de deixar cargo "para preservar dignidade pessoal"
A ministra da Administração Interna pediu a demissão e António Costa aceitou, informa o gabinete de António Costa. Constança Urbano de Sousa não resistiu à polémica dos incêndios, às críticas e ao discurso do presidente da República. Na carta de demissão diz que queria sair desde a tragédia de Pedrógão e que agora o primeiro-ministro tem mesmo de aceitar o seu pedido para deixar o cargo "para preservar dignidade pessoal".
"A ministra da Administração Interna apresentou-me formalmente a demissão em termos que não posso recusar", diz o primeiro-ministro na nota enviada às redações.
A ministra da Administração Interna pediu a demissão e António Costa aceitou, informa o gabinete de António Costa. Constança Urbano de Sousa não resistiu à polémica dos incêndios, às críticas e ao discurso do presidente da República. Na carta de demissão diz que queria sair desde a tragédia de Pedrógão e que agora o primeiro-ministro tem mesmo de aceitar o seu pedido para deixar o cargo "para preservar dignidade pessoal".
"A ministra da Administração Interna apresentou-me formalmente a demissão em termos que não posso recusar", diz o primeiro-ministro na nota enviada às redações.
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Re: O MEU PAÍS ESTÁ A ARDER (Ministra da Administração Interna demitiu-se)
Pelo trabalho que demonstrou, nem merecia um dia de vencimento...
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Re: O MEU PAÍS ESTÁ A ARDER (Ministra da Administração Interna demitiu-se)
Estou a espera de ver uma reação rápida das Associações, até depois de uns dias da MANIF!!!
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Re: O MEU PAÍS ESTÁ A ARDER (Ministra da Administração Interna demitiu-se)
Quem percebe de apagar FOGOS,toda a gente sabe que são os BOMBEIROS,então como aparece a Protecção Civil,comandados por gente sem experiência,ligados aos partidos,filhos e amigos dos presidentes e vereadoras das câmaras municipais.Fui director durante 20 anos numa corporação de Bombeiros Voluntários e disse muitas vezes em reuniões de direcção e federação,que os bombeiros não são heróis,mas autenticos suicidas.Para se ser bombeiro é preciso ter no corpo aquele bichinho que já vem dos avós,pais e aquela burrice,que eu muito admiro. O muito OBRIGADO a todos os BOMBEIROS que abandonam as famílias para salvar vidas,arriscando a própria vida e não serem reconhecidos.Outra profissão de burrice são a dos policias,na qual me incluo.Perdoem o meu desabafo.
carlos morais- 1º Sargento
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Re: O MEU PAÍS ESTÁ A ARDER (Ministra da Administração Interna demitiu-se)
Nosso MAI... "um homem de garras afiadas"
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Re: O MEU PAÍS ESTÁ A ARDER (Ministra da Administração Interna demitiu-se)
dragao escreveu:Nosso MAI... "um homem de garras afiadas"
Nota: Excerto de um comentário postado noutro tópico deste fórum.
"Sabia-se antemão que o destino da ex MAI iria ser curto, à minima falha seria crucificada. A falha até foi grande... Não nos podemos esquecer que a Dra Constança fez peito (e muito bem) aos Generais do Exército, quase que conseguia "correr" com eles da GNR e conseguiu ainda implementar (contra a vontade dos mesmos Generais) um horário de referência na GNR."
Eh, Eh, Eh, Eh, Eh, a esta hora os da associação de anti militares da Guarda (que nem sequer se referem a eles como militares) devem estar todos contentes, porque, finalmente, vão ter um Ministro com "garras" para enfrentar os Generais do Exército, que eles tanto detestam.
Eh, Eh, Eh, Eh, Eh, a esta hora os da associação de anti militares da Guarda (que nem sequer se referem a eles como militares) devem estar todos contentes, porque, finalmente, vão ter um Ministro com "garras" para enfrentar os Generais do Exército, que eles tanto detestam.
Guarda que anda à linha- Sargento-Chefe
-
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Meu alistamento : Aqui podes colocar o ano do teu alistamento!(Facultativo)
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